História Amor de Fada - Inconsolável

Levy Pov's on

-A Erza, como é que ela está? - perguntou a Lucy limpando a cara com as mãos.
-Ela está com o Jellal por isso não nos vamos preocupar. Mas o que aconteceu afinal? - perguntou o Gray meio confuso.
-É sobre algo que lhe aconteceu no passado. - respondi.
Fez-se silêncio durante um pouco até que a loirinha falou.
-Era o Eric... Ao telefone... Ele disse que não suporta ver-me assim e diz que vem para cá até que tudo acalme. Ele pode ficar na nossa casa? - perguntou ela olhando para mim e para a Ju.
-Claro que sim. - respondeu a azulada.
Estivemos lá algum tempo ate que o Jellal e a Erza reentraram no quarto.
-Bom, esta a ficar tarde é melhor nos irmos para casa. -Falou o Jellal
-Tens razão. Deixem as raparigas em casa. -Falou ele referindo-se a mim e à Er. - Eu e a Juvia ficamos mais um pouco. Depois eu deixo-a em casa. - Avisou o Gray
-Ok como queiras. -Falou o Gajeel saindo do quarto.
Chegamos ao carro do metaleiro. Eu e a Er fomos atrás e os rapazes a frente.
O grandalhão ligou o carro e pôs uma pen na zona do radio.
Logo começou a tocar música bem pesada, mas boa até. O problema é que o rapaz logo começou a cantar também.
-Gajeel, poupa-nos por favor. - Falou o azulado pondo as mãos nas orelhas.
-Desculpa. Meu carro, minhas regras. -Falou este aumentando o volume.
Rapidamente chegamos a casa e finalmente podemos parar de ouvir aquele retardado.
-Ei. Vocês não querem ficar aqui? - perguntou a Er
Eles entreolharam-se e concordaram logo instalando-se no sofá.
-Vou mandar mensagem pra Ju que pode ficar na casa do Gray. É melhor para eles porque amanhã de manha vão para o hospital.
-Então eu vou buscar roupas a casa. Dá-me as tuas chaves, Jellal. - Falou o Gajeel olhando o azulado que estava distraído a conversar com a Er. Este tirou-as do bolso e atirou-as ao amigo.
-Eu já volto. - Falou ele saindo de casa.
-Nós dormimos onde? - perguntou o azulado
-Bem... - falei encarando ele e a Erza- tu ficas onde quiseres agora o Gajeel fica no quarto de hospedes.
-Pois sei. - Falou ele com cara de tarado.
Pouco depois o Gajeel chegou e continuamos na conversa.

Juvia Pov's on

Falei com o Gray sobre a mensagem da Levy e ele disse que não havia problema.
-Lucy... - falou ele.
-Ah?
-Hoje vens para casa? - ela não lhe respondeu.

- Por favorrrr.
Ela fez olhinhos de cachorrinho.
-Não podes ficar aqui para sempre. - Falei
-Eu não quero. Eu quero sair daqui o mais depressa possível de mão dada com o Natsu, acompanhando-o até casa. - Falou ela quase a chorar.
-Vais ficar bem? - perguntou o Gray, abraçando-a.
-Claro.
-Nós voltamos amanhã antes das aulas. - Falei abraçando-a também.

Gajeel Pov’s on

Acordei com alguém a bater à porta. Olhei em volta e lembrei que estava na casa das raparigas. Peguei no telemóvel e vi que ainda era de madrugada. Levantei-me e abri a porta. 
-O que estás aqui a fazer baixinha? - perguntei e ela virou costas indo embora. - Ei! Espera, o que querias? 
-Ah! Não é nada esquece. Foi uma má ideia ter vindo cá. - Falou continuando a andar. 
Antes que ela se afastasse muito agarrei-lhe o pulso virando-a para mim. 
-Vá lá diz o que se passa. 
-Eh que...eu... Eu estou com pesadelos. - Falou com vergonha baixando a cabeça. Que fofa. 
-Queres que eu fique contigo até adormeceres? - interroguei e a nanica aceitou. 
Ambos fomos para o quarto dela. Estávamos deitados frente a frente e ela estava com a cara escondida no meu peito. 
Espera. Porque raio eu estou a fazer isto por este gnomo de jardim azul. Talvez porque tu gostas da Levy, não? Realmente é uma opção. Espera, claramente isso não é possível. E já agora, desde quando eu falo comigo mesmo?

