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História Alma de Dragão - Prólogo - A história lendária


Escrita por: JonathanJLGomes

Capítulo 1 - Prólogo - A história lendária


Fanfic / Fanfiction Alma de Dragão - Prólogo - A história lendária

Todas as noites, desde que Nathan nasceu, sua mãe, Milou, lhe contava uma história que ouviu do pai de Nathan, Jyon Albertch Sidrake, na noite em que o conceberam e que segundo ele, havia "ouvido de seu pai e este ouvira do pai de seu pai...".

Assim como seu avô fez com seu pai enquanto ele crescia, ele disse que faria o mesmo com Nathan, lhe contaria a lenda que há gerações estava em sua família e que dizia que há milhares de anos existiu na Ilha Extensa um dragão chamado Methrius, ele vivia no cume da Montanha do Anoitecer Agradável e era um Grande Ser incrivelmente poderoso.

Ao redor da montanha havia uma floresta que se estendia por quase toda a ilha, era obscura e misteriosa, bem mais do que é hoje e ao norte ela se encontrava com o Mar Ágrio.

Poucos, desde aquela época se arriscavam, e até hoje poucos se arriscam velejar por ele por haver muitas rochas pontiagudas e ondas que chegam a quebrar barcos pesqueiros.

As arvores daquela região sempre foram às maiores, muitos diziam que suas copas chegavam a ser tão altas quanto até mesmo a grande montanha.

Por serem muito próximas umas das outras o sol praticamente não adentrava tornando esse lado da floresta o mais sombrio e temeroso de todos.

Ao sul, na parte mais clara da floresta existia um pequeno vilarejo. Seus habitantes eram pessoas de pele clara com cabelos e olhos negros, suas vestimentas variavam conforme as estações, no frio usavam as peles que conseguiam da caça dos grandes animais que habitavam a vegetação calma em volta do vilarejo e no calor, costumavam usar as roupas de tecidas pelas mulheres, que além de fazer isso, ainda tinham o dever de cuidar das plantações e afazeres domésticos.

Os homens tinham a obrigação de proteger o vilarejo e trazer recursos para a sobrevivência. Não possuíam grandes estaturas ou físicos robustos, por esse motivo sempre caçavam em bandos para evitar a morte por grandes animais. Além disso, o Ancião Sacerdote da vila pedia que fosse separado um fardo de cada provisão para ser entregue ao grande dragão, como um tributo por manter o vilarejo protegido dos outros seres.

Nas noites de lua nova quando os céus ficavam completamente escuros, e toda a floresta se tornava um grande breu, o poderoso dragão descia até o santuário construído pelo povo do vilarejo para recolher tributos.

Ao redor do santuário havia seis pilares altos e no centro uma grande pedra em forma de hexágono. Quando chegava ao santuário, Methrius acendia a ponta dos pilares anunciando sua chegada ao sacerdote, o único com permissão para ter contato com o Grande Ser para que lhe levasse as oferendas.

Em uma dessas noites, Methrius mandou o ancião separar as dez jovens mais belas do vilarejo em um prazo de sete dias, devendo obedecer às condições de estarem vendadas; vestidas com um manto longo e branco para que seus corpos não ficassem a mostra e o deveria deveria possuir um capuz que cobrisse completamente suas cabeças.

No dia em que ele viesse buscá-las, deveriam estar no local apenas o ancião e as jovens a serem entregues. Elas deveriam abaixar suas cabeças, e jamais tentar vê-lo, caso contrário, aquela que desobedecesse seria morta e todo o povo seria destruído como castigo por não terem cumprido o acordo.

Passados os sete dias, em uma noite chuvosa e extremamente escura, o ancião aguardava junto às jovens escolhidas a chegada de Methrius. Porém, com medo de que a chuva se tornasse uma grande tempestade ele as levou ao santuário antes mesmo dos pilares serem acesos.

As horas se passavam, a noite parecia cada vez mais escura e a chuva cada vez mais forte, raios começavam a cortar o céu, seus brilhos intensos iluminavam os grandes pilares do santuário e as pequenas rachaduras que neles haviam denotando o longo tempo em que já estavam erguidos, de repente o som de um trovão ecoa pela floresta, tão forte que causa um tremor no chão fazendo com que o ancião e as jovens percam o equilíbrio.

