História Amigos e amantes? - Capítulo 41 - Mark Tuan / Park Jin Young

Capítulo 41 – Mark Tuan / Park Jin Young

Mark subia as escadas do hospital desesperadamente, Junior havia desmaiado. Seu coração acelerado se apertou sentindo uma pontada de remorso por não ter confortado o amado e simplesmente ter lhe dado às costas.

Entrou no quarto de Junior ofegante e encontrou o mesmo dormindo em seu leito. Uma enfermeira estava no quarto verificando os sinais vitais do garoto.

- E-ele está bem? – perguntou Mark preocupado.

- Sim, o Dr. Disse que não foi nada de mais, só acumulo de cansaço e estresse que levaram ao desmaio.

- Ah sim... – disse Mark olhando para Junior.

A enfermeira sorriu gentilmente, fez uma pequena reverencia e saiu do quarto deixando o só. Mark foi até Junior, se sentou ao seu lado e acariciou seu rosto um pouco pálido, deixando um suspiro de alivio se soltar.

Estava na cara que Junior estava estranho, desde o dia em que foi conversar com Mari, não era de seu fetio agir daquela maneira. Deveria ter sido um choque enorme para Junior saber que iria ser pai com a pessoa que pretendia cortar os laços, o quanto Junior deve ter sofrido para poder chegar à decisão de assumir “todas” as responsabilidades. Mark pensava sentindo o remorso crescer novamente.

Seus olhos começaram a se ebcher ao ver o peso que Junior estava carregando sozinho. Não podia deixá-lo sofrer mais do que estava, tinha que reconfortá-lo de alguma maneira. Tinha que ser forte e mostrar para Junior que iria ficar bem sozinho. Então se levantou devagar para não acordar o garoto, lhe deu um beijo de leve em sua bochecha e saiu do quarto.

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Mark, me solte.

...e...cê...

O quê? Não entendi, fale mais alto.

Eu amo você...

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Não me deixe só Junior, estou com medo...

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Maldito, como consegue fazer algo assim com uma pessoa!!

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Junior!! Aqui!

[...]

Ah, isso é bem desagradável. Espero que você se sinta melhor daqui pra frente. Conhecer gente nova é sempre legal.

Sim, assim espero!

Junior abriu seus olhos lentamente, despertando de uma longa viagem por sua mente onde recuperou sua memória, que, acreditava estar perdida para sempre. Lembrava-se de todos os detalhes, do dia em que conhecera Mark, do dia em que encontrou Mark na sala daquele velho maldito, do dia em que alugaram o apartamento, do dia em que Mark se declarou. Tudo. Junior se lembrava de tudo e todos os momentos. Inclusive do termino do namoro com Mari. A garota sabia de sua relação com Mark.

Estava confuso com tudo aquilo. Queria colocar sua mente em ordem, mas seu cérebro o impedia de pensar muito sobre o assunto, latejava loucamente, causando uma dor aguda em sua cabeça.

Olhou ao redor e percebeu que estava no hospital, sua sala vazia fazia o silencio transbordar, o que era reconfortante ao mesmo tempo que triste.

A porta do quarto se abiu devagar, mostrando a silhueta de Mari nela.

-Junior, você acordou! – falou a garota alegremente.

Junior não respondeu a garota. Se pegou um pouco decepcionado por não ser Mark ali.

- Você desmaiou e me deu um susto! Achei que iria ficar viúva antes de me casar! – riu. – Mas, não se preocupe, Dr. Marcos disse que não foi nada de mais, que talvez por você ter passado por “muitas emoções”, simplesmente apagou. – falou Mari se sentando na beira da cama.

- ... – Junior apenas a olhava.

- ? Aconteceu alguma coisa? Está com dor? – perguntou a garota preocupada.

- Um pouco de dor de cabeça... – disse Junior finalmente.

- Espere aqui, vou ver se a enfermeira arranja um remédio para você. – disse Mari se levantando e saindo da sala.

Junior não sabia exatamente o que fazer com a recuperação de sua memória perdida. A memória revelou para ele o óbvio, que amava Mark e que foi um burro por não perceber antes. O fato de Mari ter mentido sobre o namoro o deixava furioso, mas não iria adiantar chorar pelo leite derramado. Mari estava grávida e isso não iria mudar. Exalou o ar de seus pulmões pesadamente. Se aquelas memórias tivessem voltado mais rápido, estaria nos braços de Mark agora. Cerrou seus punhos sentido uma forte ira crescer dentro de si. Estava com raiva, pela sua incompetência de não se lembrar daquilo antes, por não poder mudar os fatos, por ter “tomado” Mari e nem se lembrar disso.

- Aqui está! – disse Mari entrando no quarto com um copo de água e dois comprimidos na mão.

- Obrigado... – falou Junior se sentando na cama.

- Quando te liguei e a enfermeira atendeu achei que ia ter um ataque. – riu. – Ah! Já tenho a data perfeita para a cerimônia! Vai ser daqui 3 semanas, um pouco em cima da hora, mas tem que ser se não minha barriga vai aparecer. – falou Mari tocando em sua barriga.

- ... – Junior sorriu sem mostrar os dentes.

