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História Amor fraternal: Boko Makolin - Pesadelos pt. 1


Escrita por: Anttonny

Notas do Autor


Vamos começar com um estilo meio Dark na história. Não vai ser muito grande, 3 capítulos no máximo, mas é algo que eu realmente quero fazer. Espero que gostem. ^^

Capítulo 7 - Pesadelos pt. 1


Fanfic / Fanfiction Amor fraternal: Boko Makolin - Pesadelos pt. 1

    Bolin foi acordado pelos movimentos bruscos por parte do irmão mais velho e se assustou ao ver os espasmos de Mako. O garoto tremia e suava enquanto dormia, dando claros sinais de que estava tendo um pesadelo.   

    Se levantou da cama e acendeu o abajur. Se perguntou se deveria acordar o detetive enquanto o observava se mover e murmurar coisas incompreensíveis mas que mostravam claramente o horror de seus pesadelos.

    Não. Fica longe. Deixa a gente em paz.

    Os murmúrios de Mako cortavam o silencio daquela noite fria e chuvosa de meio de semana.

    Bolin se aproximou do irmão e o tocando de forma carinhosa tentou acorda-lo.

    O viu abrir seus olhos castanhos e já estava pronto para explicar a ele que o acordou por que queria tira-lo de seu pesadelo, mas Mako foi mais rápido; Abraçou Bolin fortemente e impediu que ele desse suas explicações.

     —Mako...?! — Bolin disse ao ser pego de surpresa.

     Não houve resposta por conta de Mako. O único som audível no momento era o da chuva caindo do lado de fora daquele apartamento. Mako aproximou seu rosto da curva do pescoço do irmão. Bolin sentiu quando o mais velho começou a fungar.

     Bolin lentamente conduziu suas mãos para as costas do irmão, retribuindo o abraço. Passou uma delas no cabelo de Mako, iniciando um leve afago em seus cabelos negros.

     O dominador de lava tinha experiência em consolar as pessoas. Crescendo nas ruas aprendeu que precisava moldar uma personalidade mais humorística e carinhosa para eliminar as tensões do irmão.

     A verdade é que: Os dois irmãos dependiam um do outro, mesmo que ambos não tenham percebido isso, mesmo durante todos os anos que viveram juntos. Quando foram para as ruas Mako precisou moldar a sua personalidade para ser paterna, protetora, responsável, preocupada com os riscos; isso gerou uma certa consequência negativa, ele se tornou frio, calculista e com certeza teria enlouquecido por causa da imensa responsabilidade de proteger a si mesmo e ao irmão caçula, mas foi aí que entrou Bolin: O garoto moldou sua personalidade para ser exatamente a oposta de Mako, se tornou carinhoso, bem-humorado e brincalhão; desta forma ele aliviava a tensão dos ombros do irmão e o ajudava a se acalmar.

     E mesmo após todos aqueles anos, eles continuavam ali. Aquela cena parecia um pouco com o hábito de refazer fotos, a sensação de nostalgia e déjà-vu.

     Mako se afastou um pouco do abraço do irmão.

     —Eu estou bem agora.— Para Mako as palavras soaram engraçadas, pareceram que não eram dele. E por mais que fosse verdade parecia um tom forçado. — Obrigado.

     Bolin se aproximou um pouco mais e lhe deu um novo abraço.

    —Sério?

    Mako tentou falar mas quando mexeu a boca não saiu som algum, então ele apenas assentiu com a cabeça.

     —Foi só um pesadelo.— Disse quando finalmente suas cordas vocais permitiram que falasse.

     Bolin assentiu mas manteve o olhar preocupado sobre ele. Ele sabia que aquele não era um simples pesadelo. Já tivera pesadelos antes, muitos, na verdade, mas aquele de Mako... era diferente. Bolin se lembrou da luta contra Unavaatu no mundo espiritual, quando Raava foi destruída uma onda de energia negra foi lançada no mundo e isso fez com que ele desmaiasse.

     Os sonhos que teve enquanto estava desacordado no polo norte... foram diferentes de tudo oque já teve. Ele viu todos os seus piores defeitos e falhas, viu todas as pessoas que amava partindo; é, com toda certeza, não foi nada agradável.

     Mako mantinha a cabeça baixa, como se estivesse com vergonha, ou algo do tipo.

