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História Amaldiçoa-me - Capítulo 1: Por quê?


Escrita por: petitpandas

Capítulo 2 - Capítulo 1: Por quê?


September, 9.
Era o primeiro dia de aula para Hani, Lara, Safira, Ian e Natanael, e eles já queriam que fosse o último. Não se sentiam bem como os outros veteranos.
Safira tinha profundas olheiras que mesmo cobertas por maquiagem, ainda eram notadas, enquanto Natanael, consolava Lara, que dificilmente esquecera o ocorrido com seus amigos ainda não encontrados pela polícia. Todos só tinham olhos para os veteranos, sabiam do ocorrido, e não hesitavam em mostrar que a curiosidade tomava conta deles naquele momento.

— Desculpe... — Disse Safira, correndo ao banheiro feminino. Quando o adentrou, se debulhou em lágrimas, não conseguindo esconder a falta que Haziel, seu noivo desaparecido, fazia a ela. Nunca havia estado em uma situação tão deplorável, queria Haziel de volta a ela, a amando, sendo seu confidente e dedicando todo seu amor a ela, assim como ela fazia a ele. O sinal foi ouvido por Safira, mas a mesma não tinha forças para levantar do piso branco e frio do banheiro. Quando Safira tentou se levantar, se apoiando na bancada da pia, logo caiu, como uma criança inocente que recém aprendeu a andar. Ela gritou de dor, mas não pelo impacto de seu corpo ao chão, e sim, pela falta que seu amado fazia em sua vida...

Lara, Ian e Hani entraram para a aula de história, esperando o novo professor que os daria aula.

— Boatos de que o novo professor é gostoso... — Disse Lynne, uma amiga de Lara para ela, esperando um sorriso. Mas tudo que recebeu foi:

— OK... — Que para Lynne, significava que Lara não estava nem um pouco animada para conhecer o novo professor e sua indescritível beleza.
Um lindo homem entrou na sala, chamando a atenção de todas as meninas, de menos Lara.

— Bom dia a todos, sou o novo professor de História, Mark Melchior, e irei adorar trabalhar com todos vocês! — Disse professor Melchior — Vou pedir que vocês se apresentem, começando pela senhorita. — Disse o professor, se direcionando a Lara.

— Meu nome é Lara Yang, tenho dezessete anos, nasci no dia dezoito de Agosto, em 1999. E... Sim, eu gosto de história, é minha matéria preferida, pois, é interessante saber sobre a história de nossos povos, porque se não fossem eles, não seríamos assim hoje em dia. — Disse Lara, fazendo Sr. Melchior sorrir.

— Bom saber que temos uma aluna inteligente e esforçada nessa classe. Continue assim, e você vai longe. — Ele sorriu, e Lara corou...

Natanael mal pisou na sala de Gramática e já desejou estar na mesma classe que seus amigos, aqueles seres humanos estranhos o olhando, desejou sair correndo, mas não o fez. Natanael se sentou, com receio daqueles seres o olhando, se sentia em Marte, em um local completamente desconhecido e mal explorado por ele.

— Atrasado na primeira aula?! —Disse a professora.

— Não é nenhum crime que eu saiba! — Levantou seu tom.

— NATANAEL! Saia! — Gritou Senhora Michael.

— O QUÊ?! LOUCA! — Natanael gritou de volta. Fazendo a professora ficar vermelha de raiva.

— LOUCA?! Você vai ver a louca! Vou chamar sua mãe! — Ela berrou, fazendo todos da sala rirem.

— Chame... Louca. — Deu de ombros, em seguida saindo.

Natanael passou as mãos em seus cabelos cor de cobre encaracolados, descendo ao porão para fumar. Precisava relaxar ao menos um pouco. Acendeu-o com um isqueiro e deu umas tragadas para relaxar. Apagando rapidamente o cigarro com uma pisada por conta do barulho que ouviu.

— Ss-sou só eu. — Disse Safira, soluçando.

— Você não está na aula? — Perguntou Natanael a menina com o rosto rubincudo de tanto chorar.

— Já era tarde demais quando c-consegui me acalmar ao menos um pouco, nnão... — Soluçou — Dava mais tempo.