Nesse mesmo momento, ainda tentando se recuperar do choque, o ancião percebe a presença de Methrius e rapidamente pede que as jovens abaixem suas cabeças e não o olhem diretamente.

O grande dragão, com o corpo envolto pela escuridão da noite, fica praticamente invisível. Três íris finas em cada olho incrivelmente azuis se destacam em sua face, o brilho dos raios se refletem nas grandes escamas douradas do seu peito. Methrius apenas estende suas mãos em direção às jovens, que foram instruídas pelo ancião a subir.

Após todas subirem o grande dragão fecha suas mãos.

O ancião o olhou fixamente na esperança de uma resposta sobre o que ele iria fazer com as garotas, mas Methrius apenas fechou seus olhos e sumiu na escuridão.

As jovens foram levadas ao cume da montanha onde Methrius vivia no seu verdadeiro santuário.

Um grande pátio, com um piso feito de mármore branco, de cada lado havia três colunas e envolta delas uma escultura de um pequeno dragão que enrolava seu corpo desde o chão até o topo onde ficava a parte do seu tronco arqueada em posição de ataque, o peito estufado, a boca aberta e os olhos insanos colocavam na escultura um ar bastante intimidador.

Mais ao fundo, subindo três largos degraus, havia uma cobertura feita especialmente para as jovens com locais para comer, dormir e cuidarem de sua higiene.

Assim que chegou, ele as colocou no meio do pátio e pediu que retirassem suas vendas. O santuário ficava no ponto mais alto da montanha, isso fazia com que as nuvens da chuva intensa não fossem um problema.

As jovens ficaram maravilhadas com a beleza do santuário, o céu era incrivelmente limpo e as estrelas pareciam brilhar duas vezes mais. Em outras circunstâncias elas não teriam como respirar por causa da altura, mas o santuário era um lar divino. Era sempre bem iluminado, não importava o tempo.

Methrius as instruiu a não o olharem diretamente e apenas ouvir o que tinha a dizer.

Começou explicando que elas foram levadas aquele local para participarem uma seleção, dentre as dez, apenas uma seria escolhida para se tornar sua sacerdotisa e ficar no lugar do ancião, que já estava velho e não tinha mais tanta condição como antes. Elas deveriam ter conhecimento em várias áreas como culinária, medicina, combate, entre outras habilidades especiais. Aquela que se destacasse se tornaria sua sacerdotisa.

Ele também impôs regras que jamais deveriam ser desobedecidas como nunca olhá-lo diretamente ou lhe dirigir a palavra sem que ele permitisse; deveriam obedecer todas as suas ordens sem questionamentos, e jamais deixar o santuário. Caso alguma destas regras fossem quebradas a punição poderia chegar a morte.

Para aquelas que não se qualificassem, ele prometeu levá-las de volta ao vilarejo.

Seis meses se passarem, restando apenas cinco candidatas, Methrius resolve fazer um teste para saber o nível de habilidades e obediência de cada uma. Ele ordena que elas desçam até o vilarejo e tragam para ele toda a provisão que estivesse em estoque.

Ouvindo isso, uma das jovens murmura dizendo que não iria.

Methrius logo se enfurece, pois paciência não era uma de suas virtudes e pergunta quem havia dito aquilo.

Porém, todas ficam caladas.

Ele pergunta novamente prometendo matar uma a uma caso não aquela que falou não se revele. A jovem se levanta, retira o capuz e o olha diretamente.

Aquilo era uma afronta para Methrius, digna de ser punida com a morte.

A jovem fica temerosa ao olhar o quão grande era aquele ser, as escamas de sua pele lembravam várias rochas lapidadas e polidas, como se tivessem sido unidas e esculpidas uma a uma, possuíam a cor de pedras límpidas que se encontrava a beira dos riachos. Em seu peito tinham placas douradas, seus formatos eram como asas de morcegos, a maior estendia suas pontas até seus ombros e as demais iam diminuindo até iniciar sua cauda. Methrius não possuía pernas, somente um par de braços e uma grande cauda, era como uma serpente. Em sua cabeça havia três chifres, um no centro grande e um de cada lado de sua mandíbula que se dividiam em duas pontas.

