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História Acima Das Estrelas - Oitavo Passo - Ariscando Tudo


Escrita por: HayleyHanazawa

Capítulo 9 - Oitavo Passo - Ariscando Tudo


Fanfic / Fanfiction Acima Das Estrelas - Oitavo Passo - Ariscando Tudo

Violleta Pov.on

CheonDung me puxou discretamente até o camarim. Entramos em uma sala vazia e ele fechou a porta e ficou de costas.

Ouvi ele suspirar como se buscasse forças.

- Me diz que você não fez nenhuma besteira tentando me proteger. - ele falou com a voz baixa

Seus olhos me fitavam com certo desespero e isso me quebrou.

- Me responda, por favor. - ele disse suavemente se aproximando.

- Eu apenas precisava ir. - falei tentando ser convincente

- Não minta para mim VIolleta. Eu vi seus olhos quando cantei hoje. Vi suas lágrimas e o pior, estou vendo essa aliança em seu dedo. - ele falou se aproximando cada vez mais.

Sua aproximação era perigosa. Eu podia sentir seu cheiro e seu calor. Droga! Ele sabe como quebrar todas as minha barreiras com apenas um olhar. 

Ele segurou meu rosto e encostou sua testa na minha.

- Por que Violleta? - ele sussurrou olhando dentro dos meu olhos. 

- Ele tinha uma vingança preparada para você. Algo cruel. Ele iria te torturar, até a morte CheonDung. Ele. Iria. Te. Matar. - minha voz falhava e senti algumas lágrimas rolarem em meu rosto. 

- Eu simplesmente não suportaria se algo acontecesse a você. Eu não podia deixar isso acontecer. - choraminguei

- Eu entendo, mas você sabe que sei me cuidar. - ele disse calmo segurando meu rosto para que olhasse para ele.

- Ele mandou fotos suas e gravações. Ele vigiava cada passo seu. Ele é doente. Em algum momento ele te pegaria. - minha voz soava fraca e baixa

CheonDung passou seus braços à minha volta e me abraçou  forte. Eu o abracei de volta com toda força que me restava. Senti que nunca estaríamos próximos o suficiente. Enterrei meu rosto em seu peito e respirei fundo. 

Ouvi um clique na porta e pulei para longe dele. 

Era G.o.

Eu corri até ele e o abracei forte.

- Meu anjinho. - ele falou com alívio na voz. 

- Senti tanto sua falta. - falei tentando conter os soluços.

Ele segurou em meus ombros e olhou em meus olhos. 

- Nunca mais faça isso. - ele disse firme e bravo. 

- Ok. - falei com um meio sorriso.

Ele me abraçou novamente e beijou minha testa. 

Nem reparei que Seungho, Joon e Mir estavam ali. 

Eu abracei Seungho e pude sentir ele relaxar.

- Desculpe por tudo. - falei a ele.

Ele deu-me um meio sorriso e assentiu. 

Joon me puxou para abraçá-lo. Ele enterrou o rosto em meu pescoço e respirou fundo me provocando arrepios e me deixando desconfortável. 

- Oppa! - sussurrei. 

Ele sorriu e bagunçou minha franja. 

Mir me encarava de forma estranha. 

Eu parei em sua frente e me senti confusa se devia ou não abraçá-lo. 

- Oh dongsaeng, você nos deixou tão preocupados. - ele falou com a voz chorosa me puxando para um abraço repentino. 

- Desculpe oppa. - falei o abraçando de volta. 

Mir se afastou e sorriu. 

- Desculpe pelas coisas que disse a você. Agora sei que tipo de pessoa você é. - ele falou calmo.

Eu me senti tão feliz que não sabia nem mesmo o que falar.

- Me desculpem. Eu só tive que fazer isso para proteger CheonDung oppa, e vocês também. - admiti

Todos assentiram e sorriram.

- Violleta, onde estão as fotos e videos que ele mandou? - CheonDung perguntou.

- Na minha casa antiga. Ele me enviou fotos de cada passo seu e também videos. Mas o pendrive contia um vírus e códigos. Ele fez uma vídeo chamada para Sung Keum, onde ele falava que ele estava por trás de todos os ataques. Ele tinha algo muito pior preparado para Thunder oppa. - falei deixando os ombros caírem. 