Estava frustrado com a situação. Não via mais Mari com os mesmos olhos de antes, não compreendia porque a garota mentiu e fingiu não saber sobre Mark e ele. Queria interrogá-la, queria ouvir dela o motivo por querer continuar com ele, mesmo sabendo que gostava de outro.

Algumas horas depois, Mari tinha ido embora e Junior estava sozinho em seu quarto com a enfermeira que veio conferir sua condição.

- Ainda está com dor de cabeça? – perguntou a enfermeira gentilmente.

- Não, o remédio ajudou muito. Obrigado. – disse Junior educadamente.

- Que bom que está melhor, Dr. Marcos pediu para que passasse a noite aqui só para observação. Mas, acredito que pela manhã já pode receber alta. – falou a enfermeira.

- Entendo. – disse Junior sorrindo.

A enfermeira saiu do quarto de Junior deixando o finalmente só. E então o garoto suspirou e fechou seus olhos, organizava sua mente, Mari sabia sobre sua relação com Mark e mesmo assim mentiu para ficar com ele, e isso não era mais relevante, pois ela estava grávida e nada daquilo seria desculpa para não assumir a responsabilidade. E Mark, como deve ter sofrido quando se esqueceu dele e voltou com a garota, como deve estar sofrendo agora. As lágrimas começaram a descer dos olhos fechados de Junior.

~ 2 semanas depois ~

Mark saia de uma reunião que iria mudar o futuro da empresa, havia conseguido formalizar um grande contrato com uma empresa americana.

- Parabéns Sr. Tuan! – disse Sara sorrindo.

- Obrigado Sara. – disse Mark sorrindo também.

- Sr. Wang gostaria de falar com o Sr. – disse Sara.

- Ele está na minha sala? – perguntou Mark.

- Sim Sr. – falou Sara sorrindo.

- Tudo bem então.

Todos os funcionários parabenizaram Mark, que, passava com um belo sorriso estampado no rosto, pelo grande contrato que conseguiu fechar com a empresa internacional.

Entrou na sua sala se deparando com Jackson que estava sentado em sua cadeira.

- Oi Jack. – falou Mark ainda sorrindo.

- ... Não precisa fingir na minha frente Mark. – falou Jackson sério.

- Não estou “fingindo”. – falou Mark.

- Eu te conheço Mark e sei que não está bem. O seu grande “amor” vai se casar com outra pessoa em uma semana. É impossível você estar bem como aparenta, e isso está me preocupando. – falou Jackson se levantando.

- ... – suspirou fundo. – Eu estou bem Jack, estou feliz, fechei um contrato com uma grande empresa que vai mudar o meu futuro! – falou eufórico.

- ... Mark, por favor. Desde que Junior desmaiou, você não parece você mesmo. – falou Jackson passando as mãos entre seus fios de cabelo.

- O que você quer Jack? Que eu chore aqui? Que eu fique lamentando sobre um assunto que está acabado? Você sabe o que aconteceu e o que vai acontecer! Não sou mais tão jovem para ficar chorando por essas coisas. – falou Mark meio alterado.

- ... Eu só quero que fique bem, bem de verdade. Não esse teatro de que “estou ótimo”, só para fazer as coisas ficarem mais fáceis para aquele moleque. Você tem o direito de estar mal. – falou Jackson segurando o ombro de Mark.

- Eu estou bem Jackson. Agora por favor, preciso trabalhar. – disse Mark se soltando do garoto e indo para sua mesa.

- ... – Jackson suspirou e fez sinal de negativo com a cabeça.

Depois do desmaio de Junior, Mark havia mudado. Parecia ter tomado banho de “felicidade”, andava com um sorriso estampado no rosto. Não demonstrava qualquer tipo de fraqueza ou sofrimento. Jackson ouviu toda a história através de Mark e sabia que o garoto não estava bem. E entendia que ele queria mostrar para Junior que iria ficar bem, mas aquilo o preocupava, sentia que Mark morria por dentro a cada dia que se passava.

- Só quero que saiba que se precisar estarei aqui. Sempre. A qualquer hora. – falou Jackson saindo da sala.

Mark olhou para as costas de Jackson que saia de sua sala e se sentiu um pouco mal por ter agido daquele jeito. Mas logo voltou para seu trabalho, sabia que se começasse a pensar muito, não iria dar certo. Havia decidido que não iria demonstrar nenhum tipo de fraqueza para ninguém e isso incluía Jackson. Iria passar por cima de todos os sentimentos pelo bem de Junior. Para que ele não sofresse ao pensar que estava lhe fazendo infeliz, iria viver bem, para provar ao amado que estava bem.

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Após o expediente, Mark foi para sua casa. Tomou uma ducha quente e se sentou no sofá, tomava um copo de bebida quente enquanto checava suas correspondências. Seu coração parou quando viu um envelope branco com um brasão e detalhes dourados. Deixou o copo em cima da mesa de centro e abriu o envelope devagar. Era o convite, o convite para o casamento de Mari e Junior.

Mark sorriu com o nariz e jogou o envelope no chão, as lagrimas que havia contido nas últimas semanas transbordavam ferozmente por seus olhos. Aquilo simplesmente doía demais para poder suportar...