- Eu não farei tal coisa! - Grita à jovem voltando a criar coragem após respirar fundo - Como você ousa nos mandar fazer isto sabendo que esta é a época em que a colheita é praticamente escassa? Há crianças, anciões e pessoas doentes no vilarejo que precisam se alimentar, nossas famílias precisam do pouco mantimento que ainda resta. Como você é capaz de nos mandar tirar o sustento das nossas famílias? - Argumentava gritando e chorando, então ela abaixa sua cabeça e após uma pausa diz - Você é mesmo um monstro!

Methrius naquele momento ficou completamente enfurecido, a cor de seus olhos se tornaram vermelho-escarlate, a raiva o descontrolava e ele urrava fazendo todas as outras jovens caírem no chão por tanto medo. Ele olhou para a jovem que continuava, mesmo vendo a loucura do Grande Ser, em pé e com a cabeça abaixada. Methrius, estendeu o braço e se preparando para matá-la com um de seus poderes, disse:

- Insolente! Dê-me um motivo para não matá-la.

- Um motivo? - Retrucou à jovem sem ainda o olhar diretamente - Mesmo que eu lhe desse vários você não entenderia. Mate-me! - Disse ela levantando a cabeça e enxugando as lágrimas. - Eu prefiro morrer do que trair aqueles que são especiais pra mim.

O Grande Ser bramiu novamente, sua raiva agora era ainda maior por não ter palavras para discutir com ela, ele não sabia mais o que fazer e não podia negar que a jovem estava certa, afinal ela estava protegendo seus familiares.

Methrius pretendia apenas testar a fidelidade das candidatas, mas acabou aprendendo uma grande lição com a atitude daquela garota. Isso o deixou muito confuso e essa confusão o fazia perder o controle sobre seus atos.

Ele parou e olhou para ela fixamente. Seus olhares se encontraram e Methrius percebeu o quanto ela estava sendo sincera e o quão errado ele estava com aquela atitude, isso começou a gerar um descontrole nele e com receio de ferir todas às jovens e principalmente aquela que o desafiou, ele decidiu sair daquele lugar imediatamente, sumindo no horizonte como em um piscar de olhos.

Assim que se acalmou, Methrius resolveu voltar para a grande montanha, mas não se deixou ser notado pelas jovens, ficava escondido entre as grandes nuvens apenas observando-as, principalmente aquela que o havia desafiado.

Ele nunca quis ser visto por humanos, seu contato com o ancião aconteceu por acaso e querendo se vingar ele obrigou o ancião a lhe pagar tributos que ele levava, mas sempre devolvia ao vilarejo quando a colheita era escassa.

Em seu santuário o tempo parecia não passar, dessa forma os produtos não apodreciam e pelo mesmo motivo seu envelhecimento era tardio. Um ano em seu santuário era equivalente há cem anos na terra. Para continuar testando as jovens, restando apenas quatro candidatas, ele começou a criar missões de sobrevivência, espionagem, busca por objetos e joias raras, com o intuito de escolher logo quem seria sua sacerdotisa. Mas Methrius não parava de pensar na jovem que o desafiara, nos longos cabelos negros que iam até o seu quadril, olhos escuros como a noite e a pele branca tão delicada que foi criando nele um sentimento de proteção, sentia que devia protegê-la com sua própria vida se fosse preciso.

Foi nesse momento que ele percebeu que havia cometido um erro que um Ser jamais poderia cometer. Methrius havia se apaixonado pela jovem e por esse motivo, querendo mantê-la mais próxima dele, ele a tornou sua sacerdotisa.

Ele as levou de volta e pediu que ela volta-se com as outras jovens ao vilarejo, mas antes de deixá-la ir ele perguntou seu nome.

- Sou Reay, senhor. - Disse ela, sem entender o porquê dele ter perguntado, já que ela não faria nada além de lhe levar os tributos.

Sem dar explicação do por que a havia perguntado, começa a subir rumo às nuvens novamente e então para e diz.

- Volte ao vilarejo e, por favor, tenha cuidado. - Dizendo isso se mistura com as nuvens e desaparece.