- Assim que a vídeo chamada terminou meu notebook apagou. - concluí.

- Posso ver esse computador? - Seungho pediu. 

- Está tudo na minha casa. Eu escondi em um fundo falso no meu closet. 

- Então vamos até lá. - G.o falou

- Tem mais umas coisas que vocês precisam saber. - falei um pouco receosa.

Contei-lhes a histórias cabreira sobre a morte dos meus pais e do pai de Sung Keum.

- É pior do que pensávamos. - Seungho admitiu. 

- E vou me casar em dois dias. - falei triste

Thunder enrijeceu ao meu lado e apertou as mãos em punhos.

- Não, você não vai. - Cheondung falou firme e pude ver seu olhar matador.

- Oppa, não posso arriscar agora. Pelo que vejo há muito mais em jogo do que um simples casamento, ou acordo de negócios. - falei segurando sua mão.

- Ela tem razão. Tem algo por trás de tudo isso. - Seungho concordou.

- Claro que tem, eu sou a unica herdeira viva das empresas SunHee, e o mesmo vale para Sung Keum. Eles querem matar um ao outro em busca de vingança e mais poder. - Expliquei.

- Temos que deixá-la ir CheonDung, desta vez vamos armar um plano definitivo. - G.o falou com certo pesar.

- Com uma condição. Me dê seu endereço. - Ele pediu. 

Eu anotei no caderno de Mir.

- Não faça nenhuma bobagem. - pedi 

- Fique com ele. É uma linha especial. - ele falou me entregando um celular.

- Não vai precisar dele? - perguntei

- Esse foi meu pai quem deu. Tem localizadores. - Seungho explicou.

- Se algo acontecer, basta apertar esse botão e todos nós receberemos um alerta e sua localização. - Seungho explicou

Eu peguei o celular e coloquei na bolsa. 

- Agora preciso ir. Eu vim com um prima de Sung Keum.

CheonDung segurou minha mão e beijou minha testa. 

- Eu te amo tanto. - ele sussurrou me abraçando

- Eu também te amo. - sussurrei em seus braços

Ele me avaliou preocupado e parecia em conflito. Não queria me soltar.

- Eu vou ficar bem. - sussurrei.  

Ele me soltou aos poucos e assim pude ir.

Assim que saí procurei Gae In. Ela estava na portaria olhando ao redor. 

- Onde esteve? - ela perguntou preocupada

- Eu foi ao banheiro, mas acabei me perdendo. São muitos corredores. - menti 

- Hum. - ela falou parecendo desconfiada

- Que sorte a sua, ele te chamar ao palco. - Ela falou me analisando.

- Verdade. Mas quem vai odiar saber disso é seu primo. Ele não gosta que eu me exponha. - dei uma desculpa enquanto entravamos em seu carro.

- É só não dizermos a ele. - ela falou com um sorrisinho travesso. 

Eu sorri de volta e assenti.

- Ele não vê TV mesmo. - ela disse dando ombros.

Assim que chegamos em casa. O sr. arrogante estava nos esperando. 

- Hey. - Gae In gritou contente. 

- Oi. - ele falou com um sorriso largo no rosto. 

Percebi que nunca tinha visto Sung Keum sorrir. Não assim. Apenas via risadas malignas e cheias de ironia. 

Ela o abraçou e eu percebi seu olhar frio me fitando. Apenas desviei o olhar. 

- Onde foram? - ele perguntou a sua prima.

- Ver seu vestido. Na verdade foi bem difícil, ela fica bonita em qualquer vertido. - Gae In disse sorridente.

- Não duvido disso. - Sung Keum disse com um olhar maldoso. 

Assim que sua prima foi embora eu vi Sung Keum me encarando. 

- Por que demoraram tanto? - ele perguntou

- Sabe, não é fácil escolher um vestido. - falei revirando os olhos e depois fui em direção as escadas. 

Ele segurou meu braço e me pressionou contra o corrimão da escada. 

- Sabe que se estiver mentindo eu vou descobrir. - ele sussurrou em meu ouvido ameaçadoramente.

Eu congelei no lugar. 