— Venha cá... — Ele puxou Safira para sentar-se ao seu lado, em seguida abraçando-a. — Fique calma, tudo vai melhorar.

— Eu ainda estou pensando na pior das hipóteses.

— Não, Safira... Eles não morreram! — Disse Natanael, com os olhos lacrimejando.

— Você ainda acredita? Alguns desaparecidos há dois meses. Não existe outra possibilidade. Eu queria que existisse, mas, infelizmente... — Safira apertou forte Natanael, pensando em Haziel, o amor de sua vida. Tendo a imagem dele em sua mente, sendo agora só um corpo em decomposição, em seguida se debulhando em lágrimas.

— Eu quero meu Haziel de volta! — Gritou Safira, em prantos, apertando Natanael forte. Ele a abraçou, sabia que era apenas assim que iria ajudá-la. — Lugar amaldiçoado!

[...]

Todos estavam concentrados na aula de química, até que um celular tocou, fazendo todos pararem de fazer os seus deveres e começarem a falar.

— Parem o falatório e continuem fazendo a lição! — Disse a senhora Lourdes, com um tom alto, quase um grito.

O celular tocou novamente, mas agora ele não parava de tocar.

— DESLIGUEM SEUS APARELHOS CELULARES! — Gritou a senhora Lourdes, mal humorada.

Assim fazendo todos olharem para os seus celulares.

— Meu Deus! Merda... — Disse Lara ao ver que as ligações eram para seu aparelho. Até que viu uma mensagem para seu celular. Quando acabou de ler a mensagem, que era de Hani, saiu correndo da sala sem ao menos pedir permissão à senhora Lourdes para sair.

[...]

Eu não aguento mais!
Vi minha melhor amiga morrer! E agora, parece que estou andando em círculos! Minha perna dói, estou com fome e sede... Argh! Não sei quanto tempo mais eu vou aguentar.

- AÍ!!! - Grito ao tropeçar numa maldita raiz! Sinto algo atravessar o meu peito, sinto meu sangue escorrendo pelo meu corpo, e uma imensa dor! Tento gritar, pedir ajuda... Mas, eu não consigo gritar. Por mais que eu tente, eu não consigo! Minha visão está falhando, está escurecendo... Eu, eu estou ficando nervosa! Tudo está, preto! Aahh! Irei morrer.
Ou... Talvez não.

[...]

Lara corria, procurando Hani por todos os cantos, desesperada, queria obter rapidamente uma resposta. Lara, sempre desajeitada, esbarrou em algo, caindo e fazendo seu celular voar ao outro lado do corredor.

— Não sabe que é proibido correr pelos corredores, senhorita Yang? — Disse alguém. Fazendo Lara perceber que não havia esbarrado em algo, mas sim em alguém.

— Ahn... — Gemeu de dor. "Quem é esse brutamontes em quem eu esbarrei?! Que cara forte!" Pensou. Corou logo quando percebeu que era senhor Melchior, seu professor de História.

— Me desculpe, senhorita. — Ele agachou, olhando nos olhos escuros da menina, fazendo as bochechas da mesma queimarem.

— N... Não tem problema, e-eu estou bem, eu juro. — Lara sorriu para ele, se levantando e pegando seu celular do outro lado do corredor.

— Tem certeza? — Senhor Melchior direcionou seus olhos para as coxas da menina, fazendo-a perceber que tinha a cortado, assim, depois de perceber o corte, ela começou a sentir a dor da pancada que causou o corte.

— Não tem problema, senhor Melchior. Eu estou bem, eu prometo ao senhor. — Ela sorriu, forçando uma cara de felicidade, para não parecer que estava com dor.

— Venha me ver mais tarde, a levarei a enfermaria. — Ele piscou, saindo. E Lara voltou a correr, procurando desesperadamente por sua amiga.

[...]

Natanael estava na direção, como sempre, ou quase sempre. Recebendo uma suspensão de dois dias por ter chamado a senhora Michael de louca.

— Natanael, preciso que seus pais assinem aqui, quando voltar dos dois dias, quero ver a assinatura deles aqui. Está bem? — Disse a diretora, sorrindo de uma forma falsa para Natanael.

— Okay — Natanael revirou seus olhos, sem ligar para sua suspensão. Quando estava quase pegando o papel de sua suspensão, seu celular apitou, avisando que nele havia uma mensagem.

