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História Amor Além do Tempo - Um Novo Começo - Guerra Fria


Escrita por: SamusAran

Notas do Autor


I'm back!

E, dessa vez, um pouco mais rápido que na última.
Hoje é dia de Chasemarsh, coisa que alguns cobram até em outras fics XD. Por isso, espero que vocês curtam, já que elas aparecem com bem menos frequência.

É isso! Boa leitura! :)

Capítulo 9 - Guerra Fria


Fanfic / Fanfiction Amor Além do Tempo - Um Novo Começo - Guerra Fria

O ruidoso barulho do silêncio quase absoluto que dominava a casa das Chase Marsh começava a incomodar Victoria. 

O único som meramente audível que alcançava os ouvidos da loira era o dos dedos hábeis de sua filha de doze anos se movimentando rapidamente pelo display do celular, o qual encarava com total atenção, deitada no sofá com as pernas cruzadas apoiadas sobre o encosto e distraída demais para perceber o incômodo da mãe com o barulho repetitivo que estava provocando.

Após alguns minutos tentando ignorar seu desagrado com a repetição constante do mesmo padrão por Angie e também cansada de fingir estar minimamente concentrada no trabalho que deveria estar terminando, uma Victoria frustrada finalmente baixou a tela do notebook num sinal de desistência.

- O que você está fazendo?

Ela perguntou para a garota, que não se incomodou em lhe dar uma resposta verbal. Simplesmente ergueu o próprio celular com a mão direita, exibindo-o para Victoria e logo voltando a usá-lo.

- Eu não sou cega, Angie. Eu me refiro ao que você está fazendo com isso há horas? - A loira insistiu, se controlando para não descontar na filha frustrações que não tinham a ver com ela e, ao mesmo tempo, esperando uma resposta mais elucidativa para sua pergunta.

Só a partir daí, Angie se endireitou no sofá, arrumando os cabelos bagunçados por sua posição prévia, e finalmente deu a resposta completa que Victoria esperava.

- Falando com a Lis. Ela estava me contando sobre a última viagem que…

- Lis…? Quem é Lis? - Uma Victoria confusa interrompeu a garota no meio da frase, a impedindo de prosseguir com o raciocínio.

Para sua surpresa, Angie demonstrou estar mais confusa que ela com o questionamento repentino, como se a resposta fosse extremamente óbvia e a pergunta desnecessária.

- A Lis, filha da tia Max e da tia Chloe. Elizabeth. Você esqueceu? - Ela explicou, resolvendo o mistério.

- Claro que não esqueci. Só não sei desde quando ela tem esse apelido. É a primeira vez que ouço. - Victoria se defendeu, enquanto a garota checava a notificação que acabara de receber.

- Eu comecei a chamar ela assim há uns 2 meses, meio que de brincadeira, porque ela odiava… - Angie começou a contar ao mesmo tempo em que digitava uma resposta no aparelho. - o tempo passou e acabou pegando. Fim da história.

Victoria assentiu, refletindo sobre como as duas garotas tinham se tornado tão próximas mesmo sem conviver a maior parte do tempo e o único denominador comum daquela equação era: Chloe Price e sua eterna mania de estar presente até quando não estava e, pelo visto, agora também estaria através da figura da filha. 

A loira riu internamente sobre o quão irônico era que sua amizade improvável com a punk tivesse sido repassada tão naturalmente para a geração seguinte, mas não externou aqueles pensamentos. Na verdade, eles foram interrompidos por uma nova fala de Angie.

- Aliás, quando você vai me levar a San Francisco pra visitar a tia Max e a tia Chloe? - A garota questionou despretensiosamente, se aproximando da mesa onde Victoria permanecia sentada. Enquanto isso, Kate surgia no ambiente, descendo as escadas, a tempo de entreouvir parte da conversa - Você viaja pra lá praticamente todo fim de semana e a última vez que eu fui junto já deve ter 1 ano. 

- “Visitar a tia Max e a tia Chloe?” - Victoria repetiu num tom irônico com uma das sobrancelhas arqueadas para a garota, que apenas balançou a cabeça positivamente em resposta. - Só elas, né?

- Não só elas, mas também. - A garota reafirmou, sentando em uma das cadeiras vagas, apoiando a cabeça nas duas mãos. - Eu nem cheguei a conhecer a cidade direito.

