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História After the dream (Larry Stylinson - ABO) - Outro golpe do ciúme


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Demorei mais do que pretendia por conta de um probleminha no meu computador, mas já está tudo certo agora ;)
Boa leitura!

Capítulo 13 - Outro golpe do ciúme


Fanfic / Fanfiction After the dream (Larry Stylinson - ABO) - Outro golpe do ciúme

– Ashton, acalme-se. – Eu tentei. – Vamos entrar e o Luke te conta o que aconteceu com calma. – Seus olhos estavam fixos nos machucados no rosto de Luke, que parecia paralisado.

– Como eu posso me acalmar sabendo que alguém bateu no meu namorado. – Ele tremia levemente. – No meu ômega! – Ele olhou para mim e eu vi seus olhos totalmente escuros graças a sua pupila dilatada.

– Ashton. – Harry parou à frente do outro alfa. – Eu sei o que está sentindo. – Ashton bufou impaciente e Harry colocou as mãos sobre seus ombros. – Acredite em mim, eu sei o que é sentir esse ódio que está sentindo agora. Mas isso é o seu alfa interior falando, não é você. – O tom de voz de Harry era calmo, mas era firme de uma forma que só ele conseguia ter. Ele sabia como dominar a situação. – Luke nos disse que você é carinhoso e amável. E é desse Ashton que ele precisa agora, não de um alfa enlouquecido que se deixa levar pelos instintos. – Os tremores diminuíram e ele parecia realmente ponderar as palavras de Harry. – Fique ao lado de Luke, lhe dê suporte e amor. Não deixa que seus instintos vençam e te coloquem em uma situação pior, que pode te tirar Luke para sempre.

– Eu não consigo protegê-lo. – Ele disse em um sussurro, abaixando a cabeça, como se fosse um segredo que contava a Harry.

– Você pode fazer muito mais do que só protegê-lo. Pode amá-lo e você já faz isso. – Harry puxou Ashton para um abraço e o alfa agarrou-se a ele, deixando ali um pouco de sua frustração. Luke me olhou um pouco chocado pela cena e eu sorri para ele, acostumado a esses atos vindos de Harry.

Puxei o ômega para dentro e Harry fez o mesmo com Ashton, que parecia já bem mais calmo e correu para abraçar Luke assim que o viu, espalhando beijos por seu rosto. O ômega contou a história com seu pai, o que fez Ashton ficar agitado novamente.

– Eu sabia que ele era um idiota retrógrado, mas jamais pensei que ele poderia fazer algo como isso. – O alfa disse caminhando de um lado a outro. – Agora eu entendo o porquê de sua mãe ter nos mandado fugir daqui. Eu tenho que pensar logo em um lugar para onde ir.

– Vocês não vão a lugar algum. – Me intrometi, fazendo os dois me olharem. – Vocês dois ainda estão na faculdade, pelo que sei os dois são estagiários e têm salários baixos. E outra, se “fugirem daqui”. – Fiz as aspas com os dedos. – A coisa vai piorar muito, pois terão que abandonar a faculdade e os empregos.

– E tem a minha mãe. – Luke disse com a voz falhando um pouco. – Eu não posso deixá-la.

– Mas você não pode ir para minha casa, Luke. – Ashton sentou ao lado dele. – Nós somos vizinhos, nossas famílias se encontram o tempo todo. Eu não quero que você o encontre de novo e eu também não quero encontrá-lo.

– Luke ficará aqui. – Os dois me olharam. – A casa é enorme e eu jamais deixaria que ele fosse embora assim.

– Louis, você está grávido, eu não posso ficar aqui.

– Por que não? – Foi Harry quem disse. – Nossas irmãs estão aqui, temos famílias grandes e nossos amigos estão sempre por perto. Acredite, nossa casa sempre está disposta a abraçar mais um.

– Eu não sei se ficaria bem com isso...

– Eu acho que eles têm razão, Luke. – Ashton interveio. – Sair da cidade agora seria muito pior para nós dois e significaria que nós teríamos que deixar tudo para trás, não teríamos para onde ir ou dinheiro para isso. O Louis ainda pode te ajudar com a sua mãe. – Luke olhou para mim e eu assenti. – E eu prometo que vou arrumar um emprego melhor, aí nós podemos alugar um apartamento.

– Ótimo, você vai ter que sair do estágio por minha causa. – Ele revirou os olhos, visivelmente incomodado e eu ri me virando para Harry e escondendo meu rosto em seu pescoço.

– O que foi? – Harry acariciou meu rosto, me fazendo olhar para ele.      

– Ele me faz lembrar como eu era no passado. Orgulhoso, cheio de “você não precisa fazer nada por mim”... – Ele abriu um sorriso, provavelmente também se lembrando de quando nós nos conhecemos.

