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História Amor. com - Capítulo 6:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 6 - Capítulo 6:


Luana sentia os lábios pulsarem, implorando-lhe pelo contato íntimo. Fazia muito tempo que não sentia um beijo tão arrebatador quanto esse. Era mais faminto e ardente que os que haviam trocado em sua casa noites atrás. Camus possuía uma boca tentadora e sabia como beijar uma mulher. E ela não era imune à sensualidade que ele exalava.

Por isso, enlaçou-o com os braços, massageando-lhe os ombros, o tórax e começou a arranhar suas costas desnudas, uma vez que ele havia retirado a camisa e ela deveria estar em algum lugar caída no chão. Com avidez, Camus abriu o zíper de seu vestido e abaixou-o até a sua cintura, sorrindo com malícia diante da visão dos seios tentadoramente protegidos pelo sutiã laranja e sensual.

—O que quer usando algo assim, senhorita Raccos? –acariciou o seio por cima do sutiã, observando as reações no rosto dela e adorando o que via. –Me esperava?

—N-não seja convencido... –disse mordendo o lábio inferior excitada quando Camus apertou seu seio e começou a massageá-lo.

—Eu não estou sendo. –dizendo isso, acabou de retirar o vestido preto e olhava para a minúscula calcinha do conjunto. –Se veste como uma professora de Jardim da Infância, mas na verdade é uma mulher safada.

—Olha como fala de mim... aaahhhh!!

Camus lhe rasgou o sutiã, com uma força que a deixou excitada e admirada, em seguida beijou-lhe um dos seios, sugando com avidez. Apertou o outro, enquanto se encaixava entre suas pernas, que instintivamente ela enlaçou pela cintura, enquanto a boca de Camus agora sugava com força o outro seio.

Luana segurou-lhe os ombros, puxando-o para baixo. Precisava daquela boca mais abaixo, as pernas insistiam em se abrir. Devia estar louca para incentivar tal intimidade. Por outro lado, ficaria ainda mais louca se Camus não a tomasse e fizesse algo, qualquer coisa, para apagar o fogo que acendera.

Camus sorriu, sentando na poltrona que pertencia a Luana e com um gesto brusco rasgou sua calcinha, admirando a feminilidade da mulher diante dele e, sem pensar duas vezes. quis provar o gosto dela, dando uma longa lambida e se deliciando com o gemido que ela deu com o toque. Segurando firme suas coxas, abocanhou aquela parte deliciosa do corpo da mulher, sua língua penetrou. Sem forçar nada, explorou-a com a confiança do dono seguro de sua posse.

Luana sabia que os olhos dele estavam abertos, encarando-lhe o rosto ruborizado, ardente de desejo, quase deu um grito ao sentir a ponta de dois dedos de Camus sendo introduzidos dentro de si.

—Aahhhh... que gostoso... –ela gemeu, sentindo um prazer indescritível, diante do movimento que ele fazia.

Camus ergueu o corpo, sem cessar a carícia, voltando a beijar-lhe a boca com volúpia, e logo aumentava o ritmo das estocadas com a mão, apenas para vê-la se contorcendo e gemendo enlouquecida sobre seu corpo, até vê-la estremecer em um gozo delicioso.

—Por favor... é bom demais! –ela murmurou, ofegante.

—Ainda não terminei.

Camus retirou a calça finalmente, já com o membro rijo e ansioso em sentir o interior quente e úmido da mulher. Ele tornou a beijá-la e se colocou por cima do corpo dela, roubando-lhe o fôlego.

—Você... trouxe... sabe... proteção? –ela perguntou, mordendo seus lábios.

—Proteção?! Camisinha?! –Camus a fitou e Luana ergueu a sobrancelha.

—Você não trouxe?

Camus se afastou e pediu um instante a mulher, pegando suas roupas aos seus pés e vasculhando o bolso atrás da carteira, retirando dela, como se fosse um troféu, a camisinha que carregava. Luana sorriu, e com um olhar ansioso enquanto ele colocava a proteção, para logo depois ele a ergueu pelos quadris e a penetrou, possuindo-a por completo.

O cavaleiro começou a se mover em um ritmo cadenciado, aumentando a cada gemido deliciado de Luana, que o sentiu pegar uma de suas pernas e coloca-la apoiada em seu ombro, para aumentar o contato entre seus corpos.

Quando percebeu, Camus também estava sobre seu corpo, em cima da mesa, aumentando o ritmo, sentindo o corpo molhado pelo suor, até que, finalmente, dando um urro de prazer, alcançou o clímax, quase no instante seguinte ao de Luana, que gritou de êxtase.

