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História Amor. com - Capítulo 7:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 7 - Capítulo 7:


Luana estava entrando no prédio da Amor.com quando deparou com Vênus saindo deste, com um sorriso nos lábios.

—LU! –ela parecia eufórica. –Lembra daquele empréstimo que o banco não queria liberar, mas que precisávamos?

—Como não lembrar disso? –Luana suspirou.

—Vamos ao banco... o gerente mudou de ideia. –disse puxando-a pela mão. –Aproveitando... vamos conversar sobre um evento pra hoje à noite?

 

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Camus estava em seu limite quando chegou até o escritório da Amor.com. Se tivesse sido cinco minutos mais rápido teria visto Luana e Vênus virando a esquina do outro lado do quarteirão, mas o cavaleiro não estava preocupado em reparar nas pessoas na rua, e sim com o fato de solucionar um mal entendido. E também, imaginando onde estava com a cabeça com aqueles dois atrás de si.

—Que prédio charmoso! –comentou Afrodite. –Então é aqui o tal “site amaldiçoado”, Milo?

—Não existe isso de maldição! –bufou Camus.

—Existe sim! –Milo falou convicto. –Todos que entram nele acabam amarrados! Máscara da Morte, Aldebaran... até você!

—Eu não estou amarrado!

—Ah não... vamos contestar o óbvio? –Afrodite sorrindo. –Atravessou metade da cidade para se desculpar por ter sido um ogro com uma garota. Quantas vezes fez isso?

—Eu... –apontando o dedo para o pisciniano e se calando com o sorriso triunfante dele. –Ca-la-do!

—Você não tem perfil nesse site não, né Afrodite? –Milo perguntou vendo o cavaleiro de Aquário entrar no prédio.

—Eu não. –respondeu sorrindo, retirando uma rosa do bolso do terno. –Olhe para mim. Acha que preciso de estratagemas para conseguir o amor de alguém? Minha beleza ofuscante atrai todos à minha pessoa, como a mariposa é atraída pela luz.

—Era só ter dito “não, não preciso disso”! –Milo fez careta.

—Mas parece preocupado.

—É que... acho que fiz uma merda.

—Outra?

—Bem, o tal perfil que fiz do Camus. –Afrodite o olhou, esperando que concluísse. –Como havia coisas que eu não lembrava do Camus para preencher no perfil e eu estava com pressa... coloquei dados meus.

—E?

—E se eu estiver amaldiçoado também? –alarmado.

—E qual seria o problema se acaso vier a se apaixonar por alguma moça, que de maneira inocente, acha que vai se encontrar com o Camus? –perguntou Afrodite, considerando a preocupação de Milo exagerada.

—Acontece que eu já gosto de alguém e não quero... –olhando para os lados como se temesse que outra pessoa ouvisse. –Eu não quero outra pessoa!

—Milo. –Afrodite aponta para o coração do escorpião com a rosa. –Aqui, infelizmente, não mandamos. E sejamos sinceros... por que não disse a essa moça que gosta dela?

—Eu... não queria que ela pensasse que estou dando em cima dela, da mesma maneira que...

—Você fez com todas que conheceu? –Afrodite suspirando. –Bem Milo, meu caro amigo... só vai saber se disser a ela, não?

Milo colocou as mãos no bolso, ainda preocupado.

—E não demore a falar com a Shina, tem muito marmanjo dando em cima dela naquele Santuário cheio de testosterona. –Afrodite comentou, caminhando até o prédio, deixando um Milo estático para trás. –Até eu me renderia aos encantos daquele olhar cheio de calor e promessas que ela possui.

—Ow! Tira seus olhos de peixe morto de cima dela! –indo atrás do amigo. –Quem tá dando em cima dela?

Entrando no edifício viram Camus discutindo com o porteiro.

—Como assim não tem ninguém no escritório?

—Elas saíram nem faz dez minutos. –disse o senhor de ralos cabelos prateados. –Sinto muito, não posso deixar que suba.

—Tudo bem. –suspirando ruidosamente. –Vamos.

—Aonde? –Milo perguntou curioso.

—À Floricultura dela. Se não estiver lá, vou na casa dela.

 

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Luana saia do banco, nem acreditando no quanto o gerente estava amável com ela e principalmente com Vênus, praticamente acatando tudo o que ela pedia, inclusive liberar o empréstimo que precisava para continuar seus negócios.

—O que foi isso tudo? –ela perguntou, virando-se para a sua secretária. –Ele parecia...

—Apaixonado? –Vênus sorri. –Vai passar em algumas semanas. Não sou eu que ele vai amar.

