História All Of The Stars - As estrelas

No dia seguinte, Hermione saia da aula de Herbologia com Harry e Rony, atualmente estar apenas com os amigos era bem raro e ela se deu conta do quanto havia sentido falta daquilo. Os amigos riam se lembrando que durante a aula Simas havia assustado Neville e ele por sua vez acabou jogando terra na professora Sprout.

- Sempre o Neville. – Comentou Rony enquanto gargalhava de rir.

Quando os três amigos viraram para ir para outro corredor Harry e Draco se esbarraram violentamente.

- Olha por onde anda, Potter. – Falou Draco olhando para Harry com nojo.

Harry respirou fundo ao ouvir o garoto. – Olha você Malfoy.

O loiro deu uma risada debochada, depois olhou para Rony que já estava com os punhos fechados e em seguida para Hermione, eles sustentaram o olhar durante mais tempo do que deveria. Quando o ruivo olhou para Hermione estranhando a castanha olhou-o e deu de ombros.

- Desculpa senhor Harry Potter, o maior bruxo de todos os tempos. – Draco falou debochadamente e fez uma reverência arrancando risadas de Pansy e Blásio.

- Vamos, Harry. – Falou Hermione colocando a mão no braço do amigo.

- Isso, Potter. Vai logo. Anda. – Draco cruzou os braços na altura do peito.

- Você é ridículo e patético, Malfoy, mas sabe apesar de tudo eu não te odeio, na verdade eu tenho pena de você. – Retrucou Harry em um tom de voz calmo.

Draco deu uma risada ao ouvir Harry. Hermione olhava de um para outro de cinco em cinco segundos.

- Pena Potter? Você tem pena de mim? Bom, vamos ver, eu sou rico, tenho um sobrenome importante, alias sou uma pessoa importante, sou desejado por todas as garotas dessa escola, faço parte da melhor casa de Hogwarts, sou inteligente ... – Se gabava Draco.

- Gostoso. – Completou Pansy com um sorriso malicioso fazendo Hermione revirar os olhos.

- Isso também – Falou Draco sorrindo para a garota. – Continuando, bonito, sei jogar quadribol e ah tenho um pai e uma mãe... Entre outras coisas, posso continuar listando as minhas qualidades se quiser, mas não entendo porque eu deveria ser digno de pena.  – Ele deu um sorriso vitorioso.

- Do que adianta ter isso tudo se você não é feliz? Se você não conhece o amor nem dos seus pais, nem dos seus amigos e muito menos de nenhuma mulher, levar pra cama é fácil o difícil é você ser capaz de fazer uma te amar de verdade, você é um monstro e vai viver sozinho amargurado e infeliz. Você é uma pessoa vazia Malfoy... Eu posso continuar listando tudo que eu penso de você, mas não vale a pena perder meu tempo com uma pessoa que não acrescenta em nada na vida de ninguém. – Harry não aumentou o tom de voz nenhuma hora ao dizer.

Rony sorria após ouvir o amigo, Pansy e Blásio o olhavam com ódio, Hermione fitava o chão em silêncio sem saber o que pensar já Draco fechou o punho e repentinamente deu um soco tão forte no rosto de Harry que o mesmo acabou indo para o chão. Em questão de segundos Harry já havia se levantando e retribuiu o soco dando um também no rosto do loiro.

Após isso, Blásio segurou Draco e Rony segurou Harry, Hermione se colocou entre os dois. – Chega. Parem vocês dois. – Os dois se debatiam tentando se desvencilhar dos amigos. 

- Foi essa fuinha que começou. – Protestou Harry.

- Me solta, Blásio. – Draco tinha um olhar de raiva, seu semblante era de ódio puro, por sorte ele sequer se lembrou da varinha, pois se tivesse feito isso o pior podia acontecer. Ele conseguiu se desvencilhar de Blásio, olhou para Harry e apontou para o mesmo. – Eu vou te fazer engolir tudo que você disse, guarde as minhas palavras Potter.

Ao dizer ele se afastou arrancando a gravata do pescoço e passando as costas da mão próximo ao nariz e sentiu que havia machucado.

- Espera Draco! – Ouviu Blásio, ele e Pansy correram até o amigo.

Draco olhou para os dois amigos. – Quero ficar sozinho. – Ele voltou a andar e seguiu para a Sala Precisa.

Hermione ficou acompanhando o loiro com o olhar enquanto ele se afastava e deu um suspiro.

– Vamos Hermione. -  Murmurou Rony.

A garota olhou para o ruivo e depois para Harry que estava inquieto. – Vão indo, eu vou dar uma passada na biblioteca. Preciso de um livro.

-Hermione, logo agora?! – Questionou Rony exasperado.

Hermione se sentiu culpada ao ouvir Rony. – É rápido Ronald. Daqui a pouco eu encontro vocês.

- Tudo bem Mione. Vamos Rony. – Falou Harry se afastando e seguindo para a torre da Grifinória junto com o ruivo.

Hermione seguiu para o mesmo caminho que Draco havia feito a principio pensou que ele deveria ter ido para o dormitório ou até mesmo para o jardim, mas pelo semblante dele imaginou que iria preferir ficar sozinho sendo assim poderia ter ido para a Sala Precisa. Decidiu arriscar e seguiu para lá.

