História All Of The Stars - Almas Desesperadas

Hermione saia da ultima aula do dia já que o próximo tempo era vago. Abraçada ao seu livro a garota seguia ao lado dos amigos que conversavam animadamente sobre o próximo jogo de quadribol que seria contra a Lufa-Lufa, mas a garota nem sequer prestava atenção no que eles diziam estava perdida em seus próprios pensamentos.

Os três amigos fizeram o caminho tão conhecido para o Salão Comunal, como ela havia prometido aos dois que os ajudaria no trabalho de Poções os três amigos se sentaram nas poltronas em frente a lareira. Harry e Rony entregaram suas dissertações sobre as poções mais perigosas do mundo e Hermione pegou sua pena.

A garota lia as redações dos amigos ora franzindo o cenho e ora  fazendo careta ao ler alguma coisa errada, riscava e fazia anotações em baixo indicando o que deveriam mudar e por fim quase havia refeito os trabalhos para os amigos que agradeceram  aliviados.

Quando a hora do jantar chegou os três desceram e se dirigiram ao Salão Principal, Hermione se sentou entre os amigos e durante o jantar ficou conversando animadamente com eles quando Gina chegou se sentou em frente ao trio e começou a contar diversas histórias arrancando risada do trio.

Mesmo com a dinâmica entre os quatro, os olhos de Hermione não deixaram de percorrer a mesa da Sonserina e ficou decepcionada por não encontrar quem procurava deu um suspiro e tentou voltar a prestar atenção na conversa.

Draco entrou no Salão Principal andando a passos largos, mas ao invés de fazer o caminho até a mesa da Sonserina se dirigiu a mesa da Grifinória. Hermione ao notar a presença dele ali franziu o cenho surpresa.

- Granger. – Falou Draco ao se aproximar mais, fisicamente e emocionalmente o rapaz estava exausto, mas mesmo com a camisa para fora da calça, seu uniforme amarrotado e cabelo desgrenhado ainda era a figura do rapaz mais lindo que Hermione havia visto. – Snape quer nos ver... Agora. Anda Granger, eu tenho pressa.

Hermione arqueou a sobrancelha, mas se deu conta de que aquilo era apenas um pretexto, se levantou bufando pra disfarçar e saiu andando logo atrás de Draco. Ele andava um pouco mais a frente e Hermione o seguia pelo castelo.

Ele parou abriu a porta de uma sala indicou com a cabeça para que Hermione entrasse e quando a garota fez isso ele olhou ao redor e entrou logo depois dela fechando a porta logo em seguida.

- Senti sua falta. – Falou Hermione se aproximando mais do loiro.

Ao ouvir as palavras de Hermione, Draco se aproximou mais e abraçou-a forte, ali nos braços dela se sentiu protegido, era como se um feitiço os tivesse envolvido em uma bolha magica e o resto do mundo estivesse sido excluído. Eram apenas eles, o resto do mundo não importava.

Hermione sentiu o corpo de Draco tremer, ficou preocupada, mas preferiu que ele estivesse melhor para questionar o que estava acontecendo. Como uma forma de conforta-lo ela fez carinho na cabeça dele e abraçou-o mais forte. – Tá tudo bem. – Sussurrou. – Estou aqui com você. 

Após alguns minutos Draco se afastou e colocou as mãos no rosto de Hermione, olhou profundamente nos olhos da garota que amava e suspirou. – Quero que me prometa que hoje não vai sair do seu dormitório por nada, me ouviu?

A castanha franziu o cenho ao ouvir Draco, começou a ficar preocupada. – Porque disso?

- Eu não tenho tempo para explicar nada, só me promete isso Hermione e, por favor, não se esquece do que nós vivemos... Sei que não foi muito tempo, mas três semanas juntos foi o tempo que levou para eu me apaixonar por você. – Draco depositou um beijo casto nos lábios de Hermione. – Você foi a melhor coisa que podia ter acontecido na minha vida.

Hermione não pode deixar de se emocionar com aquilo tudo que ele falava, mas sabia que havia algo errado, muito errado. – Draco... Isso é uma despedida?

O loiro se afastou um pouco, pegou as mãos dela e as beijou. – Sim.

Ao ouvir Draco os olhos de Hermione marejaram. – O que? Porque? O que aconteceu?

