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História Amnésia - Capitulo nove.


Escrita por: holyfo0l

Notas do Autor


Capítulo betado pela linda da Annabella
Desculpem pela demora
Desculpem qualquer tipo de erro
Lembre-se que plágio é crime
E mais informações nas notas finais

Capítulo 10 - Capitulo nove.


Fanfic / Fanfiction Amnésia - Capitulo nove.

Narrador P.O.V.

O telefone da mansão tocava alarmante. Como todos os moradores ainda permaneciam dormindo no andar de cima, só restavam os empregados que acordavam cedo para arrumar o café da manhã. Supervisionar isso era missão da governanta, o que fazia com que Janna já estivesse em serviço.

— Alô? — perguntou ao atender o telefone que antes tocara em seu quarto.

Do outro lado da linha, um homem falava desesperadamente sem dar pausa alguma. Quando falou o nome do qual a mulher tanto gostava, fez a mesma levar a mão ao peito.

— Ele está bem?

O homem respondeu algo rápido e desligou de imediato.

 

Harry Styles P.O.V.

Quando o delegado finalmente me chamou, eu já estava de saco cheio.

Com um corte enorme na cabeça, uma roupa completamente suja e uma ressaca que ultrapassava qualquer outra dor, não me lembrava de quase nada do acidente, mas tinha uma certeza enorme de que o mesmo não havia sido em vão. Alguém tentou com sua vida na noite anterior, alguém tentou lhe matar.

Havia acordado do acidente com um curativo na testa e detido numa delegacia. Numa delegacia que conhecia muito bem, por sinal.

— Styles, Styles, Styles... – disse o delegado enquanto girava fazia manobras em sua cadeira giratória. — Cá estamos nós outra vez, hum! Sente-se.

— Eu não tive culpa — defendi-me, algo que foi completamente desnecessário.

— É o que todos dizem – ele expeliu com um tom de deboche agonizante.

— Eu estou falando sério! – Levantei-me. — Acredite em mim, Charles.

— Você não teve culpa nas outras vezes também. — Desviou o olhar para mim enquanto consertava os óculos.

Charles Silverstone, delegado da cidade há mais ou menos uns quinze anos. Não gostava nem um pouco de mim e faria tudo que pudesse para me ferrar, assim como nas outras vezes.

Essa não seria a primeira vez que eu ficaria detido. Aconteceu antes de eu ter ido embora; ali poderia ser nomeado como minha segunda casa. Porém, já que minha família era uma figura importante na cidade, minha “hospedagem” nunca passava de uma noite.

— Quando eu fiquei sabendo que você estava na cidade, logo pensei “não acredito que ele não vai vir me fazer uma visita”. — Gargalhou — E olha você aqui.

Aquela maldita ressaca não passava e ainda ficar ouvindo aquelas piadas sem graça só fazia com que meu estomago se revirasse e o aborrecimento aumentasse.

— Charles, você sabe que, sempre que sou culpado, eu assumo, não é?

— Foi um acidente de carro, e no seu exame mostra que bebeu — falou analisando minha ficha. — Um pena que você não vai ficar aqui por mais tempo.

— Eu sofri um atentado — expliquei.

— Atentado? — questionou e riu. — Só pode ser coisa da sua imaginação.

— Alguém estava me seguindo ontem. — Encarei-o. — Alguém tentou me matar.

— Você estava delirando. — Suspirou. — Seu avô e seu pai estão vindo aqui para pagar sua fiança, como sempre.

— Vocês querem ficar ricos a minha custa. Fala sério!

— Se você fosse meu filho, passaria o resto da sua vida aqui — disse. — Você continua o mesmo. Brinca com tudo, implica com todos. Não tem respeito ou limites.

— Nossa! Estou honrado!

— Viu? Esse é o problema. Você não respeita ninguém, não é? — Levantou-se. — Você quer ser preso por desacato?

— Não vai ser necessário delegado — disse meu avô. —Estou aqui com o doutor Salvatore e ele irá acertar tudo com o senhor.

— Salvo pelo gongo — falou o delegado — Agradeça ao seu avô e ao seu pai.

[...]

Enquanto meu avô e o advogado ainda estavam na sala conversando com Charles, eu aguardava numa outra sala. Paciência já não existia; fome, sono e o cansaço predominavam.

— Não foi minha culpa — voltei a explicar enquanto Robert se aproximava.

— Agora isso não interessa mais. — Encarou-me. — Harry, eu juro que gostaria de entender onde foi que eu errei com você.

