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História Amor. com - Capítulo 1:


Escrita por: GiullieneChan

Notas do Autor


Saint Seiya pertencem a Massami Kurumada e Empresas Licenciadas.
E mais uma vez escrevendo uma comédia Romântica. XD

Capítulo 1 - Capítulo 1:


 

—MILO!!!!

Camus entrou no Coliseu em fúria, chamando o amigo pelo nome em um tom que denotava um mal humor e raiva que raramente deixava transparecer. Algo que chamou a atenção de todos os cavaleiros que ali estavam treinando, incluindo o alvo da fúria do Cavaleiro de Aquário.

—Camus?

Milo o observou se aproximar com um objeto na mão esquerda e com a direita o pegou pelo colarinho da indumentária usada em treinamentos.

—Pode me dizer o que é isso? –mostrava o objeto para Milo.

O escorpiano olhou para este e em seguida para o cavaleiro e disse:

—Um tablet?

—Non! Me refiro ao o que está mostrando no tablet! –praticamente colocando o aparelho no rosto do amigo. –O que significa isso?

—Seu perfil numa agência de casamentos?

—E como isso foi parar nesse site????

—E eu vou saber?

Camus o soltou e contou mentalmente até dez e depois mostrou com o dedo o endereço de email usado no perfil: escorpio.gold.saint@graad. net

—Ah...bem... eu... –Milo tentava a todo custo formular uma desculpa. –Bem... achei que seria uma brincadeira inocente, Camus. Não leve tão a sério uma piada.

—Inocente? INOCENTE?  -Camus estendeu a mão como se quisesse esganar Milo umas três vezes e três vezes recuou a mão. –Você deu meu telefone particular pra essa agência e agora não param de ligar, mandar mensagens para mim tentando marcar um encontro! Cada louca solteira dessa cidade está querendo sair comigo!!!

—E isso não é bom? –Milo ergueu um sobrancelha. –Olha quantas gatinhas te mandaram convite para aceita-las em seus perfis!! Em menos de uma hora quando criei esse perfil semana passada, mais de duzentas garotas te adicionaram.

—EU NÃO TE DEI PERMISSÃO PARA COLOCAR MINHA VIDA ÍNTIMA NA INTERNET!

—Não é o fim do mundo! –Milo segurava a vontade de rir.

Camus mostra com a cara fechada o álbum de fotos do perfil, cheio de comentários e corações das usuárias. Algumas com comentários bem quentes e compartilhando fotos íntimas com Camus.

—Sabe o quanto isso é constrangedor?

—Não. –voltando a rir. –Opa! Mandaram nudes para você!

—MILO!

Ele realmente queria pregar uma peça em Camus, e de quebra arrumar alguém para sair com o cavaleiro. Estava há um bom tempo reparando na solidão do amigo que mal saia em suas horas de folgas e muito menos se interessava pelo sexo oposto. Só queria ajuda-lo a achar boas companhias femininas, mas não imaginava que ele receberia a brincadeira com tanta raiva.

—Milo, somos cavaleiro de Atena. Não podemos ter nossa intimidade colocada em uma rede social cheia de solteironas que moram com seus gatos! –falava mostrando o tablet. –Apaga meu perfil agora antes que eu congele sua cabeça.

—Errr.... não dá. –coçando a nuca sem graça.

—Como assim não dá? Basta entrar nessa joça com sua senha e deletar!

—É que tem um termo de compromisso que você aceita quando faz o perfil. Ele não permite que você delete sem cumprir os termos do contrato. –explicava.

—Ninguém lê termos de compromisso de sites quando faz contas. –dizia Camus no limite da paciência. –E muito menos obedece esses termos! Qual a dificuldade?

—Eu tentei! –sem graça.

—Como?

—O Shaka avisou que estaria atentando contra minha vida se deixasse o perfil na internet. Eu tentei apagar logo depois que eu o criei, mas não consegui! Não imaginei que você iria ver e...

—E essa agora!

—Acho que vai ter que ir na agência Amor. Com e pedir pessoalmente para apagar. –sem graça. –Tem o endereço no rodapé da página. E olha só! É aqui em Atenas e....

Camus apontou o dedo para o rosto de Milo e foi se afastando.

—Vai ter troco, Milo.

 

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Camus estava no limite quando adentrou no prédio cheio de escritórios para serem alugados no centro da cidade. Subiu até o andar onde estaria a tal Agencia de namoros virtuais e zangado abriu abruptamente as portas de vidro decoradas com cupidos e rosas.

Havia uma bela garota de cabelos loiros presos por uma trança em frente a um computador da recepção, deveria ser uma estagiária que mal completara dezoito anos. Ela desviou o olhar da tela, onde estava ocupada com um jogo virtual de adolescentes para o homem e em seguida olhou para a porta de madeira onde estava uma placa de metal escrita Amor. Com.