Draco deu um suspiro profundo. – A carta. Na hora certa. Lembra? Agora você precisa ir, não sai do seu dormitório ouviu?

Hermione permitiu que as lágrimas rolassem pelo seu rosto e Draco não suportou vê-la chorar, se aproximou mais da garota e abraçou-a sentindo o cheiro inebriante de morango, desejando mais do que tudo que pudesse ficar com ela.

E o pior: ele podia ficar se assim decidisse escolher. Sabia disso, mas um passo em direção a Hermione era um abismo inteiro para longe de sua família, era trair sua linhagem inteira e Voldemort, as consequências daquilo poderiam ser desastrosas. Preferia que Hermione o odiasse a ter que vê-la morta.

Após alguns minutos se afastou dela e selou demoradamente seus lábios. – Vai meu amor, já está tarde.

- Draco... Por favor. – Pediu Hermione ainda com os olhos marejados.

- Eu que te peço, por favor, Hermione. Anda. – Falou Draco dando um beijo na testa dela.

A garota assentiu com a cabeça e seguiu para a porta, abriu-a e olhou para Draco. – Eu te amo. – Eles ficaram se encarando durante algum tempo.

- Eu também te amo, Hermione. – Falou Draco sentindo seu coração acelerado jamais pensou que pudesse ouvir essas palavras saírem da boca da castanha.

Sabendo que não era mais capaz de ficar ali sem que desmoronasse ela saiu da sala fechando a porta e seguiu para o Salão comunal da Grifinória, deixando com Draco seu coração.

A garota andava pelos corredores a passos largos louca para chegar a seu dormitório e poder chorar o quanto quisesse, mas seus planos foram interrompidos quando virou um corredor e se deparou com Harry, Rony, Gina e Neville socorrendo Luna que estava desmaiada no chão.

A castanha correu até o grupo limpando as lágrimas. – O que aconteceu? – Questionou olhando para Luna.

 - Não sabemos, estávamos voltando pro Salão Comunal quando a encontramos assim. – Respondeu Gina aflita.

- Vamos leva-la para a Ala Hospitalar. – Falou Harry, logo assim que o moreno disse Neville pegou Luna nos braços e levantou-a sem nenhum esforço.

O grupo de Grifinórios fez o caminho até a Ala hospitalar. Quando chegaram lá Madame Pomfrey que cuidava de um Lufano olhou surpresa para o grupo que adentrava no local e ao ver Luna se aproximou de uma cama vazia. – Coloque-a aqui.

Ao ouvi-la, Neville colocou com cuidado Luna sobre a cama e se afastou um pouco.

- O que aconteceu? – Questionou Madame Pomfrey examinando a menina que permanecia desacordada.

- Não sabemos. – Respondeu Rony. – Estávamos indo para o Salão Comunal quando a encontramos.

- Ela vai ficar bem, não vai? – Questionou Hermione preocupada com a amiga.

- Acredito que sim. - Madame Pomfrey olhou para o grupo de Grifinórios. – Agora todos pros seus dormitórios, já passou do horário.

- Mas... – Começou a dizer Gina, mas foi interrompida pela medibruxa.

- Sem, mas, vamos já está tarde, amanhã vocês podem visita-la.

Sem ter opção e mesmo sob protesto os cinco Grifinórios saíram da Ala Hospitalar.

(...)

Severo Snape estava em seus aposentos olhando para uma foto antiga. Nela Lilian Evans sorria e acenava, seus enormes cabelos ruivos voavam por causa do vento e seu sorriso era capaz de fazer com que o severo professor se emocionasse.

Ele se lamentava profundamente por não conseguir impedir que Draco fosse para o lado das trevas, teve esperanças de que o rapaz escolhesse sabiamente qual caminho deveria seguir mas estava enganado, não contava que o amor do garoto pelos pais fosse ser tão forte a ponto de faze-lo renunciar sua felicidade e toda sua vida.

Tinha pena do rapaz, pois suas histórias eram semelhantes: Os Sonserinos que perderam as duas Grifinórias, dois casais separados por questões de sangue. E agora assim como ele, Draco estava destinado a viver na escuridão profunda desprovido de qualquer tipo de sentimentos bons e sobre tudo sem a garota que amava.

Depositando a fotografia de Lilian dentro de um livro Snape foi até a janela e ficou olhando para o céu negro. Tudo estava prestes a mudar.