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História Adolescentes em Crise 4 - Segunda Geração - Explosão no Estacionamento


Escrita por: violetrevive

Notas do Autor


Boa leitura <3

Capítulo 67 - Explosão no Estacionamento


Uma semana mais tarde, o que a Bia tinha me dito sobre o meu pai, havia se cumprido. Ele perguntou para todos os meus amigos na sexta-feira se o Maçã tinha ido ao colégio em algum momento só para me ver. E eu só soube disso, porque eles próprios me contaram.

O Maçã estava cumprindo a punição do meu pai direitinho.

Achei que ele iria aparecer em algum momento no colégio, mas NADA.

Na segunda semana, o Arthur quis ficar comigo quando estávamos na biblioteca, sozinhos, e eu neguei. Falei que não estava a fim.

Ele estranhou, porém, não insistiu mais.

A questão é que já andávamos meio afastados. Não ficávamos falando muito um com o outro para o irmão dele não suspeitar de alguma coisa. E, nunca mais tivemos sozinhos em algum lugar.

Na terceira semana, eu estava morrendo, na quarta à tarde, na biblioteca, porque precisava tirar umas dúvidas de matemática para a prova capirotesca do dia seguinte, e não podia falar com o querido professor.

- Sozinha de novo? – Arthur disse ao chegar à minha mesa.
- Sim... – respondi revirando os olhos sem que ele visse. – Preciso estudar.
- Que matéria que é? – perguntou ao se sentar ao meu lado.
- Matemática. A parte de geometria.
- Uma pena que eu também não entendo. Se não te ajudava.

Eu finalmente decidi olhar para ele. E adivinha? Eu senti nada.

Olhei bem para ele. Desci meu olhar, só pra confirmar se eu iria sentir alguma coisa, e, nada.

Só que, ele achou que eu estava o olhando com interesse, e começou a se aproximar para me beijar.

- Arthur, não dá mais. – eu disse me levantando. – Eu estava te olhando agora, mas era só para confirmar se eu não sentia mais nada por você mesmo.
- Como assim?
- Não dá pra gente continuar ficando se eu não sinto mais nada, nem uma quedinha por você.
- O quê?

Aposto que ele só não queria aceitar a verdade.

- Me perdoa, Arthur, mas não vai rolar mais. Mais nada. – falei jogando minha mochila nas costas, e ao fechar minha apostila com o caderno dentro, peguei minhas coisas e saí.

Não acredito que estou gostando tanto assim do Maçã... Puta que pariu! Pensei enquanto descia as escadas até a recepção.

No fim de semana da quarta semana, eu já estava um pouco mais feliz porque à partir de segunda-feira eu já poderia me encontrar com o Maçã.

Meus pais, eu e o Nathan saímos juntos para fazer compras de alimentos para casa. Fazia tempo que eu e ele, meu irmão, não íamos junto aos nossos pais, então decidimos ir.

Ficamos ajudando a mãe sempre que ela queria pegar bastante coisa para levar de uma vez ao carrinho, e também brincamos um pouco pelos corredores com os carrinhos de compra.

Eu estava bem agradecida ao meu pai por ter tido a ideia de fazer a banda. Pois, desde então, nós dois estávamos bem mais amigos que em qualquer outro tempo.

Teve uma hora que a minha bexiga começou a ficar muito apertada. Então falei para a minha mãe que eu iria ao banheiro, e já voltava.

O banheiro estava vazio.

Eu odiava muito ir ali sozinha, porque meus instintos de quem era traumatizada com filmes de terror dizia que alguma coisa ruim poderia acontecer. Então, quando fiz o que tinha que fazer, e lavei as mãos, ao sair, levei um susto. Pensei em gritar, mas o cara me segurou colocando a mão na minha boca antes que eu o fizesse.

- Pode ficar tranquila... Estou aqui em missão de paz. Eu apenas preciso conversar com você.

Era aquele quarentão do começo do ano... O cara de sobretudo-capa que estava no Spock, e depois foi nos assombrar na fábrica de pianos abandonada.

Ele me soltou antes de falar mais alguma coisa.

- Podemos ir a um lugar mais movimentado se preferir.
- O que você quer?
- Já irei falar.
- Quem é você então?
- Eu já vou contar. Só precisamos ir a um lugar melhor...
- Eu disse para a minha mãe que não iria demorar...
- O quanto antes eu puder conversar com você, mais cedo você volta para ela.
- Ok...

Nós fomos à parte da seção de roupas, e então ele começou a me falar sobre ele.

