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História Acordos - Confronto.


Escrita por: PipocaSinger

Notas do Autor


Boa noite, amores (ou bom dia / boa tarde -Depende da hora que você estiver lendo isso)! Como estão?

Bem, hoje não é sábado, o que significa que não é dia de atualizar a fic, mas por motivos de: "Eu tô tão atolada com coisa da escola que mal estou respirando" eu vou postar o capítulo hoje, que tive mais ou menos uma folga para não correr o risco de soltar o capítulo atrasado depois (por que vou ter aula amanhã).

Quero aproveitar para agradecer os comentários de vocês no capítulo anterior, vocês são maravilhosos <3 e dizer que estou muito contente com o retorno que estão me dando nessa história.

Obrigada a quem se interessou pelo meu "trabalho" e decidiu conhecer outras de minhas histórias, cada nova notificação é um motivo de felicidade para mim.

Antes de lerem o capítulo já quero pedir para que não me matem, independente do que leiam aqui haha'. Eu revisei o capítulo, mas desculpem por qualquer erro que possam encontrar.

Confesso que estou alterando algumas coisinhas que não estavam planejadas para a história, mas fazer o quê se a ideias vêm? Preciso aproveitá-las.

Sem mais delongas, aproveitem o capítulo e boa leitura a todos!

Capítulo 11 - Confronto.


Por um momento Hinata sentiu seu coração congelar dentro de seu próprio peito, mas imediatamente retomou a postura autoritária e confiante e disse com a voz firme:

- Desde que o conheci percebi que não possuía o mais perfeito dos juízos, mas vejo agora que o senhor é completamente louco. De onde tirou essa história? Eu poderia mandar decapitá-lo por tamanho desrespeito, sabia?

Sem pressa ou preocupação, Naruto jogou-se na cama tranquilamente, fitando o teto acima de sua cabeça.

- Não foi difícil descobrir mais a seu respeito, pesquisar seu passado. Nas minhas “investigações” descobri que você possuía um grande soldado a seu serviço, Inuzuka Kiba, capitão de seu exército, que morreu lhe protegendo de seu ex-noivo, Otsusuki Toneri. Ele me pareceu um bom soldado, fiel à sua princesa e até então eu poderia não ter desconfiado de nada.

“Até que soube de seu comportamento após a morte dele, soube que agiu como se nada daquilo lhe afetasse, que não participou das homenagens. Acontece que conhecendo-a como agora conheço sei que não abriria mão desse tipo de compromisso sabendo a visão que o povo e o conselho teria de você com base nessas atitudes. Logo, pude concluir que Kiba não era um simples soldado, você gostava dele e não soube lidar com sua morte, por isso fugiu dos olhos de quem quer que pudesse ver o quanto estava afetada.”

- Isso é uma mentira, eu estava com o meu pai. - Defendeu-se contrariada.

- Não, você não estava. Seu pai havia sim se ferido gravemente durante a invasão de Toneri, mas você não estava com ele porque o estado em que o rei se encontrava era tão crítico que apenas os seus mestres lhe acompanhavam durante todo o dia.

“Eu tenho me ferido bastante em suas batalhas, acabei fazendo amizade com aqueles que cuidam de meus ferimentos.” - Explicou.

- Isso não prova nada.

- Sei que não. Então fui pesquisar mais um pouco e advinha o que descobri? Você nunca teve que cuidar dos ferimentos de guerra de seu amado o pai, ele sempre foi tratado pelos maiores mestres e melhores curandeiros do reino. Se não me engano, quando você me fez um curativo  disse-me que aprendeu toda aquela perícia cuidando de Hiashi. Parece-me que você mentiu.

“É claro que este fato isolado não diz nada, apenas que você aprendeu a tratar ferimentos graves de batalha sem nenhuma explicação. A menos que costumasse cuidar de um certo soldado que daria a própria vida para protegê-la.”

- Você está apenas supondo coisas. - Defendeu-se.

- E é essa a graça do jogo. Eu cresci com uma mulher chamada Tsunade, ela era viciada em apostas, o problema é que ela sempre perdia. Aprendi vendo-a jogar a não cometer os mesmos erros e me tornei um exímio apostador.

