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História Alpha - Providência


Escrita por: Diamond_Queen

Notas do Autor


Desculpem pela demora em postar... Muitas coisas aconteceram, mas agora está tudo ajeitado... Espero que gostem...

Ps: Precisei dar uma editada por que eu o reli e pensei: como raios eu pude publicar isso? Gente que horror... Aí eu dei uma editada, li de novo e... agora está melhor...

Capítulo 3 - Providência


 

-Lar doce bagunça. -Vênus jogou as chaves sobre o rack da televisão e a bolsa sobre o sofá, cheio de almofadas. -Fique a vontade...
    Caesar se sentou no sofá, afastando algumas das almofadas. O apartamento dela era uma bagunça confortável, desde as almofadas jogadas sobre o sofá até as diversas tintas espalhadas sobre as mesas ou em cantos no chão, manchando o tapete e o carpete. Ele não pode evitar um sorriso ao imaginar Vênus trabalhando.
    -E então, o que você andou fazendo? -ela estava na cozinha, começando a preparar um café. Caesar se levantou, indo se sentar em uma das baquetas ao lado de uma bancada que separava a cozinha da sala.
    -Bem... Nada demais na verdade... -ela andava de um lado para o outro na pequena cozinha, ajeitando coisas e preparando algo para eles. -Alguns empregos que não pagam tão bem, dias e mais dias em casa, e reformando e criando algumas coisas.
    -A parte de reformando e criando coisas é bem... visível. -ele sorriu ao passar as mãos pela bancada, cheia de gotas de tinta. -O que você fazia até...
    -Eu estava procurando trabalho. -ela serviu café para os dois, se sentando de frente para ele. -E você? O que aconteceu nesses cinco anos que você sumiu?
    -Na verdade eu só sumi por alguns meses... -ele pegou um dos biscoitos, mexendo nele, desconfortável. -Depois da explosão, o laboratório foi meio que jogado para o espaço e o que foram quinze minutos para mim, foram cinco anos aqui.
    -Explicação científica complicada? -ela sorriu enquanto ele concordava com a cabeça. -Tudo bem. E depois disso?
    -Depois eu fiquei com a Providência, trabalhando para eles. -ele tomou um gole do café e sorriu. -Você ainda faz o melhor café que já tomei.
    Vênus sorriu, antes de jogar um biscoito na boca. Ela gostava de estar em casa, onde se sentia confortável e nada a lembrava de um laboratório frio a assustador.
    -Quer fazer algo a noite? -Caesar sorriu para ela, esperando pela resposta.
    -Verdade... Você me deve um jantar. -ela sorriu, lembrando da promessa que ele havia feito a ela pouco antes da explosão.
    Ele sorriu, pegando a mão dela e a levando aos lábios. Por mais que não quisesse admitir ele queria saber se ela ainda era a mesma.
-❤-
    Caesar estava parado na porta, se perguntando se devia bater ou esperar já que havia chegado mais cedo. Ele usava uma camisa branca, com as mangas enroladas até acima do cotovelo, com os dois primeiros botões abertos, uma calça social e um par de sapatos caros que ele guardava a muito tempo.
    -O que está fazendo parado ai? -Vênus abriu a porta de repente, fazendo Caesar dar um pulo. Ela usava os cabelos meio presos, um vestido verde água e saltos altos pretos.
    -Eu... Nossa. -ele piscou algumas vezes e ela riu. -Desculpe estava apenas... esperando.
    -Então vamos. -ela trancou a porta, jogando a chave dentro da pequena bolsa de mão. Ele pegou a mão dela, a colocando em seu braço.
    O clima estava agradável o suficiente para eles irem até o restaurante caminhando e se sentarem nas mesas externas, no andar de cima. Caesar não podia evitar sorrir toda vez que Vênus lhe contava algo extremamente animada.
    -Vamos mocinha. -ambos tinham um sorriso bobo no rosto, enquanto subiam as escadas. -Acho que exageramos no vinho...
    -Você... -ela tinha as bochechas rosadas, e vez ou outra se desequilibrava. -Eu estou ótima.
