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História Amor em Alto Mar - Capítulo 4


Escrita por: Uke-sama

Notas do Autor


Demorei mas aqui está ! Espero que gostem
>.<

Capítulo 5 - Capítulo 4



Pov. Sanji


Me ajeitei melhor na mesa tentando não ser muito óbvio. Todo meu corpo ficando tenso em expectativa ao ouvir os passos que vinham em direção a cozinha. 


Olhei discretamente em direção a porta apenas para ver que os passos pertenciam a navegadora do navio.


- A é só você - Tentei não soar muito decepcionado, o que não deu muito certo.


A ruiva ergueu uma sobrancelha em questionamento.


 Eu podia entender o porque na confusão da garota. Afinal, deveria ser no mínimo estranho não ser recepcionada pelo meu amor usual. Mas, mesmo sabendo o que eu deveria fazer, nada aconteceu. 


Eu não estava muito animado. Nem mesmo para as minhas amadas garotas. 


Hoje fariam quantos dias ? Sete ? Oito ? Parecia que uma eternidade havia se passado. Desde os acontecimentos a pouco mais de uma semana atrás, o Marimo havia conquistado um feito digno de tirar o chapéu. Ele simplesmente havia desaparecido dentro de um navio em auto mar. 


Ou pelo menos era como eu via a situação. Já que em uma semana eu não vi nem um vislumbre do mais velho. Chegou uma em hora que eu tive a certeza de que o maior havia abandonado o navio e desistido da pirataria. 


Aquilo se provou como sendo apenas uma bobagem da minha cabeça, pois no dia seguinte o capitão do navio passou um bom tempo descrevendo como o Zoro havia brigado com ele por comer toda a carne que eu deveria usar no dia seguinte para fazer o almoço. 


Por incrível que pareça, eu não fiquei bravo, pelo contrário, pareceu que todo meu corpo havia relaxado, era como se eu finalmente respirasse depois de muito tempo prendendo a respiração. Foi só naquele momento que eu percebi o quão consciente eu estava da ausência do maior.


Então ele ainda está aqui. 


Apesar de aliviado eu não podia deixar de ficar nervoso. Verdade que eu disse para ele ficar longe de mim, mas isso não significava que ele tinha que simplesmente desaparecer.


Certo ? 


Droga. Não era ele que ficava dizendo que me amava ? Será que havia desistido ? Ou ele achava que não valia a pena tentar ? E pior, por que diabos eu estava pensando nisso ? 


Era quase como se eu quisesse que ele viesse atrás de mim. E isso me irritava quase tanto quanto seu sumiço.


- Sanji-san ? 


Olhei para a navegadora que havia adentrado a cozinha e estava apoiada na mesa bem ao meu lado.


- Está tudo bem ? - Sorriu- Você sabe que pode falar comigo certo?


Fiquei feliz em ouvir aquilo. Não tanto quanto eu ficaria em qualquer outra ocasião, ao saber que a minha amada Nami-swan se importava comigo, mas ainda sim, feliz.


- Eu estou bem. - A resposta veio seguida de um sorriso agradecido. 


- Tem certeza ? Por acaso você estar desse jeito não tem alguma coisa a ver com o Zoro-Kun ?


Fiquei tenso no lugar.


- Z-Zoro !? Porque eu teria algo a ver com aquele idiota ? - As palavra vieram medidas, afinal eu nunca levantaria a voz ou faltaria de educação para com um mulher. Ainda mais a minha Nami-swan. 


A garota apenas sorriu. 


Desencostando-se da mesa a ruiva foi em direção a porta, parando por alguns instantes para dizer:


- Você deveria falar com ele. 


E logo em seguida eu estava sozinho novamente. O espaço sempre tão acolhedor que era a cozinha, agora, me irritava. Eu queria sair dali. Eu queria gritar. Queria chutar alguma coisa. Eu queria minhas brigas inúteis com o Marimo de volta. Queria minha vida do jeito que ela era a uma semana atras. Eu queria que o espadachim cabeça oca nunca tivesse dito que me amava. 


Amor.


Ele me ama.


E era nesses momentos. Quando a ficha do quão sério aquilo era caia, que eu me sentia completamente perdido. Eu que já amei tantas mulheres sei que nada dói mais do que um coração partido. Mas o que eu poderia fazer ? 
Você poderia parar de ser egoísta. 


Balancei a cabeça. Eu sabia que era egoísmo da minha parte. Eu não tinha a obrigação de responder aos sentimentos do Marimo. Mas eu também não tinha o direito de oprimi-los. Não é como se eu pudesse fazer com que os sentimentos dele fossem embora. Talvez, só talvez, se nós pudéssemos conversar e tentar achar uma forma de lidar com isso. 


