História Amor livre - Fiquem sempre aqui

- Zelena! O que aconteceu? – Regina entrou em pânico na sala dos professores. Zelena já estava em uma maca, e os paramédicos estavam levando ela para o hospital ainda desacordada. Tinha sangue em suas calças e um pouco no chão – quem chamou a ambulância?

- Fui eu – Bela diz – ela não estava passando bem e quando desmaiou liguei na hora.

- Obrigada – Emma diz por Regina, que já estava do lado da irmã. Logo ela volta para perto da colega e da namorada.

- Eles vão levar ela no hospital e eu vou atrás com o carro – a morena diz – Bela pode avisar ao diretor tudo isso? Isso se ele já não sabe, mas avise que não voltarei hoje – ela olha para a loira – vai comigo?

- Tem dúvida? Vai indo para o carro que vou pegar sua bolsa – Emma responde, fazendo Regina sorrir. Ela concorda e vai para seu carro – Bela, avisa os meus pais que estou indo com elas?

- Sim, mas tem certeza que ele não ficaram bravos?

- Zelena é uma das melhores amigas da minha mãe, não se preocupe – Emma responde e sai em direção a sua sala. Ela bate na porta e entra.

- Emma! Como ela está? – Ruby pergunta assim que a amiga entra.

- Zelena foi ainda desacordada para o hospital. Eu e Regina vamos atrás de carro – a loira responde enquanto juntava as coisas da professora.

- Você vai junto? – Robin perguntou. Ele tinha ficado na sala para aquietar os alunos – porque?

- Porque Zelena é minha amiga – ela responde terminando de juntar as coisas, nem se preocupou em olhar para o professor – Ruby e Kill eu disse pra Bela avisar, mas se virem meus pais, contem o que aconteceu por favor. Tem um pequeno detalhe que vocês ainda não sabem, mas prometo explicar tudo depois ok?

- Está bem. Depois vocês vão para a sua casa ou a de Regina? – Killian perguntou – não vamos todos para o hospital mas queremos ver como ela estará, certo? - perguntou para Ruby, que confirmou.

- Vamos, ahm... espere – Emma pegou a sua mala na mão de Ruby, que arrumou assim que viu a amiga arrumando as coisas de Regina. Pegou a chave do apartamento da namorada e entregou para os amigos – eu aviso o que formos fazer, se levarmos ela lá para casa ou se formos para a casa dela, ai vocês vão direto para lá com os meus pais, ok? Agora eu tenho que ir, Regina deve estar louca me esperando! – ela diz isso e sai correndo da sala, a loira só para de correr quando para em frente ao carro da namorada, ela entro rápido no carro, meio desajeitava, já que estava com sua mala, a bolsa de Regina e alguns livros dela – desculpa a demora, Ruby e Kill estavam inquietos.

- Tudo bem, obrigado por isso – a morena diz, já com o carro sendo cada vez mais acelerado.

- Só peguei sua bolsa, amor – ela da de ombros.

- Não pela bolsa – a morena diz e olha rapidamente para a namorada – por estar aqui. A anos sou só eu e ela, não saberia nem o que fazer se estivesse sozinha nessa situação.

- Mas você não está e se depender de mim, nunca estará – Emma responde, colocando a mão sobre a perna da morena, lhe passando calma. Regina respirava funda, estava quase entrando em pânico de verdade, o único motivo para não ter feito isso, era porque Emma está ali do seu lado. Poucos minutos depois, elas chegaram no hospital. A professora conversou com uma atendente, que lhe deu uma ficha e disse que assim ela terminasse de preenche-la, seria levada para o quarto da irmã.

- Terminada – Emma levou até a atendente do hospital, minutos depois – podemos vê-la?

- Claro, quando chegarem é só chamar uma enfermeira que ela chama o médico para falar com vocês – ela para e mexe no computador – quarto 207, no terceiro andar – Emma agradeceu, mas Regina estava tão nervosa que apenas virou e se direcionou ao elevador.

- Amor, se acalme! Ela estará bem – a loira falou enquanto elas esperavam o elevador. A porta se abriu e elas entraram, sozinhas. Regina, assim que a porta se fechou, se jogou nos braços da namorada, deixando o choro sair. Ela estava segurando aquele pranto, não queria que a vissem assim. Mas ela não se importava se a loira visse, quando se tratava de Emma Swan, a armadura dela já tinha virado pó – respira, ela ficará, bem. Eu prometo ok?

- Mas e o bebe? Será que foi por isso que ela desmaiou? E todo aquele sangue? – Regina pergunta, fungando.

