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História Amnésia - Capitulo quatro.


Escrita por: holyfo0l

Notas do Autor


● Desculpem a demora para atualizar.
● Perdoe caso tenha algum erro
● Quero agradecer a @intact por betar o capitulo.
● Até o próximo <3

Capítulo 5 - Capitulo quatro.


Fanfic / Fanfiction Amnésia - Capitulo quatro.

Harry Styles:

 

Mais um motivo para que eu segurasse uma risada. Quando vi o garoto aproximando-se, por um momento, pensei que ele poderia está sendo sincero em algo quando disse “Eu senti sua falta”, e houvesse afastado aquela ridícula rivalidade que havíamos criado. Quando éramos pequenos, até chegamos a ser um pouco próximo. Porém com o passar do tempo, o mesmo havia ficado diferente e agia comigo de uma maneira terrível. 

Odiava o fato de que, mesmo sendo o filho perfeito e o garoto dos sonhos, Caleb não iria ser aquele que iria assumir o lugar do patriarca da família. Pela lógica da nossa família, o primogênito que tomaria conta dos negócios da família. Ou seja, seria eu. 

Nunca quis nada disso. Apenas queria pegar minha mochila e sair pelo mundo (como fiz) e nunca levei nada disso tão a sério. Nunca me vi por aí usando um terno e tomando decisões sérias que poderia mudar a vida de milhares de empregados. Agora Caleb não, ele havia nascido para isso tanto até que desde muito cedo já estudava para ser um ótimo empresário. Acontece que eu nunca quis responsabilidades e isso não iria mudar do dia para à noite. 

Quando resolvi ir embora pude ver decepção no olhar do meu avô. E no fundo, ele sempre teve esperanças de que eu voltaria para assumir minhas responsabilidades. E isso não era verdade, e como nunca me senti de fato parte daquela família, sempre fiz questão de usar apenas o meu segundo sobrenome, ou seja, usar apenas o “Styles”. Desde muito pequeno o sobrenome “Parker” sempre havia sido um peso enorme na minha vida. Principalmente, na parte a qual era ter sua vida inteira na boca do povo ou em matérias de revistas. Desde que nasci sempre tive muitas responsabilidades e quando cresci, decidi que aquilo tudo não era o mundo o qual eu queria para mim. 

Como minha família era de muita influência naquela cidade, sempre tinha alguém nos observando e isso às vezes era engraçado. Afinal, imaginar Melissa fazendo a fina na frente das câmeras era melhor do que assistir um filme com Jim Carrey ou Adam Sandler. 

•••

Por mais que estar ali não fosse à situação mais agradável, poderia até ser engraçado no final. Minha “querida” madrasta havia convencido a todos que deveria acontecer uma festa para apresentar a garota à sociedade de Holmes Chapel. A festa aconteceria no sábado e como estávamos numa quinta-feira muita coisa iria acontecer, inclusive uma missa que acontece todos os anos e que todos os membros da família Parker assim como figuras importantes da cidade tinham que comparecer. 

Como o dia anterior havia sido exaustivo demais, quando acabou o jantar fiz questão de ir dormir. E quando acordei já era por volta das duas e meia da tarde, então seria bem provável que todos já teriam ido aos seus compromissos e assim, eu poderia ter um pouco de tranquilidade. 

Levantei-me e fui diretamente para debaixo do chuveiro. Fiquei lá durante alguns minutos, cantarolando alguma música que havia grudado na minha cabeça. Depois disso, dei mais uma olhada no quarto e respirei fundo ao andar pelo enorme corredor. 

— Ei, Harry! — Ouvi alguém chamar. 

Movi meus globos oculares, até eles se fixarem na figura que eu não fazia questão de ver na vida. O semblante sempre sério e a barba por fazer, olhos bastante azuis. E, claro, o terno perfeitamente arrumado. Típico do “puro” homem responsável — o homem encontrava-se à minha frente. Robert me encarava. 

— Robert... Oi. — Falei, quando voltei a encará-lo. — E aí, — sorri, quando novamente o ar sarcástico tomou conta do meu rosto. — O que foi? 

— Pensei que ainda estivesse dormindo — pronunciou-se. — Eu esqueci um material de trabalho, por isso voltei. Afinal, as pessoas dessa casa trabalham — A voz que antes era tranquila, voltou com a arrogância de sempre. 