—Às vezes você fala muito estranho, sabia?

—Eu sei. –rindo.

—Bem, temos que voltar ao trabalho. –ela suspirou. –Quero deixar as coisas em ordem quando fechar o Amor.com.

—Mas... tem certeza disso? –Vênus ficou séria.

—Claro. Eu fiz uma aposta idiota e perdi. –ela deu os ombros. –Apostei que acharia o amor para alguém que não tem coração. Claro, que perdi.

—A aposta não eram cinco encontros?

—Sim, mas...

—Ainda faltam dois. Não pode se render!

—Sinceramente, eu não quero ver mais a cara dele na minha frente, Vênus... eu... –Luana suspirou. –Fui inocente em achar que ele estava sentindo algo por mim. Ele, em nenhum momento disse algo que pudesse me mostrar isso, e eu que interpretei mal uma boa...

—Ele fez gostoso, né? –Vênus sorriu diante do rosto vermelho de Luana. –Ele é um homem. Nem todos ficam entoando odes de amor eterno quando estão passando a noite com a mulher que gostam. Eu sei! Fiquei um tempão com um cara que o que lhe dava mais tesão eram lutas!

—Fanático por UFC?

—Mais ou menos... –Vênus fica sem graça. –Mas, quando ficávamos juntos... ele sabia fazer a magia...

—Magia? –Luana fita Vênus que parecia lembrar de algo.

—Ah... ele sabia como me deixar louca. –Vênus sorri. –Tinha dedos mágicos.

—E onde ele tá agora? –Luana rindo.

—Brigou com a irmã caçula e tá meio... preso com a família. –coçando a nuca. –É complicado. Mas vamos falar do que interessa, e não sou eu agora! Apelei pro App Alma gêmea do site para o perfil do senhor duPont.

—Vênus! Por que?

—É uma teoria minha. –rindo. –Vamos no Constantinis hoje, as oito.

—Por que eu deveria ir?

—É que marquei dois encontros com o cliente hoje. –sorri. –Vamos lá em casa? Tenho que ver um vestido para você usar essa noite.

Luana encarou a amiga sem entender nada.

 

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Enquanto isso, Camus chegava à floricultura que pertencia à Luana, onde viu os dois funcionários dela discutindo sobre uma entrega de rosas vermelhas murchas pelo calor e estavam em desalento pelo ocorrido.

—E agora? –dizia um belo rapaz loiro. –Temos dezenas de encomendas de rosas para o dia dos Namorados! Não posso trabalhar com isso!

—Vou ligar agora para os fornecedores e reclamar, Andreas! –dizia a moça, mais impaciente.

—Vão colocar a culpa no calor, Sophia! –o rapaz estava desanimado, olhando as rosas e então reparou na presença dos três cavaleiros. –Pois não? Posso ajudar?

—Desde que não sejam rosas, tivemos um problema. –completou a moça;

—É UMA TRAGÉDIA! –o rapaz loiro exaltou assustando a todos e depois respirou fundo, se acalmando.

—Nos falamos ao telefone mais cedo... –dizia Camus com certa cautela, lembrando que eles estavam furiosos com sua pessoa.

—A coroa de flores para a sua avó? –a garota perguntou. –Entregamos já no velório!

—Não! Eu não encomendei coroas de flores! Quero falar com a Luana, ela está?

Andreas o examinou bem, como se tentasse lembrar e em seguida deu um soco na própria mão como se adivinhasse:

—O francês filho da mãe! –depois apontou o dedo para Camus. –Tem muita coragem de vir aqui! O que quer com a Lu? Quer arrancar o coração dela e pisar em cima? Sambar nos sentimentos dela de novo! Sapatear no ...

—Calma aí, ô dançarino de strip-clube de quinta! –dizia Afrodite, um pouco alterado. –Não pode acusar meu amigo assim! Tá certo que ele é as vezes um ogro. Insensível...

—Babaca. –completou Milo e Camus o fuzilou com o olhar.

—Um babaca sem tamanho. –continuou Afrodite. –Mas embaixo dessa armadura de touperice extrema com as mulheres tem um homem sensível! Que não tem vergonha de chorar!

—Parem de me defender! –pediu Camus.

—Já estou terminando, Darling. –virou-se para Andreas. –Ele tem sentimentos!

—Sentimentos? Que tipo de homem faz o que ele faz com a Luaninha e depois liga no outro dia pedindo para agendar um encontro com outra?

—Eu não disse que era inteligente. –respondeu Afrodite.

