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História Amor Além do Tempo - Um Novo Começo - Atraso


Escrita por: SamusAran

Notas do Autor


Oi gente,

Eu sei que demorei pra reaparecer, mas esse é um capítulo de verdade e o nome "Atraso" é pura coincidência. XD

A demora aconteceu mais porque inverti a ordem de postagem das duas fics e essa aqui acabou demorando mais que o normal pra sair.

Espero que vocês não fiquem confusos porque esse capítulo se passa muitos anos antes do anterior. É bom lembrar que, mesmo que os capítulos tenham ligação, seguem sendo oneshots, o que significa que não vão seguir uma cronologia.

O próximo deve ser Chasemarsh pra alegria geral de quem me cobra.

Boa leitura! :)

Capítulo 8 - Atraso


Fanfic / Fanfiction Amor Além do Tempo - Um Novo Começo - Atraso

Os atrasos de Chloe eram um mau hábito que havia se tornado quase uma tradição com o passar do tempo, tamanha a frequência com que se repetiam. Chegando ao ponto de Max esperar, no mínimo, meia hora até começar a se incomodar com uma demora dela em se fazer presente em compromissos marcados entre as duas, quando partiam de locais diferentes.

E, naquela sexta feira, não foi exceção. A fotógrafa havia confirmado o encontro com a esposa ainda de manhã, no intervalo entre uma sessão e outra de fotografias. O motivo: uma novidade que ela precisava contar, mas que só poderia ser revelada pessoalmente.   

Assim, ela se ocupou de todos os detalhes, desde a escolha do restaurante até as reservas num horário ideal para as duas. Deixando para Chloe apenas a missão de chegar na hora marcada, o que passou muito longe de acontecer.  

Depois da meia hora de margem, sentada sozinha à mesa, tendo pedido apenas um copo d’água, a nerd checou o celular em busca de algum sinal sobre o paradeiro de Chloe ou mesmo um aviso de que ela iria se atrasar, seguido de um pedido de desculpas. Mas não havia nada.

Depois de mais de 1h30 de atraso, já irritada com Chloe e incomodada com os olhares questionadores que recebia dos outros clientes do restaurante, que a observavam de canto de olho, provavelmente, imaginando que havia sido vítima de um cano, Max sacou o celular para tentar contato com a esposa, se preparando para dizer poucas e boas para ela antes mesmo que chegasse. 

Para a frustração da nerd, Chloe não atendeu nenhuma das ligações ou mesmo respondeu suas mensagens posteriores e foi nesse momento que ela desistiu de esperar.

A fotógrafa pediu a conta, já ensaiando mentalmente o que diria quando chegasse em casa e Chloe aparecesse tentando justificar o próprio sumiço, mas daquela vez não seria tão fácil, já que Max estava decidida a não ceder.

Com isso em mente, Max esperou o táxi de pé na entrada do restaurante, já que estava ansiosa demais para conseguir permanecer sentada na área interna. E, justo no momento em que estava na iminência de ir embora, seu celular finalmente resolveu tocar, a fazendo sacá-lo da bolsa no mesmo instante e se deparar com um número desconhecido iluminando o visor.

- Maxine C. Price? - Uma voz feminina perguntou do outro lado da linha logo que Max aceitou a chamada.

- Sim. Sou eu mesma. No que posso ajudar? - Ela respondeu à pergunta da estranha, sentindo um calafrio antes mesmo de descobrir quem era a mulher e o que ela queria.

- Eu suponho que a senhorita tenha algum parentesco com Chloe Elizabeth C. Price… - A menção do nome da punk, sem maiores explicações, acrescentou uma pontada no coração aos já pré existentes calafrios de Max.

- Sim… Ela é minha esposa… o que aconteceu? - Max perguntou, sem perder tempo em tentar parecer educada, já que a aquela ligação tinha começado a deixá-la verdadeiramente preocupada.

A mulher pareceu vacilar por um momento, ficando em silêncio, como se tivesse dificuldades em enunciar sua próxima fase, mas ela finalmente veio quando a fotógrafa já estava perdendo a paciência.

- Eu lamento informar, mas sua esposa sofreu um acidente de automóvel e está internada agora. Seria ideal a senhora ter algo pra anotar o endereço do hospital que vou lhe passar agora.

As outras informações posteriores àquela foram apenas um som distante que a fotógrafa nem sabia direito como tinha conseguido gravar na memória para poder chegar ao endereço. Ela não sabia nem ao menos como tinha conseguido se fazer entender pelo motorista do táxi e, principalmente, como não sucumbiu à crise de pânico que começou a se instalar em seu corpo e criar uma enorme dificuldade para que resistisse e não surtasse completamente.