Victoria assentiu, mas por sua expressão desanimada, Angie soube previamente que a resposta não lhe agradaria.

- Eu sinto muito, mas você não pode ir comigo. - Victoria determinou, enquanto afagava o ombro da garota, cuja feição esperançosa de minutos antes tinha se convertido numa decepcionada - Eu vou pra lá a trabalho e você não pode deixar sua mãe sozinha aqui.

PÁ!

O barulho seco vindo da cozinha interrompeu a conversa das duas, chamando a atenção delas automaticamente para Kate que, após acompanhar o assunto sem emitir nenhuma opinião, posicionou com toda força o copo em que bebia água na pia da cozinha e, em seguida, voltou para o andar de cima igualmente calada.

E, então, Victoria lembrou porque estava aborrecida desde cedo e porque não conseguia se concentrar no trabalho ao sinal de qualquer mínima distração.

- Angie, você sabe se a Kate está brava comigo?

Victoria perguntou, ao relembrar o comportamento estranho que perdurava desde o dia anterior, comprovado com facilidade na hora de se deitar quando, além da rejeição sumária a seus avanços, Kate também fez questão de não lhe dar um beijo de boa noite ou compartilhar qualquer gesto afetivo antes de se virar para o lado e dormir. 

- Como eu vou saber disso? - A garota perguntou confusa, se levantando para voltar ao sofá e ligar a TV.

- Talvez porque é a única outra pessoa que vive nessa casa além de nós. - Victoria respondeu num tom sarcástico - Por isso, supus que você poderia ter ao menos uma vaga ideia do que acontece por aqui. Ledo engano.

- É. Eu não tenho. - A garota disse, sem desviar a atenção da TV, enquanto Victoria revirava os olhos, impaciente com a falta de foco dela na conversa. - Por que você não pergunta a ela?

A loira esfregou o rosto com uma das mãos repetidas vezes, tentando não perder a paciência completamente com a garota, que continuava alheia ao seu sofrimento.

- Se eu estivesse considerando a hipótese de perguntar diretamente a ela, não viria até você.

- Isso não faz sentido. Seria muito mais fácil, se vo… - Angie parou no meio da frase, quando notou o olhar indignado que Victoria direcionava a si. Então, decidiu reformular o que diria - Você quer que eu tente descobrir, mesmo sabendo que isso tem tudo pra dar errado e provavelmente só vai servir pra deixá-la ainda mais irritada?

- Viu? Nem foi tão difícil entender.

A garota suspirou, desligando a TV e levantando do sofá para voltar a se aproximar de Victoria e dar continuidade ao assunto.

- O que eu ganho por ficar no meio do fogo cruzado? - A garota perguntou com um sorriso curioso.

- Eu ouvi errado ou estou sendo chantageada pela minha própria filha? - Victoria questionou, cruzando os braços sobre a mesa e encarando a garota com os olhos semicerrados.

- Não é chantagem. - Angie se defendeu, cuidando em explicar sua abordagem logo em seguida - Até porque sei que você nunca ia ceder a uma, se eu tentasse. Seria burrice.

- Eu sabia que tinha criado uma filha esperta.

- Só achei que poderia ser recompensada, se conseguisse convencer a mamãe a te perdoar… sabe? Por fazer um bom trabalho. Tipo quando vou bem na escola. - Angie arriscou, analisando a expressão de Victoria, a qual considerava bastante difícil de ser decifrada naquele momento. - Talvez você pudesse me deixar escolher aonde vou passar minhas férias…

- E San Francisco deve ser o destino número 1 da lista… - A garota esboçou um sorriso ao ouvir a menção do nome do lugar, mas não disse nada, apenas aguardou Victoria concluir. - Bom, vai lá fazer o que eu pedi que, na volta, conversamos sobre o assunto “férias”.

A garota exibiu um sorriso aberto e se levantou mais esperançosa, subindo apressadamente a escada e correndo pelo andar de cima até dar de cara com a porta do quarto de casal, onde Kate permanecia desde as primeiras horas do dia, empenhada em terminar um capítulo de seu novo livro.

Angie bateu de leve na porta e esperou pacientemente a indicação de Kate para que pudesse abri-la e adentrar o quarto. 

