Compreenderei totalmente se questiona-me o motivo pelo qual questionei à Kwon o fato de ele ter comido naquela manhã antes de ir trabalhar. Não veja-me como preocupado ou bipolar, veja-me como interesseiro. Tudo tratasse de negócios: conquistar os bons olhos de Kwon, para que o mesmo espalhasse críticas positivas à meu espeito, melhorando assim a minha imagem, era o meu principal objetivo no momento. Talvez depois o meu objetivo tornaria-se demiti-lo o mais sutilmente possível: com bombons e um cartão escrito "Foi tarde".
Depois de conferir e chegar o trabalho dele, cujo havia recebido do mesmo, deixei o meu escritório e de elevador, desci para o andar da cafeteria, ajeitando a minha gravata no espelho do mesmo. Funcionários cumprimentavam--me conforme eu passava por ele. Ao chegar, pedi a conta do consumido por Kown.
— Ele não passou por aqui, senhor. — disse timidamente a funcionária e eu revirei os olhos, guardando a carteira e resmunguei: Não acredito que ele me fez vir até aqui, enquanto me afastava. Quase perto do elevador, decidi então voltar.
— Dê-me frios, uma maçã, uma garrafa de água e um suco natural. — vi que ela surpreendeu-se comigo, mas ignorei a sua reação e em uma bandeja, (por favor, vejam até que nível eu me rebaixei), e coloquei-a, com um pouco de desgosto, coloquei a mesma sobre sua mesa. Olhando-o disse: — Quando eu mandar calar-se, cale-se, quando eu mandar andar, ande, quando eu mandar você fazer algo, faça. Não se preocupe com o preço disso, descontarei do seu salário depois.
Voltei à minha sala, fechando a porta e respirei fundo. Acendi um cigarro e fumei-o com o uso de piteira. Coloquei os pés sobre a mesa e observei a fumaça cinza perto de mim. Surpreendi-me ao ver a porta abrindo e Kwon aparecendo.
—... Sua gentileza está me assustando... O que tem aqui? ... Veneno? — disse ele baixo com a bandeja na mão.
Eu olhei-o, tossi por conta do cigarro.
— Somente coma e pare de fazer perguntas.
Haviam papéis agora na bandeja, ao invés do alimento. Ele colocando os mesmos sobre minha mesa, disse-me:
— Tome... Peguei ontem... De noite quando você saiu... Sua mesa estava lotada então.... — Ele não terminou a frase, somente reverenciou-se para mim e deixou a sala. Eu tirei os pés de cima de mesa, vendo os papéis e suspirei. Coloquei a piteira no cinzeiro. “Pode não ser uma má ideia”, pensei e logo levantei-me e passei pela porta. Disse-lhe fechando a mesma:
— Termine de comer. Vamos dar uma volta.
Kwon virou-se para mim antes de olhar para a bandeja e afirmar com a cabeça. Em seguida sentou-se e em alguns minutos, enquanto eu tomava uma água e falava com um funcionário, comeu a metade do que eu havia dado-lhe. Eu o vi aproximar-se de mim, deu um passo para trás.
— Obrigado pela... Bandeja de café. — sorriu. — Onde vamos? — questionou-me.
Eu ignorei a sua primeira frase.
— Vou te mostrar a empresa. — disse normalmente.
— Sim senhor. — Falou o menor olhando-me.
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