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História Amor Além do Tempo - Um Novo Começo - Visitantes


Escrita por: SamusAran

Notas do Autor


Notas do Autor
Olha só quem está mais sumida que a Rachel, mas resolveu reaparecer!

Eu não tenho nenhuma grande justificativa para o meu sumiço. Só acabei parando um pouco com algumas coisas, me ocupando com outras e isso acabou me fazendo ficar um pouco ausente.

Mas esse tempo acabou. Hehe! Voltei com um capítulo e, em breve, vem outro. Se tudo der certo, finalmente a nova história que eu já deveria ter começado a escrever.

Enfim, fiquem com o Chasemarsh prometido, enquanto eu vou responder os comentários antigos.

P.s. Não desistam de mim.

Capítulo 4 - Visitantes


Fanfic / Fanfiction Amor Além do Tempo - Um Novo Começo - Visitantes

 

Sentada no sofá de sua casa, Victoria dividia sua atenção silenciosa entre o trabalho que terminava no notebook e a observação de sua agora esposa, Kate Marsh, se deslocando de um lado para o outro carregando a pequena visitante da casa, a qual havia ficado sob os cuidados dela, enquanto tentava distraí-la com conversas sem muito sentido, expressões exageradas e brinquedos multicoloridos.

Depois de pouco tempo de observação e sem perceber que estava fazendo, Victoria fixou de vez sua atenção em Kate e tornou, para esta, uma tarefa muito fácil descobrir que estava sendo “vigiada”.

- O que foi, Tori? Tem alguma sujeira no meu rosto? - Kate brincou, aproveitando o momento em que finalmente acalmou o bebê para colocá-lo de volta no carrinho. 

- Não… claro que não…

Victoria respondeu e automaticamente se colocou numa posição defensiva, enquanto tentava disfarçar seu constrangimento por ter sido pega em flagrante e, ao mesmo tempo, elaborar uma justificativa para seu comportamento.

- Eu só me distraí imaginando se a Max e a Chloe vão demorar muito… - Victoria respondeu vagamente, evitando encarar Kate.

- Espero que sim. - Kate respondeu despreocupada, trazendo o carrinho para perto do sofá e depois sentando ao lado de Victoria. - Elas devem estar exaustas depois de 2 meses cuidando de uma recém nascida, ainda mais por serem mães de primeira viagem. É importante terem esses momentos de descanso.

- Claro… - Victoria respondeu com a atenção ainda fixa no bebê, que se movia levemente dentro do carrinho sempre que era distraída pelos objetos, movimentos e sons da sala.

- Além disso, essa é uma rara ocasião em que temos a oportunidade de passar algum tempo com essa coisinha fofa que infelizmente mora tão longe. - Kate acrescentou com um sorriso, voltando a se aproximar do carrinho.

- Eu só fico preocupada de ela precisar de alguma coisa e a Max e ou Chloe não estarem aqui… não sei… ela pode querer comer ou chorar por algum motivo. - Victoria voltou a falar, colocando o notebook de lado e fazendo Kate apenas rir do comentário.

- Tori, são apenas algumas horas e as duas obviamente deixaram tudo o que poderia ser necessário na ausência delas. Pode ficar tranquila.

Victoria apenas assentiu, pouco convencida das palavras de Kate, mas decidindo não insistir no assunto. Assim, ela apenas procurou uma revista qualquer para folhear e disfarçar sua atenção contínua nas outras duas ocupantes da casa, sem ser descoberta novamente.

Entretanto, ao contrário do que imaginava, ela não era nada boa em disfarçar suas ações e, por isso, logo voltou a ser flagrada por uma Kate risonha que, mais uma vez, segurava o bebê nos braços quando voltou a se dirigir a si.

- Você quer segurar ela?

A reação de Victoria foi imediata e cômica para Kate, já que ela simplesmente arregalou os olhos ao mesmo tempo em que a cor sumiu de seu rosto, a deixando momentaneamente sem ação. E, no instante em que a loira recobrou a fala, negou mais veementemente que o necessário a oferta inofensiva da outra garota.

- Não! Não… claro que não… - Victoria disse, largando a revista de lado e recuando alguns centímetros instintivamente.

- Meu deus, Tori! Ela é um bebê, não um animal selvagem… - Kate rebateu rindo - Ela não vai te morder… até porque nem sequer tem dentes… pode ficar tranquila.