- Sabe, ela tem razão sobre sua beleza, pode ser divertido casar com você. - Ele sussurrou com a voz suave passando o nariz em meu pescoço. 

Nunca senti tanto medo como estava sentindo nesse momento. 

Ele mordeu meu pescoço e eu fiquei mais do que alerta. Eu queria bater nele. Sentia nojo dele. 

Ele passou suas mãos em meu bumbum e apertou com força. Seu olhar negro se voltou para mim e eu tremi. 

- Isso pode ser bom para nós. - Ele sussurrou me apertando contra ele. 

O pânico passou por mim como uma tsunami. Eu não sabia o que fazer.

Ouvi barulho estranho e percebi que era seu celular. 

Ele sorriu e olhou a tela de seu telefone. Depois ele entrou em seu escritório. 

Eu corri para meu quarto e tranquei a porta. Eu respirei pesadamente e deitei na cama tentando me acalmar. 

Ao lembrar de Cheondung me acalmei quase que instantaneamente. Peguei o telefone na bolsa e coloquei no vibratório. Nem percebi, mas haviam algumas mensagens nele. 

Oi, sou eu, CheonDung. Você está bem? - sms 1

Violleta, ele fez algo a você? - sms 2

Por que não responde? - sms 3

Deus! Estou lutando para não ir até ai! - sms 4

Apenas responda alguma coisa Violleta! - sms 5

 

Eu sorri e pensei em suas expressões exageradas de preocupação ao digitar essas mensagens. 

Oppa! Estou bem! Não se preocupe. 

Não demorou nem mesmo minutos e vi outra mensagem. 

Aigo! Quer q eu morra de preocupação? Temos que dar um jeito de nos encontrar. Seungho tem um plano. 

Amanhã vou buscar meu vestido ás 3 p.m 

Não fale nesse casamento. Eu não vou permitir isso. 

Depois de acertar os detalhes me deitei. Estava realmente cansada. 

Batidas na porta me assustaram e eu fui atender. 

- Abra Violleta, já disse sobre trancar a porta. - Sung Keum falou nervoso.

- Ottoke? - sussurrei.

Eu me ajeitei e fui até a porta. 

- Abra já! - ele gritou sacudindo a porta. 

Eu abri e vi sua expressão furiosa. 

- Por que trancou? - ele perguntou 

- Não sei, eu apenas fechei e me deitei para dormir. - menti sem olhá-lo.

- Você ficou assustada? - Ele disse me avaliando.

Ele riu ruidosamente e me puxou para si.

Meu corpo todo tremeu. Eu coloquei minhas mãos em seu peito para me afastar, mas ele é bem forte. 

- Por favor, me solte. - eu sussurrei apavorada.

Ele riu como se eu tivesse contado uma piada.

- O que foi querida? - ele sussurrou

- Está com medo de seu futuro marido? - ele disse beijando meu pescoço.

- Apenas não é o momento para isso. - por mais que eu tentasse minha voz saía falhada.

- Se acalme querida, não vou fazer nada com você hoje. Só vim avisar que preciso sair. E haverá seguranças aqui. Nem tente nenhuma gracinha. - ele avisou

Eu assenti e tentei empurra-lo novamente. 

- Acho melhor se acostumar com a ideia de estar comigo. Por que não vou me conter depois que estivermos casados. - ele ameaçou

Sung Keum pressionou seus lábios nos meu com força. Eu o empurrei e vi seu rosto vitorioso. Ele riu e me empurrou para o quarto. Sung Keum trancou a porta por fora e foi embora. 

Passei a mão na boca limpando quaisquer vestígios dele que houvesse em mim. Mesmo ele não tendo avançado tando eu me sentia suja toda vez que ele me tocava. 

Depois de escovar os dentes repetidas vezes eu fui dormir. Meu sono não foi nada tranquilo. 

Ainda era madrugada e eu não conseguia dormir. Tinha pesadelos recorrentes. Todos com Thunder. Ele sempre ia embora, e tudo ficava escuro. 

Peguei o telefone e liguei para o oppa. Na segunda chamada ele atendeu.

- Violleta? Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou assustado com a voz rouca

- Não, desculpe, apenas precisava ouvir sua voz. - sussurrei. 