– Espero que no futuro Luke entenda que Ashton não está desistindo de coisas por ele, ele está fazendo as coisas valerem a pena por ele. – Ele deu uma olhada para o casal que discutia no sofá.

– Eu fiz as coisas valerem a pena pra você?

– Você salvou a minha vida. – Ele me encarou e eu revirei os olhos.

– Exagerado. – Bati levemente em seu peito.

– Viu, você não acredita em mim. Não é só o Luke que é orgulhoso nessa sala.

– Isso é porque eu e Luke fomos nos apaixonar justo por dois alfas altruístas. – Ele abriu um de seus sorrisos e eu beijei seus lábios levemente.

– Está decidido, Luke. – Ouvi a voz de calma de Ashton, enquanto Luke tinha os braços cruzados sobre o peito.

– Você decidiu isso sozinho.

– Você ficará aqui com os Styles até eu conseguir um emprego melhor e conseguir alugar um apartamento.

– Por que eu não posso procurar um emprego também.

– Porque eu não vou deixar que você se demita. – Esclareci, chamando a atenção dos dois para mim. – Ashton, você está no último ano da faculdade, não é? – O alfa assentiu concordando. – Então espere até que termine seus estudos, aí poderá trabalhar já na sua área, com um salário até melhor. Não se precipite quanto a isso. Eu e Harry cuidaremos bem dele. – Pisquei para Luke que tinha as bochechas coradas. – E você pode vir visitá-lo quando quiser.

– Parece uma boa saída.

– Sim, é o melhor a ser feito.

Luke ainda estava um pouco relutante, mas ele também não via uma saída melhor para isso, então ficou combinado que Ashton buscaria as malas dele e ele ficaria aqui até que pudesse morar com o namorado. E eu ficaria pessoalmente responsabilizado por procurar sua mãe e a convidar para uma conversa sobre o ocorrido. O que fez as coisas se acalmarem.

Harry subiu para o quarto pouco depois, eu estava conversando com nossa funcionária sobre o almoço quando vi o celular dele sobre o balcão, fazendo o barulho irritante que indica o recebimento de uma mensagem. Eu teria ignorado se o nome que brilhou na tela não tivesse chamado minha atenção: Taylor.

Vasculhei minha mente à procura de algo que ligasse Harry a alguém chamado Taylor. Mas não havia nada. Em nenhuma de nossas conversas ele havia citado esse nome. Destravei seu celular e abri o aplicativo.

 

De: Taylor

Harry

Cadê você?

Eu realmente preciso de você agora

 

Senti meu interior se revirar, um nó se formou em minha garganta e meu coração acelerou. Que tipo de amiga manda uma mensagem com “eu preciso de você agora”? E que porra de amiga é essa que eu nunca ouvi falar?

Contei até dez, tentando me esforçar para não surtar. Coloquei seu celular em meu bolso e subi as escadas em direção ao quarto. O alfa corria de um lado a outro do quarto procurando suas peças de roupa e arrumando-se. Parei à frente do espelho, analisando minha expressão e me encontrando espantosamente calmo.

– Eu não vou almoçar aqui, ok? – Ele afirmou, mesmo que tivesse soado como uma pergunta.

– Estou vendo. – Respondi ácido, mas ele não notou. – Acha que estou gordo? – Passei a mão sobre a barriga, analisando-o pelo espelho.

– Você está lindo como sempre, Lou, mas ainda não dá para ver sua barriga, se é a isso que se refere. – Ele repetiu sem dar muita atenção, tanto que nem arriscou um olhar para mim, o que só me irritou mais.

– E você ainda vai me querer quando eu estiver gordo?

– Que pergunta é essa, Louis? – Ele finalmente olhou para mim, com a confusão estampada no rosto.

– Eu não sei, se você não está satisfeito comigo assim, imagina quando eu estiver no fim da gravidez.

– Louis, o sonho da minha vida é ter um filho com você. – Ele finalmente parou o que estava fazendo e veio até mim, colocando as duas mãos em meu rosto. – Não me diga que está tendo uma crise de auto-estima, porque eu ficaria bem triste se isso acontecesse.

– Não é isso, Harry. – Afastei suas mãos de mim. – Eu estou me referindo ao fato de você ter uma amiguinha misteriosa. Quer dizer, se enquanto eu estou no início da gravidez você já está saindo com ela, imagina quando eu estiver...

– Que amiguinha?! – Sua voz subiu uma oitava, o que indicava que Harry estava muito nervoso.

– Essa aqui. – Eu tirei o celular do bolso e mostrei a mensagem para ele. – Taylor. – Usei uma voz afetada para dizer o nome da mulher.

– Pelo amor de Deus, ela é minha agente.

– Eu conheço seu agente, o nome dele é Paul e é um beta de 60 anos! – Acusei. – Não subestime minha inteligência.

– Paul foi transferido. Taylor assumiu todos os escritores que estavam sob os cuidados dele. Lou... – Ele tentou se aproximar de novo.