- Muito engraçado, Kate. Eu nunca notaria a diferença… - Victoria ironizou, voltando a relaxar no sofá e se preparando para explicar o motivo de sua reação exagerada. - Eu não sei… não sei segurar direito. Eu nunca fiz isso. Posso acabar derrubando ela ou algo do tipo…

- Bobagem… - Kate desdenhou, se aproximando de Victoria com o bebê - Faz tipo uma redinha com os braços…

- Kate, eu não acho…

- Vai logo, Tori.

Kate interrompeu antes que Victoria pudesse concluir a frase e esta se viu obrigada a ceder, fazendo exatamente o que lhe foi indicado e, em seguida, recebendo o bebê em seus braços ainda desacostumados com a novidade.

- Viu? Seus braços nem descolaram. - Kate brincou, beijando o rosto de Victoria, que começava a se sentir mais confortável em sua nova posição. - Acho que ela gostou de você.

- Você acha…? - Victoria deixou escapar, sem noção de suas próprias palavras, enquanto observava Ellie fazer caras e bocas e mexer um dos braços em sua direção.

- Se eu amo, por que ela não gostaria? - Kate respondeu simplesmente notando Victoria corar e tentar disfarçar o próprio estado evitando encará-la. 

E, antes que Victoria tentasse mudar de assunto para superar seu notável constrangimento, o telefone tocou, poupando o esforço dela.

Tão logo Kate saiu da sala para atender a chamada, a pequena Ellie, parecendo incomodada pelo barulho que ele causara, começou a se mexer insistentemente nos braços de uma Victoria preocupada e reclamar da única forma que sabia: chorando.

- Não… não… que droga… - Victoria praguejou baixo, enquanto tentava acalmar a garota e, ao mesmo tempo, procurar Kate com o olhar, numa tentativa desesperada por obter ajuda.

Depois de cansar de esperar pela esposa, Victoria decidiu se virar por conta própria. Assim, ela respirou fundo, tentando recobrar a calma e não se alarmar com o choro intermitente e cada vez mais alto de Ellie, para pensar em alternativas para resolver a situação. 

Primeiro, ela tentou conversar com o bebê, em seguida arriscou distraí-la com variados brinquedos e, por fim, buscou replicar as caras e bocas que assistiu Kate usar como ferramentas de distração mais cedo. Entretanto, parecia que nada que ela fizesse seria suficiente para acalmar Ellie.

Seu plano final, que surgiu quando já estava prestes a entrar em pânico, veio assim que visualizou uma pequena chupeta jogada dentro do carrinho e, livrando parcialmente uma das mãos, ela pegou o objeto e, após sucessivas tentativas, conseguiu levar diminuta figura em seus braços a aceitá-lo, finalmente cessando seu choro.

Victoria não pôde, nem quis conter o sorriso orgulhoso que surgiu em seu rosto logo que constatou o próprio sucesso e o sorriso se transformou numa expressão surpresa quando ela notou que Kate já tinha retornado à sala e segurava uma câmera em suas mãos, numa postura que deixava claro que havia acabado de tirar uma foto.

- O que você pensa que tá fazendo? - Victoria questionou em tom crítico, franzindo o cenho.

- Tirando foto da minha esposa sorrindo, enquanto cuida de um bebê. - Kate falou calmamente, enquanto voltava a se sentar no sofá ao lado de uma Victoria ainda descontente com o seu momento paparazzi. - Não se preocupe. Eu não vou postar. Eu nunca deixaria o resto do mundo saber o quanto você pode ser fofa. A foto é só para minha apreciação pessoal. Sua reputação está a salvo.

Victoria apenas balançou a cabeça, voltando de novo a atenção para o bebê.

- E parece que você soube lidar bem com o breve momento de crise que aconteceu na minha ausência. 

- Você ouviu ela chorando e não veio me ajudar? - Kate apenas sorriu, enquanto também focava a atenção em Ellie, fazendo pouco caso da reclamação de Victoria - Isso é traição, Kate.

- Longe disso… a verdade é que eu confio no seu potencial. E, pelo visto, eu tinha razão em confiar.

- Sim… claro… - Victoria disse, desconcertada com a declaração, mas mantendo o tom de ironia em sua fala por não querer dar o braço a torcer. - Quem era no telefone?