- Não se preocupe, logo tudo isso vai acabar. Eu prometo! - sua voz era doce e firme e isso me deixava segura. 

- Obrigada! 

- Feche os olhos. - ele pedi

- Ok.

Eu fechei e esperei.

O oppa começou a cantarolar uma melodia doce e eu me derreti. 

Sua voz doce me preenchia e levava todos os sentimentos ruins para longe. Eu me sentia leve e tranquila. 

- Boa noite minha pequena. - ouvi seu sussurro.

- Boa noite oppa. Sinto sua falta. - E isso foi tudo que consegui dizer antes de cair em sono profundo.

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Foi bem difícil convencer Sung Keum me deixar ir buscar o vestido. Gae In não poderia ir junto e ele também não. Eu convenci pedindo que mandasse seguranças comigo. Assim ele concordou, mas sobe um pilha de ameaças. E para completar haveria  um jantar de gala no salão da empresa. Seria chato e eu teria que ir. Com ele!

Entrei na loja e pulei de surpresa ao ver as vendedoras cochichando sem parar. Olhei mais a frente e senti meu coração gelar com a surpresa. Park Sandara estava olhando alguns vestidos. A mulher que me atendeu antes veio até mim eme levou até meu vestido. 

Fiquei em choque ao ver Sandara piscando para mim. Isso deve ser brincadeira! 

A ela me entregou o vestido e me levou a cabine de prova. A loja estava vazia e eu apostava que era pela presença de Dara. O mais surpreendente era que eu pude entrar. De ver ser pela influencia meu "noivo". 

Assim que entrei na cabine dei um pulo com o susto. Thunder estava encostado na parede com o olhar sério. 

Ele me puxou para ele e me abraçou dando um beijo em minha testa.

- Senti sua falta. - ele disse me apertando ainda mais contra ele

- Também senti a sua. - falei enterrando meu rosto em seu peito.

- Como conseguiu entrar? - perguntei curiosa

- Dara! Era para eu estar na ala masculina, mas fugi para cá. Ela me ajudou distraindo as vendedoras. - Ele falou com um sorriso bobo no rosto.

Eu sorri também e agradeci mentalmente a Dara.

- Temos que ser rápidos. - Ele sussurrou

- Preste atenção. Você precisa colocar isso no computador de Sung Keum. - ele disse me mostrando um pendrive.

- Depois apenas siga as instruções desse papel. - ele disse entregando um folha. - Faça isso antes do casamento. Ainda hoje ou amanhã. 

- Ok.

- Me avise quando for, mandaremos alguém até a empresa Sung. Seungho tem tudo planejado. Seung Keum sairá de seu escritório e ai será sua oportunidade. 

- Hoje á noite haverá um jantar de gala no salão da empresa. Pode ser que consiga. - disse esperançosa.

- Ótimo. Mas caso precise de ajuda avise.

Eu assenti e coloquei o papel e o pendrive na bolsa. 

- Agora eu preciso colocar isso. - falei apontando para o longo vestido.

- Eu fecho os olhos. - ele falou com um sorriso travesso.

- Ainda não posso sair. - ele explicou

- Oppa, pelo menos vire de costas. - pedi

- Aish! - ele resmungou e virou

Tirei minhas roupas rápido e escorreguei para dentro das camadas do vestido. Era realmente lindo. Nem havia prestado atenção aos detalhes quando o escolhi.

Percebi o oppa olhando para mim em conflito. 

Ele ficou atrás de mim e me ajudou com o fecho. 

- Você está realmente linda. Deslumbrante. - ele falou olhando meu reflexo parecendo sem ar. 

- Obrigada. - disse corando um pouco.

- Ficaria mais feliz se eu fosse quem te esperaria na igreja. Você estaria vestida para mim. - ele falou como se para si mesmo.

Ele passou os braços em minha cintura e me abraçou por trás. 

Por um momento me permiti acreditar na ilusão que o espelho mostrava. Eu vestida de noiva ao lado de SangHyun. Eu seria sua e ele seria meu. 

- Acho que agora você precisa sair. - ele falou baixo 

Ele segurou meu rosto e deu-me um beijo demorado na testa.

