História All Of The Stars - A escolha

Após ter se despedido de Hermione, Draco seguiu para a sala precisa. Ao adentrar no lugar se dirigiu até o armário sumidouro, quando estava em frente ao grande armário respirou profundamente puxou o lençol que o cobria em seguida usando um feitiço destrancou-o, mas não ficou para dar as ‘’boas-vindas’’ aos comensais, saiu do local aos tropeços e se dirigiu a sala do diretor de Hogwarts.

- Suco de abobora. – Murmurou Draco para a estátua que guardava a sala do diretor.

Quando a passagem foi aberta ele tomou coragem e subiu as escadas já com a varinha em punho. Parou em frente a porta do diretor sentindo a mão trêmula e antes que acabasse mudando de ideia abriu a porta bruscamente e entrou no lugar.

Dumbledore estava em pé em frente a janela e de costas para o loiro, ele fitava o céu. - Boa noite, Draco. – Falou o diretor calmamente então virou de frente para o rapaz que apontava a varinha para o mesmo com a sua mão trêmula.  – O que o trás aqui nessa linda noite de primavera?

Draco olhou rapidamente ao redor. – Tem mais alguém aqui? – Questionou tentando manter uma postura ameaçadora.

- Ah não. – Respondeu o diretor em um tom de voz tranquilo, ele deu um suspiro e olhou para a varinha do Sonserino. – Draco, você não é um assassino.

- Como sabe o que eu sou? – Questionou Draco rispidamente. – Fiz coisas muito chocantes.

- Como enfeitiçar Katia e envenenar a garrafa de hidromel? Suas tentativas foram tão tolas que não consigo mesmo crer que estava mesmo querendo me matar.  – Falou o diretor.

- Ele confia em mim! – Brandiu o rapaz. – Eu fui escolhido! – Ele disse subindo a manga de sua blusa e mostrando a marca negra em seu braço.

O olhar de Dumbledore não mostrava medo, nem raiva nem desprezo, mas sim compaixão. - Draco, há uns anos conheci um menino que fez todas as escolhas erradas... Me deixe te ajudar. – Pediu o diretor.  – Eu sei da sua profecia, não escolha o caminho pelo qual vai se arrepender.

- Eu não quero ajuda! – Gritou o loiro permitindo que as lágrimas caíssem de seus olhos. – O senhor não entende. Eu tenho que fazer isso! Eu tenho que matar o senhor ou ele matará os meus pais. – O desespero na voz do rapaz era nítido.

Foram ouvidos passos de pessoas subindo as escadas, Draco se recompôs rapidamente e Bellatrix entrou no local acompanhada de outros comensais.

- Olha o que temos aqui. – Falou a bruxa se aproximando com um sorriso nos lábios. – Muito bem, Draco, muito bem. Agora, faça! – Ordenou ao sobrinho com uma expressão vitoriosa no rosto.

 ‘’- Sabe... Uma vez eu ouvi uma frase: são as nossas escolhas que relevam o que realmente somos muito mais do que nossas qualidades’’

 A voz de Hermione ecoava na cabeça de Draco que ficou absorto nos seus próprios pensamentos.

Ao ver que Draco havia ficado sem reação Bellatrix voltou a exigir. – Mate-o Draco. Agora! – Brandiu a comensal.

- Não. – Falou Snape entrando calmamente no local. – O olhar dele estava em Draco mas, depois olhou para o diretor.

- Severo. – Falou Dumbledore fitando Snape durante um longo tempo. – Por favor.

- Avada Kedavra. – Tudo aconteceu tão rápido que Draco nem teve tempo de pensar direito, o feitiço verde saiu da varinha de Snape atingindo em cheiro Dumbledore que foi arremessado pela janela na qual ele admirava o céu a poucos minutos atrás.

Draco ficou tão perturbado com aquilo que ficou imóvel olhando para o local onde Dumbledore havia sido arremessado foi então que sentiu Snape pegar em seu braço enquanto Bellatrix conjurava a marca negra no céu de Hogwarts.

Os comensais desceram rapidamente as escadas depois sairam caminhando pelos corredores destruindo tudo que podiam pela frente, explodindo estatuas, quebrado vidros, rasgando e colocando fogo em tapeçarias. O loiro apenas mantinha o olhar no chão enquanto seguia os demais.