– Que desculpa péssima, Harry. – Sai do alcance de suas mãos. – Por que você não me contaria sobre ter um agente novo? Nós contamos tudo um ao outro, ou pelo menos eu achava que sim.

– Porque hoje é o meu primeiro encontro com ela. Eu não tenho certeza se ficarei com ela ou pedirei para mudar de agente. Você sabe que entre escritor e agente deve haver uma relação de confiança. E você também...

– Oh, um encontro! – Eu disse debochadamente. – Não é a toa que ela disse que “precisa de você agora”. – Fiz as aspas com os dedos.

– Você ainda está duvidando, sério? Anos de namoro, anos de casamento e quando você descobre que eu conheço uma mulher que você não conhece, a primeira conclusão que chega é que eu estou te traindo? – Ele parecia realmente ofendido, mas a raiva dentro de mim era maior.

– Se você visse uma mensagem dessa no meu celular, o que iria pensar?

– Talvez eu até pensasse que você estaria me traindo, mas eu afastaria isso da minha cabeça o mais rápido possível e viria conversar com você e não atacá-lo. – Ele devolveu rude. – Porque eu confio em você, Louis. Sei que você me ama tanto quanto eu te amo. – Ele fechou os olhos e respirou fundo. – Se você quiser comprovar a minha história, venha ao almoço comigo. Já que você precisa disso para confiar em mim, estou te esperando no carro. – Ele virou as costas e saiu, mas parou perto da porta, voltando a me olhar. – O seu ciúme está ficando incontrolável, está te cegando. – E se foi me deixando sozinho no quarto.

A culpa começou a fazer efeito em mim. Eu não sabia exatamente porque tinha tido aquela reação, mas só a possibilidade de que Harry poderia já não me amar tanto quanto antes ou não me desejar como ele fazia, me tirava qualquer razão. Harry era meu, assim como eu era dele.

Me sentei na beirada da cama, apoiei minha cabeça nas mãos e respirei fundo, limpando as lágrimas que rolavam sem eu ter dado conta disso. Demorei alguns segundos para colocar os pensamentos no lugar. Harry tinha razão, eu lhe devia um diálogo decente sobre isso e não acusações agressivas. E eu iria dar isso a ele.

– Oi. – Disse fechando a porta do carro. Ele deu partida imediatamente, mas eu coloquei minha mão sobre a sua, impedindo-o de sair com o carro. – Olha, me desculpa, você tem razão quando diz que eu deveria ter te chamado para conversar e não te acusar. Mas eu perdi completamente a cabeça quando li aquilo. – Seu olhar era intenso e eu quase me senti envergonhado pelo que fiz. – Harry, ela disse que “precisava de você” e eu nunca tinha ouvido falar dela! – Eu quase implorei. – O que queria que eu pensasse?

– Nós tínhamos preocupações maiores do que a minha agente literária, Louis. Eu mesmo fiquei sabendo sobre isso há pouquíssimo tempo. Tinha a sua gravidez, o medo que você tinha, depois as nossas famílias, o Luke. Eu não queria ocupar sua cabeça demais, não quero que fique estressado e...

– E perca o bebê. – Eu completei com a voz levemente embargada, sentindo um velho sentimento de amargura tomar conta de mim.

– Eu nem a conhecia, nem sabia se iria ficar com ela ou não. Eu só marquei esse almoço para conhecê-la e já me arrependi amargamente...  

– Me desculpe. – Disse mais polido. – Você deve ir a esse almoço e cuidar da sua carreira.

 – Eu não quero ir e te deixar chateado.

– Não se preocupe, eu não vou ficar estressado o suficiente para perder o bebê. Eu e meu ciúme doentio vamos fazer o nosso trabalho no escritório.

Ele me chamou algumas vezes, mas eu ignorei, não querendo voltar a conversar com ele e piorar ainda mais a situação. Entrei em casa e fui direto para a escada, mas dali pude ver Luke e Ashton trocarem beijos quentes no sofá da sala, abri um sorriso mínimo, lembrando-me de quando era mais jovem.

Eu só esperava que a minha briga com Harry terminasse tão bem quanto a de Luke e Ashton, com os dois juntos, trocando beijos intensos sobre a cama.

 


Notas Finais


Meio bad esse final, né? Mas é aquela coisa, em uma briga as pessoas dizem coisas que não deviam e eu me aproveito um pouco para utilizar esse lado ciumento e barraqueiro do Louis porque eu sou igualzinha. Eu sou super debochada e provocadora nas brigas, então meio que acabo colocando isso nele também. Até porque é exatamente assim que eu o imagino.
Contem-me o que acharam da briga, se são #TeamLouis #TeamHarry ou #TeamLarrySeBeijemEParemDeBrigar hahahaha'
Espero que tenham gostado.
XO


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