—PAREM DE ME DEFENDER! –Camus respirou fundo e fitou Andreas. –Preciso muito falar com a Luana e me desculpar pelo o que fiz.

—Olha aqui, queridinho. Vai ter que comer muito arroz com feijão para conseguir sequer ter o perdão da Luaninha. –dizia o outro. –Ela pode ser meio boba com os homens, mas Graças a divina Madonna ela tem a mim e a Sophia para não deixar que outro idiota a faça chorar!

—Teve outro idiota além do Camus? –Milo perguntou e depois lembrou. –O ex-noivo dela?!

—O próximo que tentar me defender eu coloco num Esquife de Gelo Eterno! –Camus estava em seu limite. –Onde encontro a Luana?

—Olha, se bata viu? Eu não vou te falar nem que a Lady Gaga em pessoa aparecesse aqui e me pedisse!

—Mas é uma insensível mesmo! –Afrodite coloca as mãos na cintura e começa a bater boca com Andreas. –E não cite o nome da Lady Gaga em vão!

—Pois é. –Milo ignorando o Camus que parecia a ponto de ter um AVC, virou-se para Sophia exibindo seu melhor sorriso, enquanto Afrodite e Andreas discutiam, cada um defendendo seu lado. –O que o idiota do ex-noivo dela fez?

—Uma idiotice enorme! –a moça olhou para Milo e retribuiu o sorriso. –Ele só se aproximou da Luana porque fez uma aposta. Eles estudaram juntos e a Lu sempre foi na dela, aí ele de repente se mostrou interessado, e até ficaram noivos! Mas tudo o que ele queria era...

—Entendi.

Milo teve vontade de socar a cara daquele sujeito. Se o visse novamente não responderia por seus atos. Notou o semblante carregado de Camus, ele também havia ouvido o que Sophia havia dito e, aparentemente, estava começando a entender porque Luana estava evitando-o.

—Sophia, por favor. –Camus a fitou. –Onde ela está? Eu não a encontrei em seu escritório e preciso muito dizer-lhe que foi um mal-entendido.

—Bem... –ela fitou Andreas. –Deve ter ido pra casa dela.

—Sua traidora! –Andreas pareceu mortificado. –Como pode dar informações ao inimigo?

—Viu a carinha dele? Tá arrependido! –Sophia se defendeu.

—Parei com você! –apontando para Sophia, em seguida para Afrodite e Milo. –E parei com vocês também! Agora saiam e me deixem tentar salvar as rosas!

—Que rosas?

Afrodite olha para os fundos e vê caixas de rosas murchas e depois olha para Andreas que parecia preocupado com isso. E se tinha algo que ele não gostava era de ver um rosto bonito como o dele, marcado pela preocupação.

—E você, senhor Francês...

Andreas ia chamar a atenção de Camus novamente, mas nesse momento todos reparam que ele já não estava mais ali e que havia saído correndo da loja e deixado os amigos para trás discutindo com o jovem loiro e a sua colega.

—ONDE ELE FOI ?

—Ah... ele diz que não, mas tá amarradão. –Milo sorri e vai saindo da loja, calmamente depois sentiu que alguém havia liberado seu cosmo. –Afrodite, cadê o Afrodite?

—Estou aqui. –Afrodite surgiu dos fundos da loja com um ar inocente. –Acho que não temos mais nada a fazer agora, vamos embora?

—É... o que foi isso? –Milo apontando para ele e depois pros fundos da loja.

—Isso o que? –Afrodite se fazendo de desentendido.

Milo olhou para os rostos confusos do casal e depois para Afrodite. Decidiu que não queria mais confusão praquele dia e deu as costas para a floricultura.

—Nada. Vamos embora.

—Sim.

Assim que Milo e Afrodite estavam bem longe, Andreas suspirou imaginando se devia ligar para Luana e avisá-la daquela visita em sua loja, nesse momento, Sophia ia para os fundos dessa e solta um grito. Andreas corre o mais rápido possível para ver o que aconteceu e para estarrecido diante do que via.

Todas as rosas estavam vivas. Mais belas e vivas do que ousaria imaginar. E todas exalavam um delicioso aroma pelo ar.

—Mas... o que houve aqui? –o jovem parecia não acreditar no que via.

—Eu não sei mas... –Sophia tentava não chorar de felicidade. –Acho que podemos trabalhar, não?

Andreas teve um estranho pressentimento, não sabia bem o que era. Foi quando reparou em uma rosa branca jogada no chão e a pegou, imaginando como isso tudo aconteceu, que milagre era aquele e de onde havia caído aquela rosa branca?

