- Não! – Hermione gritou. As lágrimas escorriam pelo rosto da garota que estava desnorteada com o acontecido, o mundo parecia ter parado. Se aproximou do corpo no chão aos prantos, ela chacoalhava como se assim ele pudesse acordar a qualquer instante. – Acorda, por favor.
Lucio Malfoy se aproximou de Hermione. – Um sangue puro derramado por causa de um sangue sujo igual ao seu, isso é repugnante. – Ele falou entre dentes e apontou a varinha para a garota. – Não se preocupa, vão se encontrar em breve. – Debochou.
- Expelliarmus! – A varinha de Lucio foi para na mão de Draco que havia conseguido desarmar Bellatrix a segundos atrás e a mesma havia aparatado. – Você tem pena em derramar um sangue puro? Pois eu não. – Ele falou se colocando na frente de Hermione e do corpo sem vida de Ronald Weasley.
Lucio deu uma risada. – Você não vai fazer isso. Sou o seu pai.
- Não, ele não vai. – Falou uma voz feminina vinda de trás de Lucio. A surpresa não poderia ser maior, Narcisa Malfoy se aproximava lentamente do marido e apontou a varinha para ele. - Petrificus Totalus. – Ela jogou o feitiço contra Lucio que caiu imóvel no chão.
- O que? Vai deixar ele sair impune com um feitiço ridículo desses? – Draco a olhava incrédulo.
Narcisa se aproximou do filho e colocou as mãos nos ombros dele. – Não vou permitir que você seja assombrado por uma terrivel memória dessas, os aurores vão cuidar dele. Vai, tem muita gente precisando de ajuda.
Draco apenas assentiu com a cabeça ao ouvir a mãe e olhou para Hermione, ele não sabia o que dizer, nem se devia dizer alguma coisa então deu um beijo no rosto de Narcisa e se afastou.
- Draco! – Hermione corria atrás de Draco e quando ele se virou para olha-la ela se jogou nos braços dele e abraçou-o com força colocando a cabeça na curva do pescoço dele que retribuiu abraçando-a tão forte quanto ela.
Quando se afastaram a castanha olhou-o. – Juntos?
Draco deu um sorriso ao ouvi-la e depositou um beijo na testa dela, ia responder, mas o sorriso dele foi substituído pelo pânico quando uma dúzia de dementadores apareceram. – Merda. – Foi tudo que ele conseguiu dizer naquele momento e ao ouvi-lo Hermione acompanhou o olhar dele.
- Merda. – Ela repetiu o que ele havia dito e apontou a varinha para eles. - Expecto Patronum. – Jogou o feitiço contra eles e assim os repeliu, mas alguns segundos depois eles voltaram a se aproximar. - Expecto Patronum! – Ela gritou usando o feitiço contra eles, mas eles eram muitos e aquilo não foi o suficiente.
- Juntos. - Draco pegou na mão de Hermione entre laçando os dedos com os dela e apontou a varinha para os dementadores, fechou os olhos e tentou se concentrar. Lembranças felizes. Se recordou dos momentos que passou com Hermione, do primeiro eu te amo que ouviu dela, de sua risada, de como ele se sentia bem quando estava com ela.
- Expecto Patronum! – Ele murmurou temendo errar, temendo que não desse certo, mas ouviu uma exclamação vinda de Hermione e quando abriu os olhos viu o que era.
- Mas... – Ele murmurou enquanto observava as duas lontras franzindo o cenho por não ter entendido nada, como assim seu patrono era o mesmo de Hermione. – Os patronos podem ter a mesma forma? – Questionou confuso.
Hermione olhou para Draco com um sorriso nos lábios. – Sim. O patrono está ligado ao amor, ele pode mudar de forma... Se o bruxo se apaixonar. – Ela respondeu não escondendo seu contentamento com aquilo, de uma certa forma aquilo era uma linda declaração de amor.
Draco foi pego de surpresa ao ouvir Hermione, mas adorou aquilo, sorrindo ele puxou-a mais para si e abraçou-a depositando um beijo na cabeça dela. – Temos que ir. – Ele falou mesmo desejando congelar aquele momento.
De mãos dadas os dois corriam pelos corredores de Hogwarts atrás dos amigos ou de qualquer um que necessitasse de ajuda.
(...)
A guerra havia chegado ao fim. Voldemort havia morrido, os aurores levavam os comensais que não havia morrido para o ministério, incluindo Lucio Malfoy.
No salão principal, ao lado de Blásio e Pansy, Draco observava os Weasleys juntos com Hermione e Harry lamentando pela morte de Rony. – Vou dar uma volta. – Falou Draco para os amigos e se levantou de onde estava sentado, já não aguentando mais aquele fardo, de certa forma se sentia culpado pelo que havia acontecido ao ruivo.
- Quer companhia? – Questionou Blásio ao amigo.
Draco deu um sorriso de lado e deu de ombros. – Se quiser.
- Vou tomar um banho, encontro vocês depois. – Falou Pansy se levantando também. Pegando Draco de surpresa ela deu um beijo casto nos lábios de Blásio que retribuiu.
Os dois Sonserinos saíram do Salão Principal e começaram a caminhar pelos corredores de Hogwarts permanecendo em silêncio durante um tempo. – Parece que foi ontem que a gente trancou o Neville no armário de vassouras e ele ficou tão desesperado que fez xixi nas calças. – Falou Blásio sorrindo.
Draco sorriu ao ouvir o amigo. – Meus dedos doem só de recordar daqueles troféus que nós tivemos que polir a noite toda por causa da detenção que levamos.
Blásio deu uma risada e Draco inevitavelmente riu junto. – Então... Você e a Pan estão... Juntos? – Ele perguntou franzindo o cenho.
Blásio deu um sorriso ao ouvir a pergunta de Draco e colocou as mãos nos bolsos da calça. – Sim. Aconteceu depois da morte de Dumbledore.
Draco deu um sorriso ao ouvir o amigo. – Fico feliz por vocês, de verdade. – Ele bateu amigavelmente no ombro do amigo enquanto caminhavam.
- Obrigado, mas sabe apesar de estar com a Pan, de ter feito até amizade com o Neville e a Gina, senti sua falta, cara não tinha ninguém pra fazer merda comigo, por favor, não me abandona mais não. – Pediu Blásio e estendeu a mão para ele.
Draco riu ao ouvir Blásio, se aproximou e abraçou o amigo. – Você é meu irmão. Nunca vamos nos separar.
Harry se aproximou dos dois e franziu o cenho. – Sinto muito destruir esse momento tão romântico. – Draco e Blásio se afastaram. – Preciso falar com você Draco.
Draco assentiu com a cabeça ao ouvir Harry depois olhou para Blásio. – Nos vemos depois irmão. – Ele bateu amigavelmente no ombro do amigo e se afastou então se aproximou de Harry. – O que foi?
- Tem... Uma coisa... É mais fácil ver do que explicar, vem. – Ele indicou com a cabeça para que Draco o seguisse então os dois se dirigiram ao antigo escritório de Dumbledore.
Quando entraram Harry se aproximou da mesa, pegou um frasco e entregou-o para Draco. O loiro pegou-o e rapidamente notou que havia seu nome escrito. – O que é isso? – Questionou olhando para o frasco tentando entender o que era aquilo.
- Mémorias. – Respondeu Harry. – Do Snape... Agora as coisas fazem sentido pra mim.
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