Eu senti que ele estava se segurando por alguma razão. 

Eu também sentia sua falta.

Antes que eu saísse o ouvi sussurrar.

- Bogo-shipo! Saranghae Violleta. 

Eu voltei e o abracei forte. Distribuí beijos demorados e suaves sua testa, suas bochechas, seu nariz, seu queixo e por ultimo em seus lábios. O oppa segurou firme minha cintura e me puxou para ele. Nosso beijo foi desesperado e faminto os lábios do oppa pressionavam o meu com vontade. Era como se nunca fosse o suficiente. Ele distribuiu beijos em meu pescoço e parou de repente. Eu sentia sua respiração pesada em meu pescoço. Ele me puxou para ele e me abraçou novamente. 

- Você precisa ir agora. - disse olhando em meus olhos. 

Eu sai ainda um pouco tonta e fui até o grande espelho que estava á frente. E me olhei. A vendedora apareceu e sorriu.

- Ficou ótimo, boa escolha! - ela elogiou.

Eu assenti olhei mais uma vez meu reflexo. 

- Está tudo certo? Ou ainda precisa de ajustes? - ela perguntou avaliando o vestido.

- Está ótimo. Vou levá-lo. 

Sung Keum deixou tudo acertado, para que eu não escolhesse nada simples. Esse foi o vestido menos extravagante. Ele queria controlar até mesmo meu vestido. Isso era irritante. 

Voltei a cabine e entristeci ao ver que Thunder havia ido embora. 

O meu segurança pegou a enorme caixa com o vestido e eu peguei os sapatos e acessórios. 

Era triste e monótono fazer isso sozinha. Mas eu não tinha muitas opções.

Cheguei em casa e vi que Sung Keum já havia voltado. 

- Chegou cedo. - observei. 

As empregadas levaram as coisas para meu quarto. 

Queria ter certeza de que voltaria. - ele disse dando de ombros.

Eu suspirei e andei em direção ao meu quarto. 

- Vá se arrumar, logo sairemos para o jantar.Não me faça esperar! ele avisou e entrou em seu escritório.

Eu estava ansiosa e preocupada. Se eu fizesse algo errado, tudo iria por água abaixo e isso colocaria todos nós em risco. Respirei fundo e coloquei as instruções e o pendrive na pequena bolsa.

Sung Keum andava impaciente de um lado para o outro na sala. Desci as escadas um pouco apressada e com dificuldade por causa do meu vestido longo. 

- Está ótima. - ele disse com um brilho estranho no olhar.

- Obrigada. - falei sentindo um pouco apreensiva.

O caminho foi quieto e perturbador. Sung Keum me olhava forma estranha e isso me deixava com um pouco de medo.

Sung Keum estava falando com alguns convidados. Ele parecia uma pessoa totalmente diferente. Parecia até mesmo simpático. Ele olhou para mim e me chamou. Eu respirei fundo e me levantei. 

Agora é hora da minha encenação. 

Ele passou o braço em minha cintura e sorriu. 

- Essa é SunHe Violleta. Minha futura esposa! - ele me apresentou

Os cumprimentei formalmente e senti olhares em mim. Principalmente o de uma mulher. Ela era muito bonita, usava um vestido negro longo e cabelos em um penteado elaborado. Ela me deu um sorriso falso e continuou me avaliando. 

- Parabéns. Parece que teve sorte. Ela é linda! - Disse um estrangeiro. Ele era alto tinha cabelos caramelo e sotaque forte. 

- Obrigado Alex. - Sung Keum - falou parecendo um pouco incomodado

- Como se conheceram? - A mulher que me encarava perguntou olhando diretamente para Sung Keum.

- Quer que eu conte, ou você amor! - Sung Keum perguntou me deixando desconfortável e surpresa. 

ESPERA AI! ELE ACABOU DE ME CHAMAR DE AMOR? OI? QUÊ? 

- Pode falar querido, você é melhor com as palavras. - disse amável, sorrindo para ele.