Desde que me conheço por gente, era raro lembrar um momento de “tranquilidade” e uma relação normal entre "pai e filho” por mais que eu tentasse me afundar em teorias que eu não precisava dele e nunca precisaria, minha mente borbulhava com pensamentos contraditórios. Desde que ele havia se casado nossa situação piorou bastante, sempre estávamos nos atacando de alguma forma, eu sempre o atacava com palavras assim do mesmo jeito que ele me atingia. 

— Sabe, eu nunca me importei com isso. — Falei, também mantendo o mesmo tom de voz.

— Fico feliz que tenha voltado, — disse com a voz carregada de deboche. — Filho. — Ele sorriu, recuperando sua malícia típica. — Eu achei isso bem interessante. Pensei que nunca mais pudesse ver você. 

— Ah, por favor! — Revirei os olhos. — Quanta idiotice. 

Ele sabia o quanto eu odiava quando ele me tratava como seu filho. Quanta hipocrisia da parte dele me chamar assim e todos sempre souberam que Robert nunca havia sentido nada por mim. Minha presença na sua vida era como uma mancha de pecado que ele havia usado para tentar afetar seu pai em uma época que estava completamente rebelde. E ele nesse papel foi completamente ridículo. 
 

Sabia que seria loucura tentar, eu sabia. Voltar para esse lugar novamente era uma loucura terrível e como já havia conhecido o motivo que havia me trazido novamente, então eu poderia voltar para minha vida longe dessa cidade, longe dessa casa e, principalmente, longe dessa família. Estar aqui novamente exigia não apenas insanidade, como uma disposição doentia para enfrentar a morte. E continuar aqui seria como praticar um suicídio. 

 

•••

— Senhora Melissa levou sua prima para um passeio. — Janna explicava enquanto terminava de me servir. 

— Já sinto pena dessa garota. — Ela me olhou — Ter que conviver com Melissa é uma lástima. 

A mulher gargalhou. Gargalhou por conta da minha careta. E eu realmente não hesitava em fazer uma cara de nojo quando citava o nome daquela figura. Ou então, fazia alguma cara tédio e sempre deixava a preguiça explícita em meu rosto. 

— O que você achou dela? — Perguntou sentando-se ao meu lado. 

— De quem? — Ergui minha cabeça para olhá-la — Da Laecy? 

— Sim, dela mesmo — Sorriu. 

— Não achei nada demais. — Respondi. — Na verdade, acho que sentirei pena se ela for uma boba, pois não vai demorar para começarem à manipularem. 

•••

Os portões se abriram para que eu pudesse sair. Meu Audi R8 preto, que havia ganhado quando fiz dezoito anos, ainda se encontrava intacto na garagem. Então, decidi que era hora de um passeio. Meus cabelos ainda estavam molhados por causa do banho. Meu corpo leve, refrescado. O sol ardente batia contra as janelas do carro. 

As coisas no vilarejo ainda continuavam como eu me lembrava. Claro, que com algumas melhoras. Um grupo de garotas que vinham do colégio, deduzi por conta do uniforme, encarava meu carro com curiosidade e, então, fiz a gentiliza de buzinar e acenar para todas. Acontece que todos os membros da família eram como celebridades por aqui. Ridículo! 

Estacionei o carro em frente ao lugar combinado e assim, segui até a mesa onde encontrava-se o rapaz. Jeffy Haardy. Um dos meus melhores amigos desde o colegial. 

O rapaz, filho de um dos sócios das empresas da minha família, era meu melhor amigo desde que me conhecia por gente. Havíamos nos formado juntos no colégio, sempre havíamos sido grandes companheiros em partidas de futebol, em algumas noitadas, nas horas vagas. Apesar de eu ter ido embora, isso não afetou nossa amizade. Haardy e eu éramos completamente diferentes, apesar das nossas “folgas” ele era completamente dedicado ao trabalho, e assim como Caleb ele também estava numa universidade. Ele era o típico mauricinho popular e encantava todas as garotas com suas piadas que na verdade, não tinha graça nenhuma. 

— Ovelha negra de Holmes Chapel — gargalhou — Que bom te ver novamente. 

— Você e suas piadas horríveis — sorri — Ou melhor, perde o amigo, mas não perde a piada. 

— Não estraga o momento, Styles — Rolou os olhos. — Fico feliz que você tenha voltado.

— Aproveite porque é por pouco tempo. — Falei enquanto bebia um pouco da cerveja que ele havia pedido. 

— E qual foi o motivo que lhe fez voltar? 

— Uma garota. – Respondi — Antes que você pense besteira, ela é minha “prima” — sussurrei a última parte. 

— Prima? PRIMA? 

