História Amor livre - Mensagem

- August eu acho melhor... – Emma começa a dizer, mas é interrompida.

- Tudo bem, Emma – Ruby respira fundo – Gus, eu e Zelena estamos namorando. Sinto muito por isso – depois de encarar o menino enquanto falava, Ruby abaixa a cabeça, olhando para as próprias mãos.

- Não sinta – foi tudo que August conseguiu dizer. Ele olhou para Emma, como se pedisse ajuda. A loira entendeu e começou a puxar conversa com a namorada e a mãe, que entenderam o que ela estava fazendo. August começou a falar sobre o time de vôlei com Peter e David. Não queria e nem saberia lidar com o clima estranho que tinha se instalado, apenas queria desviar o foco do que aconteceu a pouco – bem, meu pai está me ligando pela segunda vez, tenho que ir! Até amanhã – e tão rápido quanto falou, saiu porta afora.

- Ele está bem? – Zelena perguntou, estava com medo de fazê-lo, mas mesmo assim fez.

 - Ele vai ficar. De tempo ao tempo – Emma disse, imaginava o que o amigo sentia e conhecia ele, sabia que pressioná-lo não ajudaria em nada – amor, acho melhor irmos também. Temos aulas pra preparar, o que não fizemos ontem!

- Porque não fizeram ontem se sabiam que teriam que vir aqui hoje? – David pergunta.

- Ficamos meio ocupadas – Regina diz, olhando maliciosamente, para Emma, que ria, meio envergonhada.

- Estávamos pintando as paredes do corredor – Emma revira os olhos para a namorada, que ria – e acabou demorando mais do que imaginávamos que iria demorar – deu de ombros.

- E depois elas transaram como coelhos – Zelena diz, fingindo nojo. Logo ela e todos da mesa começam a rir.

- Eu odeio você Zelena! – Emma diz, revirando os olhos.

- Ah, para! Você me ama coisinha chata! O que seria de você sem mim? – Zelena segurava o riso e olhava para a cunhada com um olhar de desafio.

- Provavelmente teria menos dor de cabeça – a loira passava a mão no queixo, fingindo pensar. Depois que todos riram, Emma decidiu falar sério – tudo bem, provavelmente eu seria solteira. Então... – ela parou de falar assim que viu sua amiga sair correndo da mesa – Ruby? Está tudo bem? – Emma, Zelena e Regina saíram correndo atrás da menina.

- Amor, está tudo bem? – Zelena pergunta batendo na porta do banheiro para onde Ruby correu.

- Só foi um enjoou, vai pra lá! Você não tem que me ouvir vomitando – Ruby disse de dentro do banheiro. A ruiva olhou assustada para a cunhada.

- Relaxa! Ruby sempre foi assim quando tinha peixe por perto. Minha mãe e a vovó adoram comer peixe, mas ela sempre vomitou só de sentir o cheiro – a loira dizia tranquilamente – Ruby, vou pegar o remédio, lave a boca e venha logo – Emma bateu na porta mais uma vez e saiu puxando a namorada para o andar de cima.

- Ela está bem mesmo? – Regina também tinha ficado preocupada com a morena.

- Claro, vocês vão ver como o estomago da Ruby é sensível. Ela quase morre nas semanas de provas por causa do nervosismo. Não consegue ficar com a comida no estomago nem por 20 minutos – Emma finalmente encontrou o remédio e voltou a descer com a namorada, indo a cozinha pegar agua para a amiga – peixe é algo que a enjoa fácil e depois do pânico que ela passou com o Gus, era de se esperar que ela saísse vomitar.

- É tão lindo como vocês se conhecem. Cada vez que você fala dela ou ela de você eu acabo vendo eu e a Zelena, irmãs, parceiras sabe? – Regina apoiou os cotovelos no balcão da cozinha e fez suas mãos sustentarem seu rosto, com uma ar pensativo e sonhador – e eu estou com você e a Ruby com a Zel. Eu sei que o Gus se machucou no meio disso tudo, mas eu estou feliz que tenha ficado assim.

- Me sinto mal falando isso, mas eu também estou muito feliz assim. É hilário ouvir a versão da Zel de um encontro e depois a da Ruby, são duas loucas – Emma diz, já com a garrafa na mão e rumando para perto do banheiro, onde as duas namoradas estavam – botou tudo pra fora? – a loira estendeu o remédio e a garrafa de agua para a amiga que rapidamente pegou.

