História Amor Esquecido - Visita inesperada

Aviso nas notas do Autor

Seu coração estava batendo rapidamente.
             Estava suando.
             Com os olhos fixos a porta.

“Não... Isso não está acontecendo...” Pensava com sigo mesma.
              Ela não queria o ver.
              Não queria olhar para o mesmo novamente.

Porém, o que ela poderia fazer para impedir isso?

De repente, um alto barulho foi ouvido e imediatamente, a porta fora aberta. Todos os vampiros ficaram sérios, como se não gostassem da presença de quem acabara de adentrar na sala de estar.

Logo, foi possível ver um homem entrar. Ele possuía longos cabelos brancos. Olhos dourados, dois quais brilhavam com muita intensidade. Pele extremamente pálida.Vestia trajes luxuosos, porém, da idade média. Podia-se dizer que o homem possuía um certo charme único.

- Como vão, meus queridos filhos? – Menciona tais palavras com sarcasmo na voz, logo sorrindo em ver que os vampiros o encaravam com ódio no olhar.

- O que você quer aqui?! – Pergunta Subaru, praticamente gritando. Ele estava prestes a socar a parede, porém, para a sua ação ao ver o estado de Haya ao seu lado.

A morena estava de cabeça baixa, incapaz de olhar nos olhos do homem que tanto lhe fez mal. 

Entretanto, é sedo demais para eu lhes contar o que aconteceu no passado desta jovem moça...

- Calma, calma... Eu não posso fazer uma visitinha aos meus próprios filhos? Que maus vocês são... – Reclama o albino, fingindo estar triste.

- Se insiste... Pode ficar para o jantar... – Começa Reiji, tendo amargura na voz. (Obs: Quando o chefe de família visita seus filhos, sempre há um jantar, mesmo que os mesmos já tenham jantado antes de suas aulas) O moreno podia até ser o irmão que menos odiava Karlheinz, porém, a sua paciência com o mesmo era pouca.

Ao ver seu pai estava encarando Haya, da qual permanecia de cabeça baixa, Reiji decidiu continuar:

- Esta é... – A sua fala é cortada por Karl, mais conhecido como Tougo Sakamaki.

- A atual noiva de sacrifício de vocês. – Completa o homem. – Haya Matsura, possui quinze anos de idade. Uma menina doce e gentil, não é mesmo querida? – Pergunta Tougo, colocando a sua mão no queixo da menor, fazendo ela ter que levantar a cabeça e o encarar, mesmo que contra a sua vontade.

- Desde quando você pesquisa sobre as nossas noivas? – Pergunta Ayato, totalmente indiferente. Sua expressão era de tédio, mesmo estando diante a uma das pessoas que mais odiava no mundo.

-  E eu não pesquiso. – O sorriso do homem aumenta ao ver a expressão dos demais presentes. Haya estava se segurando para não fazer algo que venha a se arrepender futuramente. 

Após tais diálogos, todos se dirigiram até a sala de jantar e Karl fez questão de caminhar ao lado de Haya. Já estando na sala, o homem se sentou na ponta da mesa, por ser o chefe de família. 

- Você conhece ela? – Pergunta Subaru, após todos terem se sentado. Ele estava curioso, mas também irritado com a presença indesejada.

- Claro. Nos conhecemos há muito tempo... Não é mesmo querida Haya? – Pergunta Tougo, passando a olhar para Haya, sorrindo com deboche.

A pequena não conseguia dizer nada. Estava tremendo muito, com uma imensa vontade de chorar. Aquela cena voltou a sua mente...

Flashback:

A morena estava prestes a entrar na limousine, da qual iria lhe levar até a mansão Sakamaki. Ela podia estar um pouco abatida graças a tudo o que passou durante todos esses anos, porém, estava ansiosa e feliz em poder rever o seu tão amada amigo.

“Ele é tudo o que me resta... Eu não tive tempo de me despedir antes... Mas, agora tudo vai melhorar.” Pensa consigo mesma. Em seus lábios, um leve sorriso havia se formado. Segurava com força o calar de safira que havia ganhado há muito tempo por Subaru. 

- Preparada para ser uma noiva de sacrifício, querida? – Pergunta uma voz familiar. Ela se vira e acaba vendo Karlheinz a sua frente.

- Se for para rever Subaru, sim... – Diz em sussurro, mas o vampiro consegue ouvir.

O sorriso no rosto do homem aumentou ainda mais, estava ansioso para contar a ela. A ansiedade da jovem era tanta, que nem se importou de estar dialogando com quem havia matado os seus próprios pais. 