Parou sua atitude inicial de imediato para visualizar sua mensagem. Quando viu a mensagem de Hani, sua amiga, arregalou seus olhos verde musgo, puxando em um só tempo o papel da mão da diretora, quase o rasgando e em seguida, correu para a encontrar o mais rápido possível.
Achou Hani, sentada na grama junto a Safira, Ian e Lara, reunidos para falar do assunto que os deixava naquele estado de tristeza extrema.

— E então... O que têm nossos amigos? Diga! — Disse Natanael, ansioso, porém ao mesmo tempo amedrontado com as coisas que poderia ouvir.

— Rubens e Kendall... Seus corpos foram encontrados. — Disse Hani, com um baixo astral.

— MAS... Por que esse tom desanimado!? Eles foram... Espera... Seus... Ah. — Disse Lara, logo notando que Hani falava de seus corpos, o que significava que estavam mortos.

— Mas... E Haziel?! Tem notícias dele? — Disse Safira, com seus olhos brilhando, só de pensar que o amor de sua vida poderia estar vivo. Porém com sua voz trêmula, e com muito medo da resposta.

— Sobre isso... Nenhuma notícia dele, nada, nenhum vestígio — Hani cabisbaixa, esbanjou um sorriso falso. — Mas tudo...

— É culpa sua! Tudo isso é culpa sua! — Safira se levantou, com seus olhos cheios de lágrimas, apontando seu indicador na face de Hani, que se assustou com a atitude dela.

— Sa-safira... Não. Pare. — Disse Ian, perplexo com a atitude de Safira ao culpar Hani das mortes e dos desaparecimentos.

— A culpa é da Hani! É SUA! — Ela apontou para o rosto de Hani, em prantos, depois correndo para outro lugar.

— SAFI... — Hani gritou, mas parou no meio de seu nome, a menina já tinha sumido de sua vista. — Ela tem razão, se eu não tivesse os convidado, nada disso teria acontecido, e estaríamos todos felizes, aqui, sem mortes, desaparecimentos, sem brigas... Eu sou uma IDIOTA! — Bufou Hani.

— Escuta, Hani. A culpa não é sua! Safira apenas se exaltou por querer notícias de seu noivo. Você não tem culpa! A culpa não é de ninguém. As vezes, foi o destino. — Disse Ian, levantando de seu lugar na grama para abraçá-la, mas ela negou seu abraço.

— Não tente me encobrir, Ian. Eu sou a culpada. — Hani derramou algumas lágrimas de remorso, se sentindo culpada pelas mortes, e por tudo que havia acontecido até agora.

— Ah! Quer saber?! Você tá é de graça! Sabe que não é verdade, garota! Tchau, gente. Vou embora. — Ele saiu, com uma cara de poucos amigos.

O sinal para o intervalo tocou assim que Ian saiu.

— E agora? — Disse Lara.

De repente, Lynne apareceu, correndo na direção de Lara e abraçando-a.

— Para onde você foi?! Você... — Lynne calou-se quando percebeu a cara de todos que alí estavam.

— Eu não sei, Lara. Mas gostaria de obter uma resposta para tudo que está acontecendo. — Disse Natanael, deitando sua cabeça nos ombros de Lara.

— Eu... Quando será o enterro de Rubens e de Kendall? — Perguntou Lara, afagando os cabelos encaracolados de Natanael.

— Não sei. Depois perguntarei aos seus pais. — Disse Hani, esbanjando um sorriso triste.

— Gente... O que exatamente está acontecendo? Quem é Rubens? Kendall... Por que diabos vocês estão com essas caras de bunda? E que enterro é esse? — Perguntou Lynne, fazendo Hani esbanjar um tênue sorriso.

— Eu te explicarei. Mas não agora... Todos nós estamos, como dizer, traumatizados com o ocorrido. — Disse Natanael.

— Bah! Quero saber! Por quê? — Lynne aumenta seu tom de voz, quase gritando.

— Calma! Meu Deus! — Lara sorri. Tampando a boca de sua amiga de infância.

— Espere. Irei te explicar tudo. Foi assim que tudo começou... — Natanael começa...


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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