Ofegantes, trocaram beijos antes que ele, de modo hesitante, se afastasse do corpo de Luana, saindo de dentro dela. Ela parecia ainda não ter se recuperado das sensações primitivas que a dominaram, esperando seus batimentos cardíacos voltarem ao normal.

—Oh, Deus... o que fizemos? –ela perguntou, colocando a mão na boca, sorrindo.

—Acho que transamos loucamente. –respondeu o cavaleiro, voltando a beijá-la. –E foi bom.

—Muito bom e... –levou um susto quando ele a ergueu e a colocou sentada de frente a ele em seu colo, ocupando sua poltrona. –Camus!

—Que foi? –ele perguntou com um sorriso malicioso no rosto, acariciando suas coxas. –Sei que está gostando.

—Você é muito convencido mesmo! –sorriu quando ele beijou-lhe o pescoço.

Ele invadia a boca quente com sua língua em seguida. Com uma das mãos, brincava com os seios dela. Os pequenos seios que enchiam-lhe a palma.

—Você me enlouquece, Luana... –disse-lhe, com os lábios roçando os dela.

—E agora? –ela lhe perguntou e Camus fitou seu rosto de modo inquiridor. –Não devíamos ter feito isso...

—Eu sei que... seguimos nossos instintos ao invés da razão, mas...

—Tudo bem. –ela sorri e volta a beijá-lo. –Mas...

—Não acredito que devemos nos preocupar. –disse-lhe, ainda acariciando seu corpo.

—Tem razão. Acho que... precisamos ir.

—Precisamos?

—O pessoal da limpeza deve chegar logo e vão nos achar assim.

—Eu tranco a porta.

—Camus! –ela o repreendeu e ele deu uma risada.

—Tudo bem... vamos. –deu-lhe um último beijo, antes retirá-la de seu colo e sentando-a novamente na mesa.

 

—Minha lingerie que você destruiu... –ela começou a falar, mordendo o lábio dele. –Foi muito cara! Espero que me reembolse.

—Se eu puder rasgar outras, comprarei quantas você quiser.

Ambos se vestiram, mas não sem se provocarem com beijos e abraços, até o elevador, descendo.

—Só de imaginar que está indo embora sem calcinha. –ele cochicha em seu ouvido e morde sua orelha. –Aumenta meu tesão e me dá vontade de te...

—Camus! –ela ficou corada, pois as portas do elevador abriram e estavam no saguão ainda e o segurança noturno já estava ali.

—Terei que esperar outro dia? –ele fez uma expressão de “criança que queria um doce”.

—Vai ter que esperar sim. –ela suspirou, quase cedendo a tentação. –Eu realmente tenho que ir dormir.

—Vou te acompanhar até em casa. –disse Camus, segurando em sua mão, saindo do prédio e parando na calçada.

Luana olhou para as mãos com os dedos entrelaçados e ficou corada, mas sentia o coração aquecido.

—Não precisa. Eu pego um táxi. –ela avisou, acenando para que um táxi parasse.

—Então, te ligarei amanhã.

Camus lhe disse e Luana sorriu, lhe dando um beijo antes de entrar no táxi e descer a rua. Luana sentia seu coração enlevado até chegar em casa. O que fez a pouco com Camus em seu escritório, a noite mais intensa e maravilhosa de sua vida.

Tinha certeza. Estava se apaixonando por ele.

 

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Santuário. Uma hora antes do sol nascer.

Camus acordou com uma sensação de leveza e satisfação. Tivera uma noite tranquila, sem sonhos estranhos. Apenas as doces lembranças daquele escritório e de Luana. Começou a avaliar que Milo estava com razão, que tudo o que precisava era de uma noite de sexo com uma mulher linda para deixar toda aquela tensão de lado.

Levantou-se, espreguiçando e tomou um banho quente em seguida. E após se vestir, fez café e com uma caneca enorme do líquido fumegante foi para fora de Aquário, onde avistou Milo se aproximar.

—Você sumiu ontem! –disse Milo.

—Café? –Camus ofereceu e Milo recusou com um aceno.

—Onde esteve, Camus? Não falou ou fez nada de errado ontem com aquela moça do site, né?

—Luana. –Camus o corrigiu. –E não fiz nada de errado, acho que não. E não brigamos!

—Isso me deixa aliviado. Vamos pro Coliseu?

—Sim. –Camus largou a caneca vazia com um dos servos que se aproximava, dando um tapinha amigável no ombro dele. –Estou cheio de energia para treinar!

—Camus... você está bem? –estranhando ele.

—Sim. Por que me pergunta isso?

—Está... feliz!

