História All Bad - He who found me;;

Hailey Baldwin POV

16:41pm

Eu olhava cada detalhe da face do rapaz que, procurei nos dois últimos anos que se passaram como um raio. O que ele apenas mudou foi o corte de cabelo que, estava um pouco mais curto e o deixava um homem ainda mais sério.

Eu não conseguia aceitar que eu havia sido enganada desde o momento em que comecei a sair com Simon. Isso foi algo que eu nunca imaginei que aconteceria comigo.

Agora estava tudo explicado. Simon não me dava detalhes do caso, eu não via muito retratos pela casa, eu nunca podia ver o álbum da família, havia um quarto em que permanecia sempre trancado...

— Pare de pensar tanto, isso é horrível. -Justin me tira dos devaneios.

— Eu estou e não estou acreditando nisso tudo. -murmuro quase para mim mesma.

— Você quer que eu deixe você em sua casa ou em algum lugar? -pergunta parando o carro no estacionamento.

— Eu quero conversar com você. Eu não procurei você durante esses dois últimos anos para nada. -respondo e ele arregala os olhos.

— Wowo... Sei um lugar onde podemos conversar.

— Ótimo.

[...]

Já estava cansada de caminhar, um longo caminho e tudo isso para sentar em algumas rochas, no topo de um montanha, onde era possível ver um pouco de LA.

— Por que estava a procura de minha pessoa? -Justin pergunta olhando para a paisagem em sua frente.

— Respostas. Você me deixou sem respostas. E, eu queria lhe agradecer também. -respondo e ele nega com a cabeça.

— O que você queria que eu dissesse? -pergunta me encarando agora. — "Oh. Você ta me devendo uma" ou "Aí salvei a sua vida" -diz sarcástico.

— Claro que não. -reviro os olhos. — Me conte como tudo aconteceu. -digo e ele concorda com a cabeça respirando fundo.

Percebo Justin ficar tenso e incomodado no momento. Ele abaixa a cabeça por alguns segundos e volta a encarar LA em nossa frente.

— Eu sou um policial, Hailey. -diz não muito contente. — Naquela noite, eu já havia terminado o meu trabalho, passei na casa de um amigo, tomei um banho rápido e disse que ia abastecer o carro para ir curtir a vida. -sorri lembrando, sem mostrar os dentes. — Quando eu cheguei perto do posto de gasolina de sua família, eu vi. Vi o carro suspeito, você e sua mãe. Fiquei bravo pois cheguei atrasado, você e sua mãe já haviam fechado o posto. Eu resolvi mandar mensagem para o meu amigo para avisar que iria demorar um pouco, pois eu iria em um outro posto de gasolina. Quando eu olhei para frente, você e sua mãe já estavam sendo cercadas pelos assaltantes. Logo em seguida os disparos foram feitos e você entrou na mata. Eu não pensei duas vezes para pegar minha arma no porta luvas do carro, saí correndo em seguida e consegui chegar a tempo de ajudar você. -Justin me olha com os olhos pouco marejados.

— Se você é um policial, Justin. Por que me deixou lá, sem nem se quer dizer nada? -pergunto e ele rir nasalado.

—Eu apenas te deixei lá, Hailey. Eu já havia feito algo. E ainda acionei a emergência. -desvia o olhar do meu. — Eu... Eu fiquei nervoso, com raiva e trêmulo. Eu nunca imaginei que iria matar alguém ou ver uma pessoa ser executada em minha frente. -Justin fala cada palavra com certa mágoa. — Eu podia ter impedido antes aquilo tudo, se eu não estivesse mandando mensagens, sua mãe podia estar entre nós ainda...

— Justin. Para com isso. A minha mãe se foi, e se isso aconteceu é porque tinha que acontecer. Todos iram partir algum dia. É difícil mas, oque resta é superar.

— Ser um policial nunca esteve em meus planos futuros. -Justin muda completamente o assunto.

Justin parecia que me conhecia à semanas e estava se abrindo comigo.

— Eu tinha apenas um ano de idade quando meu pai faleceu, acidente de carro. -ele faz uma pausa e respira fundo. — Dois anos depois minha mãe conheceu o pai do Simon, a mãe dele morreu no parto. Simon e eu nos dávamos muito bem, então, nossos pais resolveram se casar. Então, fomos crescendo e sempre sendo influenciados a serem policiais, pois o pai do Simon é um delegado. Só que isso nunca me agradou. O meu sonho de verdade era a engenharia de vendas técnicas.

— E por que você não lutou por esse sonho?

— Eu não queria decepcionar o Dominic, era o sonho dele ver o filho biológico e o de criação seguir o mesmo caminho. Ele quem ajudou a minha mãe a me educar e dar os melhores estudos...

— Esse era o sonho dele e não o seu, Justin. Você tem que fazer o que você gosta ou será infeliz pelo resto da vida.

— Eu não quero falar mais sobre isso. -Justin diz pouco irritado e se levanta. — Vamos, eu vou te levar de volta para casa.

— Você só está sendo um policial para retribuir favores ao seu padastro? -pergunto e vejo o rapaz ficar ainda mais irritado.

Droga!

— E você, Hailey? Está noiva do Simon por que ele ajudou muito você depois de tudo o que aconteceu? Quer dizer, ele fingia estar. -Justin rir debochado.

Droga 2!

— O gato comeu a sua língua? -Justin pergunta pelo meu silêncio.

Droga 3! Eu queria dar na cara dele.

Sem responder Justin, saí caminhando de volta para onde o carro dele estava e mandei uma mensagem para Madelyn me buscar o mais rápido possível. Continuando minha caminhada novamente, não demorei muito para chegar com Justin atrás de mim.

— Vai entrar no carro ou não? -Justin pergunta destravando as portas.

— Não, eu não vou. -digo curta e grossa.

— Ta bom. -ergue as mãos em rendição. — Me desculpa.

— Desculpado.

— Sério?

— Não. -sorrio sem humor.

— Engraçadinha. -ele entra no carro e liga o mesmo.  —Entra nesse carro logo! -grita para mim.

Nisso um carro em alta velocidade para em frente ao carro dele, fazendo com que ele desligue o carro.

— Hailey, o que está acontecendo? -Madelyn pergunta ao sair do carro.

— Quem é essa? -Justin pergunta descendo do carro também.

—   Nossa. -Madelyn murmura boquiaberta.

— Madelyn esse é o Justin, o rapaz difícil de encontrar. Justin essa é a Madelyn, minha melhor amiga. -apresento um ao outro sem animo algum.

— Como? -Madelyn pergunta.

— Ele quem me encontrou. -digo e ela me olha com um olhar de "me conta essa história direito" — Longa história, vou contar cada detalhe.

— OK. Eu estou indo nessa. -Justin diz voltando para o carro.

— Justin? -o chamo e ele para por um momento me olhando. — Obrigada. -ele sorri balançando a cabeça positivamente e entra no carro.

A tendência é só piorar...