História Alone in Atlanta. - I can't believe it !

 

Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto, era incômodo. Levantei da cama e fui ao banheiro fazer minha higiene matinal, estava sentindo um mal estar horrivel no corpo, provavelmente estaria resfriada por culpa do Bieber. Quando estava escovando os dentes escutei a campainha ecoar no andar de baixo, terminei rápido e desci para abrir.

 

- O que você esta fazendo aqui? - Perguntei a Justin que estava parado do lado de fora, eu ia matar Charlotte.

 

- Bom dia pra você também, Carson. - diese irónico entrando sem que eu convidasse o mesmo.

 

  - Qual é? - fechei a porta com força.- Me deixa em paz, ontem você já fez suficiente. - Me sentei no sofá preto da minha sala e me cobri com uma coberta que sempre deixava alí.

 

  - Você esteve chorando? - me perguntou.-

 

  - Porque eu choraria? - me deitei apoiando a cabeça no braço do sofá. E ele se jogou na poltrona do lado.

 

  - Você não tem uma cara nada boa. - ri fraco daquele comentário.

 

- Está  me chamando de feia? 

 

  - Jamais. - ele passou a mão na minha testa. - Você esta quente, está se sentindo bem? - Justin começou a fazer carinho em meus cabelos.

 

  - Não muito bem. - Fechei os olhos.-

 

  - O que sente? 

 

  - Dor de garganta e moleza no corpo. -Justin se levantou parando de fazer carinho em minha cabeça e foi até a porta. - Aonde vai?

 

  - Comprar algo na farmácia pra você. - Antes que pudesse responder a porta bateu indicando sua saída.

 

[...]

 

  - Carson, abre a boca! - disse Justin se aproximando a mim com uma seringa cheia de um líquido branco, parecia outra coisa.

 

  - Não, isso parece outra coisa.

 

  - Não é tão gostoso como o que você esta pensando que é. - dei um tapa forte em seu braço. - No dia que você provar comigo você vai adorar.

 

  - Eu não vou transar com você nunca. 

 

  - Já veremos, agora abre a boca! - Por fim fiz o que ele pediu e logo uma vontade de vomitar me invadiu. - Não vomita!

 

- É nojento! 

 

  - Vem eu te dou um beijo que passa.- ele vinha se aproximando a mim mas eu o empedi empurrando ele pra trás já que estávamos sentados lado a lado.

 

  - Então é quando eu vomito.

 

  - Eu sei que você gosta!

 

  - Cala a boca! - joguei uma das almofadas do sofá nele.- Até agora não entendi o que esta fazendo aqui.

 

  - Vim te trazer isso. - jogou uma sacola do meu lado.

 

  - O que é isso? - perguntei antes de abrir a sacola.

 

  - Abre e para de ficar perguntando. - fiz o que ele disse e dentro da sacola tinha uma caixa de celular, um Samsung S7 edge. - A prova d'agua.

 

  - Tem intenção de me jogar outra vez em uma piscina? - perguntei.-

 

  - Quem sabe. - deu de ombros de deu uma piscadela. Me deitei e fiquei entretida com celular que nem prestei mas atenção no Justin. - Não vai me agradecer?

 

  - Não era mais que sua obrigação. - mostrei a lingua pra ele.-

 

  - Gosta de mostrar língua, é?

 

  - É meu hobby. 

 

  - Então me mostra de pertinho, vem! - ele me pegou pelo braço me puxou para perto, fazendo ficarmos cara a cara.

 

  - Você é assim sempre? 

 

  - Assim como? - Era impossível não reparar em seus lábios rosados e carnosos, bem ali na minha frente. - Gosta do que vê? - Sua pergunta fez que eu dirigisse meu olhar ao seus olhos cor de mel. Pisquei lentamente e balançei a cabeça saindo do transe.

 

  - Chega pra lá. - O empurrei e o mesmo riu, ele se divertia cada vez que fazia aquilo.

 

Voltei a me deitar, minutos depois escutei o celular de Justin tocar e o mesmo foi á cozinha atender. Não demorou muito para que ele voltasse.

 

  - Tenho que ir.- disse como se eu me importasse com aquilo.