Tudo o que dominava os pensamentos de Max naquele momento era a certeza de que estava acontecendo de novo. Chloe devia estar morrendo e, dessa vez, ela não poderia fazer nada para impedir, já que seus poderes não existiam mais.

A fotógrafa desceu do carro, se sentindo sufocada, sem conseguir respirar direito e com o estômago embrulhado, mesmo sem ter comido nada, mas, de alguma forma, segurando o ímpeto desesperador de chorar, que a invadiu desde o instante em que recebeu a notícia.

Max resistiu a desmoronar quando pediu informações à recepcionista, também depois, ao esperar pacientemente uma autorização para ter acesso ao quarto onde a punk estava e por todo o caminho que descreveu pelo hospital até finalmente poder ficar na presença dela.

E só quando entrou no quarto e enxergou Chloe de longe, deitada numa cama, com algumas escoriações distribuídas pelas partes visíveis de seu corpo e um curativo maior na testa, mas, para seu alívio, consciente, foi que a fotógrafa permitiu que todas as emoções que vinha contendo até aquele momento transbordassem. Então, Max correu em direção à punk e a abraçou o mais apertado que pôde, encharcando o ombro dela com suas lágrimas.

- Eu pensei que… - Foi tudo o que Max conseguiu falar entre soluços e com a voz abafada pela posição em que se encontrava, mas Chloe não precisava de muito mais informações para entender ao que ela se referia.

- Eu sei, mas tá tudo bem. Foi só um susto. Não foi nada demais. - Chloe tentou acalmar a nerd, que se mantinha agarrada a ela como se sua vida dependesse disso.

- Como isso aconteceu?

- Um idiota avançou o sinal vermelho e eu não consegui desviar a tempo. 

Chloe contou, sem dar nenhum detalhe do acidente e, antes que Max pudesse tentar se aprofundar no assunto, o diálogo foi encerrado pela chegada de uma médica, que anunciou sua presença com duas batidas de leve na porta. 

- Desculpem interromper. - Ela falou se aproximando da cama, enquanto Max enxugava as lágrimas e se acomodava na beirada - Eu sei que vocês provavelmente devem ter muito pra conversar depois do que aconteceu, mas preciso conversar com você para dar algumas advertências antes de liberar a Chloe, Maxine.

- Tem alguma coisa errada com ela? - Max perguntou preocupada.

- Felizmente a Chloe deu muita sorte e, apesar do capotamento do carro, sofreu poucas lesões e nenhuma grave. - Max arregalou os olhos ao ouvir a palavra “capotamento”, os direcionando imediatamente para Chloe, que murchou na cama após a revelação da médica - Ainda assim, ela vai precisar voltar aqui para fazer novos exames, já que ficou um tempo inconsciente e teve uma leve concussão.

Max ficou pálida ao ouvir o complemento da informação que já era perturbadora por si só, agora fuzilando Chloe com o olhar, enquanto esta ensaiava um pedido de desculpas silencioso, encolhendo os ombros e exibindo um sorriso amarelo.

- Mesmo assim ela pode ir pra casa? Não tem nenhum perigo? - Max perguntou, ao voltar a encarar a médica, deixando a discussão com Chloe para depois.

- Não. Ela vai ficar bem. Só precisa de repouso e de alguns analgésicos, que vou prescrever pra aliviar possíveis dores advindas da pancada na cabeça. - A mulher explicou, enquanto checava a ficha em sua mão. - Se acontecer algo fora do comum, me liguem na mesma hora.

- Pode ter certeza que vou ligar. E obrigada. - Max respondeu, se levantando da cama para cumprimentar a médica e, em seguida, partindo para resolver os últimos detalhes da liberação de Chloe, sem trocar nenhuma outra palavra com ela.

__________________________

Todo o caminho de volta foi feito no mais completo silêncio, já que Max não queria discutir na frente de um estranho e Chloe não estava minimamente interessada em instigá-la e, consequentemente, começar uma briga.

Por isso, logo que chegaram em casa, Chloe decidiu tomar o caminho rumo ao quarto para selecionar roupas limpas e depois ir ao banheiro tomar banho, adiando o máximo possível a conversa inevitável que teria com Max.

Quando Chloe já terminava de trocar de roupa do lado de fora do box, batidas na porta, seguidas de um pedido para entrar no banheiro a deixaram em alerta. Apesar disso, ela tentou continuar agindo normalmente, respondendo que “sim” num tom de voz ameno e mantendo uma expressão serena quando Max entrou no cômodo.