- A conheci através de seu avô. Um dia estávamos em jantar e ele nos apresentou. Ela é linda e tem uma personalidade forte. No início ela me rejeitou, mas eu não desisti e tentei conquistá-la de todas as maneira. Até que finalmente ela cedeu. E agora estamos juntos, casaremos depois de amanhã. - Ele contou a verdadeira história, ocultou fatos acrescentou outros, mas percebi seu olhar negro para mim.

Depois de toda aquela conversa inútil e sorrisos falsos me retirei com a desculpa de ir ao banheiro. 

Mandei uma mensagem para Thunder avisando que iria agora. 

Respirei fundo e subi as escadas. Haviam seguranças próximos ao elevador. 

Estavam todos distraídos com o jantar e não perceberiam minha ausência.  

Porque seu escritório tinha que ser no ultimo andar? Pensei. Ao chegar no 5° andar decidi arriscar o elevador, não havia ninguém ali. Lembrei de algo que me fez estremecer. Haviam câmeras por todo lado. Disquei o numero de CheonDung oppa.

- Oppa, tem muitas câmeras! - falei nervosa assim que ele atendeu.

- Escute, o pai de Seungho subornou o homem que trabalha na sala de segurança. Tudo vai ficar bem. - ele avisou

- Ok.

Assim que a porta se abriu eu sai depressa e parei embaixo da mesa da secretária. Havia um segurança ali. Como eu passaria? 

Ele iluminou o local com a lanterna e foi em direção ao elevador. Assim que ele entrou eu corri entrei na sala de Sung Keum. 

Tomei algumas respirações para me acalmar e tranquei a porta. Sentei em frente a seu computador e soquei a mesa ao ver que havia uma senha. 

Tentei algumas senhas, como seu nome, idade data de nascimento e nada. Leguei para o oppa. 

- Oppa, tem uma senha no computador, não vou poder fazer nada se não souber a senha. Já tentei seu nome, o nome de sua mãe, de sua prima data de nascimento e nada.

Ouvi o oppa suspirar e avisar aos outros. 

- Violleta sou eu, G.o. Tente Sung Chung-Ho. Este é o nome o avô de Sung Keum. 

Eu digitei. O computador iniciou e eu vibrei de felicidade.

- Estava certo oppa. Essa era a senha. - avisei

Coloquei o pendrive e segui o processo de instalação descrito no papel. 

Códigos e mai códigos apareceram e eu esperei até terminar. Estava demorando demais.

Um aviso de conclusão piscou na tela e eu retirei o pendrive depois desligando o computador. Assim que fechei o notebook ouvi um barulho na tranca da porta. 

Me escondi embaixo da mesa e tentei me acalmar. 

Ouvi vozes alteradas e percebi que era Sung Keum com uma mulher. 

- Você tinha dito que casaria comigo! - ela gritou 

- Eu realmente quero ficar com você, mas há algo importante. Isso vai acabar logo eu prometo. - ele falou de forma gentil

- Assim espero! - ela falou ainda nervosa.

- Você sabe que vou acabar com ela e o avô dela logo depois do casamento, não sabe? - Ele perguntou com o tom de voz baixo e frio.

Meu coração gelou com suas palavras. 

- Espero que esteja sendo sincero, ou eu mesmo vou matá-la! - ela vociferou e ouvi seus saltos baterem para longe. 

A porta bateu e eu voltei a respirar normalmente. Olhei em volta desconfiada e esperei cerca de dez minutos. Mandei uma mensagem para o oppa dizendo que estava feito. E ele avisou que Mir estaria a caminho. 

Desci pelo elevador, assim que saí vi dois seguranças de costas logo ao lado. Andei apressada até a saída e esperei Mir. 

Ouvi uma moto veloz vir  e me afastei da pista. A moto parou e vi quando o homem tirou o capacete. Era Mir. 

- Oppa! - chamei 

Entreguei o pendrive a ele e sorri. Uma mistura de nervoso e esperança passou por mim.

- Ótimo trabalho dongsaeng! - ele disse sorridente e guardou o pendrive.

- Vá antes que o vejam. - falei olhando em volta. 

Ele colocou o capacete e ligou a moto. Ele sumiu no horizonte e eu entrei. 

Fui até o banheiro e me livrei do papel. Joguei no vaso dando descarga.

