História Amor Esquecido - Sangue

Os dois andavam um do lado do outro pelos corredores do grande colégio. Subaru estava com as mãos nos bolsos e tentava o máximo possível não ter contato visual com a garota. Já Haya, por outro lado, estava muito pensativa e as vezes olhava discretamente para o albino. Eles ficavam assim até chegarem em frente a uma porta, provavelmente a sala de aula deles.

- É aqui. – Diz Subaru, sua voz estava fria e indiferente. Parecia que ele estava sendo forçado a falar quilo a ela. Ela apenas faz um sinal positivo com a cabeça e encara a porta.

Subaru abre a porta e adentra na sala. Haya o segue e percebe que o professor já estava na sala. Ela devia estar um pouco atrasada, mas já que era o seu primeiro dia de aula, não era algo muito preocupante. Subaru vai direto se sentar em seu lugar sem se importar com a capacidade de o professor estar querendo uma justificativa por ele ter chegado atrasado.

O professor olha para Haya e percebe que ela é a nova aluna, na qual a diretora havia lhe dito. Ele poderia ser considerado um professor frio, chato e era quase impossível prestar atenção em suas aulas, mas mesmo assim, ele teve que forçar um sorriso para não dar uma má impressão a novata. Após sorrir, ele disse tais palavras:

- Você deve ser a nova aluna. Por favor, apresente-se para a turma. – Disse de forma educada. A garota assentiu com a cabeça e se preparou mentalmente para ter que falar algo pela primeira vez naquela noite. 

- Sou Haya Matsuda, 15 anos. – Tais palavras foram mencionadas com delicadeza e muita calma. Após dizer a sua pequena apresentação, Haya se curvou em forma respeitosa e educada.

Subaru, no qual estava sentado no fundo da sala, teve a mesma sensação de quando a garota havia se apresentado na mansão. Aquela voz, familiar, mas ao mesmo tempo desconhecida pelo mesmo. Haya continuava a expressar aquele mesmo vazio em seu doce olhar. O professor disse:

- Espero que a tratem com respeito. Senhorita Matsuda, se sente... do lado de Subaru Sakamaki. – Disse apontando para a carteira vazia do lado de Subaru. Haya apenas assentiu coma cabeça e começou a andar sem pressa até o seu devido lugar.

Vários olhares de fúria caiam sobre Haya, não apenas por ela ter que se sentar ao lado de um dos “Príncipes” da escola, mas também por ter chegado na sala acompanhada dele. Mas pela segunda vez, a garota não se importou com aquilo e se sentou ao lado de Subaru. O albino queria matar o professor por ter feito a pequena sentar ao seu lado. Após Haya se sentar, o professou começou a explicar a matéria da aula.

O decorrer da aula fora muito calmo, Haya prestava total atenção na aula, mesmo a mesma sendo muito chata. Subaru apenas observava a paisagem pela janela, já que sua carteira se encontrava do lada da janela, no fundo da sala. Quando o sinal para o intervalo bateu, a maioria dos alunos saíram da sala e foram para o refeitório. Subaru também saiu da sala, deixando Haya, ainda sentada em sua carteira, sozinha. Ela deu um longo suspiro e caminhou lentamente até a porta. Adentou no corredor a passos curtos.

O terraço do colégio estava vazio, era o local perfeito para se observar a bela noite. Mas o silêncio do lugar fora interrompido com sons de passos se aproximando. Era Subaru. Ele coloca as mãos nos bolsos dos uniforme e fica observando o céu de pé mesmo. Sua expressão esta calma novamente, assim como todas as vezes que ele ficava em lugares calmos e lindos. Um outro barulho de passos pode ser ouvido agora.

Subaru se virou calmamente e foi capaz de ver uma garota de estatura baixa, cabelos castanhos ondulados que iam até metade das suas costas, olhos extremamente azuis que agora estavam sendo iluminados com a luz da lua, rosto angelical e expressão calma e serena. Claramente era Haya. Ela se aproximou do albino e ficou do seu lado também passando a observar o céu.

- O que está fazendo aqui? – Pergunta Subaru de forma calma mas também rude, olhando de canto para a garota.

A mesma nada respondeu, continuou olhando a bela paisagem. A paciência de Subaru com esta garota já estava acabando, ele nunca havia visto noiva alguma assim, tão calma e calada. Subaru estava se segurando desde a chegada da garota, mas agora ele já não aguentava mais. Ele precisava urgentemente beber o sangue da pequena.

Haya é jogada no chão por Subaru. O impacto foi tão grande que a garota acabou fazendo uma pequena expressão de dor, mas emitiu som algum. Sua cabeça havia batido com muita força no chão gelado, mas isto não importava para Subaru agora, ele só queria poder provar da garota. Ele estava por cima dela, a imobilizando, fazendo ela ser incapaz de poder escapar dele. 

Subaru aproxima seu rosto do pescoço da garota, fazendo com que Haya fosse capaz de sentir a sua respiração em seu pescoço. Logo, a pele pálida da garota é furada por duas presas finas e afiadas. A mordida de Subaru estava sendo mais dolorosa que a de Ayato, e o albino estava fazendo questão de fazer a pequena sentir mais dor ainda. Haya não aguentou e deixou escapar um pequeno grito de dor, pois aquilo era extremamente doloroso. O vampiro retirou suas presas do pescoço dela no exato memento que a mesma havia gritado.

Aquele grito... ele conhecia aquele grito... ele conhecia aquela voz... aquela expressão de dor... Haya apenas o olhou quando ele saiu de cima dela, voltando a sua expressão calma e vazia. A pequena estava se reprendendo mentalmente por ter dado aquele pequeno grito, mas a coitada não tinha culpa alguma por esta sendo mordida com tanta força. Subaru simplesmente sumiu de sua vista, mas antes, era possível perceber a sua expressão espantada e pensativa ao mesmo tempo.  

Três horas depois...

Haya estava caminhando pelos corredores do colégio para chegar até a saída, pensativa como sempre. Mas agora, os seus pensamentos estavam totalmente focados em uma certa pessoas. Ela estava preocupada com o albino, pois ele não apareceu na aula depois de ter a mordido no intervalo. A morena nem prestou atenção na aula por causa dele. Ela para de caminhar e chacoalha sua cabeça, tentando, inutilmente, tentar tirar o vampiro de seus pensamentos. 

Enquanto volta a caminhar em direção a saída, Haya pensa o seguinte:

“Eu devo o esquecer... Pois ele já não se lembra mais de mim...”