O nome dele era Caos Montez, mas gostava de se apresentar como Lúcio às pessoas que nunca tinham o visto, ou, quando surgia a oportunidade da pessoa não reconhecê-lo depois de ficar anos sem vê-lo. Assim como ele fez com a minha mãe, na festa de Gala do meu pai.

Ele me contou tudo o que tinha feito até então. Até mesmo sobre o Raul. E eu ri por ter finalmente o conhecimento do porquê que eu não ia com a cara daquele coreano.

- Quero que você escreva tudo isto. Tudo.
- Pode deixar.
- Só não conto o que vai acontecer daqui para frente, porque agora vocês irão viver isso tudo.
- Por que contou tudo isso a mim? Por que eu? – perguntei me virando para ele.
- Gosto de você. Você me lembra a sua mãe. – o olhar dele não me agradou muito... – E porque você é a única que eu tenho certeza que não se atreverá em chamar a polícia para me prender.
- E por que eu não faria isso?
- Porque a polícia está envolvida nisto, de certa forma. – ele disse sério. Eu soube que isso tinha a ver com o Gabriel...

Ele me contou que naquela semana tinha sequestrado o Gabriel, para que trabalhasse para ele.

- Ok. – respondi. – Vou guardar segredo.
- Boa garota. – disse bagunçando meu cabelo. – E boa sorte. – disse antes de ir embora.
- Julie! – ouvi minha mãe me chamar logo depois que ele sumiu ao entrar em outro corredor. – Você disse que seria rápida! Eu e o Nathan terminamos de pegar as coisas e tivemos que ficar te procurando!
- Desculpa... Acabei tendo uma dor de barriga... – interpretei muito bem. – E aí, na volta, passando por aqui, acabei parando para ver as roupas. Eu pensei em ligar para avisar, mas o pai ainda não me devolveu o celular...
- Tudo bem. Eu te desculpo. Agora vamos achar o pai de vocês.

Quinze minutos mais tarde, chegamos ao nosso carro, e eu e meu irmão ajudamos nossos pais a colocar as compras no porta-malas.

- Ué... – meu pai estranhou o carro não ligar de primeira, quando já estávamos prontos para ir embora. – Ele estava pegando perfeitamente. Não tem motivo para ficar de frescura.

Ele tentou mais uma vez, e, na terceira vez, minha mãe mandou parar.

- Eu tenho a impressão de ter visto um cara meio suspeito hoje. – disse ela, sem nos olhar. – Eu...

Meu pai tentou uma quarta vez, e então a olhou.

Ele soube o que ela estava pensando.

- Todo mundo pra fora do carro agora! – ele praticamente gritou ao tirar o cinto.

Nós saímos correndo com eles sem saber direito o que estava acontecendo. Foi quando, poucos segundos depois, o carro explodiu.

Sorte a nossa que conseguimos chegar longe o suficiente para ficarmos inteiros.

Eu disse sorte? Pois é.

- Se isso era estar na paz... Não quero nem saber como será quando ele estiver na guerra. – falei baixo o suficiente para ninguém me ouvir.
- Ele sabe que estamos aqui. Ele nos achou. – por mais que a minha mãe estivesse se segurando, eu sabia que ela estava desesperada.
- Isto é só um aviso. – meu pai disse.
- De quem vocês estão falando? – Nathan perguntou.
- Você ainda não precisa saber. – minha mãe respondeu.
- Como não? – ele pareceu revoltado. – Esse cara explodiu o nosso carro! Se a gente não tivesse corrido a tempo, poderíamos ter morrido!
- O carro tinha seguro. – meu pai respondeu. – O dinheiro vai ser reembolsado.
- Vamos voltar para casa de ônibus e sem comida?

Enquanto eles discutiam, resolvi me virar para trás, e ligar para os bombeiros. E acabei vendo-o do outro lado do estacionamento. Ele estava sorrindo, e fingindo bater palmas.

Definitivamente ele é um psicopata... Pensei desviando o olhar. E, assim que terminei de chamar os bombeiros, percebi que ele já não estava mais lá.

Meu pai teve um pequeno problema com os donos dos carros vizinhos, por conta do fogo, mas graças à boa vontade e ótima paciência dele, tudo acabou bem.


Notas Finais


OLHA SÓ QUEM REAPARECEU, MENINESS (e eu não tô falando de mim, tô falando do Caos mesmo). As férias dele acabaram kdlakldjsalkdajs
Logo logo teremos um capítulo CHEIO DE MARAVILHAS DKLSADKJLSA


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