     —Vou buscar um copo d’água— Bolin diz para o irmão que assente fraco. Enquanto caminha para a cozinha o dominador de lava tenta organizar seus pensamentos.

      Será que devo pressionar Mako para me contar sobre o sonho? Ou será que seria bobagem?

      Encheu um copo com água limpa. Pegou o pote que usavam para guardar açúcar e enfiou uma colher rasa de metal ali. Recolheu a colher, agora cheia de açúcar, e a levou até o copo. Misturou aquela solução, girando a colher. Viu um mini redemoinho se formar ali.

      Enquanto caminhava de volta para o quarto sentiu a boca ficar um pouco seca e não resistiu a tomar um pequeno gole da mistura que levaria a Mako.

      Quando ia adentrar o quarto um som característico o chamou a atenção e o fez-se congelar no mesmo lugar.

       Olhou por uma pequena greta e viu Mako encolhido, como se fosse uma criança, chorando e soluçando.

       Caminhou apressado até o irmão para tentar consola-lo. Quando chegou perto percebeu que ele tinha voltado a dormir.

        Bolin sentiu algo estranho vindo por parte do irmão. Sentia uma espécie de sombra, um tipo de escuridão. O ar ao seu redor parecia algo solido, o calor parecia deixar lentamente o seu corpo e com ele a própria existência de Mako parecia sumir.

         Quando tentou acorda-lo, puxando o seu dorso, percebeu incrédulo que o garoto mais parecia um boneco de pano.

         —Mako, mano. Fala comigo.— Bolin chamava de forma compulsiva mas não teve resposta alguma.

     O tempo pareceu passar como uma eternidade. Os segundos pesavam tanto quanto muros de concreto e a dor e preocupação no peito de Bolin fazia tudo ficar pior.

     E então Mako abriu os olhos de repente. Era pra a preocupação de Bolin ter se dissipado naquele momento mas isso não aconteceu. Os olhos de Mako não estavam normais, não eram do castanho brilhante que Bolin tanto adorava; Estavam negros no clero e de um vermelho sangue na íris.

     Uma fumaça negra saia de sua boca. Como aquelas que saem das bocas das pessoas quando está frio.

      Uma voz rouca e retumbante saiu da boca de Mako:

      —Eu estou de volta.

      Bolin cambaleou pra trás e caiu sentado. O medo brilhava em seus olhos. Ele reconhecia aquela voz, não sabia de onde mas a conhecia. E duvidava que fosse um lugar bom.  

      Um raio brilhou do lado de fora do apartamento, logo foi seguido por um grande trovão que fez o prédio inteiro tremer.

      —Eu me lembro de você, caro dominador de terra...— Aquela voz disse novamente através de Mako. Seu corpo se levantou e começou a caminhar em direção ao dominador de lava.— Você estava lá quando eu fui derrotado daquela vez... Vai ser um prazer matar você...

        Bolin estava tão apavorado que sequer conseguia se mover.

        Mako se aproximou dele com uma expressão sombria no rosto, um sorriso que demonstrava desprezo e maldade. Ele moveu as mãos e formou um punho com elas. Uma chama avermelhada surgiu de suas mãos.

         O corpo de Bolin se moveu por instinto. Rolou no chão e se levantou rapidamente. Toda sua inteligência pareceu sumir e tudo oque restou foi o instinto.

        Um jato de fogo interrupto foi em sua direção. Bolin criou uma barreira com a dobra de terra para afastar o fogo de si. O fogo se espalhou por entre seu escudo de terra mas não o atingiu. O problema foi que o fogo pode não tê-lo atingido mas o raio que veio em seguida o lançou longe.

         Deslizou no chão até bater contra a parede.

         Bolin deu um giro com as pernas e separou rochas da parede e as lançou contra Mako. Uma nuvem de poeira se formou quanto elas atingiram o alvo.

          E então a capacidade de pensar de Bolin foi restaurada e ele percebeu que estava lutando contra o irmão. Isso o fez ficar um pouco lento e hesitante.

          Um raio quase o atingiu, o dominador de terra teria sido eletrocutado se não tivesse se esquivado pro lado.

          Pensou se deveria usar a dobra de lava mas logo eliminou tal ideia. O espaço era muito pequeno, além de que poderia derrubar o prédio inteiro, e o mais importante: poderia machucar Mako. Mesmo que o policial estivesse fora de si não merecia ser machucado.