Assim que saí tive uma pequena surpresa. Aquela mulher de antes, a que me encarava estava me esperando encostada a pia.

- Você sumiu querida. - ela disse com uma sobrancelha arqueada.  

- Não estou me sentindo bem. - expliquei

Ela apenas continuou a me avaliar. 

- E estava fazendo o que lá fora? - ela perguntou me pegando desprevinida

- Tomando ar fresco. - falei normalmente. 

- Preciso voltar agora, desculpe. - falei saindo do banheiro e indo em direção a festa.

Sung Keum me encarou bravo e eu me encolhi. Acabei de ouvir que ele mataria meu avô e eu. Eu queria correr para o mais longe possível. Mas precisava continuar firme ali. 

- Onde estava? - ele perguntou me encarando.

- Não me sento bem. - falei a ele 

Ele não pareceu acreditar muito. 

- Sente-se, já vamos para casa. - ele disse finalmente

Eu assenti e vi ele se despedir de seus amigos. 

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Acordei com uma sensação boa de esperança. Mas minha expressão mudou ao ver Sung Keum encostado na porta me encarando com o rosto vazio. 

- Sabe Violleta, tenho sido um homem paciente. Te dei varias chances e você jogou todas elas pela janela. - Ele disse com a voz fria enquanto se aproximava.

Ele pegou algo em seu bolso e jogou em mim. Era um colar. Meu colar! Eu usei ontem.

- O que tem isso? - perguntei ainda confusa

- Sabe, uma faxineira encontrou em meu escritório. - ele disse sentando na cama me encarando ameaçador

Eu tremi e senti o ar escapar de meus pulmões.

- Não entendo. - fingi com a voz falha

- Posso explicar para você. Eu sou muito observador, sei que isso é seu e que estava com ele ontem. 

Eu me manifestei a falar mas ele tapou minha boca.

- Espere, o melhor ainda está por vir. - ele disse com um sorriso perverso

- Meu computador tem um marcador de acesso e eu tenho certeza que não mexi nele ontem à noite.

- Vamos ligar os fatos. Você sumiu por um bom tempo, seu colar foi encontrado em minha sala e depois alguém viu você sair do prédio. O que será que aconteceu? - ele falou apertando meu rosto. 

- O que você fez? - ele perguntou bravo. 

- Nada! - falei nervosa

- O que fazia em minha sala? - ele perguntou puxado meus cabelos com força. 

Eu não sabia o que dizer ou fazer. 

- Você e seus amiguinhos estão tramando algo não é? - ele gritou me sacudindo com força.

- Não! Eles não tem nada haver com isso. Não os vejo desde que vim para cá. - menti desesperada para protegê-los. 

Ele me puxou pelo braço e a empregada entrou. 

- Faça as malas dela. - ele berrou para empregada.

Ela me olhou assustada e assentiu.

Ele me arrastou até a sala e me jogou no sofá.

- Você está dando mais trabalho do que eu esperava. Mas isso não vai ficar impune querida. - ele ameaçou irônico

A empregada desceu com a mala e levou para fora. 

Entramos no carro e Sung Keum deu a partida. 

- Pronta ter uma vida longa e infeliz ao meu lado? - ele perguntou com um sorriso maquiavélico nos lábios.

Violleta Pov. off

Thunder Pov.on

- Consegui! - Seungho gritou 

Entrei no quarto dele e o vi sorrindo. 

- Consegui CheonDung! Vamos pegá-la. - Ele falou se levantando 

- Antes temos que entregar isso a polícia. - avisei sem consegui conter um sorriso de alívio. 

- Tem coisas muito piores aqui CheonDung. Coisas como conferencias com gente do mercado negro, fraude, roubo. Não tem como ele fugir disso. - Seungho comentou um pouco assustado com o que via

Fomos todos até a delegacia. O delegado nos recebeu com uma cara de espanto e pareceu nervoso.

- Temos uma denuncia a fazer contra Sung Keum. - felei rápido

O delegado tossiu e nos encarou confuso.

- O que vocês teriam contra Sung Keum? - ele questionou assustado

- Temos provas! Veja! - Seungho falou colocando papeis e um pendrive na mesa.

- O que significa isso? - ele perguntou olhando os papeis.

