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História Adolescentes em Crise 4 - Segunda Geração - Fim do Castigo


Escrita por: violetrevive

Notas do Autor


Boa leitura <3

Capítulo 68 - Fim do Castigo


Finalmente era outubro! Finalmente o dia em que eu poderia me encontrar com o Maçã.

Depois que saí do colégio, mal me despedi dos meus amigos e já saí o mais rápido possível com o meu skate rumo à pizzaria, na esperança de acha-lo lá.

- Olá... – dei um sorrisinho ao vê-lo.
- Que bom que você veio. – respondeu também com sorrisinho de canto. – Vim aqui na esperança de que você viesse.
- Eu também. – sorri ao me sentar ao lado dele. Olhei bem para o cabelo, que estava diferente. – Gostei do cabelo.
- Quase desisti do moicano. Mas resolvi deixar até eu passar em alguma faculdade.

O moicano dele estava bem menor, e listrado de verde, azul e amarelo, enquanto que as laterais estavam verdes. Só que, tudo já estava meio desbotado.

- Preciso te mostrar uma coisa. – falei já com ar de riso, abrindo minha mochila. E tirei não só a minha prova de matemática, como a prova dos outros amigos. – Olha a falta que você faz. – disse ao jogar as folhas na mesa. – Se você não nos ajudar com a próxima, podemos ficar de recuperação...
- Então quer dizer que eu faço falta só com isso? – apesar de que ele estivesse zoando, fiquei um tanto abalada. Juntei as provas e guardei na mochila de novo.
- Não. – respondi evitando olhá-lo. – Por que não foi me ver? Você poderia ter dado um jeito de nos falarmos...
- Obrigado por lembrar... Preciso desbloquear você e a Bia. – disse ao pegar o celular.
- Por que você me evitou? – insisti.
- Julie... – ele me olhou sério. – Quando eu tinha a sua idade, eu achava que só porque sou punk eu tinha que agir como um rebelde sem causa. Mas não é bem assim. A luta é contra o sistema, não contra as pessoas.

Esta última frase caiu bem forte dentro de mim. Não de um modo ruim, mas também não aceitei muito bem na hora. Aquilo me mostrou o quanto ele era maduro. E eu acabei me sentindo uma criança.

- Tudo bem que você pode me falar que quem faz o sistema são as pessoas, mas, mesmo assim... Temos pessoas específicas para atacar. – acho que ele esperou que eu respondesse, mas visto que não falei nada, voltou a falar: – Eu não queria contrariar seu pai. Ele é tão legal, cara... Eu quis reconquistar a confiança dele... Ele é todo certinho. Era esperado que tivesse aquela reação, já que rolaram essas coisas com a gente, e a gente nem namora.
- Sim... – concordei desviando o olhar.
- Sabe se hoje já temos ensaio? – perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Não sei.
- Ei, não fica chateada comigo. – disse ao passar o braço ao meu redor. E virou meu rosto para ele.
- Eu tô bem, Maçã. Eu só tô me sentindo uma criança perto de você... Com você falando essas coisas.

Ele riu, e fez um carinho na minha bochecha com o polegar. Olhei-o semicerrando os olhos, e ele tirou as mãos de mim.

- O que vamos fazer hoje então? – disse com sorrisinho de canto, se encostando à cadeira.
- Bom, eu não estou a fim de ficar com você.

E eu não estava mesmo. Não tinha clima para isso. O clima ainda estava meio estranho... Por conta daquele mês que ficamos separados.

Já ouvi muita gente falando que geralmente quando um casal fica separado por muito tempo, o reencontro é maravilhoso, e a saudade começa a ser matada no segundo do encontro. E no fim, as coisas não aconteceram como imaginei... Então talvez não gostássemos tanto um do outro como eu tinha pensado durante esse mês que passou...

- Tudo bem. – deu de ombros sem tirar o sorrisinho do rosto.
- Eu não sei o que podemos fazer. A Bia não está aqui para dar uma ideia...
- Por que ela não veio?
- Queria me deixar sozinha com você... – revirei os olhos, e ele riu.
- Quer me ajudar com português? – perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Como assim o aluno nota dez está precisando de ajuda? – eu disse zoando.
- Os vestibulares estão se aproximando... E a professora de redação continua me dando entre quinhentos e seiscentos.
- Ok... Posso dar umas dicas.

Nós fomos até a casa dele, e entrei no quarto dele mais uma vez.

Dessa vez ele jogou toda a roupa que estava na escrivaninha em cima do colchão, e ficou sentado na cadeira, enquanto fiquei sentada no colchão, ao lado da pilha de roupas.

Ele me deu algumas redações para ler, e comecei a indicar no que ele poderia começar a melhorar.

Passamos umas duas horas só falando de redações, filosofia e sociologia. E depois que cansamos, comentei que eu queria mudar a cor do meu cabelo. Até porque, o rosa já estava bem desbotado e o meu cabelo tinha crescido, ou seja, a raiz estava um pouquinho grande. Quatro dedos de raiz, para ser mais exata.

Ele disse que tinha tinta colorida para o cabelo ali no quarto dele, e que se eu preferisse, poderia até descolorir a minha raiz se eu quisesse. Mas acabei aceitando só que ele pintasse meu cabelo mesmo. Fiquei com medo de ele descolorir e eu acabar saindo com metade do cabelo que entrei.

Ficamos ouvindo algumas músicas agitadas, enquanto ele pintava meu cabelo de roxo e separava algumas mechas para pintar de azul.

- Sua raiz é meio diferente... – comentou reparando bem na cor dos fios, enquanto passava a tinta no meu cabelo.
- É que meu cabelo é meio diferente. – respondi com ar de riso.
- Que cor é o seu cabelo?
- Ruivo.
- Você é ruiva? – ele disse surpreso.
- Sim. Achei que já tivessem comentado com você, quando começou a sair um pouco com a gente...
- Se falaram, eu não prestei atenção direito.
- Pois é.

Mas o meu ruivo não era laranjinha, nem aquele tom mais puxado para o loiro. Era meio escuro mesmo. Fácil de ser confundido com castanho claro.

Assim que ele terminou, prendeu meu cabelo, e foi lavar as mãos.

Acabei o ajudando por mais quarenta minutos, porque era o tempo que eu tinha que esperar para a tinta fixar no meu cabelo.

Minutos mais tarde eu estava de cabelinho novo e feliz com o resultado.

- Muito obrigada por ter me ajudado com o cabelo. – falei sorrindo, enquanto terminava de enxugar o cabelo de frente para ele.
- Eu que agradeço pela ajuda. – disse sorrindo também. – Viu como faço um bom trabalho?
- Você já é praticamente profissional.

Ele riu.

- Bem, eu vou para casa agora, então. – falei ao me lembrar do horário. – Até porque você precisa ir para o cursinho.
- Sim, é verdade. Então tudo bem. A gente se vê amanhã de novo. – disse sorrindo.
- Sim! E dessa vez estarei com a Bia. – sorri.
- Acho bom. Também estou com saudades dela.
- Bom, eu vou descendo então. – disse me virando.
- Eu abro pra você.

Peguei minhas coisas e descemos juntos.

Não rolou nada além de uma troca de sorrisos e “até logo”.

E, aparentemente, estava tudo bem para mim com as coisas desse jeito.

Aparentemente.


Notas Finais


Hoje os forninhos deram uma trégua kkk
Eu estava escrevendo um capítulo futuro ontem, EE estou pensando seriamente em sugerir músicas pra vcs ouvirem. E até fazer uma playlist no spotify, PORQUEEEE TEM FESTA VINDO, e coisas muito loucas acontecerão dkskladlksa


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