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História Incerto - Flores


Escrita por: Anne015

Notas do Autor


Não me matem! Sei que fiquei a semana inteira sem postar, mas tive uns probleminhas e também fiquei um pouco dodói kkkk. Espero que gostem❤

Capítulo 40 - Flores


Não queria, de jeito nenhum, sair de perto dela. Meu pai hesitara em me deixar vê-la por medo da minha reação, assim com também hesitara por Eadlyn e por meus irmãos. O compreendi quando a vi, adormecida na cama de hospital com diversos aparelhos monitorando seus batimentos cardíacos e sua respiração. Consegui ver minha mãe um pouco depois de Eadlyn assim que ela saiu da cirurgia. Os médicos precisaram retirar uma veia de sua perna para substituir uma do peito, que havia sido obstruída.

Eadlyn havia me contado que um dos médicos disse que a perderam por um instante, mas conseguiram reanimá-la. Senti minha garganta se fechar quando ouvi o que ela disse. Nem conseguia pensar na possibilidade de perdê-la, todos nós não conseguíamos imaginar isso. Minha mãe era o pilar que segurava nossa família. Nos negócios e na política meu pai sempre estava a frente dela, agora nos assuntos familiares era ela que sempre lidava com tudo. Suspirei pensando em como esse último dia estava sendo um pesadelo para todos nós. 

Entrei no quarto em que ela estava e me sentei em uma poltrona ao lado de sua cama de hospital. Observei a sua pele, agora muito pálida, dando um contraste enorme com seus cabelos ruivos vibrantes. Peguei com cuidado a sua mão e dei um beijo na mesma. Apoiei minha cabeça ao seu lado olhando fixamente para ela, era impossível evitar que uma lágrima rolasse pelo meu rosto. Não pude deixar de ter a esperança de que ela acordasse naquelo momento e secasse meu rosto como sempre fazia quando eu chorava. Claro que não aconteceu.

Nem tinha a noção de quanto tempo estava ali, não sabia se eram minutos ou horas quando uma batida leve na porta me chamou a atenção.

- Desculpe incomodá-la ally, mas o jornal irá começar daqui a dez minutos - disse o General Leger de pé no batente da porta.

Fiquei pensando em como ele tem nos ajudado nessa situação, principalmente meu pai. A ligação dos dois era algo que eu não entendia, sei que minha mãe teve uma relação com o General no passado e depois se casou com o meu pai, mas nem isso foi capaz de diminuir sua preocupação com ela ou com o meu pai. Madame Lucy tem sorte de ter o General ao seu lado.

Sequei rapidamente os olhos e dei um beijo na testa da minha mãe.

- Prometo que mais tarde venho ver você - sussurei para minha mãe mesmo sabendo que ela não podia me ouvir - Tinha me esquecido do Jornal, obrigada por me avisar - disse dessa vez para o General que me ofereceu o braço para me acompanhar até o estúdio. Vi meu pai virando o corredor em direção a ala hospitalar, ele nem nos viu, quer passar cada segundo ao lado de minha mãe.

Com tudo o que está acontecendo, meu pai achou melhor que todos nós aparecêssemos no jornal. Essa imagem pública mostraria a todos que nossa família era forte e unida, apesar de Ahren ter ido embora. Nunca gostei de aparecer no jornal, detestava as luzes no meu rosto e de ter que manter o meu sorriso e carisma até as câmeras se desligarem.

- Você está bem? - perguntou o General quando virarmos em uma esquina com outro corredor.

- Para ser sincera, nunca me senti tão exausta e tão mal quanto estou agora. Nem na morte do Issac eu me senti assim - ele suspirou.

- Devia descançar um pouco, os médicos estão fazendo de tudo para ajudá-la. Ela está em boas mãos.

Suspirei baixinho.

- Estou exausta no sentido de não ter a minha mãe aqui comigo. - olhei para seu rosto e percebi que estava pensando em alguma coisa. - Eu estou morrendo de medo de perdê-la, não sei o que seria de nós se isso acontecesse, principalmente meu pai, nunca vi alguém amar tanto alguém como ele ama ela.

Ele me encarou mostrando que me entendia. Fiquei mais aliviada.