- Tão ingênua... – Disse o albino. – Pensa mesmo que ela vai se lembrar de você?

- S-sim... Ele prometeu... E-ele prometeu q-que não importa o que acontecesse, e-ele nunca iria se esquecer de mim... -  Disse Haya com dificuldade, estava preocupada com que ele havia lhe dito.

- Você não é mais aquela criança. Sabe que as pessoas mudam. Subaru mudou, ele te esqueceu. – Continua Tougo, feliz com a reação desesperada da garota.

- C-como você pode achar i-isso...? – Pergunta quase chorando.

- Depois não diga que não lhe avisei. Basta ir para lá, ele não vai te reconhecer, ele te esqueceu. Se você dizer que o conhecia antes, apenas irá piorar a situação, então, apenas fique calada. – Continua Karl, já se afastando um pouco.

- P-por que ele fez isso...?

- Simples. Ele nunca gostou de você, nunca te amou. Fostes apenas um passatempo para ele. Agora se coloque em seu lugar. Não vá para lá pensando que irá reencontrar o seu antigo amigo. As pessoas mudam e se esquecem um dos outros... – Completa, já sumindo do campo de visão da menor.

Várias e várias lágrimas caíam dos olhos da morena. Estava parada, na caçada, com uma limousine a sua frente. “Não... NÃO! Isso não é verdade! Eu conheço o Subaru! Sei que ele não me esqueceria!” Pensa.

Após minutos tentando se acalmar, a jovem chegou na concluso que sua vida acabou. Nada mais fazia sentido para ela. Sua razão de viver havia sumido. Sua foça interior havia a abandonado. Enxugou as suas lágrimas e, sem expressão alguma, entrou na limousine. “Se isto é verdade, então eu não irei mais viver, irei apenas existir, sem objetivo algum” Algo em seu interior dizia que aquilo era verdade, o que lhe fazia chorar por dentro. 

Não muito longe da limousine que havia acabado de partir, se localizava um homem satisfeito. Ele havia alcançado o seu objetivo, Karl queria separar os dois, o que havia conseguido. Porém, algo lhe preocupada. Mesmo com a memória perdida graças a maldição, Subaru poderia se apaixonar pela garota novamente. Isso lhe deixava inquieto... 

Fim do Flashback...

O resto do jantar se passou em silêncio total. Todos estavam desconfortáveis, especialmente Subaru e Haya. O albino não estava gostando nada do fato de seu “querido” e “amado” pai conhecia Haya. E a morena, apenas com a cabeça baixa, tentando manter as ideias negativas, longe de sua mente.

- Então, eu tenho que ir à uma reunião. Foi ótimo passar um tempo com os meus amados filhos e com a minha querida Haya. – Disse Tougo, já se levantando da cadeira e indo em direção de Haya. – Cuidado para não se iludir mais ainda. – Sussurrou no ouvido da pequena, a fazendo se encolher de medo.

Subaru não gostou nada dessa aproximação e olhou mortalmente para Karlheinz.

- Volte nunca. – Cantarolou Laito, sorrindo alegremente, mesmo que quisesse esganar seu pai ali mesmo.

- Até! – O albino sumiu da visão de todos, fazendo todos suspirarem aliviados, inclusive Haya.

Uma hora já havia se passado, Haya estava em frente a porta de seu quarto, pranta para abrir a mesma. Porém, sente uma presença atrás de si. Se vira lentamente, temendo ter que falar com o rapaz.

- Qual é a sua relação com ele? – Pergunta Subaru, olhando diretamente para os olhos da garota indefesa.

Ela, nada respondeu, fazendo o vampiro se enfurecer. Subaru tinha uma pavio curto, não é nada novo de se dizer. Ele a presenciou com força contra a porta, fazendo os seus corpos se encostarem. Agora, Haya não tinha escapatória.

- ME RESPONDA! – Grita o albino.

- Ele matou os meus pais... – Responde Haya, olhando no fundo os olhos avermelhados do rapaz.

Foi um grande choque para Subaru, afinal, ele não esperava uma resposta desta. Já tendo sua pergunta respondida, soltou a morena, na qual entrou em seu quarto rapidamente, mas não antes de mencionar um “Boa noite” mesmo que dormissem de dia.

Então, ficou ali, parado, em frente a porta de Haya, sem reação alguma. “Por que essa garota me impressiona e intriga cada vez mais?” Pensa o albino, indignado de tanta curiosidade que tinha em relação a garota.

“Realmente, ela é diferente... Única..."