- O que foi, filha? Precisa de alguma coisa?

A garota assentiu e se aproximou timidamente de Kate, sem externar suas intenções de imediato, já que não havia calculado até aquele minuto como obteria a informação que precisava, sem causar suspeitas. Então, depois de um longo momento de silêncio, ela finalmente abriu a boca.

- Eu só queria saber se tá tudo bem. - Ela começou a dizer, enquanto movia o olhar por toda a mobília do quarto. - Você pareceu chateada mais cedo, quando foi lá embaixo. Não falou comigo, nem com a mamãe. Fiquei pensando se tinha acontecido algo de errado…

- Não é nada demais, querida. Eu só estava chateada com… - Kate parou no meio da frase ao se tocar do que estava acontecendo bem diante de seus olhos. Então, ela encarou Angie com uma expressão séria, antes de mudar complemente o rumo da conversa - Ela te mandou aqui, né?

A garota não disse nada, mas seu olhar culpado e sua linguagem corporal foram o suficiente para denunciá-la. E, por mais que tentasse negar, a verdade estava muito evidente em suas feições. Por isso, Kate respirou fundo, fechou os olhos e só voltou a abri-los quando pensou na resposta que daria à filha.

- Diga à Victoria que, se ela se importa minimamente e quer saber alguma coisa sobre mim, crie coragem e venha pessoalmente perguntar.

Angie não disse mais nada, apenas assentiu e se retirou cabisbaixa, fazendo o caminho inverso até o andar de baixo, onde Victoria a esperava ansiosa por notícias.

A garota nem ao menos precisou falar nada. Para Victoria, estava muito claro na fisionomia dela que seu plano desesperado tinha ido por água abaixo.

- Desculpa, mãe. - Ela falou, quando ficou a apenas alguns metros da loira - Ela se tocou que você me mandou lá e disse que, se quisesse saber de algo, deveria perguntar diretamente.

Victoria se aproximou mais de Angie, a abraçando e, ao mesmo tempo, tentando tirar das costas dela o peso daquele problema em que nunca deveria tê-la envolvido.

- Não é culpa sua. Eu devia ter seguido seu conselho e ido lá desde o início. - A loira confessou mais para si mesma que para a filha. - Mas agora eu vou dar um jeito nisso de uma vez por todas, antes que a situação piore.

Victoria concluiu, se afastando e seguindo lentamente em direção às escadas, apreensiva com a gravidade do problema que iria encontrar quando chegasse ao quarto e já antecipando as reclamações que receberia por envolver Angie naquela história.

- Me deseje sorte. - Ela falou para a filha antes de sumir de vista já no andar de cima.

A caminhada pelo corredor pareceu mais longa que o normal, quase o suficiente para fazer Victoria se arrepender no meio do caminho e deixar a discussão para depois. Mas ela sabia que adiar mais aquele momento só o tornaria ainda pior quando finalmente acontecesse.

Com isso em mente, ela entrou no quarto sem bater e se manteve de pé, com os braços cruzados, observando Kate não esboçar qualquer reação à sua chegada. Como se sua presença ali naquele momento fosse nada mais que uma corrente de ar que escapou pelas frestas da janela.

Depois de permanecer parada esperando por alguns minutos, Victoria se sentou na cama, mas estava muito impaciente para se manter naquela posição por muito tempo. Assim, ela se levantou de novo e decidiu iniciar a conversa pois, àquela altura, já tinha percebido que Kate não estava disposta a facilitar sua vida.

- Você vai continuar ignorando minha presença ou podemos pular essa parte e conversar?

A loira perguntou, soando mais ríspida do que gostaria, mas aquilo já era esperado, afinal de contas, ela continuava sendo Victoria Chase mesmo depois de todo aquele tempo.

- Ah! Eu pensei que você fosse mandar outro porta-voz pra falar por você depois da Angie. - Kate devolveu no mesmo tom sarcástico, finalmente levantando e se virando para encará-la - Eu estava esperando a pessoa chegar.

Victoria sabia que merecia aquela resposta e principalmente aquela reação hostil. Por isso, evitou discutir aquilo para focar no que realmente importava: o motivo misterioso pelo qual Kate estava brava consigo.