Mais para isso ele teria que parar de fugir de mim. 


Novamente eu me surpreendia com meu próprio egoísmo. Ele não estava fugindo de mim por ser covarde e não aceitar os próprios sentimentos. Ele havia se afastado porque eu mandei.  


E por mais que eu nunca fosse admitir eu estava arrependido. Eu me arrependia de ter dito para ele ficar longe de mim, pois isso era mentira. Eu não queria ele longe, pelo contrário, cada vez mais eu queria ele por perto. 


E isso me assustava. 


Eu não sabia bem o que era esse sentimento. Não sabia nem mesmo se havia algum sentimento para falar sobre. A única coisa que eu sabia, era que eu queria que ele estivesse por perto, eu queria ver o sorriso de satisfação que vinha aos seus lábios ao comer minha comida, queria ver seus treinos e sua determinação. Queria tanta coisa, que, a cada segundo se tornava difícil não pensar nisso. 


Mais uma vez pensei no concelho da navegadora. Se eu fosse falar com ele, qual seria sua reação ? E ainda que eu fosse, o que eu poderia falar ? Não é como se eu pudesse dar uma boa resposta a declaração do Marimo, afinal, nem mesmo eu sabia quais eram meus sentimentos. Tudo que eu sabia era que eu queria ele de volta. 
 
Levantei de onde estava, batendo os punhos na mesa, era isso, eu falaria com ele, e seria agora.


Andei até o convés do navio batendo de cara com o atirador do navio.


- Yo Sanji - colocou a mão na cintura - precisa de alguma ajuda aí ? 


- Não, eu estou bem - tentei inutilmente não parecer com pressa ou ansioso -  Você viu o Marimo por aí ? 


- A eu acho que vi o Zoro entrando no quarto ...


Não fiquei para ouvir o resto da frase, a ansiedade que eu estava tentando esconder simplesmente explodiu e antes que pudesse me impedir corri para o quarto escancarando a porta.


Só depois eu notei que eu não tinha absolutamente a menor ideia sobre o que eu iria falar ou como eu ia explicar o porque da porta quase ter sido arrancada.


Olhei ao redor tentando achar o Marimo. Coisa que,se eu não estivesse com um bolo de sentimentos desconhecidos no meu estômago, teria me feito dar belas gargalhadas.  A minha frente o moreno estava escondido atrás de um dos armários do quarto. Ou pelo menos era o que ele parecia achar estar fazendo, pois a única coisa que eu via, era, uma homem absurdamente musculoso tentando ficar atrás de um armário relativamente pequeno se comparado ao espadachim. 


Ergui a sobrancelha em questionamento. Ele apenas se contentou em sair do esconderijo dando de ombros como dissesse:


"Situações desesperadas requerem medidas desesperadas." 


- Você realmente estava tentando se esconder atrás de um armário ? 


Tentei não parecer chateado, não com ele, mas comigo mesmo, por ser o responsável por aquilo. Não duvidava que aquilo deveria ser extremamente humilhante e doloroso para o moreno. 


Não houve resposta. 


Prestei mais atenção aos detalhes. Ele estava diferente. De alguma forma, em apenas uma semana ele havia mudado. Seus olhos antes tão vivos e determinados estavam opacos e fundos, sua pele morena que antes era tão bela, agora estava pálida e doentia. 


Meu coração doeu.


Doeu mais do que eu lembrava de ter doido durante toda minha vida. Doeu, pois, por mais que eu quisesse encontrar uma desculpa, eu sabia que a culpa, por ele estar assim, era minha, e de mais ninguém. 


- Zoro...


Chamei, apesar de estar com medo de ouvir o que ele teria a me dizer.


Novamente não teve resposta. Andei em sua direção. 


- Zoro, por favor - Cheguei perto - Olhe para mim. 


Toquei seu rosto. 


Aquilo doía, realmente doía, eu não tinha pensado nele, apenas em mim e em minhas vontades idiotas e egoístas. E agora, isso me deixava muito puto, eu queria que ele ficasse bravo, queria que ele reagisse, que dissesse que eu era um grande idiota e que eu não merecia o amor que ele tinha por mim. Queria que ele fizesse qualquer coisa que não fosse me ignorar. Isso dentre tudo que ele poderia fazer. Era o que mais doida. E eu odiava isso. 


- Qual é Zoro ! Reage ! - Empurrei seus ombros - Faz alguma coisa ! Qualquer coisa !


