História Alice, a louca? - Sozinha?

Depois de muito tempo desmaiada eu acordo, levanto ainda desorientada, sei que passa de 12:00hrs, do lado de fora do galpão o sol está forte, urubus voam sobre minha cabeça, começo a andar do lado dos trilhos com a esperança de encontrar alguma ajuda. O sol está quase se pondo, horas andando, meu corpo dói, preciso de água, preciso de algo para comer e principalmente preciso de roupas, até que encontro uma bilheteria antiga, uma mulher de cabelo preto me avista e corre para me socorrer, caiu em seus braços cansada, meu corpo está todo suado, meus pés machucados.

- Meu Deus, o que aconteceu garota? - Diz a mulher de cabelo preto.

Lice - Por.... Fa... Por favor... - Digo com muito esforço.

- Está segura agora, fique calma. - Diz a mulher me abraçando.

Vou até o carro dela me apoiando em seus ombros, deito no banco de trás, ela fecha a bilheteria e entra no carro.

- Vai ficar tudo bem, vou te levar para o hospital depois. - Diz a mulher no banco do motorista passando a mão em meu cabelos castanho.

Depois de 15min no carro chegamos em uma pequena cabana modesta, a mulher me ajuda à sair do carro e a subir três degraus, entrando na cabana ela me coloca em um sofá marrom escuro velho, mas muito confortável, ela vai para outro cômodo e volta com algumas roupas e uma toalha em suas mãos, ela me leva e me dá um banho morno.

- O banheiro é o lugar mais quente da casa. - Diz a mulher colocando um moletom de lã cinza em mim, depois amarra o meu cabelo em um rabo de cavalo. 

Vamos para o carro, deito no banco de trás. Ela vê que estou quase dormindo e começa a falar sobre a vida dela, não entendo nenhuma palavra, mas fico acordada. Depois de muito tempo chegamos no hospital, ela me leva para a emergência em uma cadeira de rodas, vou para a sala de cirurgia e apago. Acordo em um quarto hospitalar com a mulher na poltrona ao lado da minha cama segurando minha mão direita, estou tomando soro e sangue tipo B- , a mulher acorda.

- Que bom que acordou criança. Meu nome é Maria, vou buscar comida e avisar o médico que acordou. - Diz com um sorriso aconchegante ainda sonolenta e sai do quarto.

No mesmo momento que ela sai do quarto ouço gritos e pessoas correndo no corredor, fico desesperada, ouço tiros chegando cada vez mais perto do meu quarto, a porta se abre e vejo.... A máscara do palhaço.

Continua...