    -Até parece. -ele a segurou quando passaram pela porta. -Cuidado, devia ter tirado esses saltos.
    -Sei andar muito bem de saltos. -ela caminhou na direção do sofá, se apoiando no móveis e dando pulinhos para tirar os saltos. -Vai ficar ai parado? Entra logo.
    Caesar riu, entrando e se jogando sobre o sofá. Ela colocou os saltos em um cantinho, indo para perto do sofá, tropeçando e caindo sobre ele.    
    -Opa... -ela riu, enquanto ele a segurava. -Desculpa...
    -Tudo bem? -ele sorriu para ela. -Você está tão... bonita.
    -Você pensa demais sabia... -ela o puxou pelo colarinho o beijando, enquanto ele apertava a cintura dela. -Posso ficar aqui? Com você...
    -Sim. -ele passou a mão pelos cabelos e pelas costas dela. Antes que percebessem ambos estavam dormindo profundamente.
��
    -Bom dia dr. Salazar. -Caesar deu um pequeno pulo, quando viu a Amazona Negra ao seu lado.
    -Bom dia... -ele se mexeu, ajeitando Vênus em seus braços. -O que tantos agentes fazem aqui?
    -Verificando a casa. -ela olhou ao redor, torcendo a boca ao ver a pequena bagunça colorida do apartamento. -Rastreamos uma assinatura nanite muito peculiar até esse endereço.
    -Acho que deve ter sido um engano. -ele cuidadosamente girou o corpo, deitando Vênus sobre o sofá. -Esse é apenas o apartamento de uma... amiga.
    -Duvido muito. -ela disse olhando para Vênus, com um certo interesse. -Procure nela...
    -Essa coisa deve estar quebrada. -Caesar olhou para o agente segurando scanner.
    -Quebrado ou não ela vem conosco. -ela se dirigiu para a porta, enquanto alguns peões negros a seguiam e o resto dos agentes ficavam os vigiando.
    -Droga. -Caesar se abaixou ao lado de Vênus, a acordando. -Oi, Raposinha...
    -Céus... -ela cobriu os olhos, rindo. -Há décadas que ninguém me chama assim.
    -Na verdade não tem décadas... -ela olhou para ele, mostrando a língua. Ele passou a mão pela nuca nervoso. -Vênus... Precisamos voltar.
    -Para? -ela olhou ao redor e viu os agente. -Saco... Vou pegar algumas coisas.
    Ele riu, enquanto ela ia para o quarto pegar algumas coisas. Ela voltou alguns minutos depois, com uma mala de rodinhas, uma de mão e uma bolsa grande.
    -Nossa. -Caesar riu enquanto ela olhava com cara feia para os agentes e apontava para as malas. -Quanta coisa...
    -Na verdade a maioria das minhas coisas está nessas bolsas. -ela foi caminhando para a nave ao lado de Caesar. -Isso vai ser um saco né?
    -Provavelmente. -ele pegou a mão dela, a deixando vermelha. -Vamos precisar conversar sobre isso.
    Ela apertou a mão dele, deixando que os cabelos bagunçados cobrissem seu rosto.
-❤-
O Consórcio estava pressionando, nenhuma das tentativas de melhorar a imagem da Providência havia dado certo. A Amazona Negra precisava dar um jeito nisso, e rápido. E apesar de ter encontrado seu melhor cientista e a garota de ressaca, ela parecia ser exatamente o que precisavam.
    -Como eles estão? -ela olhava para o peão negro a sua frente, esperando pelo relatório.
    -Depois de algumas xícaras de café parecem melhor. -ele olhava para ela, receoso. Ela acenou para ele, o dispensando.
    -Ai minha cabeça... -Vênus estava deitada sobre a cama, massageando as têmporas. -Não devia ter tomado tanto vinho...
    -Desculpe. -ele passou a mão pela nuca, aliviando a tensão. -Por tudo na verdade...
    -Foi ruim assim? -ela olhou para ele, com um sorriso nervoso.
    -N-Não... -Caesar arregalou os olhos surpreso. -Não foi isso o que eu quis dizer... Quer dizer... Você... gostou?
    -Bem... -ela olhou para ele, vermelha de vergonha. -A ideia foi minha, na verdade... Então eu não deveria achar ruim.
    Ele sorriu, pegando a mão dela e a levando aos lábios, indo se deitar ao lado dela. Caesar pegou uma das mexas do cabelo dela, a cheirando.
