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História Além do Amor - Próximo medo


Escrita por: KamyuScorpions

Notas do Autor


Yoo Minna... Olha eu aqui postando tarde ;-; Único horário livre hahaha

Capítulo 11 - Próximo medo


A verdade era que Kanon estava morrendo de medo.

Todos ficaram surpresos quando o loiro falou que iria doar seu sangue para Shaka, eles sabiam o que ele havia passado e não queriam vê-lo mal, porém o menino acabou insistindo e eles tiveram que deixar. Agora ele se encontrava sozinho na sala de espera para doar o sangue, os outros conversavam não muito longe dali, mas preferia ficar sozinho, estava tremendo e com medo, todas as suas lembranças voltaram como uma torneira na sua memória, o sequestro, os maus tratos e a suposta preocupação de sua mãe que só tinha haver com a mídia.

Ikki olhava triste para Kanon, quando ele teve oportunidade agarrou o primo nos braços e aninhou-o enquanto ele apoiava a cabeça em seu ombro e dizia que estava tudo bem, mas ele sabia que não estava. O moreno se sentia muito mal, não tinha conseguido impedir Shaka de chegar naquele estado e agora tinha que dar seu primo traumatizado para salvar o garoto.

– Kan, você não precisa fazer isso. – Ele sussurrou mexendo os cabelos loiros dele. – Podemos arranjar um jeito...

– Não seja egoísta, Ikki. – Ele repreendeu e sorriu. – Shaka precisa de nós.

– Eu sei, mas...

Kanon pôs o dedo sobre a boca dele.

– Vai ficar tudo bem, de verdade. – O loiro falou.

Ikki sabia que estava sendo egoísta, Shaka precisa da doação, mas sabia que Kanon estava tentando manter-se firme enquanto já estava prestes a desmoronar, Afrodite e Camus olharam confiantes para ele e o moreno forçou um sorriso abraçando ainda mais o primo.

– Sim, vai dar tudo certo, Kan. – Ele sussurrou e então uma médica entrou na sala e chamou o nome do loiro, Ikki ia acompanha-lo, mas proibiram e ele apenas se despediu com um leve aceno enquanto Kanon sorria.

Ele não aguentava mais manter o sorriso falso, estava acabado, mas precisava manter-se forte por Ikki, oh... Seu primo estava com certeza à beira da loucura.O garoto não achou que o caminho para a sala de doação fosse tão longo, talvez fosse sua mente lhe pregando peças por causa do medo, mas para ele o caminho parecia infinito e cada vez pior.

Quando finalmente chegaram à sala a médica mandou Kanon se sentar, o menino obedeceu e correu os olhos azuis pelas seringas, remédios, soros, tubos e todas as outras coisas presentes ali, um geladeira enorme guardava os mais diversos tipos de sangue menos o que Shaka precisava naquele momento, o loiro tentou-se manter forte pelo mais novo amigo, mas a verdade é que ele já estava mais pálido que o normal.

– O senhor tem medo de agulhas? – A mulher perguntou com um sorriso preparando as coisas de costas para Kanon.

– Senhor não, por favor. –Ele disse mexendo no cabelo. – Mas sim, tenho.

A enfermeira deu uma risadinha.

- Ah não se preocupe, não vai doer assim. – Ele sorriu se virando para Kanon, o rosto dele estava cansado, mas não perdia certa beleza, o loiro assentiu e esticou o braço olhando para a direção oposta.

Vou conseguir. Vou conseguir. Vou conseguir.

Ele repetia a mesma coisa trilhões de vezes na cabeça, estava certo de que conseguia ser forte o bastante, as lembranças ainda não havia invadido por completo sua mente e quando a agulha penetrou sua veia ele jurou que ia desmaiar, mas manteve a mente firme. Nada irá acontecer.

Ele tentava acreditar em si mesmo, os minutos passaram como anos, porém ele estava conseguindo, seu lábio estava coberto de sangue por tanto morde-lo para não gritar, mas estava conseguindo, logo a mulher iria tirar a agulha e ele estaria livre.

Pensava em Saga, a única coisa em que Kanon pensava no momento era no irmão, e em como ele seria forte em seu lugar. Sim, Saga era forte. Era tão bom quando o loiro mais velho o aconchegava em seus braços definidos e firmes. Kanon sorriu com o pensamento, e logo sentiu a agulha deixar sua veia.

