Zelena dormiu na casa da irmã mais nova, e assim que acordou foi pulando para a cama da irmã. Regina acorda com sua irmã puxando sua coberta.
- Precisamos conversar – Zelena senta ao lado da irmã na cama, que ainda estava de olhos fechados.
- Diga, estou acordada – resmunga.
- Estou apaixonada pela Emma – ela fala rápido. Regina abre seus olhos e levanta em um pulo.
- O que? – ela praticamente grita. Zelena começa a gargalhar da cara da irmã.
- Estou brincando, queria ver a sua reação. E deixe te falar, nada bom sis – Zelena deita na cama, e Regina faz a mesma coisa, ambas olhando para o teto – o que está acontecendo?
- Eu não sei, sis. Ela me provoca, mesmo não querendo. E eu aceito e correspondo as provocações! E ela me chamou para sair tomar um café – Regina respira fundo e continua, Zelena estava calada apenas ouvindo – eu neguei, mas depois do nosso jantar, de saber que seu namoro é falso e de como Mary Margaret falou que sua filha é madura e responsável... eu não sei. Fui na cozinha e aceitei. Hoje vou conversar com ela. Só não tenho nem ideia do que dizer – Regina escondeu seu rosto nas mãos – o que faço, Zel?
- Regina, querida, estou feliz por você – ela solta, fazendo Regina a olhar espantada – é sério! Você está apaixonada, como você nunca se apaixonou verdadeiramente é normal ter medo. Mas nesse caso é um pouco mais complicado – ela se senta e cruza as pernas e Regina imita sua irmã, ficando frente a frente – Esqueça que ela é sua aluna, ok? Ela é madura, sim. Mas ela, igual a você, não tem tanta experiência nessa área, sabe de amar. Emma é carinhosa e amiga de todos, já ficou com várias meninas, sei disso porque ela me conta, mas ela nunca sentiu aquele frio no estomago com ninguém. É muito importante vocês duas conversarem e dizerem o que sentem uma com a outra. Comecem na amizade, conversem, saiam, vejam filmes, se conheçam bem e vejam se tem uma possibilidade disso virar um relacionamento de verdade. Porque se isso for apenas atração sexual, simplesmente não vale a pena você arriscar o seu emprego, certo? – Regina pula nos braços da irmã, e elas caem deitadas, Regina abraçava forte Zelena, que correspondia com a mesma força.
- Obrigado, sis! Não sei o que eu faria sem você! – Regina levanta e puxa a irmã - já sei o que falarei com ela, espero que ela não queira só tirar uma pira com a professora, como todos os outros, porque quando estou perto dela, o frio no estomago está presente também – elas levantam e vão se arrumar, já estavam bem atrasadas. As duas saem correndo e vão comprar o café delas na cafeteria na frente da escola, Zelena disse para a irmã que ela não consegue começar o dia sem o café de lá, e Regina entende o porquê, ele era delicioso.
- Bom dia, meus gostosos e gostosas! – Zelena, como sempre, bem humorada – elas recebem bom dia de todos.
- Regina, Zelena! – Mary se aproxima – eu amei o jantar de ontem, temos que repetir logo! E dessa vez você vai me passar a receita da sua torta Regina!
- Vamos adorar repetir, dessa vez na minha casa, ai te mostro como eu faço – Regina responde alegre. Ela gostou mesmo do novo casal de amigos. O sinal logo bateu, e Regina sumiu sem se despedir de ninguém. A primeira aula era na sala de Emma, e ela estava louca para vê-la novamente.
- Bom dia – a professora entra e tinha apenas duas alunas, Mulan e Elsa. Elas respondem o bom dia e continuam conversando. Regina vai até a sua mesa, coloca seu material e começa a adiantar as coisas no quadro. Quando ela escreve tudo o que teria que escrever no quadro, se vira e encara todos os alunos, que já estavam sentados em suas mesas. Seu olhar rapidamente encontra o de Emma, a garota sorri para ela, que automaticamente sorri também – bem, bom dia para todos, podem copiar o que está aqui, depois irei explicar tudo – Regina fala e se senta, seu olhar caia em Emma, sempre que se distraia. A menina começa a encarar sua professora, que logo para de evitar esse olhar e se perde ali. Depois de alguns minutos, Killian puxa o braço de Emma para chamar sua atenção e lhe dá um selinho. Isso desconcerta Regina de um jeito que ela mesma não entende. Ela fecha a cara e começa a explicar a matéria. Ela não estava brava, só chateada com ela mesma. Não tinha direito de mandar Killian se afastar, mas quis e muito.
- Professora Mills? – Emma chama, assim que a aula acaba – posso conversar com você um pouco?
- Claro, tenho a próxima aula livre – ela se aproxima de Emma, já com seu material em mãos, pronta para sair da sala, e fala um pouco mais baixo – não terá problemas se perder um pouco de aula?