Camus ergueu uma sobrancelha e começou a rir com o comentário do Cavaleiro de Escorpião, andando a sua frente. Entre as Casas de Câncer e Touro viram Máscara da Morte chegando com a mesma roupa da noite anterior, e vinha andando devagar e mancando.

—Máscara da Morte? -Camus acenou e ele retribuiu com um sorriso. –Tudo bem?

—Sim! Perfeito! –disse o italiano, colocando a mão no bolso da calça e jogando a jaqueta por sobre o ombro. –Alguém tem celular aí?

Camus e Milo se entreolharam e Milo retirou um aparelho do bolso e entregou ao colega.

—Não gasta todos os meus créditos!

—É rápido! –sorriu discando um número e esperando. –Alô? Andressa, oi! Eu te acordei? Ah que bom... desculpe, é que eu esqueci o meu celular na sua casa...é, tô usando o celular de um amigo para ligar no meu. Escuta... que tal a gente se encontrar na sua hora de almoço hoje? Aí você me devolve o celular e podemos conversar mais... hmhm... sei onde é... as treze horas tá perfeito!

Os outros dois cavaleiros se entreolharam analisando a conversa. Máscara da Morte dá as costas para eles e continua falando:

—É...eu já estou com saudades, minha lady! Sente falta do seu Amo? Hmm? –dando uma risadinha. –Até mais tarde... minha lady!

Desligou e jogou o aparelho para Milo que o pegou no ar.

—Noite proveitosa? –Camus perguntou.

—Muito... maravilhosa! –sorri e Camus lhe dá um tapa amigável nas costas e Máscara da Morte geme de dor.

—Que isso? –Milo de brincadeira puxa a camisa do Máscara da Morte para cima, mesmo com ele protestando e vê as marcas de arranhões e chibatadas. –Caramba! Você lutou contra os cento e oito espectros sozinho depois que te deixamos?

—Marcas de amor! –ele pisca e se afasta arrumando a camisa. –Garotas gostam de flores nos encontros, né? Acham que a Andressa ia gostar?

—Acho que sim. –Milo respondeu cauteloso. –Não leve velas ou algemas!

—Velas? Boa ideia! Anotado! –e foi se afastando.

—Loucura, loucura, loucura... –Milo comentou, rindo, depois fica sério. –Esse site é amaldiçoado!

—Milo, que bobagem! –Camus balançou a cabeça negativamente.

—Máscara da Morte tá cantando! Se isso não é estar apaixonado, eu não sei mais! –apontando para o canceriano longe, cantando “Tu sei lei” de Luciano Ligabue.

—Ele tem uma voz legal! –Camus deu os ombros. –Vamos treinar!

 —Mas... mas...

—Vamos, Milo. À tarde vou ligar para a Luana e resolver umas coisas. –disse sem se virar, acenando.

Milo o alcançou mas pararam ao ouvirem um mensageiro descendo correndo pelas escadarias gritando por seus nomes. Ambos olham para o ofegante soldado que trazia nas mãos uma carta do Grande Mestre Shion. Era uma missão.

 

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Já era fim de tarde quando Camus ouviu o telefone tocar. Havia passado boa parte de seu tempo vigiando o aparelho de modo insistente, esperando que Luana ligasse logo. Foi com satisfação que ouviu a voz dela do outro lado da linha:

—Boa tarde, Camus! –havia um tom alegre em sua voz. –Eu te liguei para...

—Boa tarde, Luana. Eu já ia te ligar devido a sua demora.

—Ah, desculpe. -Ela sorri do outro lado, olhando pela janela de seu escritório com a mesma ansiedade de uma menina apaixonada conversando com o primeiro namorado. –É que foi um dia cheio na Floricultura com encomendas para o dia dos namorados daqui dez dias.

—Ah, tudo bem.

—Bem, o que queria me dizer quando pensou em ligar para mim hoje?

—Para te informar que terei que me ausentar da cidade alguns dias... sabe, a trabalho.

—Ah, eu entendo. Seu trabalho de segurança super sério e secreto. –ela riu. –Vai demorar muito?

—Eu não sei. Geralmente esses trabalhos não duram mais do que três dias. Mas assim que eu retornar eu te ligarei...

—Claro, estarei ansiosa pela sua ligação...

—E marcaremos logo o quarto encontro da aposta! –Luana sentiu uma pontada na boca do estômago. –Sabe, acabar logo com isso de “alma gêmea”.

—C-como é? –ela parecia não estar acreditando no que ouvia.

—Está me ouvindo? –Camus parecia conversar com alguém que o chamava. –Já estou indo, Milo! Desculpe, estão me chamando. Depois eu ligarei para você. Tchau, Luana.

