História Amor fraternal: Boko Makolin - Proteção

    Bolin ao acordar não sabia dizer se aquilo tinha sido um sonho ou se era real. Ultimamente estava tendo bastante sonhos com Mako, alguns até mesmo eróticos.

    Mas então constatou que não era um sonho por que sentia uma dor na região de seu quadril e onde tinha sido penetrado na noite anterior. Nunca se sentiu tão feliz por sentir dor.

     Saiu de debaixo das cobertas e percebeu que usava uma regata e uma cueca samba canção verde e branca. Provavelmente Mako o tinha vestido na noite anterior pois Bolin não se lembrava de ter se vestido depois do sexo que fizeram.  

      Não se importou em colocar mais roupas para cobrir o seu corpo e se levantou e foi procurar o Mako.

     O encontrou sentado em uma escrivaninha olhando alguns papeis e parecia concentrado no que fazia.

    Bolin pensou em ir falar com ele mas não queria atrapalhar o irmão mas também queria conversar com Mako. Então percebeu que não sabia oque falar, pensou se deveria lhe desejar bom dia, ou se deveria dizer oi ou talvez apenas como vai? Talvez um olá ou um e aí?

    —Bolin — O dominador de terra nem havia percebido que o irmão tinha se virado e agora o fitava com seus olhos castanhos brilhantes.   

    —Bom dia.— Disse Mako. — Vem cá.

     Bolin se aproximou a passos lentos do irmão. Quando chegou perto Mako se levantou e beijou o caçula na bochecha. O dominador de terra enrubesceu e transferiu o peso de uma perna pra outra um pouco desconfortável.

     —Bom dia.— Bo respondeu passando a mão no local onde Mako tinha beijado e sentindo uma sensação boa fluindo pelo seu corpo.

     —Eu tô fazendo uns relatórios aqui.— Mako disse dando uma rápida conferida nos papeis. — Mas se quiser eu posso fazer um café da manhã pra você.

     —Não, não, não. Você tá trabalhando. Deixa que eu faço o café.— Bolin disse se dirigindo  cozinha.  

      —Certo. Obrigado. —Mako disse e voltou sua atenção para os relatórios que deveria entregar.

     Bolin enquanto preparava o café pensou no que dizer a Mako quando o fosse questionar sobre como seriam as coisas a seguir.

      Mako e agora? Como ficamos nós dois? Não, não é bom o bastante. Mako oque vai acontecer agora? Melhor, mas ainda não é bom o bastante. Mako como vamos ficar? Oque vai acontecer agora? É, é isso. É isso que Bolin falaria para Mako.

       Quando terminou de preparar o omelete Bolin o colocou em um prato e o juntou com o suco de laranja que tinha preparado. Colocou tudo numa bandeja e pôs se a andar em direção a Mako.

       —Hã... Mako.

   —Ahh oi Bo.— Mako disse levantando.— Obrigado por ter feito o café.— Mako pegou a bandeja da mão do irmão e foi até a sala de jantar. Bolin o seguiu e os dois se sentaram na mesa para comerem.

   —Obrigado pela noite anterior.— O detetive agradeceu tomando um gole do suco de laranja.

   —De nada — respondeu Bolin.

    Mako experimentou o omelete enquanto Bolin apenas o observava.

    Bolin moveu o quadril e tentou se ajeitar enquanto estava sentado naquela cadeira de madeira para tentar ficar mais confortável.

    —Tá doendo muito? — Perguntou Mako com tom de preocupação.

    —Oque?!— Perguntou Bolin confuso já que foi tirado de seus pensamentos repentinamente.

     —Ouvi que na primeira vez costuma machucar bastante. Está doendo muito?— Perguntou Mako.

       —Ahh. Nem está doendo tanto. Na época de pró-dobra eu saía muito mais dolorido dos treinos.— Bolin disse e sorriu nostálgico.

       Mako o acompanhou no sorriso.

       —Aquela época foi horrível mas também teve seus bons momentos.

       —Foi lá que conhecemos a Korra.— Bolin disse sorrindo.— E também era legal ficar naquele galpão. Ficávamos até tarde da noite conversando.

        —É... —Mako concordou e tomou um gole de suco.

         —Tinha também a época das ruas... — Lembrou Bolin.— Não era uma época legal mas você sempre cuidou de mim naquela época...

          Mako encarou Bolin serio por um momento e depois perguntou:

          —Bolin... você se lembra do pai e da mãe?— Ele perguntou.

           Bolin estranhou o rumo que aquela conversa estava indo mas mesmo assim respondeu o irmão.

           —Não... eu só lembro da época que passamos nas ruas.— Bolin olhou para Mako de uma forma agradecida.— Só me lembro de você me protegendo e cuidando de mim.

            —Ahh.— Ele olhou Bolin bem no fundo de suas orbes verdes e brilhantes.— Eu também não me lembro de muita coisa mas no dia que eles foram mortos... eu não consigo tirar aquela cena da cabeça.— Mako fechou os olhos e novamente aquela cena lhe atingiu e o garoto sentiu como se estivesse presenciando aquilo de novo.

             Seus pais tinham sido mortos por um criminoso que invadiu a sua casa buscando por dinheiro e outras coisas. Mako se lembrou de seu pai indo até ele e passando o seu cachecol por seu pescoço e dizendo a ele pra se esconder junto de Bo. Lembrou-se de sua mãe se jogando na frente do assaltante ,que no caso também era um dominador de fogo, para protege-lo e seu irmão. Viu Bolin chorando e se aproximando dele e ficando junto de seu copo e buscando nele  proteção. Mako o pegou pela mão e o conduziu pra fora da casa enquanto dizia repetidamente: Tá tudo bem, vai ficar tudo bem, nós vamos ficar bem.— Só que ele repetia isso mais para si mesmo do que para o irmão.

   Quando abriu os olhos viu que Bolin olhava pra ele com um tom de preocupação no rosto.

   O dominador de terra se aproximou do irmão e o abraçou.

   —Tá tudo bem ok? Eu tô aqui.

    Mako sorriu e se aconchegou mais naquele abraço enquanto sentia lagrimas caindo de seus olhos.

    Bolin sentiu lagrimas caírem dos olhos do irmão. É verdade que o dominador de terra tinha muitas duvidas a respeito do futuro mas naquele momentos todos os seus pensamentos se calaram.