- Da galeria. Eu disse que você estava numa reunião e que, por isso, não podia atender.

- Agora você mente também? Aposto que Jesus não vai gostar de saber disso… - Victoria continuou com suas ironias, fazendo Kate rir.

- Não é mentira. Você está numa reunião comigo e com ela. - Kate a corrigiu, sem perder o senso de humor - Além disso, hoje é sua folga. Eles podem se virar por um dia ou pelo menos segurar as pontas até amanhã.

- Mas eu…

- Eu não vou discutir isso com você, Tori.

- Tá bom, tá bom… mas só porque temos visita e seria rude sair e deixar você sozinha com ela.

Foi a vez de Kate revirar os olhos ao ouvir a resposta, mas qualquer coisa que ela estivesse prestes a dizer foi interrompida, agora pela campainha da porta.

Com isso, ela se levantou sem fazer anúncio e se dirigiu até a entrada da casa para atender a porta e dar de cara com as duas visitantes que já haviam aparecido mais cedo naquele mesmo dia.

- E cá estamos de volta. - Chloe anunciou, entrando na casa tão logo Kate lhe deu passagem, sendo seguida de perto por Max - Meu deus, Kate! Nós deixamos nossa filha única sob seus cuidados e, quando voltamos, nos deparamos com ela em perigo iminente.

A brincadeira claramente direcionada à Victoria não foi bem recebida por ela e a motivou a dar uma resposta imediata e irritada.

- Vai se foder, Chloe! 

- Tori, não fale palavrão na frente da Ellie. - Kate a repreendeu com a mesma rapidez.

- Mas ela nem sequer entende isso ainda. - A única resposta de Kate àquela declaração foi manter o olhar crítico fixo em Victoria, que logo deu o braço a torcer em meio a um suspiro e recuou. - Desculpa. Vou tentar evitar. 

- Obrigada!

Kate disse, dando o assunto por encerrado, enquanto Chloe se aproximava de Victoria para recuperar Ellie e se sentar numa das poltronas vagas.

- Ainda bem que são os genes da Max e não os seus nessa criança. Eu não ia aguentar um clone seu me infernizando também.

- Na verdade, ainda não sabemos. - Chloe respondeu, sem conter o riso e sem dar muita atenção à clara provocação de Victoria, já que seu foco agora estava voltado para a própria filha. - Os óvulos das duas foram fertilizados pra que fosse decidido na sorte. Além disso, com genes ou não, nunca subestime meu poder de influência. Aposto que a Ellie vai estar te chamando de tia Vic assim que conseguir pronunciar as primeiras palavras. - Chloe acrescentou em tom de deboche e, sem esperar a reação de Victoria, continuou sua fala, como se conversasse com o bebê - Eu não tô certa, filha? Não tô? Claro que tô.

- Espero que ela não tenha dado muito trabalho a vocês. - Max fez sua primeira participação no debate, tentando mudar o teor do assunto.

- Que nada! Ela é um anjinho. Só chorou um pouco quando ouviu o barulho do telefone, mas a Tori a acalmou rapidinho. - Kate aproveitou a deixa para elogiar a esposa e trazê-la de volta para a conversa - E quanto ao passeio de vocês? Correu tudo bem?

- O almoço foi ótimo e nós meio que dormimos no cinema durante boa parte do filme. Então, pode-se dizer que saiu melhor do que o planejado. - Max explicou, sentando ao lado de Chloe, no braço da poltrona - A Ellie meio que gosta de trocar o dia pela noite e isso significa que nossas horas de sono andam muito limitadas.

- Eu posso imaginar… eu costumava ajudar meus pais com a Lynn quando ela era bebê…

- Cara… vocês deveriam ter um também… - Chloe sugeriu empolgada, interrompendo as duas - seria bem legal a gente ter filhos quase da mesma idade… eles poderiam ser grandes amigos no futuro.

A sugestão despretensiosa de Chloe pegou todas de surpresa, tornando a sala tão quieta que era possível ouvir até os mais sutis ruídos do ambiente.

- Pelo silêncio constrangedor, eu devo ter falado algo que não devia… desculpa, gente. Vamos fingir que nada aconteceu e mudar de assunto.

- Tudo bem, Chloe… é só que nós nunca conversamos a respeito disso… nada demais. - Kate falou tentando contornar o clima estranho.