    Uma luz branca fez Bolin fechar o olhos e proteger o rosto com as mãos.

    Quando os abriu viu Mako caído no chão.

    —Mako — Gritou pelo nome do irmão, deixando claro a sua preocupação.

    Não houve resposta.

    Bolin correu até o irmão e o pegou no colo. Passou a mão em seu rosto.

    —Bolin...— Ouviu seu nome ser chamado por uma voz inocente e feminina, muito familiar. Virou o rosto naquela direção e se deparou com Jinora.— Você está bem?

     —Mako... ele...

     —A korra já está a caminho.— Jinora disse e isso pareceu acalmar um pouco Bolin.

      Só então Bo percebeu que Jinora estava em forma de espirito. Tinha projetado o espírito para fora do corpo. Mas não deu muito interesse a esse detalhe. Isso era algo normal para Jinora, a dobradora de ar fazia aquilo o tempo todo.        

      —Ele... vai ficar bem não é?— Perguntou um pouco hesitante.

       Jinora se ajoelhou perto do amigo.

       —Eu... não sei.

       Bolin desceu o olhar até o corpo inanimado do irmão que estava em seus braços.

       Um som de batida ecoou pelo apartamento. Parecia que o apartamento tinha sido arrombado.

       —Jinora — Ouviu a voz tão familiar de Tenzin sendo usada para chamar a filha mas Bolin achou que não teria forças para responder então deixou que Jinora respondesse com um “aqui”.

       Logo o quarto foi invadido por Korra, Asami e Tenzin.

       Asami foi até Bo e passou os braços em torno do seu pescoço, tentando transmitir toda a segurança e consolo que conseguia.

       Korra deu uma rápida olhada em Mako e logo desviou o olhar para Jinora.

       —Oque houve? — A avatar perguntou.

       —Eu senti uma energia negra e negativa vindo dele.— Jinora tentou explicar.

       —Energia negativa? Como o de um espirito maligno?— Perguntou Asami enquanto mantinha os braços entorno de Bolin para acalmar o amigo.

        —É mais forte do que tudo que já senti.— Disse de forma apreensiva.

        Um silencio incomodo se espalhou por todo o lugar.

        —Certo vamos tentar ficar calmos — disse Tenzin com seu tom pacifico habitual.— Vamos colocar Mako na cama.

    Bolin e Korra levaram o amigo dominador de fogo e o colocaram na cama.

    —Oque está acontecendo ? — Bolin perguntou para Korra. — Korra, você é a avatar, sabe oque está acontecendo não é? — Era nítida a sua esperança.

    —Eu vou tentar fazer uma leitura.— Disse para os amigos e se aproximou de Mako. Tocou gentilmente sua testa. Seus olhos ganharam um brilho branco, mostrando que tinha entrado no estado de avatar.

    Korra sentiu que estava se afastando para longe do  próprio corpo. Pareceu flutuar até um lugar distante. Quando abriu os olhos novamente percebeu que estava num lugar sombrio e distante. Não havia nada ali, exatamente nada; só uma grande escuridão que se alastrava em todas as direções.

     —Aonde estou? — Perguntou para si mesma enquanto girava ao redor de seu próprio eixo,  tentando descobrir qual era daquele lugar esquisito.

      —Nos encontramos de novo... pequena avatar.— Uma voz obscura e sombria falou. Korra logo a reconheceu, mas ficou tão assustada que não conseguiu responder. Seu cérebro não era capaz de processar as informações então tudo oque restou foi a negação que surgiu com um mecanismo de defesa.       

      —Não. Isso não é real. Eu destruí você...

      —Eu não posso ser destruído. — A voz retrucou de volta.

      Korra se sentiu exposta, vulnerável, sentiu-se como um alvo fácil. Mas foi aí que ela sentiu algo dentro de si gerando energia para todo o seu corpo, se sentiu forte e corajosa de novo.

      Obrigada Raava.

       —Então é você quem está causando isso... Vaatu. — Korra disse acusadoramente para a voz. 


Notas Finais


Vaatu voltou e agora a porr* ficou seria :v P.s.: Comentem pessoas, quero saber se estão gostando da minha ideia de capítulos mais Dark.
P.S.S: Desculpem possíveis erros de português.


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