Ele desligou. Luana olhava estupefata para o aparelho, como se ainda não tivesse acreditando no que havia acabado de acontecer. Ela andou feito um autômato até sua mesa e afundou na poltrona de couro. Olhou fixamente para a papelada à sua frente, mas as lágrimas que vieram anuviaram-lhe a visão. Afastou-as exasperadamente com a ponta dos dedos, mas novas lágrimas seguiram-se às primeiras, rolando em profusão por seu rosto.

—Eu fui só uma transa? –fechou os olhos com força.

De repente as imagens de seu passado vieram a mente. De quando conheceu Aquiles, da aposta horrível que ele fez com amigos, apenas para se divertir com ela. Por um momento achou que Camus era diferente de Aquiles, mas havia se enganado. Ele era pior.

Fora uma tola em pensar, mesmo durante aquele momento em que o controle lhe fugira, que talvez a quisesse. Achara que havia aceito o fato de que passaria o resto da vida sozinha. Mas enquanto corria um dedo pelos lábios, lembrando da noite de ontem, soube que seria mais difícil continuar sem aquelas sensações que ele haviam lhe despertado.

 

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Cinco dias depois, Camus retornara da sua missão ao Oriente com Milo. Aquela viagem havia demorado mais do que planejara e isso estaria atrasando seus planos com Luana. Queria se livrar logo daquela aposta sem sentido, e dizer que estaria interessado em sair com ela outras vezes, sem pressioná-la a fazer algo que talvez não quisesse.

Observou em desalento que a secretária eletrônica de seu celular não havia registrado nenhuma ligação dos telefones da Agência ou pessoal de Luana e estranhou. Ligou no número que tinha dela e ninguém atendia. Lembrou-se de que ela havia dito que a floricultura estaria com muito trabalho devido a aproximação do dia dos namorados, acreditando que ela estaria lá, procurou pelo telefone.

Ligou... a voz de uma jovem atendeu.

—Floricultura Flores e Amores. Sophia falando. Em que posso ajudar?

—Bom dia... eu gostaria de falar com a proprietária. Ela se encontra?

—Quem gostaria?

Camus escuta a voz de Luana ao fundo e sorri:

—Camus duPont.

—Ah... você. –sentiu a voz da atendente mais gélida que seu Pó de Diamante. –Você tem muita coragem mesmo! Seu safado sem coração!

—Desculpe... o que disse?

—Como tem coragem de ligar para cá?! Seu... seu... –escutou uma voz masculina indagando quem seria e a resposta da jovem.

—Escuta aqui! –agora era a voz do rapaz. –Se ligar outra vez aqui, se aparecer aqui eu quebro sua cara. E você já apanhou de uma mona furiosa? Eu vou arranhar essa sua cara falsa de francês de botequim! Entendeu? Aparece aqui para ver o que eu faço! Se bate aí porque se eu te bater, acabo com tua cara!

E desligou em seguida.

—Mas... o que está acontecendo?

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Na Floricultura.

—Respira, Andreas... respira! –pedia a moça de cabelos rosas ao amigo.

—Eu tô calma, Sophia! –dizia o rapaz, loiro dando piti. –Ai se eu pego esse filho de uma rapariga mal paga! Como ele tem coragem de ligar atrás da Lu depois do que a fez chorar esses dias todos?

—Eu não sei... muita coragem mesmo! –dizia a garota balançando a cabeça.

—O que estão falando? –Luana apareceu com um arranjo floral em um vaso.

—Nada! –disseram os dois ao mesmo tempo sorrindo.

—Estão nervosos. –ela os olhou desconfiada.

—Ah, é o caminhão de rosas! Atrasado! –disse Andreas. –Precisamos de outro fornecedor de rosas porque com esse não dá! Temos centenas de encomendas com rosas e nada das entregas!

—Vamos ver isso. –Luana colocou o vaso numa mesa e suspirou. –Eu tenho que voltar a Agência, deixei a Vênus sozinha. Dão conta de tudo sem mim?

—Sem problemas! –disse o rapaz solícito, vendo a patroa e amiga pegando a mochila e saindo do loja. Ele se vira para a colega. –Se esse francês aparecer me segura para eu não bater nele! Como ele ousou magoar minha amiga?

—Vou segurar, não.  Pode bater!

 

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No Santuário, Camus olhava indignado para o aparelho em sua mão. Começando a se irritar, ligou no número da Agência e a voz de Vênus atendeu:

—Amor.com.

—Vênus! Onde está a senhorita Luana? –foi logo perguntando, sentindo uma estranha ansiedade.

—Ah, é você? –a voz dela soou fria.