 

  - A porta ta logo ali.- bufou e se dirigiu a mesma ignorando o que disse.

 

  - A gente se vê qualquer dia. - Saiu e bateu a porta.

 

[...]

 

  - Então ele esteve aqui esta manhã? - perguntou Charlotte se sentando na ponta da cama. Balançei a cabeça afirmando. 

 

Me encontrava muito peor do que pela manhã, chamei Charlotte para passar a noite comigo pois odiava ficar sozinha quando adoecia, aquele medo de morrer sozinha. Sim, eu sou assim de besta.

 

  - Se você não amanhecer melhor eu vou te levar no hospital. - Charlotte se levantou e foi até sua  malinha para pegar seu pijama e vesti-lo.

 

  - Isso é tudo culpa do Bieber! - Bufei me encolhendo enrolada no meio daquele monte de cobertas. - Eu deveria estar atrás dele azucrinando a existência dele.

 

  - Ele não tem paciência com essas coisas, extranho é ele não estar irritado. - riu.- Ele é o estresse em estado puro.- Lottie se deitou ao meu lado.

  - Não gosto de pessoas assim.

 

  - Pois ele é assim um 90% do tempo.

 

  - Sei lá, eu sou uma pessoa carinhosa, eu gosto de ter atenção, sabe?

 

  - Mas é tudo por causa do trabalho dele. -suspirou.-

 

  - Com o que ele trabalha?

 

  - Justin é um gângster.- ri daquilo, ela só podia estar zoando. - É sério! Não sei aonde esta a graça.

  - Sei la, ele não parece nada disso. -

 

  - Mas ele é, e é muito perigoso. Mas agora vamos dormir que você tem que melhorar! 

 

DURANTE A MADRUGADA.

 

Acordei assustada devido ao barulho que ouvi vindo do andar de baixo, como se alguem tivesse deixado um copo de vidro cair no chão. Me levantei da cama rápido provocando que Lottie acordasse.

 

  - O que você esta fazendo?! - disse ela susurrando.

 

  - Tem alguém lá em baixo. - disse indo até meu guarda roupas e abrindo o fundo falso que ele tinha e peguei um dos revólveres que eu guardava ali.- Eu escutei alguma coisa se quebrando lá embaixo.

 

  - Talvez seja um pássaro que bateu contra o vidro da janela. - Lottie se levantou.- Por que você tem revólveres em casa?

 

  - Sim, claro! O pássaro é de ferro, né? E de noite. - Abri a porta devagar tentando fazer o mínimo de barulho possível.- Eu moro sozinha, de alguma forma tenho que me proteger. - sussurrei, Charlotte foi até a sua bolsa que estava sobre a poltrona do lado da janela e tirou de lá outra arma. Arregalei os olhos ao ver aqui pois não esperava vindo dela.

 

  - Eu também tenho que me proteger! - disse ela como se fosse óbvio.

 

Cruzamos o corredor na ponta do pé chegando até a ponta da escada. Eu e Charlotte nos separamos e cada uma desceu por um lado da escada.

 

  - QUEM ANDA AI? - gritei para quem seja que fosse que estivesse lá embaixo. Dessa vez nos duas ouvimos algo se quebrando. Ninguém respondeu a pergunta que eu havia feito, chegamos ao final da escada e nos separamos cada uma por um lado. Charlotte foi em direção a cozinha enquanto eu checava a zona do banheiro e escritório.

 

Em meu escritório não havia ninguém mas as gavetas estavam abertas totalmente bagunçadas. O que mas me chamou a atenção foi um porta-retrato de vidro com uma foto minha com Rayden trincado no chão, o que confirmava o que eu havia escutado minutos atrás. Sai do escritório fechando a porta com cuidado e me virei abrindo a porta do banheiro; ambas ficavam frente a frente. Entrei devagar e me asustei ao ver  a silhueta de uma pessoa entrando na banheira, supus que sua intenção era se esconder ali, atirei múltiplas veces  sem pensar duas vezes. Charlotte chegou correndo e acedeu a luz do cômodo e se aproximou ao corpo ali caído, segui os passos da mesma que tirou a máscara preta que aquela pessoa levava.

 

  - Eu não posso acreditar nisso!