Gray Pov’s on

Acabamos de chegar a casa e a Ju já foi para o quarto. Eu dirigi-me à cozinha para ir buscar água para ela tomar os medicamentos para as dores. 
Em seguida fui para o quarto. 
-Gray-sama? 
-Sim? 
-Porque é que tu te preocupas tanto comigo? 
-Porque eu te amo. - Falei e em seguida dei-lhe um beijo que foi interrompido pelo som do meu telemóvel. 
Tirei-o do bolso e atendi, era o pai do Natsu.

Chat on

Gray: Boa noite Sr. Igneel. 
Igneel: Boa noite Gray! Desculpa incomodar, mas eu tinha esquecido de perguntar qual era o hospital em que o meu filho estava. 
Gray: Ah! Ele esta no Hospital Central de Magnólia, quarto 77.
Igneel: obrigado.

Chat off

-Bem, Juvia, acho melhor irmos dormir.
-Sim, tens razão. 
Em seguida trocamos de roupa e deitamo-nos virados um para o outro. Trocamos alguns beijos e depois acabamos por adormecer.

Lucy Pov’s on

Eu continuo a chorar observando o meu rosado na esperança que ele abra os olhos quando ouvi a porta do quarto abrir e em seguida fechar. Olhei na direção de onde tinha vindo o barulho e lá estava o Eric. 
Não aguentei e fui logo abraça-lo. Ele fez o mesmo e depositou um beijo na minha cabeça. 
O meu irmão sabe sempre como me acalmar.  
-Estás melhor? - perguntou-me. 
-Eu só vou estar melhor quando ele acordar. 
-Lu, olha para mim. - Pediu e eu obedeci. - Achas que se ele estivesse acordado quereria ver-te assim. - apenas abanei a cabeça em sinal de negação. - Então para de chorar. Tu tens que ser forte. Ok? Tu sabes que eu odeio que fiques assim. - falou limpando as minhas lágrimas e me abraçando novamente. 
Ouvimos a porta abrir e fechar de novo e afastamo-nos. 
O homem que tinha acabado de entrar no quarto tinha cabelo rosa tal como o Natsu, mas claramente mais arrumado. 
-Olá Sr. Igneel. - Falou o loiro cumprimentando o mais velho. 
-Olá Eric, o que fazes aqui? - perguntou surpreso pela presença do meu irmão. 
-Eu vim apoiar a minha irmã, Lucy, devido à situação do seu filho. - respondeu apontando para mim. 
- Olá Lucy! Há quantos anos, não é? Já nem te deves lembrar de mim. - Falou vindo em minha direção. - Tu conheces o Natsu é? 
-Sim. Ele não lhe contou? Nós estamos a namorar. - disse eu já deixando cair uma lágrima.
- Oh minha querida não chores. Vai ficar tudo bem. - anunciou beijando a minha testa. - Tu estás aqui há quanto tempo? -perguntou-me. 
- Desde que o Natsu deu entrada no hospital. 
-Não é melhor ires para casa? Dormes melhor lá e amanhã voltas. Pode ser?  - Sugeriu o pai do Natsu. 
-Mas eu não quero deixar o Natsu sozinho. 
-Não te preocupes eu fico com ele. 
-Está bem, mas assim que tiver alguma novidade telefone. 
-Sim, eu telefono para o teu irmão. Vê se descansas.