Todas voltaram as suas vidas normais no vilarejo, com exceção de Reay que agora assumia o papel de sacerdotisa no lugar do ancião. O ciclo apenas se repetia, Methrius ia todos os meses como antes, a diferença era que agora ele não voltava para o seu santuário, passava todos os dias observando a jovem sacerdotisa em seu dia-a-dia, apaixonando-se cada vez mais.

***

Um ano se passou.

Era época de colheita no vilarejo e como de costume todas as mulheres se juntavam no campo.

Os dias eram tranquilos, ou ao menos estavam sendo até aquela noite de lua crescente.

Enquanto todos dormiam no vilarejo um ataque inesperado de saqueadores tornou aqueles dias de descanso, em questão de segundos, um grande pesadelo. Era a primeira vez que a vila passava por aquela situação. Todos estavam apavorados.

Os saqueadores gritavam e entravam nas casas quebrando e abrindo tudo que viam, todo o alimento colhido estava sendo tirado por eles assim como os recursos e as vestimentas.

Methrius observava tudo dos céus e sentia um aperto no coração por não poder ajudar. Era uma lei dos Grandes Seres jamais interferir nas ações humanas, se isso acontecesse, o Ser se transformaria em cinzas.

Sua preocupação não estava na regra ou nos recursos que estavam sendo roubado, isso ele poderia ajudar a suprir novamente, sabia que poderia prover com os tributos que havia levado para seu santuário. Apenas sua amada importava, ele a observava como se ela fosse à única no vilarejo.

Foi nesse momento que ele decidiu, em seu coração e com toda a sua força que não permitiria que ninguém tocasse em Reay, mesmo que isso significasse sua morte.

Ela se confiou nos poderes e treinamentos que obteve como sacerdotisa e vendo sua família e amigos sendo massacrados começou a batalhar com os saqueadores usando uma espada forjada por seu avô por uma técnica antiga.

Seus movimentos eram incríveis, ela parecia dançar com a espada em cada golpe e cada movimento.

Methrius estava apreensivo, mas confiava nas habilidades da jovem sacerdotisa, o que ele não esperava era que o líder dos saqueadores a enfrentaria.

Ao perceber que ele a atacaria pelas costas de forma covarde, Methrius desceu rasgando os céus mas infelizmente foi incapaz de impedir. O líder dos saqueadores, com sua mente banhada em maldade, cravou sua espada pelas costas de Reay partindo seu coração. O grito ensurdecedor da jovem fez com que Methrius liberasse seu poder ao máximo, os olhos escarlates voltam a se tornar azuis e em movimentos rápidos ele vai aniquilando todos os saqueadores, um a um.

O líder, apavorado por ver pela primeira um dos Grandes Seres, monta em seu cavalo e tenta fugir pela floresta, mas antes mesmo de adentrá-la, Methrius aparece bem na sua frente e o mata enfiando somente a ponta de sua unha no peito do malfeitor arrancando seu coração para fora.

Após matá-lo Methrius volta ao local onde Reay estava. Ao vê-la caída e perdendo muito sangue ele a leva de volta ao santuário, com esperança de entardecer tanto a morte dela quanto a dele.

Já quase desaparecendo em cinzas e perdendo o controle sob seu voo, ele a deita no meio do pátio, apanha no ar algumas de suas cinzas e espalha sobre o corpo dela.

- Isso curará suas feridas e a manterá viva por muito mais tempo se continuar a vir ao meu santuário. - Disse Methrius enquanto espalhava. Porém Reay, mesmo querendo lhe agradecer e dizer como se sentia, desfaleceu em seu último esforço dizendo um obrigado, tão baixo e praticamente inaudível a um ser humano.

Methrius depois de ouvir aquelas palavras derramou sem perceber uma lagrima. Pôs sua mão nas grandes placas douradas no meio de seu peito e começou um esforço para as abrir, mas tal ação o fez perder sua concentração em manter-se voando, habilidade que antes era praxe de se fazer, agora exigia uma atenção por estar tendo seu corpo se tornando borralhos. Ele começa a cair dos céus em uma velocidade absurda e totalmente descontrolada, mesmo possuindo já somente o resto do que antes foi seu corpo, o abalo de sua queda arranca árvores inteiras do chão.