Depois de uma olhada rápida e cautelosa, Chloe pôde perceber que Max já tinha trocado suas roupas por outras de dormir e também não escapou à percepção da punk, que a camisa excessivamente grande que a nerd vestia, que cobria até metade das coxas e deixava parte do ombro dela à mostra, na verdade pertencia a si. 

Chloe esboçou um sorriso com o pensamento de que aquilo só poderia ser um bom sinal e se sentindo mais confiante em uma resolução tranquila do desentendimento entre as duas.

- Eu já tô quase terminando. Se você precisar usar o banheiro, fique à vontade. - Chloe comentou casualmente, tentando iniciar uma conversa amistosa.

- Não. Eu só vim trocar seu curativo. - Max explicou rapidamente, sem encará-la. Depois foi até o armário pegar o material necessário para a tarefa.

- Não acho que vai ser preciso. Eu me certifiquei de não molhar ele no banho e ainda tá muito recente, então…

- Não importa. Senta aí no vaso. - Max cortou a frase de Chloe pela metade e a confiança dela de antes foi imediatamente para o espaço.

Assim, a punk resolveu ceder sem tentar argumentar, esperando pacientemente que uma Max silenciosa realizasse a tarefa que designou a si mesma.

Rapidamente, Max removeu o curativo antigo e começou a analisar o ferimento pausadamente antes de começar a preparar e colocar o novo meticulosamente no lugar. Alguns minutos depois, ele já estava pronto, mas mesmo assim ela permaneceu observando o local até finalmente voltar a falar.

- Tá doendo? - Ela perguntou enquanto passava o dedo delicadamente na área de tom diferente ao redor do curativo.

- Não. -  Chloe disse de imediato, sem esboçar nenhuma reação ao toque.

Mas a resposta não foi nada convincente e motivou a nerd a aumentar a pressão de seu dedo no local e, consequentemente, causar na punk uma careta de dor e um recuo quase involuntário.

- Ok. Tá doendo um pouco.

Foi o suficiente para fazer Max parar, dar as costas sem dizer mais nada e ir organizar as coisas de volta no armário da pia.

- Você tá sentindo tontura, enjôo ou qualquer outro mal estar? - Ela perguntou, ainda de costas para Chloe.

- Não.

- Será que você poderia parar de mentir pra mim um minuto? - Max pediu numa voz frágil, que atingiu Chloe em cheio e a fez se defender na mesma hora.

- Eu não tô mentindo.

- Do mesmo jeito que você não mentiu no hospital? - Max questionou, se voltando de novo para encarar a punk e permitindo que esta percebesse que ela havia voltado a chorar. - “Não foi nada demais. Foi só um susto”.

- Eu não menti. - Chloe se defendeu de novo, levantando e indo até ela - Você tava muito nervosa e eu não quis te assustar ainda mais, mas eu ia contar tudo quando você estivesse mais calma. Desculpa, se pareceu o contrário.

Chloe continuou a avançar cautelosamente, arriscando dar mais alguns passos em direção à Max até ficar próxima o suficiente e poder tocar os ombros dela com as duas mãos.

- E eu tô bem sim. Você ouviu da boca da médica. - A punk garantiu, extinguindo a distância entre as duas quase por completo e repousando a testa na dela. - Eu só preciso de repouso, alguns analgésicos e muito amor nerd.

Max sorriu pela primeira vez depois de toda aquela sucessão de acontecimentos, suspirando profundamente e correspondendo o abraço da punk em seguida.

- Eu não lembro de ela ter dito essa última parte.

- Pois deveria, já que é a mais importante.

Chloe brincou, aproveitando a abertura recebida para beijar o nariz da fotógrafa e, após ser agraciada com um novo sorriso convidativo, trocar o alvo anterior pela boca dela.

O beijo foi calmo, mas não durou muito tempo. Seu final foi súbito e deixou Max surpresa devido ao afastamento inesperado de Chloe. Entretanto, a fotógrafa não precisou perguntar para ter sua curiosidade sanada.

- Não sei se é seu poder sobre mim ou o acidente, mas eu acabei de ter uma leve tontura. - Chloe brincou ao explicar a parada súbita. - Mas também pode ser porque não como nada desde as 16h e já são quase 23h.

- Melhor você ir se deitar. Eu peço uma pizza e comemos no quarto.

