Vênus estava de joelhos em meio aquela enorme confusão de EVO's e agentes da Providência. Ela tentava se levantar, mas sua cabeça doía demais, parecia que ela iria explodir, era uma dor que Vênus nunca havia sentido, ela podia sentir as lágrimas quentes lhe descerem pelo rosto. Ela só queria que aquela dor parasse.
Caesar estava de longe observando todo o evento nanite em sua nave/laboratório quando a assinatura térmica de Alfa apareceu em seu radar. Ele voou, se guiando pelo radar, a ultima coisa que ele queria eram mais problemas. Ele foi perseguindo a assinatura térmica até que ela parou bem no meio do evento nanite. Alfa havia encontrado um hospedeiro.
-Dr. Salazar. -a Amazona Negra fazia o possível para ficar de olho em um, se não o melhor de seus cientistas. -Por favor saía daí, essa área é perigosa.
Caesar olhou para a tela e a desligou. Ele precisava parar Alfa e descobrir como ele havia se libertado e voltado. Ele aterrissou a nave e caminhou em meio a confusão, procurando o possível hospedeiro. Foi quando ele viu a garota no chão, com o corpo cheio de luminosos circuitos vermelhos.
-Ei, você está bem? -ele afastou as longas mechas negras do rosto dela e teve uma surpresa. -Vênus...?
Ela gritou de dor enquanto apertava as têmporas, fazendo pressão. Caesar puxou as mãos dela para baixou e as segurou, a impedindo de se machucar.
-Olha pra mim... -Vênus olhou para ele, com os olhos cheios de lagrimas. Ele carinhosamente apertou as mãos dela. -Vou ajudar você, mas precisamos sair daqui. Consegue andar?
Ela mordeu o lábio e tentou se levantar. Ele a ajudou, a segurando pela cintura e a levando para sua nave. Alfa estava em um corpo humano, uma boa dose de tranquilizante e uma temperatura extremamente baixa, fariam com que entrasse em modo de hibernação.
-❤-
Vênus acordou em um quarto estranho, deitada em uma cama apenas de lingerie. Apesar de estar se sentindo meio zonza, sua cabeça doía bem menos. Ela procurou algo com o que se cobrir e encontrou um roupão sobre uma cadeira.
-Oi, tem alguém aí? -ela caminhou pelo quarto e encontrou uma porta que levava a um anexo. -Oi?
-Fico feliz que você tenha acordado. -Caesar olhava algumas coisas em um notebook sobre a mesa, enquanto mexia em algum aparelho. Ele tremia de frio. -Como se sente?
-Melhor, obrigada... -ela se aproximou e olhou para ele com curiosidade. -Está tão frio assim aqui?
-Mais do que parece. -ele deixou a ferramenta de lado e puxou uma cadeira para ela. -Você não está sentindo por causa do calor que o Alfa produz. Estou surpreso por você ter resistido por tanto tempo sem nenhum efeito adverso.
-Caesar... O que é Alfa? -ela olhou para ele e ele conhecia aquele olhar. Era o mesmo de quando foram contar a ela que estava doente.
-Calma, por que não se senta primeiro. -ele a levou de volta para o quarto. -Qual a ultima coisa de que se lembra antes de começar a sentir aquelas dores?
-Como... ? -ela estava surpresa por ele saber das dores, afinal ela havia passado todo o dia sentindo dores horríveis pelo corpo. -Bem... A única coisa de anormal que me aconteceu foi aquela estranha luz vermelha hoje de manhã...
-Aquela luz vermelha é o nanite Alfa. Você se lembra do projeto Alfa? Enzo conseguiu alguns dos componentes para mim. -ela confirmou com a cabeça, enquanto as lágrimas voltavam a seus olhos.
-Caesar... Eu não me lembro de nada depois daquela confusão inicial. -Vênus olhou para as próprias mãos. -Não lembro de você ter aparecido no meio daquela confusão.
-Vem comigo. -ele pegou a mão dela e a levou para a porta. -Não quero que ninguém te veja ainda. Pelo menos não até eu ter certeza.
Caesar a guiou pelos corredores até um laboratório, que a lembrava muito o de Abyssus, o que a fez sentir um calafrio.
-Não se preocupe. -ele se sentou em frente a um dos muitos monitores na sala, enquanto preparava uma dos equipamentos para ser usado. -Prometo que não vai demorar, só quero dar uma olhada nos seus nanites.
-Já te contei que odeio lugares apertados? -ela olhou para o equipamento que havia acabado de ligar, que lembrava um aparelho de ressonância magnética. -Sério mesmo, não vou entrar aí... E se essa coisa não quiser abrir depois?
-Vai ser rápido... Eu prometo... -Caesar sorriu enquanto a ajudava a se preparar. -Já fizemos isso antes e você ficou bem...
-Você era persuasivo assim antes? -ela ficou olhando para ele, deitada, enquanto entrava no equipamento.
-Não vai demorar mais do que alguns minutos. -ele se sentou em frente ao monitor, analisando cuidadosamente cada informação que aparecia. -Como está sua cabeça?
-Uma dor um pouco chata... Mas nada comparado ao que senti antes. -Vênus batia os dedos nervosamente. -É normal eu sentir tanto sono?
-Sim. -Caesar digitou algo e enquanto voltava sua atenção para um nanite em especial. -É por causa da luz. Mas continua conversando comigo, se você ainda sentir sono quando sair da daí pode ser um mau sinal... Mas o que é isso?
-Isso o quê? -Vênus colocou as mãos sobre o "teto" da máquina. -Caesar o que tá acontecendo?
-Calma. -ele ainda olhava surpreso a imagem, mas com um sorriso no rosto. -Sua temperatura está subindo, se continuar assim sua cabeça vai voltar a doer.
-Me tira daqui. -ela se debateu um pouco, até que Caesar a tirou do equipamento. -Odeio lugares fechados... O que aconteceu? Tem algo errado...?
-Não. Fica calma. -ele colocou a mão na testa dela, sentindo a temperatura subir. -Vamos voltar pro quarto e então eu te explico.
-Tá tudo meio embaçado... Ou sou eu? -Vênus colocou as mãos na frente do rosto, esfregando os olhos.
Caesar a pegou no colo sem falar nada. Ela havia tido uma pequena crise de ansiedade, e Alfa viu aí uma brecha para tentar assumir o controle. Ele aninhou seu delicado corpo em seus braços e a levou de volta para o quarto, a deixando descansar confortavelmente sobre a cama.
A partir daquele momento ele percebeu que ela era sua responsabilidade. Não deixaria que ninguém a ferisse ou fizesse mal a ela, fosse a Amazona Negra ou qualquer outra pessoa. Ele não iria permitiria que ninguém machucasse sua pequena Raposinha.
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