—Posso te ajudar? –ela perguntou. –Tem hora marcada?

Camus a ignorou, abrindo a porta de madeira.

—Ei! Não pode ir entrando assim!

A garota largou o computador e tentou em vão impedi-lo de entrar ficando na sua frente. Camus a pegou pelos braços e a ergueu, diante do olhar assustado da jovem e a colocou de lado, tirando-a da sua frente.

—Posso entrar sim! –lhe respondeu, lançando um olhar para dentro da sala.

—Desculpe, Luana! Ele ...

—Tudo bem, Vênus! –uma voz feminina atrás de uma poltrona reclinada virada na direção da janela a acalmou.

Camus olhou rapidamente para a poltrona e para o nome numa plaqueta em cima da mesa: Luana Raccos.

Imediatamente a imagem de uma velhota recalcada e solteirona, cujo único divertimento era o de se intrometer na vida dos outros, veio a sua mente. Ela girou a poltrona e fitou o homem que estava na porta de sua sala, e Camus não deixou de se surpreender com o fato dela não ser a velha que imaginava.

Luana Raccos era atraente, com os cabelos castanhos e encaracolados, longos e presos em um rabo de cavalo. Tinha lábios cheios e provocantes, apesar da total ausência de maquiagem, era uma mulher bonita, concluiu.  Ela o fitava com os olhos castanhos e curiosos, mas com um brilho de tristeza neles.

A jovem ergueu-se e revelou que usava um vestido simples e branco, sem atrativos e até bem conservador com mangas até os cotovelos e um discreto decote. Camus presumiu que ela devia ter uns vinte e cinco anos, pouco mais de um metro e cinquenta e muito magra. Perdeu totalmente a vontade de brigar com uma figura que aparentava ser tão frágil.

—Pois não? –ela perguntou com ar curioso.

—Eu... –pigarreou. –Gostaria de fazer uma reclamação sobre seu site. Quero deletar meu perfil e não consigo!

Ele observou a expressão de surpresa no rosto da mulher dando lugar a uma postura educada, porém de frio profissionalismo e, por alguma razão, viu-se perguntando a si mesmo se aqueles lábios cheios lembravam-se de como sorrir ou beijar.

—Impossível! Em cinco anos nunca tivemos reclamações, como pode ver! –ela apontou para a parede de seu escritório.

Nesse momento Camus reparou na decoração simples e de bom gosto do lugar, que se resumia a mesa com um computador moderno, telefone e alguns porta-retratos que pertenciam a dona da agência, um conjunto de sofás de dois e três lugares em um canto, uma mesinha central e uma estante de livros. Mas era a parede decorada com várias fotografias que chamou-lhe a atenção de imediato.

Eram dezenas de casais de todas as idades, cores e gêneros. Todos pareciam felizes em jantares de casamentos ou noivados, com fotos de recém nascidos. Claramente usuários do site que haviam sido afortunados em encontrar algum parceiro.

—Bem, isso é bonito mas... quero deletar meu perfil!

—Mas qual foi o problema? –ela parecia não acreditar. –O programa do site seleciona através de seu perfil as usuárias que são compatíveis. Que compartilhem seus gostos, anseios... Já teve algum encontro?

—Não. E isso é...

—Por isso não pode apagar seu perfil. –ela falou sorrindo. –Está nos termos! Só depois de cinco encontros você pode apagar.

—Ninguém obedece esses termos dos sites. Nós clicamos mecanicamente para a janelinha sair logo! –ele falava com toda a paciência.

—Bem, no Amor. Com os termos são respeitados! –ela falou.

—Isso é ridículo! –começando a perder a paciência.

—Embora nunca um usuário tenha chegado ao quinto encontro. Em geral no segundo ou terceiro já encontra sua alma gêmea. E não raro já no primeiro encontro. –ela explicava.

—Já lhe ocorreu que nem todo mundo quer arrumar uma namorada? Ou simplesmente cansaram de querer arrumar algo que não existe?

—É exatamente por isso que estamos no negócio, para ajudar pessoas a encontrar alguém que lhes faça companhia. Sua alma gêmea, seu amor! –tentava argumentar com o homem.

Camus apertou os lábios, mais uma vez irritado pela postura calma dela e o tom ligeiramente condescendente em sua voz.

—Moça...

—Luana.

—Luana, não finja que seus motivos são puros. Você não é o cupido! Está interessada em lucrar com a solidão alheia! E eu não quero fazer parte disso!

O Cavaleiro notou por um  instante uma faísca de raiva pareceu surgir naqueles belos olhos castanhos.

—Está solitário, senhor...?

—Louis Camus duPont. E não sou solitário!

—Tudo bem. Mas está solteiro, não está?  

