Temerosa, a princesa deixou que os dedos tocassem a superfície lisa do espelho, este a pouca iluminação provinda da lua que adentrava pelas janelas fechadas refletia a imagem angustiada da herdeira de Aredelle.
Surpresa... Era, definitivamente, o que mais definia a reação que o rei tivera ao ver sua primogênita soltar pequenos flocos de gelo pelos dedos.
Era apenas um bebê, que em questão de minutos conseguira congelar todo o berço.
Tão Frágil e, ao mesmo tempo perigosa.
O que o povo pensaria se soubesse que sua futura rainha poderia congelar a tudo e todos. Fora capaz de machucar a irmã por acidente, o que lhes garantiria que conseguiria se controlar...
– Elsa, saia dai, por favor – suplicou a irmã do outro lado da porta – Eu só quero te ver.
Lentamente, fios de gelo subiam se espalhando a partir dos dedos, congelando o espelho, assim como tudo ao redor que um dia tocara ali.
– Vá embora Anna – mandou, ouvindo em resposta a irmã suspirar pesadamente antes de seus passos soarem para longe.
A frio não lhe incomodava, mas a prisão que aquele quarto se transformara sim, solitário e também triste.
Um castigo sem duvidas por nascer amaldiçoada.
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