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História Amor fraternal: Boko Makolin - Pesadelos pt. 2


Escrita por: Anttonny

Notas do Autor


Um leve curiosidade pra vocês: Eu nunca imaginei que a Fic ia ir para esse lado meio sombrio, tanto é que tive que atualiza-la, colocando uns avisos que não tinha antes.
P.s.: Só pra lembrar: comentários são sempre muito bem vindos, eles dão um incentivo a mais p/ continuar. E apesar de gostar de todos os tipos de leitores, até mesmo os fantasmas, eu tenho um cainho especial pelos que comentam aqui.

Capítulo 8 - Pesadelos pt. 2


      Asami tentava confortar Bolin enquanto Korra contava sobre oque tinha acontecido quando ela adentrou a mente de Mako.

      —Parece que o espírito dele está preso em algum lugar do mundo espiritual... — Dizia Korra tentando parecer casual mas era possível ver estampado em seus olhos certa dose de medo e preocupação.— Eu consegui sentir a energia dele mas... tinha algo ruim com ele. Algo além de Vaatu.

       —Mas como Vaatu ainda está por aí? — Interrompe Jinora — Você não o destruiu?

        —Vaatu e Raava não podem ser destruídos, mesmo na convergência harmônica, luz e sombras não se separam. Um simplesmente cresce dentro do outro...— E então Korra para, parecendo estar pensando. — Mas isso era pra levar  10.000 anos... eu ainda não entendo como Vaatu conseguiu sair.

        —E agora está dentro de Mako... — Bolin disse em tom baixo, com a voz carregada de emoção. Manteve o olhar baixo.

        Korra se aproximou do amigo e se agachou na sua frente. Segurou uma das suas mãos e olhou bem dentro de seus olhos.

        —Nós vamos encontra-lo. — Korra prometeu, com os olhos cheios de brilho e a determinação transbordando por seu corpo.

        Bolin assentiu fraco. Com a determinação da amiga o contagiando.

        —Mako deve estar no nevoeiro das almas perdidas — disse Tenzin com a mão no queixo, demonstrando que pensava no assunto.

         —É possível — disse Korra — Mas eu sinto algo diferente... algo maligno.

         —Vamos ter que ter cuidado —alertou Tenzin — o nevoeiro das almas perdidas não é um lugar fácil de deixar... todas as memorias mais sombrias de Mako irão domina-lo por completo e ele enlouquecerá se não o tirarmos de lá logo.

         —Nós vamos tira-lo de lá — disse Korra convicta. Ela não permitiria que o amigo sofresse. Já passaram por tanta coisa juntos que seria impossível não tentar cuidar dele.

         —Certo mas não podemos ir todos juntos...— disse Jinora medindo as palavras.— As tríades e gangues estão atacando a cidade e já tivemos uma ameaça de ataque a ilha do templo do ar...

          —Concordo— disse Tenzin olhando para Korra.

          —Eu vou. — Bolin se levantou do sofá no qual estava sentado até naquele instante. Olhou com uma expressão séria e determinada para Korra. A avatar percebeu que não conseguiria mudar a expressão de Bolin, não importasse oque fizesse, mas nem sequer cogitou aquela possibilidade, Korra queria Bo com ela.

          —Certo. — Disse Korra.

          —Eu também vou.— Disse Asami se levantando.— Não pude ajudar na luta contra Unavatu, pelo menos agora quero ser útil. Talvez nossa amizade ajude a trazer Mako de volta.

          Korra trocou olhares desconfiados com a namorada. Por mais que soubesse que  garota Sato soubesse cuidar muito bem de si mesma não podia deixar de ficar preocupada com ela. Mas algo lhe ocorreu: A menina exibia a mesma expressão de determinação de Bolin, convence-la não seria fácil.

           —Então vamos todos nós. — Korra disse olhando pros amigos. Depois se virou para Tenzin. — Pode chamar a Katara? Ficar longe de seu corpo físico pode ser perigoso. Preciso que ela cuide de Mako.

            —Claro — respondeu o dominador de ar.

            —Eu vou até a minha empresa arrumar suprimentos e algumas outras coisas. — Disse Asami.

             —Ok. Enquanto isso eu vou tentar me conectar com Raava.— Disse Korra.

              Bolin sentiu o toque da avatar em seu ombro.

              —Você deveria tentar dormir um pouco... vai ser uma longa jornada.