 

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Camus chegou até a residência de Luana, batendo em sua porta e tocando sua campainha. Tudo em vão. Não encontrou resposta alguma.

—Droga! Ela não está em casa! –concluiu frustrado, imaginando o quanto a magoara.

Então, o ex-noivo a usara? Isso e o jeito que agira com ela, era mais do que o suficiente para Luana achar que fosse igual àquele traste.

Camus bateu a testa na porta umas três vezes com certa força, achando que merecia aquilo. Anos evitando relacionamentos sérios com mulheres o fizeram ser um tanto insensível à elas e aos seus sentimentos e se sentiu o pior dos homens.

—Eu sou um idiota. –murmurou, batendo a cabeça uma quarta vez.

—Senhor duPont. -A voz feminina o surpreendeu e virou-se imediatamente, fitando a jovem loira diante dele. Era Vênus, que mantinha um ar jovial. –Bater a cabeça assim... não dói?

—Vênus! Onde está Luana?

—Ah, ela tem um compromisso logo mais à noite. Então, tirou o dia para se arrumar, sabe? –ela respondeu displicente. –Mas o que faz aqui, senhor duPont? Tem um encontro hoje, esqueceu?

—Esquece esse bendito encontro!

—Olha, o combinado é o combinado. Você vai ao encontro hoje e depois você conversa com a Luana. Certo?

—Mas... –Camus fita a jovem sentindo algo estranho nela. –Você tem um cosmo... fraco, está tentando ocultar.

—Hein? –Ela se fez de desentendida. –Cosmos? O que é isso?

—Quem é você? –apontando o dedo para ela.

—Vênus Dakakis. –ela respondeu simplesmente. –Sou estudante de T.I. e trabalho na Amor.com, lembra? Oito horas no Constantinis!

Ela determinou, lhe dando as costas e caminhando devagar. Camus ia lhe chamar, mas a presença dos gatos de Luana, miando assustados e derrubando um latão de lixo o distraiu, e quando se virou na direção da loira, ela havia desaparecido.

—O... o que?

 

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Eram quase seis horas da tarde quando Camus retornara ao Santuário e percebeu Milo, novamente ocupado em observar Shina de longe. Aproximou-se do amigo, colocando a mão em seu ombro.

—Se gosta dela, vai lá e lhe diga! –falou o Aquariano para a surpresa do amigo.

—Queria que fosse fácil. –virou-se. –E aí? Achou a Luana?

—Não. E sinto que a perdi também.

—Camus, nunca entendi porque você... um cara tão boa pinta, inteligente, faz essas burradas quando o assunto é mulher! –Milo suspirou, observando melhor o amigo.

—Lembra quando fui designado a treinar Hyoga anos atrás?

—Lembro sim.

—Fui mandando para a Sibéria. Um dos motivos era treinar alguém para herdar a armadura de Cisne presa nas geleiras. Outro motivo e estreitar laços entre o Santuário e Bluegrad.

—O lar dos Cavaleiros que deveria vigiar Poseidon?

—Sim. Acabei me aproximando do líder Piotr e consequentemente de sua filha, Nastassia. –dizia com um sorriso triste. –Nos envolvemos, eu realmente me apaixonei por ela. E estava disposto até mesmo a casar com ela.

—Puxa! Você... você nunca me falou isso antes! O que houve?

—Eu morri, lembra? –Camus disse com toda a naturalidade. –Houve a “Rebelião” dos Cavaleiros de Bronze, tive que me envolver tanto por causa do Hyoga quanto por Atena. E eu morri.

Milo ficou em silêncio, ouvindo a narrativa do amigo.

—Demorou anos para retornamos graças à Atena. E quando voltei, a primeira coisa que pensei foi em Nastassia! Voltei o mais rápido possível para Bluegrad, queria vê-la, dizer o quanto sentia sua falta e que queria que ficássemos juntos. Mas...

—Mas?

—Passaram-se anos, Milo. Ela estava casada com outro homem, e tinha um filho com ele.

—Ah, cara. Sinto muito! Devo imaginar o quanto isso doeu!

—Ela não me viu. –Camus continuou a falar. –Não quis criar uma situação. Eu não pude culpá-la. Afinal, estava morto! No fundo, acho que fiquei feliz por ela ter reencontrado alguém e com ele ter tido a família que tanto queria. Eles pareciam felizes juntos. No fundo, só culpei a mim mesmo.

—Posso entender porque evitava compromisso. –Milo coçou a nuca sem graça.