— Seu idiota! — Grunhi — Se fosse para todo mundo saber eu não teria sussurrado, não é? 

— Ok, desculpa. — Acalmou-se — Agora me conta que prima é essa. 

— Uma longa história meu caro amigo — E assim, contei detalhe por detalhe — Esse é o motivo da minha volta. 

— Caramba! – Tomou o gole da bebida — Ao menos ela é gata? 

— Será que dá para você ser ou tentar ser sério — protestei, lhe lançando um sorriso — E sim, ela é bonita. 

— Ela deveria ter aparecido antes — O encarei confuso – Agora eu estou namorando. 

— Sério? Quem é a corajosa? — Gargalhei. 

— Celine Turner — falou orgulhoso 

— Mentira! — O encarei — Você pegou a ruivinha desengonçada do segundo ano? 

— Desengonçada? Meu amigo, o tempo só fez bem para ela. Afinal, ela está uma gata. — Sorriu abertamente, mostrando o quão orgulhoso estava. 

•••

Encarava o terno que estava perfeitamente passado em cima da minha cama. A toalha ainda presa envolta da cintura e os cabelos molhados, indicavam que eu havia acabado de sair do banho. Tinha apenas quinze minutos para terminar de me arrumar e ainda me encontrava daquele jeito decidindo se colocaria aquele maldito terno ou iria desleixado, para simplesmente ter o prazer de humilhar minha família publicamente. Era uma oportunidade brilhante, porém os mais velhos não mereciam aquilo tudo. Se fosse somente por Melissa e Robert eu iria com qualquer roupa.

Coloquei o maldito terno e terminei de pentear meus cabelos. Ou melhor dizendo, só o sequei e ficou de qualquer jeito. Terminei de passar perfume e olhei-me no espelho. “Perfeito como sempre”, pensei. 

•••

— Podemos ir? — Perguntou a loira 

— Óbvio que não — respondeu a mais velha — Só iremos sair daqui quando todos, TODOS os membros da família estiverem prontos. 

Acontece que todos já estavam prontos na grande sala. Esperando somente a minha presença. Os homens com ternos, enquanto as mulheres vestiam algum vestido. Inclusive Laecy, que estava maravilhosa num vestido discreto e com uma trança de penteado. 

— Essa demora toda para ir como um mendigo — Caleb sussurrou para a garota que estava ao seu lado. 

— Podemos ir — falei enquanto descia as escadas — Desculpem o atrasado. 

Falei olhando diretamente para senhora. Melissa me analisava de cima a baixo. Seu semblante era de surpresa. Talvez, ela realmente achasse que eu iria aparecer que nem um mendigo como normalmente fazia para irritá-la. Só que hoje, eu era a imagem completa de um cavalheiro. Ao menos por fora. 

A garota que estava ao lado de Caleb, riu disfarçadamente. Aquela era uma reação contrária do que esperava. 

•••

Dimitri, o motorista, já havia estacionado a limusine, onde todos nós nos encontrávamos, em frente à igreja. Grande parte da população da cidade estaria ali e até já poderia ver maior parte dentro da igreja e outras conversando no lado de fora. Crianças, idosos, adolescentes. 

Quando o carro parou, eu saí do veículo às pressas e encarei algumas pessoas que me olhavam. Não queria sair junto com os outros e muito menos queria andar na tropa dos “privilegiados”. Passei pelas pessoas indo diretamente para dentro da igreja. 

Os olhares levantaram-se para mim enquanto eu caminhava para o lugar especialmente separado para nossa família e amigos. Onde Jeffy já permanecia sentado com sua família e a ruiva que provavelmente, era Celine. As garotas me olhavam com certo desejo e isso era até engraçado. Os meninos me olhavam com raiva provavelmente por suas namoradas sussurrarem a todo o momento sobre mim. 

Cumprimentei alguns amigos e tratei de sentar logo ao lado de Jeffy, enquanto os meus outros familiares sentavam-se nos seus devidos lugares. Laecy olhava tudo atentamente provavelmente estranhando a forma de sermos tratados como “celebridade” naquele lugar. As pessoas também a olhavam com curiosidade para saber quem era aquela nova pessoa andando com nossa família. Algumas garotas a olhavam com desgosto provavelmente pensando que ela poderia ser namorada de Caleb já que o mesmo não desgrudava da menina.

 

 


Notas Finais


Qualquer duvidas
(http://ask.fm/GrupoDOW
http://ask.fm/MilenaKellen)
E espero que estejam gostando.


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