História Amor livre - Tirando a duvida

O carro de Regina é realmente uma máquina potente. Mas infelizmente todos da escola sabem qual é o carro dela, e depois que aconteceu tudo com Zelena, todos ficaram atentos, o que fez Emma ir com o carro dela, não passar despercebido. Mas ainda sim, ela pegou o material das aulas de Regina e Zelena, que tinha separado na noite anterior e foi para a sala dos professores.

- Bom dia! – entra sorrindo para todos, e é logo retribuída.

- Bom dia, Em! – Mary cumprimenta – esse é o material das aulas de hoje?

- Na verdade é o de hoje e dos próximos dois dias. Achei melhor terminar de preparar – a loira diz, colocando tudo sobre uma mesa – Rose aqui está o seu conteúdo, Bela o seu e mãe e pai, tudo isso é de vocês – ela entrega uma pilha maior de folha para os pais.

- Nossa Emma! Porque você ainda vem para a escola mesmo? – Bela pergunta.

- Apenas para conseguir o meu diploma no futuro e poder fazer exatamente isso que estou fazendo agora – a aluna responde sorrindo. Todos sabiam dos planos da mais nova para a faculdade.

- Já comeu? – David pergunta.

- Não, temos que fazer compras naquele apartamento! Aliás, eu terei que fazer né – Emma diz – vocês já comeram em casa?

- Já sim, a Ruby já chegou? Vai comer com ela! Encontramos ela na saído do hospital e levamos ela para casa, estava tão abatida – Mary fala.

- É eu sei que estava, não sei se falo com ela ou deixo ela falar quando estiver confortável – a loira dá de ombros – acho melhor deixa, ela não reage bem quando a pressiono. Mãe, vem aqui quero falar com você – Emma e Mary saem da sala dos professores e vão direto para a cafeteria da frente.

- O que foi, minha princesa?

- Queria te pedir algo – elas pegam um café cada e Emma pega um sanduiche – eu e Regina estávamos pensando eu falar com o Gold sobre nosso namoro, pois se ele descobrir pode ser pior. Mas precisamos saber se o único problema é o fato de que sou de menor, pois como vocês sabem, isso nem é problema. Ou se é um problema porque ele não aceitaria eu e minha professora namorarmos. Mas não podemos chegar e perguntar, então queria saber se você...

- Se eu por acaso chegaria nele e perguntava, com delicadeza, o que ele pensa a respeito? – a morena completa.

- Isso, seria demais para você?

- Claro que não, mas você sabe que isso é arriscado, certo? – Mary indaga enquanto bebia o liquido quente.

- Nós sabemos, mas não estamos fazendo nada de errado, apenas nos amamos, certo? – Mary concorda – só não queremos esconder por mais um ano inteiro! E se podermos falar, é melhor.

- Tudo bem, vou ver isso – Emma sorri e a mãe retribui. Elas terminam de tomar seus cafés e vão para a escola novamente. Emma vai para sua sala e Mary para a dos professores.

- Ah, direto Gold! Queria falar com você – Gold se aproxima – se um aluno, de menor, namora uma professora porque exatamente você puniria a professora?

- Não puniria, mas seria minha obrigação avisar aos pais. E então eles decidem, se quiserem tirar o aluno ou quiserem que eu demita a professora, estarão no seu direito. Eles poderiam entrar com um processo contra a professora ou o colégio, aí eu teria que intervir – ele responde normalmente.

- E se os pais simplesmente aprovarem?

- Então não tem nada de errado nesse relacionamento. Mas eu terei que ficar de olho, para ver coisas como se as notas desse aluno aumento significativamente nessa matéria ou diminuiu nas outras, essas coisas, para ter certeza que esse namoro não afetava ou dá vantagem de algum jeito o desempenho escolar – ele diz, ainda calmo – algo que eu ou o David devamos saber Mary? – a mulher solta uma risada.

- Não Gold, não se preocupe. Só estava com dúvidas na política do colégio e achei melhor tira-las logo – ela diz. “Disfarçou bem, Mary!” ela pensa.

- Bem, que bom que pude tirar essa dúvida! Até mais.

- Até logo, sr. Gold.

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- Me ajude aqui! Isso está pesado! – Emma diz.

- Loira petulante! Ninguém mandou querer carregar tudo de uma vez! – Zelena diz, divertida.

- Quis poupar tampo Zel! Me ajude, pois você só está olhando! – Emma rebate.

- Você não disse que tinha pouca coisa? – Regina pergunta, carregando uma caixa. Estava cheia.

- Eu tenho poucas coisas! Vocês que são muito moles! – a loira diz.

- Loira petulante! – ambas as irmãs Mills gritam, enquanto riem.

- Nossa patinha! Você está bem arrumada mesmo! – Ruby diz, assim que entra no apartamento das professoras, e agora o de Emma – e não é que esse apelido de “loira petulante” pegou Zel?

- Claro que pegou! Ela é mesmo. E eu amarei dividir apartamento com ela, será muito divertido. Estou até pensando em vender o meu e me mudar permanentemente para cá – a ruiva diz sorrindo.

- Eu acho melhor você ter um refuljo, sis! Emma é muito escandalosa no sexo, e vamos transar muito, não quero você reclamando que não dormiu – Regina diz, abraçando a namorada por trás. A fala da morena causou gargalhadas na irmã e na amiga da namorada. Mas fez Emma faz bico.