- Não pense nisso agora Allyson, ela está viva e vai acordar. Sua mãe é dura na queda - não pude deixar de rir um pouco, era a primeira vez que isso acontecia desde o infarto da minha mãe.

- Eu fico pensando em como não percebi o que estava acontecendo com ela. Teve uma vez que eu a encontrei no seu quarto com as janelas abertas e ofegante, sabe que ela nunca faz isso.

- Não vai adiantar nada ficar se culpando agora, concentre-se em cuidar dos seus irmãos e ficar ao lado de seu pai. Osten me disse que não está conseguindo dormir direito, acho bom você dormir com ele por enquanto, ele só tem oito anos.

Só consegui assentir. Sempre soube que Osten ficava muito agitado quando todos estavam a sua volta. Entramos no estúdio e o General Leger se sentou ao lado da Madame lucy e eu fui até meus irmãos.

- Eu não quero aparecer no programa hoje. - disse Kaden com tristeza na voz.

- Você sabe o que temos que fazer, precisamos dar segurança a todos - Disse Eadlyn.

- Eu sei...

- Onde está o nosso pai? - perguntou Osten.

- Ele não vai aparecer no jornal hoje, está muito abalado, quem vai apresentá-lo sou eu. - Eadlyn ajeitou o vestido já impecável.

- A última vez que eu o vi ele estava virando o corredor da ala hospitalar - meu pai devia estar chorando nesse momento na poltrona do quarto da minha mãe.

- Dois minutos! - disse o diretor de palco. Eadlyn caminhou até o cenário ainda alisando o vestido e o cabelo.

Gavril se aproximou dela perguntando algo. Estava menos chamativo como de costume, seu terno era de um azul marinho quase preto e não prateado ou coral como sempre.

- Dez segundos! - disse o diretor me tirando do transe e indo em direção as cadeiras, me sentei entre Kaden e Osten. Nós três tentamos parecer o mais calmo possível.

Eadlyn parecia totalmente calma quando a luz ficou vermelha sinalizando o início do jornal.

- Bom dia, povo de Illéa. Eu, princesa Ealdyn Schreave vim comunicá-los sobre os acontecimentos mais recentes envolvendo a familia real - ela tentava sorrir, mas nem conseguia imaginar como estava se sentindo - Meu amado irmão, Príncipe Ahren, se casou com a princesa Camille da França. Embora a ocasião tenha sido uma surpresa, não dimunui a felicidade do momento. Desejo toda a felicidade do mundo para eles e espero que desejam o mesmo.

Minha garganta se fechava de novo só de lembrar o que ele fez e o que causou.

- Agora vem a notícia mais triste. Na noite passada, minha mãe, rainha de Illéa, sofreu um grave ataque cardíaco. 

Ela fez uma pequena pausa para se recompor.

- Seu estado é crítico, está sob supervisão constante dos médicos. Por favor rez... - ela levou a mão a boca. Estava se controlando para não perder o controle em rede nacional. Abaixou os olhos por um instante e respirando com dificuldade. De repente secou as lágrimas e continuou - Por favor rezem por sua recuperação, já que todos a adoramos e dependemos de sua orientação.

Agora era a vez dela dar a notícia mais temida de todas...

- Devido ao estado crítico de minha mãe, meu pai optou por estar ao seu lado nesse momento. Por isso me nomeou regente enquanto está ausente. Tomarei todas as decisões do governo até a segunda ordem. É com pesar que assumo esse papel aos meus pais. Traremos mais informações sobre esses assuntos à medida que surgirem. Obrigada pela atenção e tenham um bom dia. - as câmeras pararam de filmar e Eadlyn se jogou em uma das cadeira reservadas à nossa família.

- Acabou - disse Kaden se esparramando na cadeira e tirando o sorriso do rosto.

- Sim, estou vendo que esse dia vai ser longo. Se começou desse jeito nem imagino com irá terminar.

- Nem quero imaginar.

- É melhor vocês dois irem para as suas aulas, tenho certeza que nossa mãe não iria gostar nada nada de ver vocês faltando - disse me levantando e e arrastando Kaden e Osten comigo.

- Mas eu não quero ir Ally - disse Osten com a voz de uma criança fazendo pirraça.