    -Seu cabelo tem um cheiro tão bom... -ele sorriu, enquanto ela se virava para ele. -Tem cheiro de cerejas...
    Ela sorriu enquanto o puxava para um beijo. Caesar a puxou mais para perto, passando uma das mãos em seus longos cabelos negros. Mais tarde, no mesmo dia, um dos peões negros apareceu, para escoltar Vênus até o escritório.
    -Fico feliz em ver que sua ressaca passou, assim pode escutar com mais atenção minha proposta. -a Amazona estava sentada de costas para ela.
    -Primeiro, não estava de ressaca. E segundo, que proposta? Não sei o que posso oferecer a vocês. -os olhos de Vênus começavam a se acostumar com a escuridão.
    -Na verdade, há muita coisa que você poderia nos oferecer. -a cadeira girou e algumas luzes se acenderam, revelando assim parte do rosto da Amazona. -Estamos trabalhando em um novo projeto. E queremos que você represente a Providência, que seja a nossa ligação com as pessoas lá fora.
    -Como é? -ela olhou para ela, sem entender ao certo o que ela queria dizer.
    -Logo você irá entender. -ela estendeu a mão para Vênus. -Também irá perceber os diversos benefícios que nossa... parceria poderá lhe trazer.
Vênus olhava para ela, desconfiada. Ela não confiava naquela mulher, ela simpática e sombria demais para o gosto dela.
-❤-
Vênus estava acompanhada por Caesar. Ela havia contado a ele sobre a conversa. E ele havia achado tudo tão estranho quanto ela.
    -Uma sala grande, branca e vazia... -ela pisou no chão da sala, quase caindo quando seus saltos afundaram no piso acolchoado. -Ai, diavollo!
    -Por algum motivo é indescritivelmente fofo ver você xingando em italiano. -Caesar a segurava pela cintura, rindo. -É a sala de treinamento. O chão precisa ser acolchoado.
    -Se soubesse disso teria vindo com outro sapato. -Vênus se sentou no chão, tirando os sapatos. -Isso é gostoso de pisar.
    -Mas não de cair. -um homem grande, com algumas cicatrizes no rosto e usando um traje militar cinza surgiu do outro lado da sala, jogando uma bolsa no chão. -Olá Cientista.
    -Vênus esse é o Vough. -ele apertou a mão do homem. -Vough, essa é a Vênus. Acho que a Amazona já conversou com você.
    -Sim, me deixou um pouco mais a par da situação. -ele olhou para Vênus que tinha uma expressão confusa. -Acho que até mais do que vocês.
    -Ela não foi muito especifica. -Caesar olhou rapidamente para Vênus, com a cabeça baixa e a franja ainda cobrindo uma pequena parte do seu rosto.
    -Ela me disse para treinar a garota. -Vough olhou para Vênus. -Por quê eu tenho certeza de que isso vai ser mais difícil do que eu pensei?
Caesar não pode evitar um sorriso ao ver que a maioria das respostas dela as perguntas dele era não.
    -É, vai ser mais complicado do que imaginei. -Vough se sentou no chão, pegando um bloco de folhas amareladas e uma caneta, anotando algo. -Vai fazer essa sequencia de exercícios por duas semanas e depois começamos com o treinamento.
Vênus olhou para a detalha lista, que mostrava qual exercício e por quanto tempo ela devia fazê-lo. Ela bufou enquanto saía da sala após dizer um obrigado e tchau baixinho.
    -Sua amiga não é muito de falar né? -Vough entregou uma folha para Caesar.
    -É só dar um tempo pra ela se acostumar com você. -ele olhou a folha listando os exercícios para ele. -Você não ia me deixar sair ileso né?
-Não mesmo. Você tem que aprender a depender menos das suas bugigangas. -Vough pegou a bolsa do chão, a jogando sobre os ombros. -Vejo você e sua namorada amanhã.
Vough saiu da sala, deixando Caesar sozinho com seus pensamentos. Ele sabia que Vênus estava chateada, ela odiava estar na Providência, e ele se perguntava em como poderia tornar isso mais agradável para sua Raposinha.



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