- Perseguição, tentativa de assassinato, ligações com o mercado negro, fraude, roubo e muito mais. - Seungho explicou 

O delegado parecia assustado ao olhar os papeis. 

- Isso é muito grave! - ele falou acenando para um policial. 

- Onde conseguiram isso? - ele perguntou

- Isso tudo estava no computador de Sung Keum, que fica no escritório dele. - G.o falou

- Mande alguém buscar esse computador! - Ele ordenou ao policial.

- Desculpe, mas qual a ligação entre vocês e Sung Keum? - ele perguntou

- Ele ameaçou uma amiga nossa para que casasse com ele. É por ela que estamos aqui. Ela corre perigo perto dele. Ele já a machucou antes. - G.o contou

- Vamos agora resolver isso. 

- Vamos junto. - Falei 

- Tudo bem, mas nos deixem cuidar disso. - ele avisou

O delegado conseguiu o endereço da casa de Sung Keum e nós fomos para lá. 

Eu estava ansioso e G.o colocou a mão em meu ombro dando-me apoio.

Os policiais chamaram e um segurança atendeu.

Não consegui ouvi o que falava, mas pela cara do policial não era nada bom.

- Ele saiu cedo junto com sua noiva. - o policial falou 

- Não! Pode ser mentira. - falei nervoso

- Acalme-se por favor! - o delegado pediu

Eu respirei fundo e passe a mão nos cabelos em sinal de frustração.

- Temos um mandato de busca e apreensão. Queremos verificar a casa. - um dos policiais falou ao segurança

O segurança assentiu e mandou abrir os portões. Entramos na casa e não pude deixar de notar o quão vigiado era. Haviam inúmeros seguranças e muitas câmeras.

Nós entramos na casa e vi um espaço luxuoso logo a frente. Uma sala de estar.

Empregados fizeram fila e o delegado fez perguntas a cada um deles. Todos pareciam nervosos e não sabiam o que dizer. O delegado mandou os policiais vasculharem a casa. 

- Onde era o quarto dela? Alguém pode me levar? - perguntei 

O delegado me olhou surpreso e olhou para os empregados esperando uma resposta. 

Uma mulher de meia idade fez uma reverencia e me conduziu até lá. 

Ela parou em uma porta no fim de um longo corredor e abrir. 

- Sinto muito! - ela falou em lágrimas

Eu entrei no quarto e vi a cama desarrumada e seu closet com cabides vazios.

- Ele a levou não para onde. Ele machuca a pobre menina. - a empregada soluçava.

- Não sei para onde foram. Não podia fazer nada. - ela falava entre soluços

- Ele mandou arrumar sua mala e também separar seu vestido de noiva. Ele vai forçá-la a casar-se com ele. - a mulher falou nervosa

Eu senti meu peito se comprimir e depois veio a dor.

- Você ouviu alguma coisa a mais? - perguntei controlando o tom de voz e minha respiração.

- Ele disse que ela invadiu seu escritório, perguntou se ela estava armando alguma coisa. Disse que isso não ficaria assim e ele se vingaria.

Meu coração se apertou e eu me apoiei na parede tomando uma respiração longa.

Ele a sequestrou! 

Ele a levou de mim novamente!

Senti meus joelhos tremerem e serrei minhas mãos em punhos. 

O delegado entrou junto com G.o e Seungho. 

Algo me chamou atenção e uma onda de desespero tomou conta de mim. Toda a esperança que sentia foi massacrada. O telefone dela estava ali, em meio aos travesseiros. Era o fim! 

- Não, não! A Violleta não! - eu falei para mim mesmo entre respirações pesadas.

- Não! - eu gritei e caí de joelhos

Senti meu mundo desabar, algumas lágrimas desceram em meu rosto e senti como se algo fosse arrancado de mim com força. 

Tudo ficou mudo ao meu redor. Só pensava nela e no que ele poderia fazer a ela. Eu podia ouvir as batidas fracas e doloridas do meu coração.

Eu a perdi! 


Notas Finais


Juro que lutei contra mim mesma ao escrever esse cap! Tadinho do Thunder... Bem foi isso, espero tenham gostado.. Bjs!!!


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