- Prontinho. - A mulher sorriu sendo acompanhada pelo loiro, não sabia o porque, mas se sentia bem. Muito bem.

                            #... #... #... 

Shaka não tinha noção de quanto tempo havia dormido. As agulhas ainda estavam enfiadas na sua veia e o braço enfaixado, o loiro se segurou para não tirar as ataduras e coçar os cortes até eles voltarem a sangrar, mas ele sabia que não podia fazer aquilo.

O quarto do hospital estava vazio o que deixou garoto triste, não que ele esperasse alguém... Sim ele esperava alguém, esperava que o moreno que salvou sua vida estivesse ali, mas ele não estava. Uma enfermeira entrou no quarto, ela trazia mais uma dose de remédios e um sorriso falso no rosto.

– Você parece melhor. – Ela comentou. 


– Sim, quando posso ir para casa?

– Tenha calma, primeiramente o médico precisa ver como você está reagindo a doação de sangue. – Ela comentou colocando luvas e retirando a agulha do lacre.

– Doação?

– Sim, um dos seus amigos, o de olhos azuis parente do seu namorado. – Shaka parou por um segundo pensando “Que namorado?” e então associou que a mulher estivesse falando de Ikki, que agora de certa forma era seu “namorado”. – Ele doou sangue para você, era a único que tinha sangue compatível. – O loiro sabia que a enfermeira escondia alguma coisa, mas desejou não perguntar e então mudou de assunto.

– Onde está meu namorado?

– Ele deve vir te visitar logo, ele estava acabado finalmente seus amigos convenceram ele de dar uma passada em casa. – A mulher injetou o remédio na veia de Shaka e tirou as luvas. – Talvez dê um pouco de sono.

Grande novidade. Shaka pensou, desde seu último acontecimento só fazia dormir. Logo depois que a mulher saiu uma figura loira entrou no quarto e Shaka se sentiu maravilhosamente bem por ter alguém conhecido por perto.

– Dite. – Ele murmurou sorrindo.

– Oi loiro. – Afrodite sorriu de volta. – Se sente melhor? Precisa ir embora logo, a comida daqui é horrível.

Shaka se permitiu rir.

– Me sinto melhor, obrigado. Onde está Ikki?

– Deve estar chegando. – Ele deu de ombros.

– Dite... O que aconteceu? – O loiro perguntou e os ombros de Afrodite tornaram-se tensos.

– Nada, querido, nada. – O loirio mais velho sorriu de forma doce. - Ah olhe quem chegou. – Ele sorriu quando Ikki abriu a porta e entrou olhando fixamente para Shaka, algo brilhou nos olhos azuis dele.

– Você está bem. – Ele murmurou com um tom de culpa na voz.

– Sim. – Shaka respondeu.

– Vou deixar vocês dois sozinhos, só pode ter uma pessoa dentro do quarto. – E com aquilo Afrodite desapareceu na porta, deixando os dois em um clima tenso.

Ikki sentou-se ao lado de Shaka e ficou olhando para o chão como se algo interessante estivesse ali.

– Então, como se sente? – Ele perguntou.

– Como se um trator tivesse passado por mim e esquecido de me matar. – Ele deu de ombros.

O moreno riu um pouco.

– Você está bem? – Shaka perguntou.

– Sim, só não durmo á alguns dias, mas estou bem. – Ele se levantou. – Quer comer alguma coisa? A comida daqui é horrível.

– Que eu saiba você não pode traficar comida boa para o quarto dos pacientes. – Shaka estreitou os olhos sorrindo.

– Não me importo. – O moreno revirou os olhos azuis turquesa e riu. – Vou comprar um doce pra você, certo?

– Obrigado.

Então Ikki deu um beijo estalado na testa de Shaka e saiu do quarto deixando-o sozinho sob o efeito dos remédios, ele lutou para esperar Ikki e comer o doce que ele trazia, pois mesmo que em segredo, estava faminto por algo fora sopa e pãezinhos, mas enfim os remédios a venceram e o loiro caiu em mais um sono profundo.

Desta vez quando acordou, o moreno estava ao seu lado. Ikki descansava a cabeça aos pés de Shaka, a boca entreaberta e o rosto apoiado nos braços, no colo dele havia uma caixinha aberta onde antes devia haver duas tortinhas de limão, mas agora só havia uma que provavelmente era para Shaka, ele imaginou se alguma enfermeira entrasse e visse, e riu da cena em sua cabeça. Balançando a cabeça negativamente, cutucou Ikki com o pé.