                                              [...]

 

 

              Se encontraram do lado de fora do portal que levava para o mundo espiritual. Bolin usava roupas de malha resistente e partes de uma armadura de metal, parecia o uniforme dos soldados da Kuvira. Asami usava o uniforme das industrias futuro, tinha sua luva elétrica junto a mão direita e também levava consigo uma aljava cheia de flechas, junto com um arco de alta tecnologia, provavelmente o protótipo de um novo desenvolvimento das suas Industrias.  

              —Vamos — disse Korra chamando os amigos enquanto caminhava em direção ao portal.

              O mundo espiritual parecia tão pacato quanto Korra se lembrava. Espíritos brincavam e dançavam no céu e terra. Nada de anormal acontecia por ali, mal parecia que Vaatu estivesse liberto.

              —Parece tudo normal. — Asami comenta olhando ao redor.

              —É isso que me preocupa.— Disse Korra apertando as mãos. Concentrou Tchi no ar. Uma leve brisa se formou e ela se sentiu tranquilizada por ainda ter a capacidade de dominação.

               Bolin olhava ao redor. Maravilhado com todas as cores que surgiam em sua visão.

               —Pra onde vamos agora? — Perguntou.

               —Quero dar uma olhada na arvore do tempo primeiro. Talvez tenha alguma resposta sobre a situação...

    —Sobre isso... — Bolin coça a nuca, pouco confortável. — Eu andei pensando...

    —Você tem uma teoria?

    Bolin assentiu.

    —Quando Unalaq tirou Raava de você ela saiu pela sua boca certo? — Perguntou se dirigindo a Korra.

    —Foi.

    —Você beijou o Mako assim que derrotou Vaatu não é? Ele pode ter saído de dentro de você e ido para Mako sem ninguém perceber.

    Korra ficou ligeiramente boquiaberta e fitou com seus olhos azuis intensos o amigo. Fazia sentido a sua teoria mas tinha algumas tantas pontas soltas.

     —Mas por que só se manifestou agora? — Perguntou.

     —Quando nós destruímos o robô de Kuvira...

     —Ele usava energia espiritual. — Concluiu Asami. — Ter sido exposto a essa energia deve ter renovado as forças de Vaatu.

    —E somando a um novo portal sendo aberto bem perto dele; isso deu energias renovadas a Vaatu.— Completou Korra baixando o olhar. Ficando envergonhada e enrubescendo por pensar que aquilo tudo seria culpa dela. — Sua teoria é boa, Bolin... melhor do que qualquer uma que eu conseguiria pensar...

    Asami ajeitou o arco preso as suas costas.

    —Mas isso não resolve o problema. Sabemos oque aconteceu mas e agora? Vaatu continua dentro do corpo de Mako e ainda por cima prendeu sua alma em algum lugar por aqui.

    —Conversei com Raava. Ela me disse que é possível retirar Vaatu de dentro de Mako, desde que libertemos sua alma. — Korra tentou parecer casual mas a teoria de Bolin a estava fazendo se sentir mal. Sentia-se culpada. Ela abriu o portal espiritual em Cidade República e foi por causa dela que Mako destruiu o robô de Kuvira, tudo começou por sua culpa.

    Não, corrigiu a si mesma, aquilo era culpa de Vaatu, não sua.

    —Vamos lá.

                                            [...]

 

    Quando chegaram ao nevoeiro das almas pedidas Bolin não pôde deixar de olhar lá embaixo e sentir uma louca vontade de usar a dobra de lava para derreter tudo aquilo.

    Estavam num penhasco e bem abaixo deles havia uma espessa nevoa branca que se estendia por toda uma área.    

    —Nós vamos... simplesmente pular lá embaixo? — Perguntou tentando tirar a louca ideia ,que tivera a alguns momentos atrás, da cabeça.

    —Deixa eu tentar algo primeiro. — Korra assumiu uma postura de luta. Moveu os braços de forma leve e lenta. Bolin logo reconheceu aqueles movimentos: Estava tentando dominar a água.

     Korra parou de repente. Frustrada. Soltou um gemido de raiva.

      —Não consigo dominar.

       Bolin concentrou tchi na terra abaixo de seus pés. Sem se importar com a postura. Sentiu seu estomago arder e a energia se manifestar sobre suas pernas e braços.

       —A minha dobra não tá funcionando — disse começando a entrar em pânico.

