Mina olhava fixamente o mapa que ficara na parede, nele, haviam alfinetes indicando os locais dos assassinatos, logo notando, eles formam um círculo em torno de Itaewon.
Itaewon é um bairro famoso por sua diversidade em Seul, com restaurantes de inúmeras nacionalidades, várias festas noturnas e até mesmo boates gays são encontradas lá.
Ela queria muito achar o assassino, ou assassina, mas mal sabia por onde começar, mesmo que fosse no bairro, não iria descobrir nada tão facilmente, sabia que a pessoa por trás das mortes nunca fora descuidada, então, por que seria agora?
Não havendo muitas opções, Myoui foi tentar obter alguma pista falando com as famílias das mulheres, mas não teve muito sucesso, a primeira foi uma dona de casa, segundo seu marido e filhos, era amável, não tinha inimigos, nenhum deles podiam imaginar o por que de alguém matá-la, Mina queria perguntar mais, mas a tristeza no olhar daquela família a impediu de fazê-lo.
A segunda vítima era uma estudante, só tirava notas altas, era rodeada de amigos, e outra vez, não encontrava nenhum motivo para que tivesse sido morta.
Nenhuma vítima participava de algo em comum com a outra, eram todas completamente diferentes, mas algo parecia errado, teria que haver um padrão, e Myoui descobriria qual é.
………….. x …………..
Em seu apartamento, Tzuyu já entediada, observava o movimento das pessoas na rua, logo notando pequenas gotas de chuva caindo levemente pelo céu, seu coração se encheu de alegria nesse momento. Deus lhe dizia que era mais um momento para deixar o mundo livre de outra mulher egoísta. Essa idéia a excitava, a vontade de matar a deixava livre, o mundo não teria que conviver com elas, era um favor que fazia.
Caminhou até seu carro, logo indo com o mesmo para as ruas, ia para o local onde sempre encontrava suas vítimas.
Os jornais diziam que não havia qualquer ligação entre as vítimas. Mas é claro que havia, a polícia que era burra demais para não perceber, nunca descobriria qual era.
Tzuyu ia ao Jacob’s Store, um supermercado bastante conhecido no bairro. Era o lugar onde sempre encontrava suas vítimas.
Quando entrou no local, andou calmamente pelos corredores observando as mulheres escolhendo suas compras. Reparou em uma senhora já de idade que estava escolhendo legumes, mas achou melhor não, seguiu andando até que acabou por dar um encontrão em uma garota baixinha de cabelos curtos, fazendo a mesma derrubar os três potes de ketchup que carregava. Tzuyu, logo se abaixou para ajudá-la, se surpreendendo com a quantidade de ketchup que ela levava, mas não deu muita importância. Pensou em fazer dela sua próxima vítima, mas mudou de ideia quando viu a mais baixa começar a conversar animadamente com outra garota, dividindo os potes de ketchup.
Continuou a andar pelos corredores, até reparar em uma mulher, ela parecia ter uns 30 anos, Chou logo pensou “é você” já definindo que ela seria seu alvo.
Aguardou ela sair, ainda chovia, para sua alegria. Não conseguiria matar sem a chuva, precisava dela.
Quando a mulher saiu, frustrou-se ao notar que chovia e não tinha levado guarda-chuva. Notando isso, Tzuyu notou que era sua chance de agir.
Aproximou-se calmamente da mulher, tentando começar uma conversa, o que foi um sucesso.
-Boa noite, parece que vai acabar se molhando com a chuva, por quê não me deixa ajudá-la?- Chou fala gentilmente, logo fazendo com que a mais velha acabasse assentindo.
Levou-a em até seu carro.
-Que gentileza a sua me dando carona.- A mais velha fala, admirando a beleza da moça que a ajudava.
No caminho até a casa da mulher, elas foram conversando sobre suas carreiras, sendo Tzuyu modelo e a mais velha dona de uma loja de roupas no centro de Itaewon.
Conforme o carro andava, a chuva parecia ficar mais forte, para a alegria de Tzuyu. Quando já não estavam muito longe da casa da mulher, a mais nova parou o carro, recebendo um olhar confuso da mulher, logo fazendo a mesma repensar sobre aceitar a carona. Em sua mente, a moça tão gentil, aos poucos parecia perder essa característica.
O carro estava escuro, mas isso não impediu a mulher de perceber a mudança no olhar da mais nova, pela primeira vez naquela noite, sentiu medo.
Tzuyu pegou calmamente uma faca que a mesma havia deixado no porta luvas do automóvel, a mulher tentou tirá-la de sua mão, já entrando em pânico.
O gesto da mais velha acabou por fazer Tzuyu rapidamente dar uma facada em sua perna.
Chou não sujaria seu carro de sangue, e também não era ali que mataria sua vítima, tinha que ser na chuva. Logo abriu a porta, fazendo a mulher praticamente saltar para o lado de fora, mas a mesma não conseguia correr, não com sua perna daquele jeito. Quando Tzuyu saiu do carro, com a faca na mão, parecendo se divertir com a situação, a mais velha tinha certeza, morreria ali.
A chuva estava muito forte, era como se o céu estivesse caindo, e cada gota era uma pequena parte dele, em meio àquela chuva, a mulher recebeu mais facadas, sendo uma cortando sua bochecha, como uma lágrima de sangue caindo. Em meio a chuva incessável, a mulher morreu devido a perda de sangue, o que para alguns seria algo extremamente difícil de observar, Tzuyu olhava satisfatoriamente, amava aquilo, aquela sensação.
A chuva apagara qualquer impressão digital que a mulher poderia ter dela, assim, nunca seria pega.
Cada morte dava um sentimento diferente, aos poucos, ela mataria ainda mais mulheres, não mataria todas, afinal, ela mesma era uma, mas em sua mente, todas nascem para morrerem.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.