Me abaixei para ficar da sua altura e disse:

- Pense comigo, quando a mamãe acordar você vai falar para ela que não faltou nenhuma aula e ela vai ficar orgulhosa de você e se recuperá mais rápido. Você quer deixar a mamãe feliz e orgulhosa? - ele assentiu devagar - Então vai para a sua aula hoje que depois eu prometo deixar você tomar sorvete antes do jantar.

Sim, eu fiz uma leve chantagem com ele, mas conheço Osten, ele iria querer alguma coisa em troca para fazer algo que não quer.

- Posso ver a mamãe antes do jantar também? - ele perguntou e respirei fundo. Tinha medo que a aparência da minha mãe, cheia de sondas e tudos em suas veias, pudesse deixar eles chocados, mas é claro que não pude dizer não.

- Claro que pode - ele sorriu e me abraçou.

- Até o almoço Ally, aula de esgrima aqui vou eu! Kaden, eu vou te cortar em pedacinhos na aula...

Sorri e me levantei. Eles já tinham saído pela porta tão rápido quanto entraram.

Vi que Eadlyn estava com seu caminho bloqueado pela elite. Percebi que eles seguravam flores nas mãos, algumas até com raízes.

- Pra você - disse Hale entregando uma para Eadlyn que em seguida o abraçou. Assim foi com todos, um de cada vez lhe entregou uma flor. Kile tinha espetado o dedo em algum espinho e abraçava Eadlyn de uma forma meio desajeitada para não sujar o vestido dela de sangue. Eadlyn ria com o que eles estavam fazendo.

Fox foi o último. Percebi que estava segurando duas flores. Ele deu uma a Eadlyn e em seguida a abraçou. Todos os rapazes voltaram correndo para o jardim e voltaram com mais flores. Agora só restava nós no estúdio.

Fox veio na minha direção segurando a outra flor que segurava em suas mãos, uma roxa bem pequena.

- Aqui, para combinar com seu vestido - disse me entregando a florzinha.

- Eu acho que não combina com ele - ele deu de ombros olhando meu vestido coral.

- O que importa é o que está dentro, não é? - disse piscando um dos olhos para mim, eu estreitei os olhos desconfiando de algo e depois o abracei.

Era ótimo abraça-lo, ele era quentinho e parecia que nos encaixavámos tão bem, mas o soltei mais rápido do que gostaria. Quando olhei para a flor tinha um papelzinho enrolado em tantas partes que achei que era impossível de se fazer. O peguei discretamente e o guardei no bolso do meu vestido.

Os outros rapazes me deram flores também e abracei todos. Eles eram uma ótima compania, era fácil ficar conversando com eles. Quando percebi estava com um pequeno buquê nas mãos.

Tinha algumas coisas para fazer, então me despedi de Eadlyn e dos rapazes e me retirei do salão. Entrei numa salinha no fim do corredor e deixei o buquê em um mesa, peguei o papelzinho no meu bolso. Estava tão dobrado que demorei uns bons cinco minutos para conseguir ler. Sorri assim que vi a sua letra trêmula, nisso nós éramos bem parecidos.


Sei o que está passando e ainda não tive oportunidade de falar com você, mas saiba que estou ao seu lado nesse momento difícil.  

          Para a garota mais linda do mundo.

                                                        Fox

Sorri e levei o papel ao peito. Desejei em silêncio que ele estivesse aqui agora, mas não podia me dar esse luxo nesse momento. Ajeitei me vestido e fui novamente ver minha mãe.



 


Notas Finais


Espero que tenham gostado😊
Até o próximo💜

Ps: Estou pensando em mudar o nome da fanfic, queria saber a opinião de vocês e as suas sugestões.
Queria seguir o padrão da Kiera ( escritora do livro original)
Ou seja "A alguma coisa" kkk
Gostaria só de duas palavra, algo que combine e tenha mais a haver com a fanfic. Acho que after the storms não tem muito a ver. Quero a opinião de vocês, ok? Não vou fazer nada que vocês não quiserem. Então, usem a sua criativida para criarmos um título legal e mais bonitinho.
(De preferência em português)
💜💜💜


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