Sua respiração estava pesada, sua cauda praticamente já não existia assim como suas asas, que possuíam um comprimento dito como médio para o tamanho de seu corpo. Ele levanta seus braços para os ver se desfazer, respira fundo, triste e decepcionado, não por estar se esvaindo, mas por não poder ter ficado até o fim em seu santuário com sua amada Reay.

Um barulho no breu da selva onde havia caído o tira do transe de sua morte, ele olha enfurecido e pergunta:

- Quem atrapalha o início do eterno sono de Methrius, O Grande Ser Dragão?

Uma figura esguia se aproxima, alto e de roupas escuras que se envolviam com a noite, o homem retira o capuz e responde com a voz trêmula:

- Perdão por enfurece-lo mas fui envolvido no grande tremor de sua queda e, curioso, vim ver o que havia caído. - ele se curva em reverência ao Dragão. - Se houver algo que eu possa fazer para me redimir, por misericórdia de minha vida, diga-me Grande Ser.

- Um mortal humano como você nada pode fazer por mim. - diz Methrius, abrindo ainda mais clareira e causando um pequeno abalo ao esticar seu braço, mas então lhe vem um pensamento súbito. - Espere, humano.

- Sim, Grande Ser.

- Você atenderá meu último desejo. - Methrius agora com os dois braços usa os últimos resquícios de forças que encontra e tenta novamente abrir as placas em seu peito. Ele urra e grita de dor. Quando as placas que segura se separam uma luz intensa emana de seu peito, tão forte que ilumina o lugar onde estava com o homem que fazia esforço para poder enxergar. Ele enfia uma das mãos dentro da abertura, berra de dor novamente e então retira a mão fechada. As placas se unem novamente e Methrius se debruça olhando para o homem.

- Você irá ao vilarejo que está no sul, - Methrius leva a mão fechada até o homem e a abre, o brilho intenso emana novamente tão próximo do homem que ele se sente como se ficasse cego. - Estenda a mão e não a retire. - Ordena Methrius. - O homem obedece e sente como se tocasse em rocha quente, ele tenta levantar o braço que protegia seus olhos para identificar o que seria, sem sucesso, então sente-a vibrar e a forte luz ir enfraquecendo até que se fosse possível ver, mas não acredita em seus olhos. A superfície que sentia, agora sustentada somente pela ponta das garras de Methrius, era praticamente do tamanho de sua cabeça e continuava a diminuir. - Segure.

O homem consente, maravilhado com o que pensava ser uma estrela.

- Agora, escute com atenção! - recomeça Methrius, com a respiração cansada e com falhas em seu falar. - Quando estiver no vilarejo, procure por Reay e lhe dê esta Pedra Alma. Não mostre e nem fale dela a mais ninguém que não seja Reay, somente ela deve ver e ter a Pedra Alma. Quando encontra-la diga a ela que eu a amei até os últimos resquícios da minha vida e que a amarei mesmo depois, entregue a Pedra Alma e lhe diga para usá-la como um colar e passa-lo para suas filhas e a filha de suas filhas, faça-a prometer isto e lhe diga que pedi que nunca esquecesse de mim pois prometo um dia encontra-la novamente.

O homem, segurando o que agora parecia uma gema em formato ovular de uma pedra preciosa rara nunca vista antes, olha nos olhos de Methrius e sem dizer uma palavra, somente balança sua cabeça consentindo com o que ele o pedira, mas Methrius lhe pergunta.

- Você cumprirá meu último pedido?

- Sim, Grande Ser Dragão. Eu cumprirei.

- Sei que sim. - Methrius deita de costas novamente olhando para o céu. - Qual seu nome, humano mortal?

- Sou Sidrake, Grande Ser.

- Chega desse "grande ser", Sidrake. Já estou no fim das últimas cinzas que restam do meu corpo, chame-me por meu nome.

- Como desejar Grande Ser, perdão, Methrius.

- Muito bom, - Disse Methrius, no fim dos borralhos de sua cabeça. - não me esquecerei do que fez por mim, Sidrake.

O Grande Ser então sumiu na escuridão da madrugada, juntamente com suas cinzas, deixando para trás o homem de nome Sidrake, o primeiro de sua linhagem, aquele que ajudou o Dragão.


Notas Finais


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