- Bom… de qualquer forma, é melhor eu esperar até vocês conversarem pra voltar ao assunto. - Chloe brincou numa tímida tentativa de suavizar a situação - Mas eu posso garantir que, mesmo com todo o trabalho envolvido e com toda a responsabilidade, é uma sensação incrível ter uma versão miniatura da gente ao nosso lado.

- E, como vocês devem ter notado, a Chloe virou uma bomba de emotividade depois que se tornou mãe. Acho que ela carrega as fotos da Ellie por aí só pra ficar exibindo pra qualquer pessoa que puxe assunto com ela. - Max devolveu, beijando o rosto da garota que permanecia com uma expressão contemplativa, a fazendo sorrir - Mas vamos ter que continuar essa conversa depois. Precisamos voltar pra casa, antes que meus pais comecem a reclamar que não paramos lá desde que chegamos.

- Todo mundo quer um tempinho com você, né, filhota? - Chloe falou, se dirigindo ao bebê, enquanto se levantava do sofá para colocá-lo no carrinho. - Eu e sua mãe somos notícia velha. Agora todas as atenções são pra você. Tomara que isso não te deixe convencida.

Max riu, enquanto replicava os passos da punk e se despedia de Victoria e Kate, que as seguiram em direção à saída.

- É isso, gente. Nos vemos mais tarde pro jantar. - Max falou enquanto trocavam os últimos cumprimentos.

- Vai ser às 20h. Não se atrasem. - Kate acrescentou quando se separaram e logo Victoria e ela estavam sozinhas na casa silenciosa novamente.

Tão logo Max e Chloe sumiram de vista e elas fecharam a porta, Kate caminhou até a estante, pegando um dos livros arrumados nela e ignorando deliberadamente o olhar questionador que Victoria lhe direcionou durante toda a ação. Entretanto, foi impossível para ela continuar com seu plano, já que Victoria logo se aproximou, a fazendo baixar o livro à contragosto para encará-la.

- Você está ignorando o elefante na sala. Eu não gosto disso.

- Elefante? Tá mais pra um gatinho agitado. - Kate respondeu, bem humorada, tentando fazer Victoria relaxar sem sucesso, já que a loira continuava com um olhar acusador fixo nela, decidida a ser levada a sério.

- Por que nós nunca conversamos sobre filhos?

- Porque você não gosta de crianças.

- O que…? Então a culpa é minha agora? - Uma Victoria descontente insistiu com uma Kate que buscava apaziguar a situação.

- Não é culpa de ninguém, Tori. Tem coisas que simplesmente acontecem. - Kate devolveu no mesmo tom ameno, se levantando do sofá e andando em direção à cozinha.

Victoria a seguiu de perto, decidida a ir até o fim naquela discussão, tomando a frente e ficando no caminho de braços cruzados, impedindo que Kate prosseguisse.

- E você vai dizer que nunca considerou a hipótese? Quer dizer, antes de nos tornarmos um casal? - Kate se manteve em silêncio, como se considerasse minuciosamente as palavras que diria, mas Victoria não estava disposta a lhe dar tempo para escapar - Não minta pra mim, Kate.

- Eu não minto pra você. - Kate se defendeu, ligeiramente ofendida pelo comentário - Claro que eu já pensei a respeito, mas acabei deixando de lado com o tempo.

- Outra coisa de que você abriu mão pra ficar comigo, ótimo! - Victoria falou sarcasticamente, ainda mais incomodada com a situação.

- Meu deus, Tori, você tá fazendo tempestade por uma besteira. Eu não abri mão de nada. - Kate rebateu, elevando a voz em dois tons - Nós somos praticamente recém casadas e eu só deixei uma conversa, que não corresponde a uma vontade imediata minha ou a um pensamento recorrente, para depois.  Só isso.

- Pois vamos ter essa conversa agora. Você quer ter filhos ou não? - Kate simplesmente suspirou, fechando os olhos e afastando o cabelo do rosto, tentando não perder a paciência. - É uma pergunta simples, Kate. Sim ou não?

- Não é uma pergunta simples. Você não perguntou meu sabor favorito de sorvete, mas sim se eu quero ser responsável pela criação de outro ser humano… e ainda tem meus pais… eu nem sei como eles iriam receb…

- Kate, eu gosto muito do seu pai e aprendi a respeitar sua mãe com o tempo, mas eu não tô nem aí para a opinião deles. É nossa vida. Eles vão ter que conviver com isso e, se não gostarem, paciência. Uma hora acostumam. - Kate assentiu, vencida pela argumentação de Victoria, mas ainda permanecendo em silêncio - Então, vou perguntar de novo, você quer ou não ter filhos?