- Acho que não é ela a escandalosa, sis! Sempre escuto os seus gemidos. Pelo visto você realmente é uma ótima professora! – Zelena zomba da irmã. Se aproxima da cunhada – e você deve mandar muito bem hein, loira petulante! Quer vir me mostrar o que sabe fazer?

- Zel, eu te dei um vibrador para você parar de cantar a minha namorada ok? – A professora diz. Esse era o tipo de brincadeira que só se encontrava entre as irmãs Mills. Antes Emma e Ruby ficavam um tanto quanto constrangidas, principalmente Emma, mas elas já estavam mais que acostumadas. Até entravam na brincadeira.

- Ah, patinha! Se mostrar para Zelena tem que mostrar para mim também! Eu te conheço a mais tempo! – Ruby diz, se pendurando na loira.

- Bom saber que tenho um rodizio de mulheres disponível! – Emma diz, com um sorriso lascivo em seu rosto. Regina lhe dá um tapa em seu braço e revira os olhos, fazendo as três à sua frente terem crises de riso – estou brincando! E o seu escritor? Porque não faz ele te dar um trato, você está precisando se aliviar.

- Estou em greve! Se ele acha que pode namorar comigo e depois ficar “dando flertes inocentes” com qualquer uma que passa, está muito enganado! – Ruby diz, estava irritada com o namorado – estou me aliviando sozinha.

- Você tem 17 anos, sei que tem hormônios mas nem tem idade para se aliviar! – Zelena fala para a morena de mechas vermelhas.

- Quer ver como tenho energia sobrando aqui? – ela rebate, com um sorriso malicioso. Emma e Regina se encaram. Poderia parecer mais uma brincadeira delas, mas os olhares que Zelena e Ruby trocavam nos últimos meses não eram nada discretos.

- Rubys e Zel, levem isso aqui lá para o quarto, por favor? Eu e Regina vamos pegar o resto no carro – Emma diz. As duas apenas pegam as coisas e saem sem falar nada, estavam constrangidas pela troca de olhares – o que está rolando entre essas duas?

- Não sei! Mas quero descobrir! – Regina diz, estava com um sorriso nos lábios. Um sorriso quase maldoso.

*Flashback 2 dias depois da saída de Zelena no hospital*

- Oi, sou eu. Posso entrar? – Ruby bate na porta do quarto da ruiva.

- Oi, lobinha! Claro, entra! – ela se aproxima da cama da professora e senta-se ao seu lado – que bom que veio de novo.

- Fiquei preocupada Zelena! Como você está? Regina disse que amanhã você começa o psicólogo – a ruiva se senta na cama, para poder conversar melhor com Ruby.

- Estou bem, Rubys! Estou com um pouco de dor, mas é porque eu tive que fazer aqueles procedimentos desagradáveis. Amanhã já estrei 100%, pelo menos fisicamente - a ruiva faz uma pausa, respirando fundo –e sim, vou para um psicólogo, eu até ia protestar, mas sei que não vai adiantar. E eu acredito que ela poderá me ajudar, então não custa nada.

- Está certa! Custa dinheiro apenas – elas riram da piada sem graça – mas é bom ir mesmo, fará bem e você poderá colocar toda essa frustação para fora – a morena se aproxima e da um beijo na bochecha da professora – só quero que fique bem – ela diz isso ainda muito próximo do rosto da ruiva.

- Ruby, está tudo bem?

- Sim, porque? – ela se afasta um pouso, apenas para poder ver os olhos da mulher a sua frente – seu olhos sempre foram tão azuis? Estão escuros.

- Tem uma boa razão para isso – Ruby faz cara de confusão – eles estão gostando do que estão vendo – a morena engole em seco. Seus olhos revessavam entre os olhos claros da mulher à sua frente e seus lábios finos e rosados – quer mesmo fazer isso? – uma confirmação de cabeça, quase imperceptível. Como se falasse que tinha certeza sem realmente ter, e era isso mesmo. Sem mais palavras, nesse momento elas era irrelevantes. Ruby se jogos nos braços de sua professora e se prendeu em um beijo avassalador. Ela queria muito aquilo e era igualmente correspondida, com a mesma intensidade, a mesma vontade. Mesmo a contra gosto, elas se separaram, infelizmente tinham que respirar.

- Isso foi...

- Muito bom – a ruiva completa sorrindo. A aluna sorri também, logo estavam se beijando de novo. Ficaram assim alguns minutos. Até a morena ouvir seus celular apitar.

“Amor, vou fazer um jantar especial para nós! São 4 meses de namoro!” – A. B.

O peso na consciência bateu em Ruby, ela estava sentindo coisas pela professora a um tempo, mas namorava August. E ela realmente amava ele, mas estava confusa. A única coisa que sabia naquele momento era que carregar uma traição nas costas, era algo que ela não precisava e nem poderia fazer. Zelena se esticou um pouco, a curiosidade falou mais alto, e ela viu o conteúdo da mensagem. Já sabia o que viria a seguir.

- Eu tenho que...

- Ir – a ruiva conclui, visivelmente chateada – tudo bem. Que bom que veio me ver, fico feliz – deu um sorriso fraco, que foi correspondido sem igual vontade.

- Tchau Zel, fique bem. Qualquer coisa me ligue, ok? – confirmação de cabeça silenciosa, foi tudo que obteve como resposta. Ambas sabiam que aquilo foi maravilho, mas não iria se repetir. Não poderiam. Ruby namorava, era o que Zelena pensava. Zelena está apenas carente porque perdeu um bebê, era o que Ruby achava. Nenhuma das duas mencionou o dia que ambas experimentaram o melhor beijo de suas vidas.

*Fim do flashback*