—Sim, sou eu! Posso saber por que todos estão me tratando assim?

—Ah, não sabe mesmo? –ela suspirou e murmurou. –Em todos os meus séculos de vida nunca vi um tão lerdo e idiota!

—O que disse? Não ouvi!

—Que você não pode ser tão lerdo e insensível! –ela falou mais alto.

—Posso saber o que eu fiz para ser tratado dessa maneira? –perguntou, não percebendo a aproximação de Milo e de Afrodite que pararam interessados no que o Cavaleiro de Aquário fazia.

—Não se lembra não? Aff... homens só pensam com a cabeça de baixo mesmo!

—Vênus...

—Não sabe mesmo?

—Se eu soubesse estaria perguntando?

—Olha, se quer saber. Hoje não tá um bom dia para você conversar com a Luana. –ela suspirou. –Liga amanhã para isso, tá? Vou conversar com ela aqui antes e... –a jovem olha para a tela do computador. –Selecionei sua alma gêmea no site.

—Não quero saber disso de Alma gêmea, quero falar com a Luana!

—Senhor Camus...

—Eu quero falar com a Luana! Não quero saber mais dessa estúpida aposta! Dá para chamá-la?

—Prometo que ela estará no encontro de amanhã à noite se aparecer no Constantinis novamente. Às oito. –Vênus estreitou o olhar, lendo o que estava escrito no perfil. –Então?

—Está bem. Se querem fazer esse jogo idiota! –ele bufou e desligou o telefone. –Mas vou falar com ela hoje mesmo!

—Camus, algo errado? –Milo perguntou.

Camus contou em rápidas palavras o que sabia e Milo ergueu uma sobrancelha, analisando o quanto aquilo era estranho. Afrodite o fitou com uma expressão enigmática.

—Camus, Darling... posso te perguntar uma coisa e seja sincero em me responder? –perguntou o sueco.

—Sem problemas. O que é?

—Transou com alguém ultimamente? –perguntou aspirando uma rosa vermelha.

Milo engasgou com a pergunta e depois fitou o amigo rindo:

—Que pergunta, Afrodite... claro que... –olhando para Camus que ficou ruborizado. –Você ficou com alguém ultimamente?

—Eu... –pigarreou e respondeu sem graça. - Eu fiquei com a Luana. Mas o que isso tem a ver com a história?

—Ah, a mesma Luana da aposta que você falou outro dia, Milo? –Milo confirmou e Afrodite continuou. –A nível de curiosidade... você ligou para ela no dia seguinte?

—Bem... claro que...

—Ele não ligou. –Milo disse com a expressão mais séria possível.

—Ela me ligou primeiro! –falou Camus. –Falei que íamos viajar a trabalho, e...

—E? –insistiu Afrodite.

—Falei para ela marcar outro encontro da aposta e... –vendo que Afrodite e Milo colocaram a mão nas faces, balançando as cabeças negativamente. –Fiz merda?

A resposta de Milo foi aproximar-se de Camus e lhe dar um tapa na nuca, quando ia dizer algum impropério ao amigo, recebeu outro tapa de Afrodite de Peixes.

—Querem parar de me atacar?!

—Você fez a pior coisa que um homem JAMAIS deveria fazer com uma mulher! –o sueco estava irritado, assustando Camus. –Como não ligou para ela e disse como se sentia sobre terem dormido, ficado juntos?? Sei lá??? Onde aprendeu a lidar com as mulheres? Num curso de Ogro pelo correio?

—Eu...

—Você gosta dela? –Afrodite perguntou.

—Eu...

—Sente algo por ela? –perguntou Milo.

—Tá afim dela?

—EU NÃO SEI! –Camus exasperou-se. –Eu sinto que fiz uma grande besteira e que ela deve estar furiosa comigo...

—Magoada... –completou Milo.

—Deve ter chorado esses dias todo, coitadinha. –Afrodite suspirou.

—Deve ter achado que você só brincou com seus sentimentos.

—A seduziu e depois a tratou com tanta frieza...

—Frio como seu cosmo.

—Até deu peninha...

—Vocês querem que eu me sinta mais culpado não é? –os dois concordaram com um aceno de cabeça. –Vou atrás dela e me desculpar!

—Vou com você. –disse Milo. –Quero evitar que faça mais besteira!

—E eu vou junto! –Afrodite disse animado. –Não perco isso por nada!

—Não vão não! –determinou Camus, saindo dali.

—Vamos sim! –disseram os dois ao mesmo tempo atrás dele.

Continua...


Notas Finais


Parafraseando Nazareno do saudoso Chico Anysio: Tá com pena? Leva ele! XD


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