Hermione, Harry, Rony, Neville e Gina seguiam em direção ao Salão Comunal da Grifinória após terem sidos expulsos da Ala Hospitalar foi então que ouviram diversos barulhos altos ecoando pelos corredores do castelo.

- O que foi isso? – Questionou Rony olhando para os lados já com a varinha em punhos, logo depois todos os outros fizeram a mesma coisa.

- Acho que veio desse lado. Vamos. – Falou Harry seguindo por um corredor com os amigos logo atrás ele, quando os sons ficaram mais altos eles apertaram os passos e em poucos segundos já haviam começado e correr.

O grupo permaneceu correndo em direção aos sons que agora estavam ainda mais altos, eles saíram do castelo então viram um grupo andando mais a frente, mesmo distantes conseguiam ouvir nitidamente o que diziam.

- Inutil igual ao seu pai. – Ouviram a voz de Belatrix, inconfundível. – Você vai ter que contar para o Lorde das trevas que quem matou o velho Dumbledore foi Snape!

Nesse momento os Grifinórios pararam de andar e se entreolharam, viram a marca negra pairando sob Hogwarts, todos estavam pálidos e chocados.

- Não pode ser... – Murmurou Gina com a voz embargada.

Harry foi o primeiro a ter uma reação, o garoto correu na direção do grupo sentindo seu peito doer, não podia ser verdade, Dumbledore não podia estar morto. Os outros quatro correram logo atrás do amigo.

Bellatrix percebeu uma movimentação e olhou para trás, parou de andar e deu um sorriso de deboche vendo Harry se aproximar.

- Ele confiou em você! – Berrou Harry olhando para Snape que ao ouvi-lo olhou-o com uma expressão indecifrável.

Ao ouvir a voz de Harry, Draco olhou na direção do rapaz e em seguida viu quem ele menos queria ver naquele momento, Hermione havia parado ao lado do amigo, o olhar dela e de Draco se cruzaram e ao ver a marca negra no braço do rapaz precisou se apoiar no braço de Neville para não cair, o loiro se sentiu envergonhado e desviou o olhar de Hermione mas ela permaneceu fitando-o procurando respostas.

- Vamos embora. – Murmurou Snape. – Não é a hora. – Ele lançou um olhar para Bella que mesmo contrariada assentiu e deu as costas a seus inimigos e seguiu para o portão, seguindo seu exemplo os outros comensais fizeram o mesmo desaparatando pouco depois.

- Expelliarmus! – Gritou Harry para Snape que apenas usou um feitiço protetor. -  Confringo! – Mais uma vez o feitiço foi lançado contra um escudo protetor que Snape havia conjurado. – Revide! Anda seu covarde, revide!

- Vamos, Draco. – Foi tudo que Snape disse pegando pelo braço do rapaz e puxando-o em direção ao portão, Rony e Neville tiveram que segurar Harry para impedi-lo de ir atrás dos comensais. Quando estavam fora Snape olhou para Draco. – Tem certeza disso?

Certeza? A única certeza que Draco tinha era que estava indo por um caminho escuro, estava dando as costas para Hogwarts, seus amigos e a garota que havia conquistado seu coração, nesse caminho que ele seguiria não havia ninguém para lhe estender a mão, ninguém para o apoiar, ninguém que se importava verdadeiramente com ele. Era apenas uma peça de um xadrez.

Ele olhou uma ultima vez para Hermione com os olhos marejados, a garota era amparada por Gina e as lágrimas escorriam pelo seu rosto torrencialmente. Hermione com Hogwarts logo atrás dela e sob o castelo a marca negra, aquela cena era um resumo perfeito de como havia sido sua vida durante aqueles meses. – Vamos logo. – Murmurou para Snape, posteriormente os dois desaparataram.

Quando Draco se foi os joelhos de Hermione cederam e ela caiu ajoelhada no chão com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

‘’- Aquela estrela me lembra você. – Murmurou Draco.
- E porque? – Questionou Hermione.
- Linda, iluminada e tão distante de mim. – Sussurrou Draco.’’

A recordação daquele dia veio a tona na cabeça de Hermione, não podia ser verdade, ele não podia ser um comensal, como ela não havia se dado conta? A castanha se levantou do chão e aos tropeços correu em direção do castelo ignorando os amigos lhe chamando. Draco havia partido e levou junto seu coração.