— Em tudo! — gritei.

— Você fala como se colocar a culpa em mim fosse adiantar alguma coisa! — gritou também. — Você só trouxe problemas para minha vida. É terrível como você é igualzinho ao...

— Ao Richard? Diz, pai — o interrompi.  — É difícil para você citar o nome dele, não é? Talvez porque ele era o querido da vovó, o querido da família. Ou talvez porque ele era bom demais para todos? Você sentia inveja dele.

 

Narrador P.O.V.

Nessa altura, a única coisa que o rapaz sentia era o gosto de ferrugem descendo sobre sua boca. Em sua frente, havia um Robert completamente enfurecido. O sangue do soco que havia acabado de levar descia pelo seu queixo misturando-se com sua saliva. Os olhares de todos estavam ali, encaravam aquela cena completamente atentos. O rapaz teve uma única reação, que foi sair dali indo em direção ao carro da família.

O patriarca da família não escondia a decepção que sentia ao ver o primogênito dos seus netos, aquele que tanto havia sonhado para assumir seu lugar, fazer uma besteira atrás de outra. Em seu lado esquerdo, um aborrecido Robert, e em seu lado direito, um Harry que se mantinha em um silencio completo.

 

Laecy Spittle P.O.V.

Despertei com uma leve batida na porta que, de primeira, me fez resmungar algumas palavras aleatórias. Ouvi uma voz chamando meu nome e de imediato pensei que deveria ser algum tipo de sonho, mas quando a voz soou mais alta, notei que não era real. Lutei para abrir meus olhos e, quando consegui, encarei a figura de Johanna.

Depois da noite anterior, minha única lembrança foi que havia deitado em minha cama e dormido feito pedra. Estava cansada fisicamente e, acima de tudo, emocionalmente. Após daquele dia conturbado e de todas as emoções vividas nesses últimos meses, só pude finalmente ter uma noite tranquila em tal momento.

— Bom dia —murmurei enquanto me sentava na cama.

— Bom dia, querida! — respondeu completamente agoniada. — Desculpe-me por lhe acordar tão cedo.

— O que houve? — perguntei notando aflição em sua voz.

— É o Harry — explicou com os olhos lagrimejando. — Meu menino sofreu um acidente.

Acidente? Não, de novo não, não poderia ser. Será que aquela família estava destinada para tal tragédia? Primeiro o acidente que levou a vida de Richard, logo depois o acidente que havia sofrido junto com Emma e agora o acidente do garoto.

— Acidente? — perguntei com os olhos arregalados. — Que tipo de acidente?

— Eu não sei bem — disse. — Hoje cedo o delegado ligou informando, foi avisar ao senhor Robert.

— E ele disse algo?

— Ele xingou tanto. — Sentou-se ao meu lado. — Eu tenho tanto medo de que algo tenha acontecido ao meu menino, Laecy.

— Calma, Janna! — Segurei as mãos da mulher. — Tudo vai ficar bem.

[...]

Cheguei à grande sala aonde Caleb estava mexendo no celular e Melissa lixava suas unhas como se nada estivesse acontecendo. Patético, pensei! A senhora mais velha falava ao telefone.

— Bom dia — os cumprimentei.

— Bom dia — respondeu Caleb. — Você ficou sabendo o que o outro aprontou?

— Fiquei — sussurrei.

— Eu sabia que ele iria aprontar novamente — Deu um sorriso. — É sempre assim.

— Como assim? — perguntei.

— É uma forma que ele tem de chamar atenção; sempre se metendo em confusões.

— Klaus telefonou — Rose disse roubando atenção para si. — Eles já estão a caminho.

— E o Harry? – perguntei. – Ele está bem?

— Somente uns arranhões.  

— Espero que dessa vez ele tenha uma punição – murmurou Caleb.

                                      

Harry Styles P.O.V.

Durante o trajeto da delegacia até a mansão, tudo estava num perfeito silêncio. Aproveitei e tirei um breve cochilo mantendo a cabeça encostada no vidro. Robert ao meu lado falava ao telefone, enquanto meu avô deixava seu semblante de decepção completamente visível.

Já estava decidido: assim que chegasse em casa, compraria uma passagem de volta para LA. Não aguentaria mais nenhum dia naquele lugar. Estava fisicamente esgotado.

Dane-se a memória de Richard, dane-se Laecy, dane-se o mundo. Depois da briga que havia tido com o pai, nunca mais iria voltar naquele lugar, nem mesmo quando alguém ligasse avisando sobre a morte de alguém. Crueldade? Talvez.