Eric Pov’s on

Saímos do hospital e caminhamos lado a lado até ao meu carro.
Já há muito tempo que não estava com a minha Lu e não queria que o motivo de nos reencontraremos fosse por ela estar mal. Mas pronto... A vida é assim mesmo. 
Fomos o caminho todo em silêncio. Só conseguia ouvi-la a soluçar e a segurar o choro.
Rapidamente chegamos a casa das raparigas. Saí do carro acompanhando a Lucy.
Eu não queria vê-la assim então tentei conversar com ela para ela se distrair.
-De quem é este carro? - falei ao passarmos por um que estava estacionada em frente a casa. 
-É o... O do Gajeel. Os rapazes devem ter ficado aí com as miúdas. - Falou ela entre soluços.
-Hm ok…
-Mas o carro do Gray não esta aqui. - Falou ela olhando em volta. - A Juvia deve ter ficado com ele também.
-Gray?! Que estranho é o mesmo nome do...
-Sim. Esse Gray mesmo- falou ela interrompendo
-Parece que o mundo é pequeno. -Falei baixinho.
Apesar de tudo ela continuava a chorar. Entramos no quarto dela e ela lançou-se para cima da cama, ficando com a cara escondida nas mantas.
-P-porque é q-quee tinha que ser com ele?! - disse ela com a voz abafada, soluçando.
-Vai ficar tudo bem Lu. Quando menos esperarmos ele vai acordar e mostrar que esta tudo bem e que não era preciso ficares assim. - falei deitando-me a beira dela abraçando-a 
Ela retribuiu e ficamos assim por um tempo.
Estava à espera que ela acabasse por adormecer e descaçasse, mas com o passar do tempo só sentia a minha camisola a ficar cada vez mais molhada pelas lágrimas dela.
-Lucy?
-Hm?
-Tu queres ir à praia?
-O quê? Mas… Agora? - falou ela desviando-se um pouco de mim, encarando-me.
Limpei-lhe as lágrimas e sorri.
-Claro. Porque não. Como antigamente.
-Tu ainda te lembras? - falou sorrindo. 
-Claro que sim, vamos? - ela simplesmente acenou com a cabeça dizendo que sim. Peguei na mão dela e saímos a correr até ao local destinado. 
Já na praia sentamo-nos na areia gelada com a brisa a bater no nosso rosto e fazendo os cabelos balançarem. A Lu deitou a cabeça no meu ombro e tal como eu ficou a observar as ondas do mar. 
-Obrigada. - Sussurrou. 
-Por quê? - questionei. 
-Por seres o melhor irmão do mundo, por te preocupares comigo e por me animares quando estou em baixo.
Abracei-a e pouco depois ela adormeceu.
Peguei nela ao colo e levei-a para dentro. Deixei-a no quarto e fui beber algo à cozinha. 
Voltei ao quarto e deitei-me ao lado dela abraçando-a como sempre fazia nas noites de tempestade em que ela tinha medo de ficar sozinha.

Juvia Pov’s on

Acordei e o Gray-sama já não estava no quarto. 
Vesti a roupa que tinha ido buscar a casa ontem antes de virmos para cá. Peguei nas moletas e fui até a cozinha. Ele estava encostado a porta a mexer no telemóvel.
-Oie- falei
-Oi. Então como estás? - perguntou ele desviando o olhar do aparelho.
-Bem. - O meu pé estava a doer mais que o costume, mas não queria incomodá-lo então acabei por nem falar nada. - E tu?
- A melhorar. Olha parece que a Lucy foi para casa. O irmão dela apareceu e conseguiu tirá-la do hospital. O pai do Natsu ligou-me agora a dizer.
-Passamos por lá antes de ir para a escola então?
-Sim. Estás pronta? Vamos comer algo à padaria primeiro.
Acenei afirmativamente e ele passou por mim dando-me um beijo na testa.
-Então vamos.
Tomámos o pequeno-almoço numa padaria lá perto e fomos para minha casa.
Estava tudo em silêncio e como ainda era cedo suspeitei que estivessem todos a dormir ainda.
Eu e o Gray estávamos a conversar no sofá quando apareceu a sombra de alguém do lado dos quartos. Era o Eric que sorriu quando nos viu.
-Olá Eric. - Falei sorrindo de volta
Ele cumprimentou-nos e logo falou com o Gray.
-Eric... -começou o azulado.
-Parece que cresceste hei... - logo interrompeu-o o loiro
-Isso digo-te eu... Já passaram muitos anos né...
-Para aí uns dez eu acho.
Estávamos a conversar quando olhei as horas.
É melhor ir acordá-los senão já sei como é.
-É melhor a Lucy ficar em casa a descansar né? - perguntei e os dois acenaram afirmativamente. - Então eu vou acordar os outros antes que cheguemos novamente atrasados.
Levantei-me e peguei nas moletas. Fui primeiro até ao quarto da Lucy. Queria estar com ela. Mesmo ela estando a dormir eu tinha que a ver.
Abri a porta devagarinho e pude ver que ela estava acordada. Ela encontrava-se sentada no chão, com a cara pousada nos joelhos. 
-L-Lucy...- sussurrei entrando na divisão.
A loira levantou a cara, olhando-me. Ela estava com ar cansado, com os olhos vermelhos e a cara coberta de lágrimas.
Eu ainda estava estática, junto a porta do quarto quando ela se levantou e veio ter comigo. Abracei-a deixando cair as moletas. Ela começou a chorar ainda mais.
-O.…O q-que é que... Eu faço? - falou ela entre soluços 
-Tu não podes fazer nada... só mostrar que és forte. Tal como ele. Por isso é que eu sei que vai ficar tudo bem.
-E se não ficar?
-Eu estou a afirmar. Vai ficar.
Ficamos assim até que alguém bateu a porta.