História Amor livre - O que está acontecendo?

- Entrem, eles estão na sala – Ruby diz ao abrir a porta para as professoras. Elas entrar e se direcionam para a sala de estar.

- Oi, meu amor – Emma a cumprimenta com um selinho – olá cunhada curiosa – ela abraça a ruiva.

- Quer dizer que o meu bebê não será mais bebê? – Zelena diz se sentando em um sofá junto com Ruby e Killian.

- Ah você também – a loira revira os olhos – venha amor – Emma senta em uma poltrona e puxa Regina para ela se sentar em seu colo. O que ela faz um pouco envergonhada – Pai, mãe! A Regina chegou – logo Mary e David voltaram da cozinha.

- Olá Regina – Mary sorriu para a amiga. Regina levantou do colo da namorada e cumprimentou aos sogros/amigos. Logo Emma puxou Regina para seu colo novamente. Era assim que elas sempre ficavam quando estavam na casa da morena, não importava se tivesse mais espeço ou se elas estavam fazendo coisas individuais. As vezes Emma colocava um fone e escutava música enquanto Regina lia um livro em seu colo e vice e versa. Ali, elas pelo menos tinham a desculpa de que não tinha mais lugares – que bom que pode vir hoje ainda hoje.

- Acho melhor definirmos tudo de uma vez – Mills respondeu.

- Então, Emma, eu creio que Regina tenha essa consciência. Você tem apenas um estágio, recebe pouco. Ir morar juntas é dividir as despesas também. Como planeja fazer isso? – David pergunta.

- Eu já tinha conversado a um tempo atrás com o senhor Gold, e ele me disse que se eu continuar até o fim desse ano letivo com a média que eu estou, ele me contrata como professora do jardim. Claro que quando falei com ele era só para poder realmente já trabalhar ali. Não é um super salario, mas é o suficiente para ajudar em algumas contas, e olha que eu convenci Regina de ajudar, pois ela alega poder pagar tudo sozinha –Emma responde, ela já esperava essa pergunta. E queria provar para seus pais que realmente tinha pensado sobre isso e não foi apenas um impulso por estar apaixonada. Seus pais se olharam, conversavam com o olhar.

- E o que acha disso Regina? Digo, disso tudo? –Mary perguntou.

- Fiquei meio apreensiva no início, pela idade dela. Não queria roubar dela das experiências da faculdade e essas coisas, mas digamos que ela usou os melhores argumentos – Regina olhou para a namorada, que sorriu – eu amo a filha de vocês, e não tenho dúvida que quero isso e nem ela. Eu dei um tempo, assim ambas vemos se é realmente isso que queremos no momento, para ter certeza que não estamos nos precipitando, já que namoramos a pouco tempo. Mas eu e ela já pensamos em todos os detalhes. Só precisávamos da aprovação de vocês.

- E essa vocês já tem – Mary logo se apressou em dizer, fazendo tanto Regina quanto Emma sorrirem abertamente – bem, contra fatos não há argumentos. Vocês se amam, não querem fazer nada por impulso e pensaram eu tudo. O tempo é algo muito relativo, então não nos prendemos a isso. Para mim, não tem mais o que dizer.

- E nem para mim, apenas cuide da minha princesinha – David disse.

- Com todo prazer, David – Regina sorriu, boba, para a namorada – nem acredito nisso – ela sussurrou no ouvido da loira, a fazendo se arrepiar.

- Vamos morar juntas – Emma sorria. E assim elas entraram em seu mundo particular, a conversa na sala se estendeu para assuntos variados, e vez e outra alguém perguntava algo para o casal, que devido a sua bolha imaginaria, nem sequer ouvia. Killian saiu ajudar David a limpar a piscina, Zelela, Ruby e Mary foram preparar o almoço, enquanto o casal ficava aos beijos e caricias, sussurrando juras de amor ao pé do ouvido.

- Oh casal diabetes! Vamos logo comer! – Zelena entrou na sala depois que o almoço estava pronto e sendo servido – vamos, vocês estão a horas assim!

- Zel, você é muito rabugenta – Emma diz.

- É falta de transar – Regia diz, fazendo a namorada rir e a irmã emburrar.

- Cala a boca, você sabe que não é isso – Zelena suspira – apenas o mel de vocês duas me enjoa.

- Vamos fingir que eu acredito – Emma diz e vai para a parte de trás da casa, onde sempre era servida as refeições quando eles estavam em mais pessoas.

- Sis, você está bem mesmo? Não ache que passou despercebido que você está estranha ultimamente. É pelo meu namoro? – Regina se aproximou da irmã e a encarou, perguntando baixo.

- Sim, quer dizer não – a ruiva se atrapalha – está acontecendo algo, mas não tem nada com o seu namoro, eu estou muito feliz por vocês – ela consegue se organizar em seus pensamentos – olha, depois eu juro que vou contar tudo para você, ok? Agora vamos apenas aproveitar o almoço.

