História Alphabet Girl - Little airplanes of destruction

                               Maggie Narrando:

Mais bolinhas e aviãozinhos erão arremessados em minha direção, a pessoa que eu sabia muito bem quem era insistia em jogar estes lixos em mim na intenção de me fazer chorar com as palavras rudes e arrogantes escritas ali, acompanhadas de um pequeno trecho bastante importante de alguma matéria que eu estava indo mal - e eu estava mal em todas -, como se esfregasse em minha face de que eu não passava de uma garota esquista e burra.

Agatha, este era o nome da maldita que infernizava-me dia após dia, e fazia questão de me humilhar em frente à todos toda vez que respondia uma pergunta que um dos professores faziam, sempre citando-me na frase como por exemplo "É assim que calculamos a raíz quadrada de dois , Maggie". Eu queria ir ao banheiro arrastando Agatha pelos cabelos e a afogar na privada, claro que logo após de fechar a porta. Mas também queria à agradecer por me mostrar desde cedo como as coisas realmente funcionavam, prevenindo-me de ser uma burra e ingênua garota que poderia ser usada por qualquer um e descartada derrepente. Como um pedaço de bolo, não que isso não ocorresse, para eles eu era um pedaço de bolo, e para mim eles não passavam de um pedaço de carne.

Eu queria gritar com Agatha a obrigando a me deixar em paz por pelo menos uma vez, eu já a suportava desde quando entrei nesta escola. Com 8 anos. Hoje estou com 18 anos e continua a mesma palhaçada. Ela sendo a perfeita da turma e eu o defeito. Ela a popular e eu a excluída. Ela rodeada de garotos e garotas, e eu... Com um gay no meu pé, um gay que eu amo muito, o melhor amigo de toda a galáxia, mesmo com aquela pose de durão que de primeira você não poderá saber se ele é mesmo gay e o vocabulário cheio de palavrões e patadas, ele era o melhor.

Senti uma das bolinhas acertar meu nariz e rosnei para a morena que riu baixinho de minha expressão. Ai como eu quero colocar a cabeça dela na porta do elevador e esperar ele fechar! Abri com cuidado a folha de papel branca com detalhes em azul oceânico e contemplei a caligrafia delicada que estava de caneta rosa.

"Mais atenção na aula de Matemática, foi querer dar uma de espertinha errou todas as questões. Talvez eu possa te ajudar com seus probleminhas nos estudos. Porque a coisa ta feia, meu Deus. Te sobra infantilidade e te falta inteligência, vamos começar a dar mais passos à frente e menos para trás ne monamour?! - Welcome to Hell XxAg"

Amassei a folha novamente e mirei na lixeira, acertando obviamente. Observei um pequeno aviãozinho pousar desajeitadamente em meu livro e reconheci a folha como a de Agatha. Abri o papel com brutalidade a observei a caretinha risonha que ela havia desenhado perfeitamente bem e encarei as letras que agora estavam em caneta preta.

"Esqueci de dizer-te, mas você parece uma ridícula com esse coque no cabelo. Seu cabelo é lixoso, e esses olhos... Meu Deus, eles são enjoativos e horrorosos, seus pais erraram feio hein! - Welcome to Hell XxAg"

Senti meus olhos marejarem e amassei o papel pedindo para ir ao banheiro. Me afoguei em minhas lágrimas sozinha e sem julgamentos, não à daria o gostinho de me ver aos prantos. Eu me segurava para não gritar e ter um ataque de raiva e tristeza, eu tinha isso, eu costumo surtar quando estou em situações como estas e é qualquer uma missão impossível ignorar e controlar os sintomas da minha frustação incomum e fora do normal.