Quando estava em frente a parede onde deveria ter a porta ela passou em frente três vezes torcendo para dar certo: ‘’Um lugar para ficar sozinha’’. A porta apareceu, ela se aproximou e abriu-a então pode ver Draco sendo com as costas encostadas em uma das paredes olhando para o teto encantado que exibia as estrelas.

Hermione entrou no local e fechou a porta então se aproximou devagar de Draco que nem sequer havia a olhado.

- O que você quer? – Ele murmurou sem tirar os olhos das estrelas.

Hermione hesitou por uns segundos, mas reuniu coragem. – Saber como você está.

- Tanto faz. – Draco deu de ombros tentando parecer indiferente.

A garota se sentou ao lado dele e olhou para o céu encantado, inconscientemente ela deu um sorriso.

Os dois permaneceram em silêncio durante um tempo apenas apreciando o céu e a presença um do outro. – A  estrela me lembra de você. – Murmurou Draco.

Hermione ficou surpresa ao ouvir Draco e fitou-o mesmo ele não olhando-a. – E porque?  

- Linda, iluminada e tão distante de mim. – Sussurrou Draco.

Hermione ficou sem palavras ao ouvir o loiro, ela percebeu que o soco que Harry havia acertado nele o machucou e ela colocou dois dedos próximo ao machucado e quando fez isso, o rapaz gemeu de dor. – Desculpa. Quer que eu cuide disso?

-Não, não precisa. Não foi nada demais. – Murmurou Draco amargurado. – Espero que aquele filhote de trasgo tenha ficado pior do que eu.

Hermione passou a mão pela nuca e deu um suspiro profundo, Draco percebeu e olhou-a. – Quem começou foi o seu amiguinho.

- Eu realmente não vou entrar nessa discussão sobre quem começou, mas como foi que a Parkinson falou mesmo? Gostoso. – A garota revirou os olhos.

Draco deu um sorriso de lado ao perceber o ciúme de Hermione. – Tá com ciúmes da Pansy é? – Ele perguntou debochado.  

Hermione arqueou uma das sobrancelhas ao ouvir Draco depois bufou. – Claro que não, Malfoy.

- Admite logo, Granger. Tá morrendo de ciúmes da Pan. – Ele falou se aproximando mais e deu um beijo no pescoço da castanha que por sua vez se arrepiou.

- Não tenho nada pra admitir garoto. – Hermione falou revirando os olhos.

- Não vai admitir? – Advertiu Draco.

- Não tenho nada para admitir. – Repetiu a grifinória.  

Ao ouvir a garota Draco sorriu então começou a fazer cócegas nela que se contorceu rindo tentando se desvencilhar. – Para, Malfoy. – Pediu a garota.

- Não até você admitir. – Ele falou sorrindo enquanto fazia cócegas nela.

Hermione gargalhava de rir enquanto Draco continuava. – Para Draco, por favor.

Ao ouvir Hermione lhe chamar pelo nome Draco parou de fazer cócegas, mas continuou sorrindo, ela pronunciando o nome dele era como se um anjo tivesse lhe chamando, sem pensar duas vezes ele beijou-a apaixonadamente.

Diferente dos outros beijos que deram antes, o beijo era calmo, apaixonado, mas um estava completamente entregue ao outro, Draco pediu passagem com a língua e Hermione permitiu prontamente, uma das mãos do rapaz foi para a coxa da garota e deslizou-a para dentro de sua saia, ela se arrepiou ao sentir o toque dele em sua pele.

Eles pararam de se beijar e Draco traçou um caminho de beijos pelo pescoço dela, tirou a gravata dela e jogou-a para o lado depois começou a abrir os botões da blusa de Hermione vagarosamente e como ela não o impediu continuou abrindo a blusa ao quando terminar olhou-a e se deleitou com a visão dela de sutiã.

Ao abrir os olhos Hermione percebeu o olhar de Draco e corou. – Vai ficar me olhando desse jeito mesmo? 

- Só estou apreciando a visão. – Ele falou sorrindo com malicia.

No mesmo instante Draco se lembrou da marca negra em seu braço, ele estava sem a varinha logo não poderia fazer alguma magia para esconder aquele fardo que ele levava com si onde quer que fosse.

Ele deu um beijo na testa de Hermione que ficou olhando-o pensando que havia feito alguma coisa errada. – O que foi? Tem alguma coisa errada? – Perguntou.

Draco se odiou, ele queria tanto aquilo, queria tanto tê-la, mas não podia. – Não... Mas eu não vou me precipitar com você. Não quero que se sinta culpada amanhã. Vamos ter tempo. – Ele mentiu. Tempo era tudo que ele não tinha.

Hermione ficou na duvida se achava aquela atitude fofa ou imbecil, mas por fim achou que aquela era uma boa atitude, ela abotoou os botões da blusa. – Bom, eu já tenho que ir, antes que o Harry e o Rony venham me procurar. – Ela falou se levantando.

Draco se levantou logo depois dela e antes que se afastasse pegou em seu braço. – Desculpa por isso...

Hermione o interrompeu selando seus lábios. – Não se preocupa quanto a isso, acho que foi melhor assim. – Após dizer ela fitou o céu encantado uma ultima vez depois se afastou e seguiu para a porta, abriu-a e então saiu seguindo para a torre da casa da Grifinória.

Draco ficou olhando para a porta da sala precisa e deu um suspiro profundo, voltou a se sentar no chão se sentindo o homem mais amaldiçoado do mundo.