História All Of Me - Prólogo

O cheiro e a fumaça do cigarro, formavam uma camada densa sobre o céu enegrecido da noite, mais ninguém naquele lugar parecia se importar. Eu havia ganho a luta, e com ela, 5 mil dólares, e mais alguns inimigos. Traguei a ultima vez o restante do meu cigarro, e joguei fora a bituca em seguida. Eu podia ver todos os caras cheios de mulheres a volta, e aquilo já não me animava.

Era estranho pensar que eu estava sem animo para sexo, mais era a dura realidade. Chaz, meu melhor amigo, se encontrava a meu lado, com uma garota ruiva em sua perna. Chaz era como eu, um cafajeste nato, apensar de, que aquela noite em especial, eu estivesse me sentido estranho.

-E ai, Jus, como esta sua agenda essa noite?- Uma loira, que se quer lembro o nome, perguntou-me sentando-se em eu colo e oferecendo descaradamente seu decote.

-Estou ocupado.- Digo simples e ela continua a insistir mais eu se quer dou ouvidos.

-Cara, preciso da sua ajuda.- Chaz joga a ruiva para longe quando vê a conhecida garota de ridículos cabelos rosa.

Chaz e Merlin não tinham nada serio, mais ela o tinha em suas mãos, acho que o idiota estava começando a realmente gostar da garota metida. Caminhei atrás dele enquanto ele procurava pelo furacão Merlin depois de ela ter saído batendo o pé.

-Merlin, espera.- Ele pegou o braço dela e ela se virou bruscamente soltando-se dele.

-O que você quer Charles? Não estava ocupado com aquela vagabunda ruiva?- Ela parecia ter fogo saindo pelos olhos.

-Você não aceitou meu pedido de namoro, achei que não quisesse ficar comigo.- Ele parecia triste, esse idiota pediu ela em namoro?

-Eu vim aqui dizer que aceito, não achei que já estaria se divertindo com outra, você disse que só iria ver ele lutar.- Ela bufou.- A propósito, boa noite Justin, foi uma ótima luta.- Sorri doce para mim, e isso me assusta, Merlin não chega nem perto de uma pessoa doce.

-Obrigado Mel.- Ela continua sorrindo.

-Mel, eu...

-Meu nome é Merlin.- Ela corrige Chaz.

-Mel, da um arrego pra ele, Chaz só estava conversando, não fez nada de mais, aquela ruiva que estava se oferecendo e...

-Ah, estava só conversando no colo dele?- Ela põe as mãos na cintura incrédula.

-Da uma chance pro meu amigo.- Sorriu galanteador e vejo Chaz tristonho.

-Seu amigo agiu como um babaca, e da próxima vez, eu juro que corto seus atributos.- Ela rosna para Chaz.- Agora eu sou a porra da sua namorada, ou me respeita, ou perde a vida.- As palavras da baixinha invocada fez com que o rosto do cara se iluminasse, ele tentou abraça-la mais ela o impediu.- Mas tem uma condição.

-Sempre tem.- Chaz bufou. Ela revira os olhos.

-Mackenzie e Ryan brigara, isso quer dizer que ela esta triste, eu quero um encontro duplo Justin, você e ela, seu amigo idiota e eu, agora.- Ela diz.

-Ela é namorada do meu amigo, não posso tentar dar em cima.- Respondo incrédulo.

-Não estou te pedindo para dar encima dela, só distrair.- Ela rola os olhos.

Debrah’s Pov

-Olha se não é o famoso Justin Bieber.- Digo sugando o liquido gélido pelo canudo.

-Então você me conhece.- Ele sorriu galanteador.- Eu te vi poucas vezes, não sei seu nome. Você é a garota do Ryan, não é?- Sorri para mim. Merlin e Chaz já haviam sumido a quase uma hora e me deixado olhando para cara desse idiota até eu não aguentar mais o tédio.

-É obvio que não sabe quem eu sou, você esta sempre ocupado demais olhando o rabo de qualquer vadia, por que me olharia? E não, eu não sou a garota de ninguém.- Digo irritada mexendo na tampa do copo.

Ele estava rindo? Que graça havia nisso? Eu sou alguma palhaça?

-Eu não sabia que Ryan gostava de virgens.- Ele insiste.

-E quem te disse que sou virgem, meu amor?- Ironizo.

-Você tem cara de virgem que tenta disfarçar, se veste como uma, mais tenta agir como uma rebelde.- Gargalho e ele ri junto.

-Você não sabe nada sobre mim, babe.- Digo sussurrando e me aproximando de seu rosto por cima da mesa, sorrindo maliciosa quando ele morde o lábio.

-Exatamente.- Ele diz quando volto a meu lugar.- Eu não sei nada de você. Vamos começar pelo seu nome.- Continua com a merda de um sorrisinho no rosto.

-Por que eu te diria o meu nome?- Cruzo os braços.