Fiquei chocado com o que aconteceu em seguida.


Por algum motivo, aquele empurrão, que em outra ocasião não faria nem cossacas no moreno, havia feito com que o maior bambeasse e, apesar da tentativa inútil de se segurar em alguma coisa, cair no chão.


Aquilo me preocupou. O que diabos estava acontecendo. Eu não havia botado força nenhuma no empurrão e mesmo assim, parecia que o mais velho acabara de sair de um briga. 
Me abaixei, sentando no chão, ao lado do maior que aparentava estar tão surpreso quanto eu pela sua fraqueza. 


- Me desculpe 


Aquelas palavras vinham do fundo do meus coração, eu estava arrependido, meu coração apertava só de olhar para o moreno ao meu lado. Seja lá o que estivesse acontecendo com ele. A culpa era minha.


Coloquei o rosto entre mãos, tentado evitar que o mais velho visse  o arrependimento era vergonha em meus olhos. 


- Você não tem que se desculpar. - Sua voz estava rouca - Eu não deveria ter insistido. 


Levantei o rosto. E pela primeira vez, desde o dia em que ele havia dito que me amava, olhei em seus olhos. Pela primeira vez, me permiti tentar ver aquilo tudo com outra perspectiva. Ver todos os sentimentos que estavam tão escancarados esse tempo todo naqueles olhos. 


- Eu estava errado. - Fiquei surpreso por dizer aquilo em voz alta. Mas agora não havia volta. E sinceramente, eu não sei se que queria que tivesse volta. As coisa teriam que mudar, e dependendo de como tudo aconteceria por hoje, talvez essa situação pudesse tomar um rumo diferente. - Eu não quero você longe de mim. Pelo contrário. Eu quero você cada vez mais perto, e sinceramente, isso me assusta. 


- Você...me quer ? 


Não pude olhar para os olhos do Marimo por muito mais tempo, os sentimentos ali expostos eram fortes de mais, mas antes de virar o rosto, eu pude ver um sorriso, era pequeno, e com certeza discreto, mas parecia ser verdadeiro. 
 
Corei. Como eu responderia aquilo ? 


Ele pareceu notar meu desconforto, pois mudou a pergunta logo em seguida


- Então...Isso é um sim ? - Suas palavras saíram um pouco trêmulas, como se ele estivesse tentando esconder o medo que tinha da resposta. 


Respirei fundo. Precisava falar agora, ou jamais teria coragem o suficiente.


- Não é um sim, eu não posso te dar um sim, pois eu não sei o que sinto por você - Seu sorriso murchou um pouco, mas não parei - Também não é um não Zoro, eu sei que eu sinto alguma coisa por você, só não sei o que. - Cobri o rosto com as mãos, envergonhado. - Tudo que eu sei, é que eu quero você por perto, quero ver seu sorriso, quero nossas brigas de volta...e até m-mesmo se-seus beijos.


Minha voz saiu extremamente baixa nós final da frase, uma parte de mim desejando que o moreno não ouvisse o que eu acabara de dizer. 
Fiquei esperando pela resposta. Que depois de um tempo ficou claro que não viria. Fui obrigado a levantar o rosto, e o que eu vi me deixou feliz. 
O moreno olhava para o teto do navio, um sorriso bobo no rosto.


A quanto tempo eu não via esse sorriso?


- Então - Disse ele, sem deixar de sorrir ou de olhar para o teto - Isso é um "vamos tentar" ? 


- Sim - Minha voz era um sussurro.


Ele não respondeu. Pelo menos não em palavras. Ele apenas se aproximou aos poucos, até que sus lábios estivessem tocando os meus. 
Dessa vez eu não tive pressa, medo, ou até vergonha, eu esperava por aquele toque, eu queria aquele toque. 


O beijo era calmo, era mais um carinho, algo feito para certificar a nós dois que nenhum de nós iria embora. Que aquele momento era nosso. 


Quando nos separamos, foi só para poder respirar. 


Eu estava feliz. E estranhamente aliviado.


Ao fundo pude ouvir a barriga do Marimo roncar. E de repente eu entendi o motivo para a fraqueza do moreno.


- A quanto tempo você não come ? 


- Como você...? Esquece- Sorriu - Desde aquele dia, comida me lembra você. 


Dei um soco um tanto forte no ombro dele.


- Baka ! Não faça mais isso ! 


Me levantei, sentindo que cada movimento meu era observado. Parei a frente do maior oferecendo uma mão.


- Vem, vamos arranjar algo para você comer. 
















 


Notas Finais


Então !? Gostaram ?


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