História Amigos e amantes? - Capítulo 42 - Park Jin Young

Capítulo 42 – Park Jin Young

Junior estava sentado em um estofado, esperava Mari se decidir entre duas alianças que estava sobreposta no balcão de vidro, animadamente. Duas semanas haviam se passado desde que recebeu alta do hospital.

Não sabia como deveria agir com Mark depois do término, mas se surpreendeu quando o garoto lhe chamou em sua sala e lhe disse aquelas palavras que foram como remédio para sua alma. Mark havia lhe dito que compreendia tudo o que estava acontecendo e que ficaria bem. Que não iria sofrer por muito tempo, que iria viver sua vida bem e que esperava que Junior encontrasse a felicidade na escolha que fez. Aquelas palavras eram sinceras e Junior se reconfortou com aquilo.

Pensou muito se deveria contar aos outros que havia recuperado a memória, mas decidiu que seria melhor guardá-las só para si. Causaria problemas desnecessários se revelasse aquilo. Iria seguir em frente, iria seguir as palavras de Mark e iria encontrar a felicidade dentro de sua escolha. Sabia que nunca mais iria amar ninguém, mas iria se esforçar para ser feliz e tentar amar Mari. A escolha que Mari fez foi errada, mas conseguia compreender ela até certo ponto. Sabia que a garota não era uma pessoa má. Olhou para a garota ao seu lado e passou a mão em sua cabeça.

- Este é mais a sua cara. – falou Junior sorrindo.

- Jura? – perguntou Mari.

- Sim. – respondeu ainda sorrindo.

- Então, iremos levar este. – falou Mari alegre para atendente.

Após a escolha das alianças, Mari e Junior foram caminhar entre as outras lojas do shopping em que estavam. Passearam e fizeram compras, até pararem em um café para descansarem.

- Ouvi dizer que café faz mal para o bebê. – disse Junior.

- Jura? Não sabia... Vou pedir um suco então. – falou Mari sorrindo.

- Vão fazer 3 meses certo? – perguntou Junior.

- Sim, o médico disse que já podemos até saber o sexo em breve. – respondeu sorridente.

- Vamos juntos no próximo exame de ultrassom. – falou Junior.

- ... Ah... Claro, mas você tem seu serviço certo? Não fazem exames de noite e... – disse Mari desviando o olhar.

- Não tem problema, eu posso pedir folga do trabalho. – falou Junior.

- ... Tudo bem... quando marcar o próximo exame eu aviso você. – disse Mari.

- Tudo bem então. – falou Junior sorrindo.

Depois de tomarem as bebidas, Junior levou Mari em sua casa e retornou para seu apartamento. Encontrando Bambam e Yugyeom que terminavam de se arrumar para irem trabalhar.

- Já está indo? – perguntou Junior para Bambam.

- Sim, temos que ir mais cedo hoje, aconteceu uns problemas na casa. – falou Bambam sério.

- Entendo... – disse Junior se sentando no sofá.

- E como foi com a vadia? – falou Bambam com cara de nojo.

- Já disse para não chamar ela assim. – falou Junior meio bravo.

- E eu disse que vou continuar chamando ela assim. – olhou serio para Junior. – Eu ainda sinto que esta história de casamento não está certa. Você não deveria fazer essas coisas. – falou Bambam pegando um envelope na mão e jogando sobre Junior.

- Bam, já está feito. – disse Junior pegando o envelope e vendo que era o convite de casamento.

- Nada está feito, você pode voltar atrás ainda. – falou Bambam.

- ... – Junior não respondeu, apenas fechou seus olhos e bufou.

- Que seja. – falou Bambam.

Bambam e Yugyeom saíram do apartamento e foram trabalhar, enquanto Junior se levantava para ir tomar banho. Depois de tomar banho, Junior se deitou e dormiu sem muita demora.

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No dia seguinte, acordou mais cedo do que o costume e resolveu ir para a empresa mais cedo, havia deixado alguns trabalhos pendentes ontem para sair mais cedo do serviço. Chegou à empresa, ainda deserta e se sentou em sua mesa. Começou a trabalhar, mas logo um barulho vindo do outro lado do setor lhe chamou a atenção. Não tinha ninguém ali, ao menos que esta pessoa gostasse de trabalhar no escuro, pois foi ele quem ligou a luz do setor ao chegar. Levantou-se e foi em direção ao local, devagar sem fazer barulho, poderia ser algum louco que invade empresas. Junior engoliu seco, seu coração disparou quando viu uma sombra se manifestar no chão onde pisava, tomou coragem e foi pra cima do dono da sombra derrubando à no chão.

- Quem é você!? – gritou Junior agarrando os pulsos e controlando a sombra com força.

- Me solta! Eu que pergunto quem é você!? – gritou a voz brava,conhecida para Junior.

- Ma-ark?? – falou Junior soltando os pulsos do garoto.

- Junior? O que faz aqui há essa hora? – disse Mark resmungando e se levantando.

- E-eu acordei mais cedo e vim trabalhar... – falou se levantando também.