—E quando finalmente encontro alguém que desperta em mim aquelas mesmas sensações, eu estrago tudo de novo!

—Está amarradão! –Milo riu.

—Eu... –Camus sorri.

—Fala, vai!

—Falar o que?

—O que sente pela baixinha! –Milo cutucando ele.

—Pára com isso, Milo.

—Olha, você parece ter dificuldade de dizer algo simples como três palavras: “Eu te amo”! Tenta vai! Não custa! Finja que eu sou a Luana!

—Milo, isso é ridículo! Eu abro meu coração para você, conto algo que guardei segredo por anos e vem com essa?

—Ah, que custa?

—Só se falar o mesmo para a Shina.

—Tudo bem! –Milo rindo. –Tenho que treinar e ter coragem também.

Camus e Milo começam a rir em cumplicidade, ambos reconhecendo que tinham problemas em declarar às mulheres por quem haviam se apaixonado todo o sentimento que os movia. Suspiram e contaram até três juntos.

—Eu te amo! –disseram em uma só voz e começaram a rir daquela situação.

—Minha nossa! –pararam de rir na hora quando viram Kiki e Mu, vermelhos como pimentões, por perto. O menino estava super sem graça. –Eu não quis ouvir isso! Eu... me desculpe!

—Bem que ouvi boatos sobre vocês dois. –Mu pensativo.

—Que boatos? –Camus e Milo se ergueram rapidamente, apontando um para o outro e falando ao mesmo tempo. –Somos só amigos, entendeu errado, estávamos treinando, não foi o que pensou, eu não gosto de homem, prefiro mulher, não fique falando o que não sabe!

—Tudo bem, eu não tenho preconceitos! Acho até louvável que assumam algo assim! Afinal, não tenho nada a ver com a vida sexual dos dois, continuam sendo meus amigos. –Mu falava sorrindo serenamente. –Toda forma de amor é abençoada!

—ENTENDEU TUDO ERRADO! –os dois praticamente berraram para o cavaleiro de Áries que mantinha o sorriso no rosto.

—Vou te mostrar! –Milo falou convicto e foi até a direção de Shina. –Shina!

A amazona o fitou, retirando a máscara para limpar o suor do treinamento. Camus e Mu observaram de longe ele falar algo a ela. Shina responde sorrindo, acena e se afasta de um Milo que parecia em estado de choque. Camus e o ariano se aproximam cautelosos e ele cutuca o amigo.

—O que foi?

—Eu a convidei para sair... hoje...

—Isso é bom. E o que ela disse?

Milo se vira e Camus se assusta com os olhos marejados dele:

—Ela tem um encontro hoje... com outra pessoa...

Milo encosta a cabeça no ombro de Camus. O Aquariano dá tapinhas amigáveis nas costas dele, sem graça. Mu tenta consolá-lo.

 

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Na hora combinada, Camus estava no Constantinis. Sentado à mesa esperando pelo tal encontro marcado por Vênus. Pensou seriamente em dispensar a moça gentilmente e terminar com aquilo tudo. Olhou ao redor e viu um abatido Milo sentado numa mesa do lado extremo do restaurante, acompanhado por Afrodite, para lhe dar apoio.

Achou melhor que ele não ficasse sozinho, se lamentando por não ter tido iniciativa com a amazona antes. Então, para a sua surpresa, Vênus chegou acompanhada por uma bela mulher de vestido vermelho, tubinho e bem justo ao corpo, revelando generosamente o seu busto com um decote ousado.

Demorou alguns segundos para ele perceber quem era a beldade de vermelho. Era Luana!

Quase engasgou quando a viu dar-lhe as costas e revelar um enorme decote, que evidenciava não estar usando sutiã por debaixo daquela peça de roupa provocante. Não conseguia desviar os olhos dela, e a jovem percebeu sua presença, pois também o fitava com uma expressão surpresa, segurando a bolsa-carteira em suas mãos com força.

Viu Milo se aproximar das duas, convidando-as para se sentarem e elas aceitando prontamente. O Cavaleiro de Aquário estava a ponto de sair da sua mesa, ir até ela, mandar às favas todo aquele negócio de aposta e falar o que sentia por Luana, não cometeria o mesmo erro de antes, o mesmo erro de Milo...

—Camus de Aquário?

A voz feminina o fez virar-se surpreso. Diante dele com um belo vestido azul com saia rodada, lindamente maquiada, estava...

—Shina?

—Você é a minha Alma Gêmea? –ela inquiriu com um sorriso lindo no rosto.

 

Continua...



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