História Alice, a louca? - O começo.

Tic tac, Tic tac... Ouço o relógio correndo, o Coelho branco dormindo, apenas eu acordada com o Chapeleiro me ameaçando, o que fazer? Onde estou? Será esse o meu país das maravilhas? Será eu a Alice?

~•~ Presente ~•~

Acordo com o bip do despertador em cima da pequena cômoda ao lado da minha cama, levando e abro as cortinas, permitindo que os raios do sol iluminem meu quarto, ao entrar no banheiro vejo meu reflexo com o cabelo completamente bagunçado e o rosto inchado de quem acabou de acordar, entro na água quente relaxando meu corpo e acordando completamente, ao sair do banho coloco uma roupa casual e quente, pois mesmo estando sol o céu está nublado e ventando, quando  termino de me arrumar desço as escadas indo para a cozinha, enquanto preparo o café mando mensagem para meu pai.

~ mensagem on ~

Lice - Bom dia, papai.

Tom - Bom dia, Lice. Dormiu bem?

Lice - Dormi sim e o senhor?

Tom - O "senhor" nunca dorme, muito trabalho. Kk

Lice - Pai! Já conversamos sobre isso, não é bom você ficar acordado trabalhando!

Tom - Eu sei filha, mas só quero um futuro melhor para você.

Lice - Trabalho excessivo nunca é bom, eu me preocupo com você, papai.

Tom - Eu também me preocupo com você, filha.

Lice - Oh Meu Deus, já está na hora. Tenho que ir.

Tom - Bons estudos, vá com segurança, beijos. Te amo, filha.

Lice - Okay... Beijos, te amo, papai. Depois vamos conversar!

Tom - Tudo bem, me mande mensagem para mim ir te buscar.

Lice - Okay.

~ mensagem off ~

Coloco a caneca dentro da pia, deixo um bilhete na geladeira para minha mãe: 

"Espero que tenha dormido bem, o café já está pronto na jarra, beijos. Te amo, mãe." Ass. Lice Valands.

   Ao sair de casa sinto o vento gelado bater contra o meu rosto, balançando meus cabelos soltos, tranco a porta, verifico a caixa de correio, pego as cartas nomeadas à mim, guardando-as em minha bolsa azul escura e coloco as outras que são para minha mãe novamente na caixa, vou para o ponto de ônibus, instantes depois o ônibus chega, comprimento o motorista com um sorriso e "Bom dia" sentando no banco único do fundo coloco meus fones de ouvido e ouço Twenty one Pilots olhando para janela, não demora muito e desço na estação de metrô, 5min depois que o metrô sai da estação, então 3 homens e 1 mulher de máscaras levantam e anunciam:

Boneca de Porcelana - Isso é um assalto, passem tudo sem reclamar se não morrem. - Diz a mulher, seu cabelo ruivo está brilhando com os raios do sol da manhã que atravessam a janela.

Um homem com uma máscara de palhaço tenta pegar minha bolsa, puxo e dou um soco em sua bariga o fazendo cair de joelhos à minha frente, ele olha para a mulher, ela olha pra ele e afirma com a cabeça, o Palhaço olha para mim com um sorriso malicioso e fúria nos olhos, ele levanta do chão, sem perceber sou atingida por um soco tão forte em meu rosto me fazendo bater a cabeça na janela, meu rosto parece estar queimando sinto tanta dor, minha boca está sangrado, o palhaço pega uma faca no bolso de trás de sua calça jeans e coloca no meu rosto, seu rosto chega perto do meu, com a outra mão segura meu maxilar.

Palhaço - É uma pena machucar esse rostinho lindo. - Sussura ele, em seguida beija minha boca, mordo sua boca, ele se afasta e me corta. - Você vai pagar por isso sua vadia!

A mulher com a máscara de boneca de porcelana dá um soco no ombro do palhaço, ele vira para ela com raiva, mas abaixa a cabeça ao perceber quem era.

Boneca de Porcelana - Você é audaciosa. - Diz olhando para mim. - Você vem com a gente! 

Lice - Não, por favor! Eu te imploro, preciso ir para a faculdade! - Digo levantando e segurando o braço dela levemente. Olhamos uma para outra e não dizemos nada, até que ela percebe que estamos chegando na próxima estação.

Boneca de Porcelana - Ei, palhaço! Pega ela agora! - Diz apontando para mim.

Lice - Não, por favor! - Grito desesperada me debatendo nas mãos do palhaço.

Saindo do metrô, o palhaço coloca uma máscara em mim, não consigo ver nada, lágrimas intrometidas escorrem pelo meu rosto, não quero chorar, não quero ser fraca. Consigo sentir as mãos do  palhaço em mim, com um braço em volta da minha cintura, me levaram até um carro, sento no meio do banco de trás, alguém coloca o cinto de segurança em mim, mas ainda não tiram a máscara do meu rosto. Estou desesperada! Onde estou indo? Quem são essas pessoas? O que vão fazer comigo? 

Era para ser apenas mais um dia normal, mas... Nunca é o que queremos.