– Anh? – Ele murmurou perdido e Shaka riu.

- Acorde, Ikki.

– O que aconteceu? – O moreno perguntou esfregando os olhos. 

– Nada, só estou com fome mesmo. – Ele riu e apontou para a tortinha, então o morenk olhou e entregou-lhe com um sorriso.

– Não sabia que doce você gostava, então comprei o meu preferido. Torta de limão.

– Não sabia que gostava de torta de limão. – O loiro falou mordendo a tortinha.

– Adoro coisas com limão, são ótimas.

– Com certeza.

Em segundos Shaka estava terminando a tortinha, mas enquanto mastigava ouviu o bater da porta e soube que era uma enfermeira, ele olhou assustava para Ikki enquanto enfiava o resto do doce dentro da boca e Ikki escondia de baixo da mesa a caixinha que diria que ele havia comprado algo, a mulher entrou e Shaka parou de mastigar, tentando ao máximo não rir, Ikki também se controlava.

– Tudo bem, Shaka? Sente-se melhor? – A enfermeira perguntou ao que Shaka assentiu com a cabeça. – Seu médico deve te dar alta em breve.

– Que... – Shaka pensou em falar “Que bom”, mas assim que abriu a boca quase deixara a tortinha cair, Ikki se segurou para não rir enquanto o loiro assentia, a mulher ajeitou algumas coisas no soro de e saiu. Então os dois garotos presentes caíram na gargalhada. 

- Somos muito fora da lei! – O loiro comentou rindo enquanto Ikki pegava a caixa e jogava no lixo.

– Com certeza, estava me controlando para não rir.

– Precisamos fazer isso mais vezes...

– Espero que você não fique muito mais tempo aqui, apesar de que seria ótimo quebrar mais uma vez as regras. – Ele deu de ombros sorrindo.

– Concordo plenamente.

Então os dois voltaram a rir.

                          #... #... #...

Dali a mais um dia cansativo Shaka finalmente saiu do hospital, voltou para a casa de Ikki onde Camus, Kanon e Afrodite o esperavam com um grande banquete repleto de doces e delicias que o loiro adoraria provar. Os garotos receberam-no bem, mas Shaka continuava cansado, como em um mundo que não era o seu, todos foram embora por volta de 13:00 horas deixando Shaka e Ikki sozinhos novamente na casa.

O loiro estava no sofá quase cochilando quando sentiu mãos cuidadosas sobre o seu pulso, seu impulso foi puxar o braço com medo, mas logo percebeu que era apenas Ikki.

– Calma, só vou trocar o curativo. – Shaka estendeu o pulso envergonhado e Ikki tirou o curativo que o médico havia feito olhando para as marcas profundas que os cortes haviam causado.

Shaka sabia que o moreno não gostaria de estar olhando aquilo, até mesmo para ele as marcas pareciam feias e nojentas, um das marcas estava tão inchada e feia que fez o loiro revirar o estômago lembrando-se de tudo que havia comido mais cedo com os garotos.

– Estão realmente feias. – Ikki falou, mas o indiano sabia que ele estava usando um eufemismo para aquelas marcas.

– Sim, muito feias. – Ele tocou o pulso que latejava e o moreno suspirou limpando cada marquinha com cuidado, Shaka apenas observou como ele era cuidadoso. Quando acabou de limpar, Ikki fez algo que Shaka não imaginava. Ele beijou cada uma delas.

Aquilo a principio o fez tremer, mas Ikki foi tão carinhoso, os seus lábios quentes tocando o pulso frio e inchado, ele sentiu-se bem ali, então uma lágrima caiu do seu olho.

– Estou te machucando? – Ele perguntou parando de beijar as marquinhas.

– Não. – Balançou a cabeça. – É que... Você parece se importar comigo. - Ikki sorriu.

– Eu me importo com você.

Os olhos azuis brilharam.

– De verdade?

– Sim...

– Para sempre?

– Nem mesmo a morte vai fazer eu parar de me importar. – Ikki sorriu, fazendo Shaka sorrir com ele.

- Obrigado.

– É um prazer, loiro. – Ele sorriu fechando o curativo com esparadrapo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado... É não se esqueçam de conferir minha one-shot "My Sun" super fofinha :3

My Sun :

https://spiritfanfics.com/historia/my-sun-10838232

E gente, realmente o Sange do Kanon e do Shaka é +AB kkkk Só avisando mesmo...

Kissus ^^


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