Camus hesitou em responder. Achava que não deveria falar de sua vida intima a uma completa estranha e muito menos quando ela fazia ares de psicóloga analisando-o.

—Senhor duPont, se é solteiro, não vejo onde está o problema em ter seu perfil em nosso site. Não estamos fazendo nada ilegalmente, e temos muitas pessoas felizes em encontrar o amor para corroborar com a sucesso desse projeto. Pode simplesmente ignorar seu perfil e os e-mails das usuárias. –Camus ia contra argumentar, mas Luana continuou a falar. -Acontece que o site tem um programa que impede que perfis que não tenham no mínimo cinco encontros confirmados possam ser deletados. Tentar mudar isso demoraria semanas, teria que pagar um técnico e seria dispendioso.

—Mas...

—Por que não fazemos o seguinte! –ela pareceu uma criança falando.

—Não.

—Nem ouviu minha proposta! –desanimada.

—Nem preciso ouvir para saber que vou odiar!

—Há quanto tempo está solteiro?

—Sete anos e isso não é da sua conta! –ficando corado.

—Faz tempo, hein? –ela riu deixando-o irritado. –O que custa ouvir minha proposta?

—Fale então. –cruzou os braços, encostando-se na mesa dela e a fitando. Gesto que Luana considerou bem sexy.

—Faça os cinco encontros propostos pelo site. –Camus ergueu uma sobrancelha. –Cinco encontros para que eu encontre uma mulher digna de ser sua namorada. Sua alma gêmea! Se eu conseguir...

—Se conseguir esse feito eu pagarei um anúncio na TV e até farei testemunho da eficácia de seus serviços. –ele sugeriu com um sorriso sarcástico.

—Não acredita que eu possa achar a mulher da sua vida, senhor duPont?

—Me chame de Camus. E não, eu não acredito. Por isso tornarei a proposta mais interessante. Conseguirei um gordo patrocínio com a Fundação Graad para a sua agência, que tal? Mas se não conseguir...

—E se eu não conseguir?  

Luana parecia incerta se deveria aceitar a proposta que havia iniciado, e Camus notou que deveria dificultar as coisas. Inclinou-se para a frente, abrindo seu sorriso mais perverso.

—Se fracassar, você publicará um anúncio de página inteira nos jornais e na internet admitindo que sua agência é uma farsa e vai fechá-la!

—Quer que eu feche meu negócio?

—Exatamente! –ele estreitou o olhar. -Se acredita nos serviços que presta, com o que precisa se preocupar?

Ele a viu ficar incerta sobre o que falar. Camus soube que vencera essa discussão tola. Sabia que ela não concordaria com seus argumentos, iria apagar seu perfil e iria embora para nunca mais se verem. E o melhor, não teria que comparecer a um encontro com uma mulher estranha e provavelmente desesperada. Sentindo-se magnânimo, concluiu que um sincero pedido de desculpas da parte dela já seria o suficiente.

—Negócio fechado! –ela disse para a sua surpresa, estendendo a mão para firmar o compromisso.

Camus a fitou incrédulo, como se ela não fosse normal. Como poderia aceitar aquela aposta?

—Como assim? Negócio fechado?

—Exatamente! É a reputação da Amor. Com que está em jogo! –ela deu seu melhor sorriso maldoso. –Tem medo que eu lhe arranje um casamento?

—Claro que não! Casamento! Ridículo!

—Se não comparecer, automaticamente eu terei vencido a aposta! Se a destratar, automaticamente eu vencerei a aposta. Tem que ficar até ao fim do encontro e somente aí vai dizer se ela é ou não é a pessoa certa! –apertando um botão no aparelho telefônico ela chama a secretária. –Vênus! Segure meus  compromissos! Tenho muito trabalho hoje!

—Sim, senhorita! –respondeu a voz do outro lado.

—Está bem. Então nos veremos, senhorita! –apertando a mão dela selando a aposta.

—Muito bem! –ela diz batendo palmas. –Agora, vamos aos negócios! Em dois dias ligarei para o telefone que está em seu perfil para lhe dizer o local e a hora do primeiro encontro!

—Dois dias? Já?

—Será sexta-feira! Algum problema? –ela perguntou, colocando um par de óculos com aros brancos, que curiosamente Camus concluiu que a deixaram sexy.

—Sexta-feira então.

Camus foi até a porta e abriu-a, mas hesitou, virando-se, dando aquele sorriso maligno novamente. Falando com uma calma que deixaram-na ainda mais determinada com a aposta.

—Eu vencerei, senhorita Luana. –disse saindo em seguinte.

—Veremos. –Luana sorriu em resposta. –Mas não vai vencer mesmo!

 

Continua...


Notas Finais


Espero que tenha gostado, Luanaraccos.


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