História After Rain - MiChaeng - Serial Killer...

Um assassino estava à solta nas ruas de Seoul. Até agora, já matara seis mulheres, e a policia se mostrara frenética. O medo dominava a cidade.

Nos jornais e sites, como não podia deixar de ser, quase não falavam de outra coisa. Nas manchetes era impossível não notar, pois em seus títulos predominavam perguntas como:

QUANDO O ASSASSINO ATACARÁ DE NOVO?

SEOUL DOMINADA PELO TERROR

O QUE FAZ A POLÍCIA PARA DAR SEGURANÇA ÀS MULHERES?

Nas delegacias, eram recebidas centenas de telefonemas, as pessoas querendo saber quais as providências da polícia para capturar o assassino. Haviam ligações desesperadas.

- Há um estranho no meu quintal!

-Acho que alguém vem olhar pela janela do meu quarto à noite!

-Meu vizinho parece um assassino. Poderia ser o que vocês procuram.

-Devo comprar um cão de guarda?

O caso do assassino ficara nas mãos da inspetora Hirai, mas a mesma já admitira que era o mais difícil de sua carreira. Não havia pistas. Absolutamente nenhuma!

-Inspetora, a comissária Kim está a sua espera em sua sala.

Ao chegar em seu encontro, relatou que não havia pistas no caso, logo fazendo com que a comissária tomasse novas medidas sobre o mesmo.

A comissária Kim deu ordens de que chamassem uma jovem que já trabalhara para a polícia antes, e até mesmo resolveu inúmeros casos. Seu nome, era Myoui Mina.

Claro, não demitiria a inspetora, apenas queria que o caso fosse resolvido o mais rápido possível, pois a mídia não as dava um minuto de paz.

Em exatamente uma hora depois da ordem da comissária Kim, Mina chegou à sala da inspetora Hirai, se sentindo nervosa e ao mesmo tempo empolgada por poder ter a chance de trabalhar com Hirai Momo, já que a mesma tanto a admirava.

-Já sabe do caso do assassino em série, não?

Todos em Seoul sabiam sobre o assassino.

-Sei, sim, senhora.

-Precisamos da sua ajuda.

-O que eu puder fazer.

-Você tem uma ficha excelente.

-Obrigado.

-Nosso problema é a ausência de pistas. - A inspetora levantou-se e logo começou a andar de um lado para o outro na sala. -Você deve saber alguma coisa sobre os assassinos em série. Isto é, os assassinos que continuam a matar uma pessoa depois da outra.

-Sei um pouco, senhora.

-Neste caso, sabe que, de um modo geral, eles seguem um padrão. Por exemplo, um assassino em série só mata prostitutas, ou mulheres da mesma idade, ou estudantes. Seguem sempre um padrão.

-Certo, Inspetora Hirai.

-Nosso problema é que, neste caso, não há padrão algum! Algumas mulheres que ele matou eram estudantes, outras mulheres já eram casadas e outras solteiras, e as mesmas não tinham nada em comum além do fato de serem todas mulheres, não há nenhum padrão, ele simplesmente ataca ao acaso.

Logo vê-se Mina franzir o rosto.

-Desculpe, inspetora, mas isso não parece certo.

-Como assim?

-Há sempre um padrão, apenas temos que descobri-lo.

A inspetora Hirai fitou-a com surpresa.

-Acha que pode descobri-lo?

-Não sei, senhora, mas gostaria de tentar.

-Está bem, mandarei minha secretária lhe entregar uma lista das vítimas. Pode começar a investigação imediatamente.

Logo, Mina levanta-se para fazer uma reverência, logo agradecendo à inspetora Hirai pela oportunidade.

-Sim, e tem uma coisa que precisa saber, o assassino só mata quando está chovendo.

…………..×…………..

A vários quilômetros dali, uma jovem caminhava em direção à uma pequena banca de revistas que havia perto de seu apartamento, chegando lá, teve sua atenção tomada por enormes manchetes no jornal.

POLÍCIA DESCOBRE QUE O ASSASSINO ATACA SOMENTE DURANTE A CHUVA!

NÃO SAIAM SOZINHAS EM DIAS CHUVOSOS!

Sorri de lado ao ler, era verdade, gostava de matar apenas enquanto chovia, queria que a chuva lavasse todos os pecados que as mesmas cometiam, traiam seus maridos, falavam mal das amigas e da própria família, só se importavam com a aparência, para ela, pessoas assim, não deveriam ao menos existir, e ela faria esse favor a elas, eliminando elas de suas existências patéticas.

O nome da assassina era Chou Tzuyu. Quando eu pequena, sempre ficava sozinha. O pai trabalha dia e noite, nunca ficava em casa. A mãe deveria ficar em casa, cuidando dela, mas isso nunca acontecia, já que a mesma saia sempre antes de Tzuyu voltar da escola, na qual sempre estava sozinha, pelo único motivo de não dar tanta atenção á sua aparência quanto as outras meninas. Como sempre acabava por ficar sozinha em casa, se sentisse fome, Tzuyu tinha que preparar a própria comida, mesmo muito jovem.

Mas claro, somente isso não a tornaria uma assassina, todos em algum momento passam por alguma dificuldade. Começou a ter esse pensamento após descobrir que sua mãe a deixava sozinha todos os dias para trair seu pai. Já não acreditava em mulher alguma, a não ser em si mesma.

Sempre se lembrava do momento em que descobrira isso, chovia fortemente, estava sozinha na rua e viu sua mãe beijar um homem que não era seu pai, naquele momento, seu mundo caira juntamente com cada gota de chuva.

Nunca falou a sua mãe que sabia de sua traição, mas também, nunca foram próximas, e assim que Tzuyu se tornou maior de idade, saiu de casa, sempre mudando de empregos.

Devido à sua boa aparência e aspecto gentil, sempre se dava bem em empregos, mas, se destacou mais como modelo.

Enquanto trabalhava para alguma revista, observara meninas sendo esnobes com suas famílias que eram presentes, destruiam seu próprio corpo e saúde apenas para se darem bem no mercado de trabalho. Aí que teve a ideia, ela pensava: Se as mesmas já se destroem aos poucos, e não fazem questão de viver, porque devem continuar vivas? É por isso que devem ser mortas.

A única coisa que a impedia, era o fato de não querer ser presa.

Enquanto pensava a respeito, ela olhara para a rua e constata que começou a chover. Notou que muitas outras mulheres saiam sem guarda-chuva ou carro, e foi assim que Tzuyu teve sua inspiração.

Sabia como as mataria sem ser pega.