“Eu estou dizendo que você não é virgem e que não mandaria me decapitarem por isso porque eu exigiria um julgamento e você seria forçada a provar diante de todos a sua virgindade, o que você não vai fazer porque só vai provar que eu estou certo e a vergonha cairá sobre sua corte, uma vez que tanto o seu Conselho quanto você própria pregam a castidade como símbolo maior de suas honras. Neste momento eu estou apostando a minha vida nisso, então diga-me Hinata, estou certo ou não?”

Naruto sentou-se na cama, fitando os olhos perolados com intensidade.

- Você tem dez segundos para se desculpar.

- Responda a minha pergunta.

- Sete.

- Você aprendeu a disfarçar suas emoções muito bem, sei que é algo que a corte exige que aprendamos porque é preciso lidar com uma horda de mentirosos através de mentiras e disfarces, porque ninguém se expõe de verdade, estão sempre usando máscaras. Eu entrei para essa vida muito cedo, mesmo que tenha nascido como princesa, eu cresci como rei, sei ainda melhor como funcionam as coisas. Ao invés de me especializar na arte das mentiras eu me dediquei a encontrar a verdade em cada movimento, cada expressão e reação das pessoas. Asseguro-lhe que sou muito bom em descobrir quando estão mentindo para mim, então lhe peço, para pouparmos maiores constrangimentos, que apenas responda, sem mentiras.

Hinata engoliu em seco, sentindo o suor frio descer aos poucos de sua nuca.

- Você se acha muito esperto me acusando desse jeito, mas lamento lhe informar, colocou sua vida em jogo por uma causa perdida.

- Você está mentindo.

- Não estou.

- Essa é outra mentira.

- Cale-se!

- Me prove que está me dizendo a verdade então. - Levantou-se rapidamente da cama.

- O que você quer?

- Quero reivindicar meus direitos como marido.

Os olhos de Hinata arregalaram-se conforme compreendeu o que estava acontecendo.

- Você disse que não me forçaria.

- Não estou forçando. Estou te dando uma escolha. Prove que está me dizendo a verdade ou encare uma discussão comigo a respeito disso, aviso que não desisto e não costumo perder. - A voz de Naruto era firme, ao passo que a de Hinata tornava-se cada vez mais vacilante.

- Não pode estar falando sério.

- É claro que estou. Então, o que vai ser? - Naruto aproximou-se ainda mais, estavam a poucos centímetros um do outro.

- Você é um estúpido! - Bradou antes de deferir-lhe um tapa no rosto. - Eu estive com Kiba sim, se é isso que quer saber! Está satisfeito? Eu não sou a princesa perfeita que lhe prometeram e o que vai fazer agora? Reclamar? A quem? Eu sou a rainha e mais ninguém pode me condenar pelo que já fiz. - Hinata gritou esperando que aquilo fosse o suficiente, aquelas acusações deveriam acabar ali.

Naruto esfregou o rosto onde levara o tapa.

- Sua mão é bem mais pesada do que parece. - Disse simplesmente, calmo.

- O quê? Que jogo é esse?

- Jogo? Nenhum.

- O que você quer, Naruto? O que pretendia com isso? Me chantagear? Estava preocupado com o fato de que não gostasse de você porque já havia provado algo melhor?

- Bem… Não. - Sorriu. - Primeiro, não comece as comparações, nós nunca tivemos nada, mas se isso lhe perturba, duvido que esse Kiba consiga me superar. Segundo, chantagear você? O que pensa que eu sou? Hinata eu nunca me prendi a essa história puritana, sou um defensor da busca pelos prazeres e não vou te condenar por ter cedido ao seu. Eu só queria que assumisse, porque sei que naquela noite, na noite do nosso casamento, havia medo naquelas lágrimas e eu não quero que sinta medo de mim. Se você se envergonha do que fez, bem, esse seu segredo morrerá comigo. Não serei eu a revelá-lo a quem quer que seja.

“Eu só peço que pare de criticar o meu comportamento quando nem você se mantém fora dos padrões de crítica. Não haja como se fosse perfeita porque você não é, evite toda essa hipocrisia comigo. Mas quer saber de uma coisa? Todos temos nossos defeitos e você não deve se esconder dos seus desse jeito.”