- Talvez sim ou talvez só não tenha comido – Emma olha nos olhos da namorada, não tinha explicação para o sangue – apenas não entre em pânico agora. Depois, se algo ruim realmente tiver acontecido, estarei aqui para você chorar nos meus braços. Você e a minha cunhada – a morena ainda não conseguia acreditar que tinha tido tanta sorte, cada dia que se passava ela se apaixonava mais pela namorada. A porta do elevador se abre e elas vão, quase correndo, em direção ao quarto em que Zelena estava.

- Sis! Está tudo bem? – Regina entra no quarto, sua irmã já estava acordada, mas chorava em frente ao médico.

- Re... – ela diz chorando e logo se joga nos braços da irmã – Em, você também veio.

- Claro que eu vim – a loira da a volta na maca e vai para o outro lado, já que Regina estava sentada de um lado da maca da irmã.

- Senhorita Mills, como eu estava te falando anteriormente – o médico volta a falar, meio timidamente, não queria atrapalhar o momento delas – mas infelizmente você perdeu o bebê – Zelena volta a chorar, ainda mais alto – mas temos que fazer mais exames agora, temos que saber se não tem nada de errado com você – Regina abraça a irmã, que chora muito. Elas ficaram assim até um interno chegar para leva-la para os exames.

- Você ficará bem, estaremos aqui te esperando – Regina diz para a irmã antes dela sair pela porta. Assim que ela perde a irmã de vista, se vira para a namorada e corre abraça-la. Emma já esperava por isso, sabia que ela estava se segurando para não desmoronar.

- Ei, ficará tudo bem. Como eu disse, meus braços estão aqui para você chorar – Emma dizia baixinho, acariciando os cabelos castanhos, quase pretos, da namorada.

- Eu te amo tanto – a morena diz baixinho também. Se Emma não estivesse tão perto da morena, provavelmente não teria escutado.

- Eu também te amo. Você vai ter que ser forte pela sua irmã. Porque embora ela não tenha planejado essa criança, ela já era amada – a loira diz, sem largar a namorada – temos que dar tempo para ela mas também ocupar a cabeça dela, ok?

- Está bem. Às vezes você me impressiona demais – ela diz. Emma sorri, sabia que estava conseguindo dar apoio para a namorada, e era isso que ela queria. Quase uma hora depois Zelena volta para o quarto, estava mais calma. Mas ainda estava com uma cara abatida.

- Sis, estaremos aqui para você – Regina diz – precisa de alguma coisa?

- Só que fiquem sempre aqui para mim. Eu amo vocês duas – ela diz, com um sorriso triste no rosto – terei que contar para Robin, não tenho nem ideia de qual será a reação dele – ela suspira – talvez seja melhor, eu não estava preparada e muito menos o pai.

- Não pense assim – Emma diz – mas tudo acontece por um motivo. Eu acredito nisso – Zelena sorri para ela. As três ficam abraçadas, até Zelena dormir. Quando Emma se levanta, devagar para que ela não acordasse, percebe que Regina também tinha dormido. O médico entra e diz que Zelena seria liberada na manhã seguinte, já que deu tudo normal em seus exames. Emma agradece e vai ligar para a mãe.

- Emma! Está tudo bem? Ficamos sabendo mas não podemos ir ia – Mary diz.

- Oi, mãe. Então Zelena está bem, vai ficar pelo menos – ela faz uma pausa. Mais ninguém sabia de gravidez. E saberia de pior jeito – ela estava gravida mãe. Do professor Robin, ele ainda não sabia. Mas acabou perdendo o bebê.

- Ai, meu Deus! Como ela está?

- Muito triste, claro. Mas não tem mais nenhum outro problema. Ela e Regina estão dormindo – a loira diz, calmamente - Ela ficará aqui até amanhã. Acredito que só pode um acompanhante. Então vou para casa e vou pegar algumas roupas paras elas. Preciso de Ruby e Killian vão me encontrar no apartamento delas.

- Está bem. Vou avisa-los – Mary faz uma pausa – cuide bem delas, está bem? Ambas precisam muito de alguém para ter por perto.

- Eu as amo mãe. Somos todos uma família. E elas precisam de todos nós – Emma responde. Elas se despedem.

- Está tudo bem? – uma voz rouca pergunta, assim que Emma desliga.

- Está sim, meu amor- ela se aproxima – só estava avisando meus pais. Aliás, o médico passou aqui, Zelena está bem. Ficara aqui até amanhã de manhã.

- Que maravilha – Regina suspira, aliviada – o que vai fazer agora?

- Bem, vou ir para casa. Vou pegar umas roupas para vocês. Venho jantar com você, ok? E não posso ficar, apenas um acompanhante.

- Tudo bem – Regina sorri e se aproxima – não sei o que seria de mim sem você, meu amor.

- E eu não quero que você tenho que descobrir – elas se beijam, um beijo calmo. Logo se despedem e Emma vai em direção a saída do hospital.