Junior olhou para o garoto em sua frente com seu coração mais acelerado do que há alguns minutos atrás. Fazia um tempo, quase duas semanas que não trocava nenhuma palavra ou o via de tão perto assim. A última vez foi quando Mark o chamou para lhe falar as palavras “remédio” para ele.

- Entendo... Bom... Eu vou para minha sala... – falou Mark apontando para a mesma.

- Ah sim... – disse Junior abrindo espaço no pequeno corredor formado pelas mesas.

Mark sorriu sem graça e foi em direção a sua sala, Junior observava o passar e reparou nos olhos inchados e vermelhos do garoto. Seu inconsciente trabalhou rápido e segurou o braço do outro puxando o de volta.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Junior, se arrependendo no mesmo instante. Era óbvio que algo tinha acontecido, seu namorado iria se casar com outra em menos de uma semana. Junior então soltou o braço de Mark. – Me desculpe... Eu sei que não tenho mais o direito de perguntar essas coisas... – falou se afastando.

- ... – Mark o olhou pensativo. Não sabia se deveria falar sobre aquilo, mas sentia que deveria, então abriu a boca. – Eu sei que te disse que compreendia tudo e que espero que você seja feliz na sua escolha, mas, por favor, não tente mostrá-la para mim... – disse abaixando os olhos que se enchiam de água.

- O que quer dizer com isso? – falou Junior deitando sua cabeça.

- Estou dizendo do convite de casamento... Acho que isso já é demais para compreender... – falou com a voz meio trêmula.

- !! – Junior arregalou os olhos ao ouvir aquilo de Mark. – Me desculpe... E-eu não sabia sobre isso... – falou confuso.

Mari tinha feito aquilo. Ela estava à parte de todos os detalhes do casamento. Junior sentiu um sentimento de traição crescer. Quem era aquela garota? Mari era capaz de fazer algo cruel como aquilo e continuar sorrindo? Ela sabia da sua relação com Mark certo? Pensou.

- Está tudo bem... – disse Mark dando as costas e seguindo para sua sala.

Junior olhava para Mark com os punhos cerrados.

- Quando vou fazer você parar de sofrer? – falou Junior baixo, frustrado com aquilo.

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Mark fechou a porta de sua sala e encostou-se a ela. Deixando as lágrimas que gritavam para sair escorrer pelos seus olhos. Achava que não iria mais ter lágrimas depois de passar a noite em claro chorando. Tinha saído de sua casa para trabalhar, era a única forma de ocupar sua mente. Mas, não esperava por aquilo. Encontrar Junior na empresa, 2 horas antes do expediente começar. Riu com a ironia do destino.

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Um pouco longe dali, Midori, a funcionária novata que entrou junto com Junior. Tapava sua boca com a cena que tinha acabado de presenciar. Não precisava ser muito inteligente para compreender aquela cena, os dois já tinham um rumor desde o incidente do elevador. A única coisa que fez foi conectar os pontos.

Esperou sua cabeça processar a nova informação para sair dali sem fazer barulho. Não era louca de entrar ali agora. Sabia que não deveria se meter nos assuntos pessoais alheios, por mais que quisesse. A garota adorava Yaoi. E aqueles dois eram muito lindos como em seus mangás. E sua imaginação fértil não era mais tão imaginação assim. Sorriu empolgada enquanto descia pelo elevador.

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Junior tinha voltado para sua mesa e havia se concentrado no seu serviço, tanto que não viu os outros funcionários chegarem.

- Bom dia Junior! – disse Henrique.

- Bom dia... – falou Midori atrás de Henrique com as bochechas meio rosadas.

- Bom dia. – disse Junior se espreguiçando.

- Chegou faz muito tempo? – perguntou Henrique, percebendo as pilhas de formulários em cima da mesa do garoto.

- Um pouquinho. – respondeu Junior reparando em Midori que o encarava com um sorriso no rosto.

- Como você é um funcionário competente! – falou Henrique rindo.

- Eu sei que sou! – falou rindo. – Ah... Tenho algo para vocês, como não sabia o endereço de vocês, estou lhe entregando pessoalmente, sintam se privilegiados! – falou sorrindo sem mostrar os dentes.

- O que é isso? Um convite? – perguntou Henrique abrindo o envelope e arregalando seus olhos no mesmo instante. – Você vai se casar!? – praticamente gritou.

- Sim, espero que estejam lá, apesar de ser em cima da hora. – falou Junior.

- ... – Midori olhava o convite com o semblante sério.

- Bota em cima da hora! Por que tanta pressa? Até parece que a noiva está grávida!– disse Henrique rindo de sua piada.

- De 3 meses. – disse Junior meio sem graça.

- Você vai ser pai!? – gritou Henrique dessa vez.

- Ai meu deus! – falou Midori arregalando os olhos.

Junior deu de ombros e conversou mais um pouco com os colegas antes de voltar a trabalhar. Midori apenas ouvia tudo com atenção, processando rapidamente todas as informações adquiridas. Quem diria que iria encontrar o nome que quis por fogo a todo custo num convite de casamento. Pensava dentro de si, se Junior sabia com que tipo de mulher tinha se envolvido, melhor dizendo, com o tipo de demônio que se envolveu. Mari Vacando. Aquele nome lhe trazia náuseas só de pensar...