“Não quero que mantenha esses segredos de mim porque passaremos uma eternidade juntos e se você não for capaz de me amar algum dia, quero que ao menos confie em mim, que tenha plena certeza de que não só você, como todos os seus segredos, estão seguros comigo.”

O choque daquelas palavras a fez vacilar, queria tanto poder confiar em alguém, mas sabia que não podia. O seu passado não era apenas sua vergonha, era muito mais do que isso. Seu passado era seu pesadelo, seus medos e temores. Seu passado era tudo que não conseguia suportar.

Por isso, aquela história teria que bastar, teria que ser suficiente para que ele não fizesse mais perguntas. Por esse motivo, ela teria que manter sua atuação pelo resto de sua vida ao lado do loiro.

- Obrigada. - Murmurou lacrimejante, ao menos as lágrimas não eram falsas, ser confrontada dessa forma realmente a abalava, não era fácil ter que reviver mentalmente aquele horror. Estava perdida, culpava-se de certa forma por mentir para alguém como Naruto, que nos últimos dias mostrara-se tão doce e compassivo com ela. Encontrava-se, também, surpresa pela reação dele, lhe era grata por compreendê-la, mesmo que na mentira.

- Podemos tentar um novo começo? Sinceros um com o outro? - Perguntou secando as lágrimas silenciosas que rolavam sobre a face cálida da Hyuuga.

- Podemos. - Respondeu com um sorriso fraco. O misto de emoções verdadeiras, funcionando como empurrão para a mentira parecia tê-lo convencido.

- Ótimo. - Puxou-a para um abraço, sorrindo. - Aqui, supondo que a gente um dia tenha alguma coisa… Vai ser mesmo difícil superar esse tal de Kiba?

Hinata não conteve o riso antes de se afastar dele, tentando parecer indignada.

- Majestade!

- O quê? É preciso conhecer a concorrência. - Deu de ombros sorrindo.

O sorriso de Hinata diminuiu conforme o analisava. Deu atenção a todos os traços rudes e belos do rosto do marido, desde barba que começava a crescer de novo até o brilho indestrutível dos olhos. Tudo ali demonstrava confiança e sinceridade, tudo que ela não tinha, mas, na certeza de que ele estaria ali, protegendo-a sempre e, como ninguém jamais conseguiu, fazendo-a rir das piadas mais idiotas, naquele exato momento, vendo-o sorrir, sentiu que embora não fosse completamente sincera com ele, embora aquela não fosse a verdade (pelo menos não toda a verdade), se conseguisse deixar seu passado de lado, poderia enfim viver de novo e ser feliz ao lado do homem que agora tivera a certeza de estar amando.

Naruto começava a estranhar o silêncio da morena, mas antes que pudesse dizer alguma coisa sentiu-se ser abraçado novamente.

- Vai ser bem difícil. - Sussurrou ao ouvido do loiro antes de se afastar rindo mais uma vez e pular sobre a cama.

- Ei! Volte aqui, Hyuuga! Me conte direito essa história.  

 


Notas Finais


Mais uma vez, por favor não me matem por manter esse segredo da Hina ><
Eu ia mesmo revelar ele nesse capítulo, mas acabei tendo uma ideia para uns capítulos posteriores que precisava que o mantivesse esse mistério. Sorry ><

Queridos, já quero avisar aqui que, como eu estudo em uma escola federal e por causa dos movimentos estudantis que explodiram no país recentemente, eu acabei ficando cheia de coisas para fazer nesse último mês de aula e terei que repor os dias perdidos nas manifestações em todos os sábados de Dezembro, isso pode sim acabar atrapalhando a postagem dos capítulos no sábado (to ficando sem tempo para escrever), mas já tenho alguns capítulos prontos e espero que sejam suficientes para manter o compromisso de postar toda semana.

No mais, obrigada mesmo a quem leu até aqui.

Preciso pedir os comentários lindos de vocês? (juro que tento responder sempre) ><

Bjos da autora que ama vocês e até o próximo capítulo :)


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