- Não se preocupe, é a aula do meu pai. Sei tudo que ele dará hoje – Emma revira os olhos sorrindo. Regina afirma com a cabeça e as duas saem da sala.
- Tem como irmos para um lugar mais reservado? – Regina pergunta para Emma, que sorri e pega a sua mão, a guiando. Logo elas chegam em uma escada, que dá para uma porta que estava fechada, mas Emma começa a mexer um vaso de flores que tinha do lado e tirou uma chave e logo destrancou a porta. Elas estavam no terraço do colégio, lindo e totalmente deserto – nossa aqui é lindo – ela se senta em um banco e faz Emma sentar ao seu lado – bem, temos que conversar.
- Sim, temos. Espero que não tenha mudado de ideia sobre o meu pedido de ontem – Emma pega as mãos de Regina e começa a fazer carinho, o que faz a mais velha sorrir.
- Não exatamente – Regina fala, fazendo Emma fazer uma careta – calma, Emma tenho que ser 100% sincera com você e espero que você faça o mesmo, ok? – a aluna confirma com a cabeça – eu sinto algo por você, não consigo evitar. Mesmo não devendo, você é mais de 10 anos mais nova, é minha aluna, enfim... mas eu sinto, não tenho nem ideia do que é esse sentimento ainda. Na verdade eu achava que nunca ia me apaixonar e nem queria isso. Eu nunca senti isso e não quero negar agora a descoberta desse sentimento por medo. Mas se você não se sente igual, me fale agora. Se o que você sente é apenas atração física, me avise. Não posso arriscar o meu emprego por sexo. Mas se você acha, que tem sim uma chance disso – ela aponta o dedo para si e depois para a loira – dar certo, eu quero tentar, porém aos poucos. Quero te conhecer como amiga, como mulher, antes de começar um relacionamento – Regina termina seu pequeno discurso ansiosa, estava treinando ele desde que saiu de sua casa. Emma apenas a olhou, depois olhou para o horizonte, estava pensativa, a professora não quis atrapalhar o pensamento da loira, mas estava nervosa por uma resposta.
- “é fácil ficar nu. É fácil dar e depois ir embora. Difícil é despir o peito, confiar em alguém o bastante para ir até o fundo, contar sobre os seus sonhos e medos, permitir que invadam seu espirito, desmembrem sua alma. Nada é mais apavorante que a ideia de permanecer. É por isso que a maioria prefere ficar nu e ir embora” – Emma recita ainda olhando para o horizonte a sua frente, então se vira para Regina – não posso negar que você é linda e você na minha cama não tenha passado pela minha cabeça – ela olha para o chão corando, mas logo se recompõem e continua – mas Regina, eu não quero só sexo! Tive relacionamentos apenas descompromissados até hoje? Tirando o Killian, sim. Mas não é porque eu não tenho maturidade para um relacionamento serio ou porque não quero. Eu apenas não achei alguém que eu tivesse vontade e coragem para despir meu peito. Todo relacionamento tem chance de acabar mal, mas temos que pensar se os momentos que eu posso passar com essa pessoa valem o risco, e eu nunca achei essa pessoa para mim, até ver você – ela sorri para Regina, deixando cair uma solitária lágrima, a qual Regina rapidamente secou – esqueça idades e profissões. Vamos devagar, nos conhecer, nos aproximar aos poucos, mas se você está disposta a entrar nessa relação, saiba que estou 100% nela.
- Você é um anjo enviado para mim – Regina sorri, realmente ela era muito mais madura que as meninas da sua idade– obrigada por entender – a professora simplesmente não se segura e sela seus lábios com os de Emma, que corresponde rapidamente, e pede passagem com a língua, o que Regina atende prontamente. Era um beijo calmo, elas apenas conheciam o gosto uma da outra. Lentamente elas cessam o beijo, terminando com dois selinhos – desculpe, falei para irmos devagar, como amigas, mas eu não resisti – Foi um beijo que lhe fez, por um instante, condenar-se por se sentir novamente uma jovem inocente. Mas não é esse um dos sintomas? Se sentir-se um tolo devoto?
- Não tem problema, eu adorei – ela sorri, aquele sorriso que em dois dias já era o favorito de Regina, Emma parecia mulher adulta, presa no corpo de uma adolescente e com jeito de criança, o que encantava ainda mais Regina – sua irmã sabe de alguma coisa? – a morena assente com a cabeça – pelo menos não temos que esconder dela. Eu pretendo contar para minha mãe, mas apenas quando soubermos exatamente o que é isso, tudo bem?
- Ela não surtará com isso? – Regina morde o lábio inferior, em sinal de nervosismo.
- Você ouviu minha mãe ontem? Ela sabe que eu tenho total consciência nas minhas escolhas, não sou de fazer nada no impulso. Confie em mim, ela não surtará – Emma completa, aliviando um pouco a outra.
- Aqui está perfeito, ficaria para sempre aqui com você – a mais velha suspira – mas está na hora de ir – elas levantam e vão embora, ambas aliviadas pela conversa que tiveram.
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