- Eu quero… mas só se você quiser também. Não faria sentido nenhum isso acontecer só por minha causa. Tem que ser algo que nós duas queremos. 

- E se eu disser que quero…?

- Tori…

- É sério. Quer dizer, eu geralmente não gosto de crianças, mas eu gostei da Ellie e, sem dúvida, gostaria de uma que fosse nossa. - Victoria respondeu, enquanto imaginava a hipótese.

- Você ainda vai gostar se tiver que trocar fralda ou precisar acordar de madrugada quando ela estiver com cólica? Imagine ela vomitando em você…

- Sim… eu posso me adaptar a isso… - Victoria respondeu sem conseguir disfarçar uma leve expressão de nojo, fazendo Kate rir - Essa não é nem de longe minha maior preocupação…

- E qual seria, então?

- Eu ferrar com a cabeça dela do mesmo jeito que meus pais fizeram com a minha. - Ela confessou sem jeito, com um olhar preocupado. - Não que eles sejam culpados de todas as merdas que já fiz na vida… claro que não são. Eu só não sei se sou a pessoa mais indicada pra educar uma criança.

- Ninguém ferrou com sua cabeça. Você é uma pessoa maravilhosa, que tem alguns defeitos como qualquer outra, mas todos temos. - Kate tentou argumentar, se aproximando e segurando as duas mãos dela numa tentativa de confortá-la - Eu sei que você seria ótima nisso e em qualquer outra coisa que se propusesse a fazer.

- Sua opinião não conta porque você me ama.

Victoria brincou, respondendo à aproximação de Kate com sua própria, a envolvendo num abraço frouxo de modo a continuar a encarando.

- Pelo contrário. Minha opinião é a única que conta exatamente por esse motivo. - Kate devolveu sorridente, satisfeita por ter contornado a discussão - E foram muitos anos pra eu conseguir te convencer totalmente disso.

- Então, isso significa que você está pronta pra tentar me convencer de que eu posso ser uma boa mãe…? 

- Claro, mas só se você quiser isso de verdade e não apenas por minha causa. - Kate respondeu, a beijando no rosto ao final.

- Eu quero isso de verdade… sendo totalmente sincera, eu nem sabia que queria, mas agora que parei pra pensar, a resposta é sim.

- Se é assim, então precisaremos ter uma conversa ainda mais longa sobre o assunto.

Antes que Victoria pudesse responder de novo, o telefone voltou a interrompê-las e, dessa vez, foi ela a ir atender, tomando a frente de Kate, antes que esta se dispusesse a fazê-lo.

- Sim… é ela… é, eu sei… minha esposa passou o recado… - Victoria explicou, trocando um olhar rápido com Kate, a tempo de notar a expressão irritada que se moldou no rosto dela apenas por imaginar o que viria a seguir.

A garota menor já supunha que, como acontecera em várias ocasiões anteriores àquela, fosse acabar sozinha em casa em pleno domingo, enquanto Victoria saía às pressas para resolver algum problema do trabalho. Por isso, sua surpresa foi enorme quando a loira não só disse que não poderia ir, como completou especificando que não ligassem mais para ela durante as folgas, encerrando a chamada pouco depois.

Kate abriu um sorriso e se lançou nos braços de Victoria, tendo a ação replicada por esta no mesmo instante.

- Obrigada. - Kate falou com a voz abafada pelo contato com a outra garota.

- Bom, nós temos uma conversa enorme pela frente e só 3 horas até o jantar com a Max e a Chloe. - Victoria começou a se explicar sem desfazer o abraço. - Além disso, se vamos levar mesmo essa ideia adiante, eu preciso ter mais tempo livre pra passar com nosso futuro filho ou filha.

- Então, você quer mesmo isso?

Kate questionou, a encarando com o cenho franzido, ainda desconfiada, mas recebendo um sorriso e um longo beijo em resposta que foram mais do que suficientes para finalmente convencê-la, tornando a frase que veio a seguir meramente protocolar.

- Quero. Vamos ter um bebê.


Notas Finais


É muita coisa pra postar SOCORRRRR!!!


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