- E o que eu faço com isso? - Perguntou Draco olhando para Harry.
Harry foi até a penseira e Draco se aproximou dele olhando-a, o moreno estendeu a mão para o loiro e ele por sua vez colocou o frasco na mão dele. Harry abriu o frasco e jogou as memórias na penseira. – Mergulha a cabeça.
- Onde? – Perguntou Draco franzindo o cenho.
- Na penseira, só confia. Anda. – Insistiu Harry.
Draco hesitou, mas por fim se aproximou da penseira apoiando as mãos na mesma se inclinou e mergulhou a cabeça meio inseguro sobre aquilo.
Quando deu por si estava na sala de Snape e o professor estava sentado em sua cadeira corringindo uns trabalhos, franziu o cenho não entendendo nada daquilo e se aproximou. – Snape? – Mas o professor nem sequer o olhou. – O que tá acontecendo?
Segundos depois ele mesmo entrou na sala, franziu o cenho achando que tinha ficado louco, então se recordou do que Harry havia lhe dito, eram as memórias de Snape, acompanhou aquilo se recordando bem, era o dia em que ele havia ido perguntar ao professor se a professora Trewlaney era mesmo vidente. Riu pelo nariz ao se recordar de como se sentia naquela época e parou para se autoanalisar por mais estranho que aquilo fosse, fisicamente estava bem mais magro, com olheiras devido aos pesadelos que tinha e seu semblante era tão infeliz.
Quando a conversa por fim se encerrou e o Draco do passado saiu da sala, ele ficou olhando para o professor esperando qualquer coisa que explicasse porque aquela memória era importante, respondendo a sua duvida Dumbledore entra na sala calmamente, ver o professor ali causou-lhe um arrepio.
- Uma profecia. – Falou Snape se levantando da cadeira enquanto falava com o ex-diretor de Hogwarts. – Talvez essa seja a solução pra tudo.
- E ele falou como era a profecia? – Perguntou Dumbledore á Snape.
Snape ficou por uns segundos em silêncio para se recordar das palavras e citou as palavras que Draco tanto conhecia por repassa-las constantemente na cabeça, por fim disse a Dumbledore que a garota da profecia era Hermione.
- Hermione. – Falou Dumbledore dando um sorriso. – Realmente impressionante e irônico como a vida pode ser.
- Eles se odeiam. Isso não vai ser nada fácil – Falou Snape franzindo o cenho. – Mas talvez seja o que nós precisássemos, não quero que esse rapaz acabe tendo um destino tão amargo quanto o meu.
- Você e ele tem muita coisa em comum. – Falou o ex-diretor. – Sugiro um trabalho em duplas, Hermione é uma aluna dedicada e o Draco é orgulhoso, ele não vai permitir que ela faça tudo sozinha.
O cenário mudou agora Draco observava Snape caminhando pelo corredor de Hogwarts, ele se adiantou e foi atrás, quando o professor parou de andar ele fez a mesma coisa e entendeu o porque, mais a frente viu ele mesmo saindo da biblioteca e pouco depois Hermione atrás dele, se recordava bem daquele dia, foi a segunda vez que ele havia tentado realizar o feitiço do patrono sem sucesso, quando os dois começaram a caminhar para a sala precisa viu um sorriso brotar nos lábios de Snape.
Outros fragmentos de memórias pareceram, inclusive do dia da briga dele e de Cormaco Mclaggen. Então a memória mudou, agora ele estava na floresta proibida e Snape logo em frente a ele, se aproximou mais, olhava para o mesmo lugar onde Snape olhava e viu Hermione bem próximo ao lago negro, ela atirou algo no lago com raiva e saiu de lá pouco tempo depois, o ex-diretor da Sonserina se aproximou do lago e usando um feitiço não verbal recuperou o objeto que fora atirado, instantanemente Draco reconheceu o objeto: a pulseira que havia dado a Hermione e se recordou que ela havia dito que tentou se desfazer mas ela acabou aparecendo sobre sua cama.
Outras memórias de Snape foram aparecendo e agora tudo começava a fazer sentido para Draco. Quando as memórias acabaram ele automaticamente se afastou da penseira e apoiou as costas na parede. – Ele sempre quis...
- Ajudar. – Completou Harry que estava sentado no chão.
(...)
O dia estava nublado, desprovido de qualquer luz do sol, Hermione estava nos jardins olhando para o lago negro, não aguentando mais permanecer no salão principal sentindo a culpa da morte de Rony sobre ela então decidiu se afastar. Sentiu duas mãos envolverem a sua cintura e não foi necessário nem olhar pra saber quem era.
Draco deitou o queixo no ombro dela e ficou fitando o lago. – Eu sinto muito... Não consegui chegar a tempo.
- Eu devia ter... Sei lá, feito alguma coisa, ele morreu por minha culpa. – Hermione repreendeu o choro, mas não adiantou por muito tempo logo as teimosas lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Ao perceber que ela chorava, o loiro se colocou na frente dela colocou as mãos no rosto dela. – A culpa não é sua, para com isso, a culpa é toda do Lucio e ele vai receber o que merece.
- Mas... – Ela começou a dizer, mas Draco a interrompeu.
- Mas nada, para de seu culpar. – Ele secou as lágrimas da garota então se deu conta que nunca havia contado sobre a profecia para ela e decidiu que devia ser franco. – Preciso que você veja uma coisa, sabe usar Legilimência não é?
Hermione franziu o cenho e concordou com a cabeça. – Faça. – Pediu Draco pegando na mão dela e depositando um beijo na mesma. – Por favor, tem algo que eu quero te mostrar.
A castanha assentiu com a cabeça então fizeram contato visual e ela pegou sua varinha segundos depois Hermione já havia invadido a cabeça de Draco.
(...)
Quando saiu da mente de Draco, Hermione estava completamente surpresa, ele havia lhe mostrado o dia em que Trewlaney havia contado para ele sobre a profecia, e ela não sabia como deveria se sentir sobre isso. – Só ficou comigo porque acreditou em uma profecia? – Questionou Hermione confusa.
Draco deu um suspiro. – Eu não acreditei na profecia, não de inicio, eu lutei contra isso Hermione, muito. Olha eu não sei se é por causa de profecia ou não, mas a única certeza na minha vida que eu tenho no momento é que eu te amo.
Hermione pegou na mão de Draco e entrelaçou os dedos aos dele. – Eu também te amo. – Ela se aproximou mais do rapaz e deu um beijo casto em seus lábios.
Pouco tempo depois os dois entraram no castelo e seguiram para o Salão Principal mas, nem chegaram a entrar, se depararam com Neville, Blásio, Pansy, Luna e Harry sentados na escada.
Os dois se aproximaram, Hermione sentou ao lado de Harry e deitou a cabeça no ombro do amigo, Draco por sua vez se sentou atrás da garota e ao lado de Blásio.
- E agora? – Questionou Hermione para ninguém em especifico, suspirando profundamente.
Todos permaneceram em silêncio durante um tempo incertos sobre o que dizer. – Não sei, mas vamos ficar bem se ficarmos todos juntos. – Respondeu Harry. – A vida não tem graça sem alguns dragões.
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