Max sugeriu, preocupada, e Chloe foi rápida em acatar a proposta, segurando a mão da nerd, entrelaçando seus dedos e a conduzindo até a saída do banheiro, aliviada com o final pacífico que a conversa tinha tomado.

__________________________

Se levantando do colo de Max apenas para se servir de mais uma fatia da pizza, Chloe logo voltou a se deitar com o alimento já em mãos, aplicando toda uma engenharia para dar uma mordida generosa nele, sem derrubar nada na cama.

A nerd, por outro lado, assistia toda a cena em silêncio, afagando os cabelos da punk e, ao mesmo tempo, esperando o desastre anunciado acontecer. Entretanto, na terceira mordida, ela não conteve mais os pensamentos que se revezam em sua cabeça e que saíram de sua boca em tom de descrença.

- Você vai mesmo continuar comendo deitada?

- Eu tô repousando, ué! Recomendação médica. - A punk deu de ombros, respondendo com a boca cheia, sem se preocupar com boas maneiras e Max apenas balançou a cabeça, mal acreditando que ela havia dado aquela justificativa. - E, quanto a você, não vai comer nada? Eu já tô na terceira fatia e você tá aí só olhando.

- Não tô com fome…

- Tem certeza? Tá uma delicia. Sente o cheiro. - Chloe insistiu, desfilando o que sobrou de seu pedaço de pizza próximo do nariz da nerd, que apenas fez cara de nojo e afastou a mão dela o mais rápido que pôde.

- Claro que tenho. E você vai me fazer vomitar, se continuar enfiando isso na minha cara.

Max advertiu, enquanto Chloe dava novamente de ombros, enfiando na boca o que restou do pedaço que comia.

- Você só pode estar doente pra rejeitar pizza assim do nada. - A punk concluiu desconfiada - A gente devia ter aproveitado a visita ao hospital e te marcado uma consulta.

- Eu só tô sem apetite, mas minha saúde está em perfeitas condições. 

- Espero que sim… - Chloe falou agora deitada de modo a poder olhar para o rosto da nerd, enquanto esta continuava acariciando seus cabelos. - Pelo menos uma de nós tem que estar saudável pra cuidar da outra. - Ela acrescentou, recebendo um sorriso em resposta.

- Concordo. E, agora, tá na minha vez. Então, relaxa aí e esquece do resto.

Chloe concordou com um gesto silencioso e fechou os olhos por alguns minutos até começar a refletir e logo reabri-los para compartilhar com Max a pergunta que surgiu repentinamente entre seus pensamentos.

- Só uma última coisa antes de eu “esquecer o resto”. - Max assentiu e esperou que ela continuasse - Qual a novidade que você ia me contar no jantar? Você foi promovida? Nós somos ricas agora?

Max riu da pouca precisão de Chloe em elaborar suposições e, em seguida, negou com um gesto sutil.

- Eu não posso ser promovida porque sou autônoma. Esqueceu?

- Então você conseguiu fechar outra exposição numa daquelas galerias bem chiques e eu vou ser obrigada a alugar uma roupa de gente esnobe de novo pra te acompanhar. - Max riu mais ainda da segunda suposição feita com leve tom de desdém pela punk, mas negou de novo. - Quem sabe, você decidiu finalmente dar aulas de fotografia e vai ser minha colega de trabalho?

- Você tá péssima com os palpites hoje. Não tem nada ver com trabalho.

- Então eu desisto. Melhor você me contar de uma vez e deixar as adivinhações para um dia em que meu cérebro esteja totalmente funcional. 

Max assentiu, encarando a punk por alguns segundos e tentando imaginar a reação dela à novidade antes mesmo de contá-la. Entretanto, só ao notá-la começando a ficar impaciente, decidiu revelar. 

- Bom, eu ia deixar pra te contar outro dia, já que esse acabou se tornando um fracasso retumbante, mas acho que, contando hoje, pelo menos ele termina de uma forma positiva.

- Nenhum dia que termina com a gente juntas comendo pizza na cama pode ser considerado um fracasso, Maximus.  - Chloe brincou - Agora chega de suspense. Conta logo.

- Ok… - Max respondeu, fechando os olhos e respirando fundo, antes de reabri-los para voltar a encarar a expressão ansiosa de Chloe e solucionar o mistério com apenas três palavras. - Eu tô grávida.

Aquela opção provavelmente estava entre as últimas que Chloe cogitava para a revelação de Max, o que ela deixou bem claro através de sua reação chocada, que não a permitiu fazer nada mais que ficar boquiaberta e com os olhos arregalados fixos na nerd por vários minutos depois de ouvi-la. 