- Por que você ficou tão irritada comigo de uma hora pra outra? O que eu fiz? - Victoria perguntou sem fazer arrodeios, tentando controlar o próprio tom e medindo as palavras para não soar nem tão desesperada e muito menos agressiva. - Eu juro que não faço ideia do que houve, porque ontem de manhã estava tudo bem, mas, de repente, anoiteceu e você começou a agir como outra pessoa.

- Talvez você devesse perguntar para sua consciência.

A resposta enigmática só deixou Victoria ainda mais confusa, o que ficou claro pela forma como ela ficou calada, sem ideia do que dizer ao ouvi-la, o que só serviu para deixar Kate ainda mais indignada.

- Eu não tenho a mínima ideia do que você está falando. - Ela reconheceu, depois de desistir de entender ao que Kate se referia.

A normalmente tranquila e lúcida Kate bufou raivosamente com o que ela achava ser uma resposta cínica de sua esposa e deixou isso bem claro em sua réplica.

- Você acha que eu sou idiota? 

Victoria negou de imediato, embora ainda não soubesse o que poderia ter desencadeado aquela reação tão diferente de tudo o que Kate era em seu estado normal.

- Mas com certeza acha que pode me enganar, se fazendo de idiota. - Kate constatou com a manutenção da expressão confusa no rosto de Victoria.

- O que?

A paciência de Kate estava tão no limite que ela decidiu não esperar uma confissão de Victoria sobre seus pecados. Em vez disso, os expôs a ela.

- Eu vi as notificações do seu celular ontem quando você estava no banho. - Victoria arqueou as sobrancelhas, esperando que uma Kate cada vez mais indignada explodisse ou explicasse o que aquilo queria dizer. Para sua sorte, ela escolheu a segunda opção. - o nome Abigail te lembra algo ou você teve perda recente de memória?

- Bom… Ela faz parte da equipe com quem estou trabalhando em San Francisco. Além disso, é funcionária no Chase Space há anos. - Victoria respondeu, ignorando o tom sarcástico das palavras de Kate.

A explicação não havia sido o suficiente para aplacar a raiva de Kate, que continuou o interrogatório no mesmo tom.

- Aparentemente, isso dá a ela liberdade para trocar coraçõezinhos, mensagens carinhosas e, sabe-se lá mais o que, com você, né?

Após fazer a acusação mais direta que foi capaz, Kate se calou. Mas a reação que recebeu em resposta foi bem distante da que esperava e quase a fez expulsar Victoria do quarto, já que esta começou a rir compulsivamente assim que o ambiente se tornou silencioso.

- Meu deus! Você acha que eu tô te traindo com a Abigail. - Victoria falou, em meio as risadas, que não conseguia controlar por mais que desejasse.

- E você acha que isso é engraçado? - Kate perguntou, encarando Victoria com um olhar furioso, que ela não lembrava de ter presenciado nenhuma vez antes daquele dia.

- Pra ser sincera, eu acho. - Victoria confessou, finalmente controlando as próprias risadas - O que eu ganho, se te convencer de que é engraçado?

- O direito de permanecer casada comigo.

Notando que Kate já estava suficientemente possessa com a situação e sabendo que qualquer passo em falso seu poderia causar uma catástrofe, Victoria resolveu iniciar sua defesa, sacando o celular do bolso e se aproximando dela com o aparelho em mãos.

- Você chegou a pesquisar alguma coisa sobre a Abigail depois de ver as mensagens? 

- Claro que não. Eu só vi as notificações por acaso. - Kate negou, ofendida com a pergunta - Eu não sou de bisbilhotar sua vida. Você sabe muito bem.

- Pois você deveria ter feito isso. Teria evitado toda essa confusão.

Victoria afirmou, deixando Kate confusa, enquanto procurava entre as conversas antigas a que gerou a briga das duas. Logo que teve êxito, abriu e clicou na foto do perfil correspondente à mulher para exibi-la no tamanho completo.

- Essa é a Abigail.

Victoria falou, entregando o celular nas mãos de Kate e esta finalmente visualizou a figura de uma senhora sorridente, na altura de seus 60 anos, com cabelos grisalhos curtos e óculos de grau redondos, que lhe davam a aparência de uma avó.