-Por que estou sendo legal com você.- Continua sorrindo.

-Há controvérsias.- Semisserro os olhos.

-Mack, você quer carona?- Ryan apareceu atrás de nós. Eu o olhei com ódio e queria dar na cara dele.

-Não, eu vou com a Mel.- O ignoro.

-Ela e o Chaz já foram para casa.- Ele diz e me olha como se fosse minha única opção.

-Então eu vou com Justin.- Isso era certamente uma mentira, mais eu queria me livrar dele, na verdade, queria me livrar dos dois.

-Com o Justin?- Ele parecia puto da vida.- Você é mais uma vadia que caiu na rede dele, como você pode Justin, meu amigo...- Ele não terminou de falar, pois enfiei a mão na cara do desgraçado.

-Nunca abra a merda da sua boca para falar de mim, vamos Justin.

Sai andando batendo pé da maldita lanchonete no meio da cidade, atrás do prédio abandonado que eles lutavam vale tudo ilegalmente. Já estávamos longe das pessoas quando Justin puxou assunto.

-Então, você é uma Zeta.- Ele disse com convicção tendo as mãos no bolso.

-Por que acha isso?- Ergo uma sobrancelha e o encaro ainda caminhando de braços cruzados.

-Deduzi, você e Ryan, seja lá o que vocês tem, ele é um Omega, geralmente Zetas e Omegas namoram. E a Merlin é uma Zeta, achei que fossem colegas de irmandade.- Explica, sorrio.

-Eu não tenho mais nada com Ryan, ele é um idiota. E eu moro no campus, conheço a Merlin desde que me entendo por gente, ela e filha da amiga da minha mãe, fomos criadas juntas.- Digo.- Eu tentei entrar na Kappa ano passado, mas não passei nas provas, e amanhã começa minhas novas tentativas.- Ele parece estranhar.

-É muito difícil alguma mulher na Kappa, por que quer entrar?- Perguntou com cenho franzido.

-Meus pais se conheceram na Kappa, eu queria meio que seguir os passos deles, sabe?- Disse sentindo meu interior retorcer.

 -Entendo, boa sorte, quem sabe não viramos irmãos de fraternidade.- Ele sorri terno, e não galanteador, dessa vez.

-Quem sabe.- Digo dando de ombros.

-Quer uma carona?- Ele indica a Ducati preta pouco a frente.

-Não, eu mal te conheço, e não tenho como ir para casa, as portas da minha republica fecha meia noite e so abrem as 6h.- Olho no meu telefone, e marcava 3h da madrugada, reviro os olhos.- Vou ficar por aqui.

-Posso te lavar para o meu Ape, provavelmente Chaz e Merlin estão lá.- Diz inocente.

-Você acha que tenho cara de chapeuzinho vermelho para cair no conto do lobo mal?- Pergunto com a sobrancelha erguida.

-Qual é, se você entrar para a  Kappa vamos morar na mesma casa.- Ele diz sorrindo, agora aquele sorriso matador mais uma vez.

-Está tentando fazer-me desistir?- Pergunto engraçada.

-Vamos logo.- Sorriu andando em direção a moto.

Eu realmente tinha subido na moto de um estranho 3h da madrugada e estava indo a casa dele? Meu pai talvez esteja querendo me matar, seja la aonde estiver, e posso ouvir as palavras de Mc’Kessey “Se você morrer, eu vou dar na sua cara Debrah.” Sorrio com o pensamento.

A moto começa a avançar sobre as ruas, e eu sentia um calafrio em minha espinha. Engulo a seco e aperto o corpo de Justin sobre o meu, ele percebe meu desconforto e parou a moto. Justin desceu da moto e eu pulei da mesma e cambaleei para os lados assustada, eu sentia tudo de novo. De repente meu braço começou a latejar, e minha perna falhou.

A cena era horrível, ele estava praticamente em baixo do carro, eu podia ver todo sangue que saia do ferimento aberto em sua cabeça, eu queria salva-lo, mais não conseguia me mexer, a dor em meu corpo era insuportável. Eu apenas podia vê-lo sorrindo para mim.

-Se eu morrer, quero que saiba que morri fazendo o que eu amava, querida, e eu amo você.- Ele estendeu a mão até meu rosto e fez um carinho ali.

Eu vi seus olhos se fecharem e as pessoas correrem para socorrer-nos. Eu sabia que era o fim dele, eu sabia que mesmo assim, ele estava feliz, pois seu sorriso idiota permanecia na face já sem vida.

Eu via os lábios dele se moverem, mais eu não ouvia eu so conseguia ouvir as batidas do meu coração e o som da ambulância. As coisas começaram a ficar embaçadas, mais senti algo me aparar. Algo forte, musculoso e cheiroso. Presumi ser o garoto loiro prepotente que carregava o sobre nome Bieber.