- Está bem, mas não vai me escapar depois – a morena diz e elas se encaminham para comer.

- Tudo certo? – Emma pergunta baixo para a namorada quando ela se senta ao seu lado.

- Tudo sim – Regina sorri e sela seus lábios com o da loira. O almoço, como sempre é leve e cheia de risos soltos e brincadeiras.

- Só cuidado para não engravidar, patinho – Ruby diz, fazendo muito rirem – engravidar agora não seria muito bom, viu o valor dar fraudas? – ela completou, fazendo Zelena engasgar.

- Zel, está bem? – Regina se levanta e vai ajudá-la, dando leves tapas em suas costas.

- Estou, apenas me perdi em meus pensamentos e esqueci de mastigar – ela diz rindo, ficou claro para Regina que ela estava tentando fazer piada para disfarçar algo. Suas dúvidas apenas aumentavam – sis, estou bem. Pode parar de me bater – Só agora Regina percebe que ainda batia nas costas de sua irmã. A morena olhava com os olhos serrados para a ruiva, que implorava com o olhar para a irmã mais nova ficar quieta. E assim elas conversavam.

- Vocês duas estão bem? – Mary pergunta, olhando para as irmãs que ainda se encaram.  Regina ainda encarando a irmã, confirmou com a cabeça.

- Zel, acho melhor irmos! – ela diz para a irmã, sem quebrar o contato.

- Amor, está tudo bem? Não iam ficar aqui? – Emma pergunta.

- Posso voltar depois? – Regina finalmente desviou os olhos da irmã e encarou Emma – tenho que conversar com a Zelena, e acho melhor ser lá em casa. Depois eu volto, pode ser?

- Claro, mas está tudo bem? – Emma estava meio perdida, pois tirando o fato que Zelena tinha engasgado, ninguém tinha visto ela fazer ou falar mais nada para a morena. Estavam todos perdidos, menos as irmãs, que pareciam se entender perfeitamente apenas com alguns olhares.

- Está sim, apenas tenho que conversar um pouco com essa cabeça dura aqui – ela diz, tentando descontrair o clima. Logo ela beija a namorada rapidamente e ambas se despedem do todos.

- O que houve entre elas? – Killian perguntou, estava perdido como todos. Como resposta ele apenas recebeu olhares e balanços negativos de cabeça. Mas não demorou muito para todos esquecerem o estranho acontecimento e voltarem para as risadas e conversar aleatórias.

Já no apartamento de Regina, Zelena entrou totalmente muda, assim como ficou durante todo o trajeto até ali. A morena estava dando o espaço para a irmã pensar em como começar a falar, o que tinha que falar.

- Eu... eu – Zelena começou a chorar em silencio. Mas a voz embargada não permitia que seja lá o que ela falava, fosse compreendido pela irmã.

- Sis, por favor calma! Eu sei que está rolando algo tem umas duas semanas – Regina disse – você vai se sentir melhor se me contar não é? – a ruiva confirmou com a cabeça – você sabe que eu jamais vou te julgar, certo? – confirmou novamente – e sabe que eu estarei sempre do seu lado, né? – outra confirmação – então é só falar, estarei aqui para todo.

- Eu estou grávida – Zelena diz, baixo e abafado por seu choro. Regina tinha pensado nessa possibilidade, mas ainda sim arregalou os olhos – eu, eu não sei o que fazer.

- Quem é o pai?  Ele sabe? Já contou para ele? A quanto tempo você sabe? – ela pergunta todo de uma vez. A morena estava tentando juntar as peças, mas estava difícil. Ela sabia que a irmã tinha saído algumas vezes com um cara, mas a ruiva fez segredo de quem era.

- Eu não contei pra ele ainda – ela diz, tentando se acalmar – eu estou desconfiando tem um pouco mais de duas semanas, mas eu tive coragem de fazer o teste tem poucos dias. Estou de 5 semanas – ela olhou para as mãos, fazendo toda força que conseguia para não chorar mais – não sei como ele vai reagir, não sei o que fazer. Talvez ele aceite a criança ou talvez não, eu não sei se fico com ela. Simplesmente não sei, sis.

- Começa me dizendo quem é ele – a morena diz, fazendo Zelena estremecer – eu conheço? – uma confirmação silenciosa – é um amigo nosso? Trabalhamos junto com ele? – um quase inaudível “sim” fez Regina temer –não é o David, né?

- Claro que não! – Zelena se ofendeu com isso – não sou louca!

- Desculpa, não está aqui quem pergunto – ela levanta as mãos em sinal de rendimento – quem então? – Zelena levanta a cabeça e começa a encarar a irmã, sabia que ela não ia gostar da resposta. Sabia que era provável que até ficassem brava, mas ela tinha que contar.

- O bebê é do Robin – e assim o silencio mortal tomou conta do lugar.