        —Relaxa. — disse Korra — Acho que não podemos dominar elementos aqui por que tudo nesses arredores faz parte de um só espírito gigante.

         Asami subitamente levantou um dos pés, como se tivesse repulsa pelo chão no qual estava pisando.

         —Isso é... doideira — disse Bolin.

         Korra assentiu distraidamente.

         Entrou no estado de avatar e tentou dominar a energia uma vez mais. Ela já o tinha feito duas vezes: A primeira para libertar Jinora e um grupo de turistas do mundo espiritual; A segunda para parar a arma espiritual de Kuvira. Mas desde que meditou com Zaheer na prisão a dobra de energia se tornou algo natural para ela. Concentrou sua energia no nevoeiro e começou a imagina-lo se afastando, indo para longe, sumindo.

         Quando abriu os olhos percebeu que havia conseguido afastar a nevoa e faze-la sumir. Lá embaixo, agora sem a nevoa, dava para ver um monte de pessoas, um grupo de mais ou menos trinta.  

         Bolin não disse nada a Korra. Estava impressionado com os poderes da avatar mas estava concentrado em achar Mako. Colocou as mãos em volta dos olhos, e pôs-se a olhar o rosto de todos os humanos que estavam por ali; um grupo de mais ou menos 25 pessoas, de idades, costumes e cores de pele diferentes. Mas não encontrou o irmão em lugar nenhum.

         —Ele não está aqui. — Disse Bolin. O pânico começou a crescer dentro dele. Os seus pensamentos começaram a se embaralhar e suas emoções começaram a se aglutinar dentro dele; pareciam tentar lutar para domina-lo, da mesma forma que Bolin dominava terra e rochas.

         —Olhem — Asami apontou para algo dentro do nevoeiro. Os olhos dela deveriam ser melhores que os de Bolin, pois ele não conseguiu ver nada. O dominador de terra estreitou os olhos e viu algo jogado no chão: Um cachecol vermelho de lã.

         Bolin nem esperou pelas amigas. Pulou morro abaixo e começou a deslizar pelas paredes de terra. Ignorou as almas das pessoas que permaneciam imóveis no mesmo lugar. Correu até onde a peça de roupa do irmão estava jogada e a pegou.

          Sentiu os olhos arderem e lagrimas brotarem.

    —Bolin... — disse Asami colocando as mãos em suas costas.

    Mas o dominador de terra sequer a ouviu, ou sentiu o seu toque. Tudo parecia distante, distorcido. Caiu de joelhos, com o cachecol em uma das mãos, e começou a chorar.

     —Nós vamos acha-lo Bo... — Garantiu Asami.

     Bolin não conseguiu acreditar nela.

     Mako tinha cuidado dele por muito tempo. Desde as ruas, depois na época de pro-dobra e mesmo depois disso continuou tomando conta dele; Quando a guerra civil entre as tribos da água do Norte e do Sul se iniciou, ele disse a Bolin que Varrick o estava usando assim como a tribo da água; Bolin não acreditou nele e foi preciso que ele fosse preso e que Raiko quase fosse raptado para acreditar no próprio irmão.

      E ainda teve o caso da desativação do robô de Kuvira. Mako chegou ao ponto de colocar a própria vida em risco para parar aquela coisa.

      Agora Bolin se sentia exatamente como se sentia quando Mako contou a ele o seu plano de destruir o robô. Completamente impotente, sem ser capas de ajudar, de fazer nada.

      —Espera, — Korra disse interrompendo os pensamentos de Bolin. — eu posso usar o cachecol para localiza-lo.

      O rosto de Bolin começou a se acender.

      Korra gentilmente retirou o cachecol das mãos de Bolin e o segurou com uma das mãos. Fechou os olhos e tentou sentir a energia do amigo. Pensou em todas as risadas que deram juntos, os confortos recebidos por parte do maior. E não só isso: usou também a conexão que Asami e Bolin tinham com Mako.

      Abriu os olhos de repente. Agora sabia exatamente onde o amigo estava. Não gostou do lugar e muito menos da presença que estava com ele.                  


Notas Finais


Disse para um guri, em um comentário, que o capitulo ia demorar a sair mas aí eu vi que já tinha adiantado parte dele e já estava na metade então só levou só meia hora para termina-lo. Sim, leva bastante tempo para escrever meus capítulos. ( e olha que isso é uma fanfic, não um livro).


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