- Ela trabalha na galeria, mas também é amiga pessoal dos meus pais há anos, ou seja, me conhece desde criança e até hoje me trata como se eu tivesse 12 anos. - Victoria explicou para uma Kate pálida e boquiaberta - Acho que você iria gostar dela, se a conhecesse.

- Mas você não queria levar a Angie com você nessas viagens de jeito nenhum… - Kate comentou, expondo o outro fato que a tinha deixado desconfiada.

- Claro. Porque eu não ia ter tempo pra ficar com ela enquanto estivesse lá. - Victoria esclareceu com tranquilidade. - Eu chego no hotel muito tarde, praticamente, só pra dormir. Além disso, eu não gosto de te deixar sozinha aqui. 

- Por que você nunca me chamou pra ir junto?

- Porque não pensei que você fosse querer e, como eu disse, eu não ia ter muito tempo pra ficar com vocês. Mas, depois que falei com a Angie, percebi que, como é fim de semana, vocês podem visitar a Chloe e a Max durante o dia. Aí minha ausência não seria tão ruim. - Victoria concluiu sua explicação, enquanto Kate continuava olhando para a tela do celular estática. - Se você quiser, pode olhar todas as outras mensagens dos outros contatos uma a uma. Eu não tenho nada a esconder.

- Não. - Kate falou, finalmente voltando a si e devolvendo o celular à Victoria - Eu já me sinto ridícula o suficiente sem fazer isso.

Victoria sorriu, abandonando o celular sobre a cama e finalmente criando coragem de se aproximar de Kate para poder abraçá-la.

- Você não é ridícula. Não tinha como adivinhar. - Victoria tentou tranquilizá-la e minimizar a situação - Mas teria sido mais fácil resolver, se você tivesse me perguntado diretamente assim que viu a mensagem.

- Disse, a pessoa que mandou a filha especular o que estava acontecendo, em vez de vir por conta própria. - Kate ironizou a dica de Victoria.

- Mas você já sabia que eu era infantil e orgulhosa bem antes de iniciar um relacionamento comigo. - Victoria se defendeu, fazendo Kate sorrir - Esse seu lado tão diferente do sensato e adulto de sempre, eu só conheci hoje.

Kate riu do comentário, balançando a cabeça num tom crítico e se afastando parcialmente para poder selar a paz entre as duas, beijando Victoria, que não perdeu nenhum minuto em corresponder o gesto. Mas o momento de reconciliação só durou até a porta do quarto se abrir bruscamente, encerrando o beijo delas de forma precoce.

- Ah, ótimo! Vocês já se entenderam… - Angie falou, parada na entrada do quarto, observando Kate e Victoria se separarem por reflexo.

- E você, pelo visto, desaprendeu a bater antes de entrar. - Victoria observou sarcasticamente, enquanto acompanhava a aproximação tímida da garota.

- Desculpa. É que vocês demoraram tanto que fiquei preocupada e vim checar.

- Então, agora que você já checou, dê meia volta e vá fazer as malas. - Angie arqueou as sobrancelhas, sem entender a ordem aparentemente sem sentido. - Vou ver se consigo uma vaga pra vocês duas no mesmo vôo que eu, mas se não der, arrumo em outro que saia no mesmo dia.

- Como assim?

- Vocês duas vão pra San Francisco comigo amanhã.

A garota não tentou disfarçar a própria empolgação com a novidade e nem quis saber o motivo da mudança de planos. Simplesmente se lançou nos braços de Victoria, proferindo seguidos e efusivos agradecimentos em resposta.

- Eu vou contar à Lis. Ela não vai acreditar. - Angie concluiu, correndo porta a fora com a mesma velocidade que entrou.

- Quem é Lis? - Kate perguntou confusa, quando Angie sumiu de vista.

- Depois eu explico. - Victoria desconversou, voltando a abraçar Kate com um sorriso amoroso ao mudar de assunto - Temos uma questão inacabada pra resolver antes.

Kate correspondeu o sorriso e a aproximação, contornando o pescoço de Victoria com os dois braços e se inclinando para voltar a beijá-la com toda calma que a situação pedia.


Notas Finais


Gente, vou dar a vocês a oportunidade de escolher o tema da próxima oneshot.
Ainda não decidi como vou selecionar exatamente, mas podem sugerir nos comentários, que provavelmente um deles será o escolhido.

Beijos!


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