- Como sempre – Ruby revira os olhos e logo toma o medicamento que a amiga lhe trouxe – odeio peixe! E odeio a August! Porque ele tinha que ser tão compreensível? Ele me faz me sentir um verdadeiro monstro! – ela enterra o rosto nas próprias mãos.

- Você sabe muito bem que não é um monstro! Errou mas todos fazemos isso – a loira começou a consolar a amiga – ele está tentando levar numa boa porque viu que você está feliz e ele sabe que logo ele conseguirá ser feliz também. Ruby olha pra mim – ela pegou o rosto da amiga nas mãos – eu sei que o tempo não cura tudo, mas nesse caso é apenas o tempo que vai fazer ficar melhor. De tempo para ele e para a sua cabeça também.

- Ai patinho, você sempre tem que estar certa né? – a morena deu um empurrão de leve na amiga mas logo a puxou para um abraço – obrigada!

- Sempre e pra sempre não é?

- Sempre e pra sempre! – Ruby confirma a pergunta da amiga, abrindo um sorriso enorme.

- Viu sis, nossas namoradas são umas fofinhas – Zelena não podia perder a oportunidade de alfinetar a cunhada, ela sabia que Emma se irritava fácil com esse tipo de coisa. Emma revira os olhos, pega na mão da namorada a puxando novamente para a mesa. Sendo seguidas por Zelena e Ruby.

- Bom, Ruby já está devidamente medicada e eu e Regina temos que ir! – Emma diz assim que se aproxima da mesa.

- Foi o peixe, não é? – Mary pergunta.

- Como sempre não é, mãe – Emma revira os olhos e sorri. Logo as duas se despedem de todos e vão para o apartamento.

- Amor? – Regina chama a namorada assim que se senta no sofá, Emma logo aparece na sala – você está bem?

- Claro, porque? – a loira estranhou a pergunta da professora.

- Não é nada, só para saber – a morena sorri – só queria te dizer como eu amo nossa vida juntas, você virou o meu mundo em tão pouco tempo! – Emma sorri com a pequena declaração, logo ela senta ao lado da namorada e entrelaça suas mãos. Ficam alguns minutos encarando suas mãos enquanto “brincavam” com seus dedos entrelaçados.

- Eu nunca pensei que seria tão feliz – a mais nova finalmente quebra o silencio – não que com meus pais não fosse maravilhoso, mas aqui com você eu sinto que estou fazendo a minha vida, a minha futura família – ela suspira, como se estivesse aliviada – me sinto completa ao seu lado.

- Que tal um banho? E ai vamos preparar as nossas aulas, professora Swan – Regina disse de um jeito extremamente rouco. A morena usava e abusava do seu sex appeal.

- Você me chamando de professora soa tão sexy, sabia? – a loira se inclinou e ficou a menos de um palmo de distância do rosto da namorada.

- E é isso que eu sinto quando você faz isso – a morena riu e se afastou. Levantou e rapidamente estendeu a mão para a loira se levantar também. Depois de um longo banho cheio de caricias e provocações, o casal saiu do banheiro. Emma colocou apenas uma calcinha e uma regata branca e Regina optou por uma blusa larga que batia no início de suas coxas, sabia que a loira adorava ela assim.

- Re, é o seu celular ou o meu que está tocando? – a morena escuta Emma gritar do escritório que ela estava. Regina estava sentada na cama de seu quarto. Estava separando os livros que iria utilizar para preparar as aulas. Ela e Emma sempre ficavam juntas no escritório. A morena levantou, procurando os celulares, o da Emma estava logo ao lado, na poltrona que tinha no canto do quarto e não era ele.

- É o meu! – Regina responde, apenas não tinha achado ainda, então se lembra que ele ficou no bolso de sua calça que estava no banheiro. Assim que ela encontra, ruma para o quarto e se senta novamente na cama.

1 ligação e 2 mensagens. Assim que a morena desbloqueou o celular, um frio passou por sua espinha. A ligação e as mensagens eram da mesma pessoa.

“Me atenda! Droga! Não estou brincado Regina!”

“O passado veio para nos assombrar, temos que nos encontrar urgentemente! Me liga assim que puder, sabe que o assunto é sério!”

E ambas mensagens eram de Kristin.