- O que…? Como…? - Chloe indagou, se levantando de supetão para ficar no mesmo nível que a fotógrafa, mas sem ter certeza de qual seria o questionamento ideal para a afirmação que acabara de ouvir. - Nós fizemos o teste há duas semanas e deu negativo...

- É, mas minha menstruação atrasou e tive alguns outros sintomas. - Max explicou, olhando de esguelha para a pizza, cuja simples visão já lhe causava enjôo. - Daí decidi testar hoje de novo pra ter certeza e aqui estamos...

- Ah meu deus! - Chloe deixou escapar, levando uma das mãos à boca, com uma expressão mais chocada que a inicial, quando a ficha finalmente caiu. - Nós vamos ter um filho… um filho de verdade. Vamos virar adultas.

Max só conseguiu rir do comentário e da subsequente aproximação súbita de Chloe para fechá-la num abraço apertado.

- Não sei você, mas da última vez que chequei, já éramos adultas.

- É, eu sei. Mas me refiro a ser responsáveis pela vida de outra pessoa. Jesus Cristo! É pra se pensar… será que a gente dá conta? - Chloe questionou, ao se afastar parcialmente de Max, levando uma das mãos à testa, enquanto sua mente viajava entre milhões de pensamentos - Precisamos ligar pros nossos pais. 

- Claro que a gente dá conta. - Max assegurou confiante - Já esqueceu de todas as conversas que tivemos sobre o assunto, antes mesmo de decidirmos tentar?

- Claro que não… mas uma coisa é planejar e querer um bebê e outra é “puta merda! ele vai chegar em alguns meses… o que a gente faz?”.

Max gargalhou ao acompanhar a reação alarmada de Chloe e, no momento seguinte, se reaproximou dela para um novo abraço e só então começou a acalmá-la.

- Nós vamos dar conta. - Max assegurou - O que não soubermos, aprendemos com o tempo. Além disso, eu já tenho uma certa experiência em lidar com crianças por conviver com você.

- Ha-ha, engraçadinha! - Chloe respondeu de braços cruzados, com um olhar desdém, que só serviu para fazer a nerd rir de novo.

- Desculpa. Não resisti. - Max se defendeu, beijando a punk no rosto e deitando na cama, antes de completar. - Você vai ser uma ótima mãe. Eu posso apostar.

- E de onde surgiu tanta certeza?

- Porque você é excelente em todo o resto. Então, espero no mínimo um desempenho parecido nesse quesito.

Chloe abriu um sorriso ao ouvir o elogio e, em seguida, se aninhou junto à Max na cama, ocupando uma posição oposta à em que costumeiramente dormia. Sua cabeça repousando sobre o ombro da nerd, enquanto seu braço e perna esquerdos a envolviam.

- Excelente em todo o resto?

- 9.9/10. E só não dou a pontuação máxima pra não te deixar convencida e porque sempre há margem pra evolução.

Chloe sorriu novamente, mas não disse mais nada. Em vez disso, se concentrou em levantar parcialmente a camisa que a nerd vestia para acariciar a barriga dela, enquanto a observava distraída.

- Ainda com medo? - Max tentou adivinhar, interrompendo o momento contemplativo de Chloe.

- Não. Agora que passou o susto inicial, eu só tô feliz e ansiosa - Chloe respondeu honestamente, mudando ligeiramente de posição para encarar a fotógrafa. - Eu sei que a gente consegue. Já enfrentamos situações muito mais complicadas juntas e sobrevivemos. Literalmente.

- Esse é o espírito. - Max fez coro ao discurso otimista, enquanto afagava os cabelos de Chloe.

- Eu posso escolher o nome dela? - Ela perguntou animada, levando Max a arquear as sobrancelhas.

- “Dela”? - Chloe assentiu, reafirmando sua previsão - Como você sabe que é uma menina?

- Eu simplesmente sei. - A punk disse, sem dar maiores explicações - Eu posso escolher ou não?

Max refletiu algum tempo antes de dar um veredicto e, no fim, escolheu a opção que seria a mais justa para as duas.

- Tudo bem. Você escolhe, se acertar o palpite. - A fotógrafa determinou, para a felicidade estampada no rosto de Chloe, mas que se desfez parcialmente ao ouvir o complemento da frase. - Mas não pode ser Max.

- Estraga prazeres!

- Me processe.


Notas Finais


É isso, galerinha. Espero que tenha compensado a demora.
Vejo vocês em breve.

Bom resto de domingo! :)

Obs: Vontade de ir postar no Wattpad >:(


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