Quando o motorista estacionou em frente à mansão, o homem antes sentado ao seu lado logo se tratou de sair sem nem ao menos olhar para trás. Além de mim, sobrou apenas meu avô no carro que, antes de sair, fez questão de encarar-me.

— Dê tempo para o seu pai — pediu. — Eu sei que Robert não tem paciência, e tenho noção total de tudo que ele já fez com você.

— Se o senhor tem noção por que vem pedir paciência logo para mim? — resmunguei. — É sempre ele quem não colabora.

— Eu sei, Harry — comentou. — Você pensa que nunca falei com ele sobre isso? Só que você tem que ter noção que é você quem não colabora.

A verdade é que eu também nunca fiz questão de se aproximar de meu pai. E todas as vezes que tive uma oportunidade, fazia questão de usar minha armadura favorita: o sarcasmo.

— Digo isso tudo porque já errei uma vez. — Suspirou. — E não quero que essa história volte a se repetir.

[...]

Quando adentrei a mansão, fui logo recebido com um abraço carinhoso de vovó.

— Meu querido, que susto você me deu. Como você está? Está sentindo muita dor?

— Não — sorri. — Só estou cansado.

— Já pedi para prepararem uma comida pra você. E esse corte na testa? E esse na boca? Tem certeza que não está doendo? — Se mostrou preocupada.

— Eu tenho, vó. Se a senhora puder me dar licença... – disse enquanto a abraçava novamente e recebi um “claro” como resposta.

 

Narrador P.O.V.

Laecy olhava atentamente aquela cena. Não sabia ao certo o que fazer, então preferiu ficar na sua. Caleb, por sua vez, olhava com um ar de desgosto, enquanto Melissa já não se encontrava mais na sala.

[...]

Quando Harry saiu do banho, deu de cara com um Jeffy enfurecido no seu quarto.

— Cara, você quer me matar do coração? — perguntou ofegante e levando a mão até o lado esquerdo do peito.

— Essa frase deveria ser minha, Styles — cuspiu as palavras.

— Sem mais broncas por hoje — sentou-se em sua cama enquanto sacava o cabelo com uma toalha.

— Você deveria maneirar na bebida.

— Eu sei. Mas e se eu te contar que isso não foi causado consequentemente por conta da bebedeira da noite anterior? — questionou fazendo com que o amigo o encarasse.

— Como assim?

— Alguém tentou me matar — Harry respondeu. — Eu sofri um atentado.

— Não brinca com algo tão sério. Como foi isso?

— Quando eu estava saindo do pub, percebi que um carro estava me seguindo. Ele estava colado demais e eu resolvi me adiantar. Logo depois ouvi tiros, e um deles acertou meu pneu fazendo com que eu batesse com tudo no poste.

— Você tem certeza que isso tudo não é coisa da cabeça de um bêbado?

— Claro que tenho! — resmungou — Alguém atentou contra a minha vida ontem à noite.

— E o que você vai fazer agora?

— Hoje mesmo eu vou voltar pra LA. — Levantou-se.

— Eu não acredito que você vai abrir mão de tudo.

— Abrir mão? Jeffy, eu nunca deveria ter voltado — gritou.

— Isso é coisa de gente fraca — gritou de volta.

— Fraco? Você diz isso porque sua vida é completamente perfeita.

— Não vem com essa, Styles, de que sua vida é uma bosta e tudo mais. — Jeffy levantou-se também.

— Eu não quero brigar com você. — Suspirou. — Meu dia mal começou e tudo só deu errado.

— Desculpa irmão, eu também não quero ter que brigar com você — falou. — E você acha que tem ligação com aquilo? — perguntou voltando ao assunto

— Acho. — Harry deu de ombros. — E seja o que for, eu irei descobrir.

— Esse é o Harry Styles que eu conheço.

O rapaz sabia muito bem que disse mais cedo que assim que colocasse os pés naquela casa novamente iria voltar para LA, só que quando seu melhor amigo chegou e, depois da conversa que havia tido com ele, sua única certeza era que não poderia voltar. Tinham coisas demais que precisavam de uma explicação. E quando descobrisse o culpado de toda aquela confusão, iria fazer questão de tirar sua vida com suas próprias mãos.


Notas Finais


FANFIC DA MINHA AUTORIA
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS É SÓ FALAR COMIGO AQUI NO SITE OU NA MINHA ASK (MILENAKELLEN)


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