- Como assim internada Regina? O que aconteceu? Em qual hospital elas estão? – Zelena apenas não gritava porque sua voz parecia que tinha sumido, mas seu olhar de desespero mostrava que ela queria gritar. Cora chamou o garçom e pagou a conta rapidamente.
- Emma não me explicou. Ela só disse que ela desmaiou novamente, estava andando na rua. Do hospital ligaram para Emma que é o contato de emergência. Ela está ligando para nós desde então – ela se levanta e as duas mulheres as imitam – vamos para lá. Mamãe, desculpe mas teremos que nos despedir aqui.
- Como assim despedir, eu não sei quem é Ruby mas eu vou acompanhar vocês – Cora diz firme. Regina até pensou em contestar a mãe, mas sabia que sua teimosia tinha sido herdada da mesma. Então simplesmente deu de ombros e seguiu para seu carro com Zelena logo atrás. Avistou Cora logo atrás do carro. Emma mandou a mensagem com os dados e em poucos minutos as mulheres chegaram no hospital.
- Viemos ver Ruby Lucas. Quarto 804 – Regina diz para a atendente. Em alguns segundos a mulher libera a entrada das três. Zelena ao virar o corredor, avista Emma parada perto de uma porta, a menina olhava para os pés e não conseguia parar de mexer as mãos, estava visivelmente nervosa.
- Emma! – a ruiva correu em direção a menina – como ela está? O que ela tem?
- Zelena, respira! – a loira tentava acalma-la – ela saiu para fazer exames e ainda não voltou. Segundo a enfermeira, isso é bom. Se fosse algo sério já teriam dado um jeito de agilizar o processo e vir nos informar – ela para e olha para a namorada e a sogra – olá, que bom que vieram rápido – ela sela seus lábios nos da namorada – e sem querer ser grossa, mas o que você está fazendo aqui? – ela pergunta olhando para Cora.
- Mamãe quis vir e achei melhor não causar problemas com isso – Regina responde antes da mãe conseguir – onde está Granny?
- Foi comer alguma coisa – Emma diz entrando no quarto que pertence a amiga – ela se assustou muito e digamos que ela não está mais na idade – elas ficaram alguns minutos apenas jogando papo para o ar. O casal estava tentando tirar o foco de Zelena, a fazendo pensar em outras coisas.
- Olá, a gangue já está formada – Granny diz entrando no quarto – mas ao invés do capitão trouxeram a oferenda – ela diz com humor, olhando para Cora.
- Como disse senhora? – Cora pergunta irritada.
- Me desculpe. É apenas uma brincadeira. Sou Granny – ela estende a mão para a mãe das mulheres – você deve ser Cora, Emma disse que as meninas estariam almoçando com você.
- OK, e quem é você mesmo?
- Ah, eu sou a avó de Ruby e de Emma. E meio que já adotei essas duas aqui – ela diz abraçando Regina e Zelena, uma de cada lado.
- Acho que entendi – ela olha para Emma – Ruby é sua irmã?
- De consideração. Fomos criadas juntas – a mais nova se limita a falar. Quando Cora se preparou para fazer mais perguntas, dois enfermeiros entram carregando uma maca. Ruby estava acordada, mas assustada.
- Zelena! – foi a primeira coisa que ela disse quando viu todas no quarto.
- Sim, e o resto é miragem! – Regina diz, tentando descontrair o clima. Fazendo Ruby sorrir.
- Desculpe. Mas eu lembro de Emma e Granny mas não lembro de vocês tre... – apenas quando Ruby fez a contagem de pessoas no quarto que percebeu uma mulher mais velha – perdão, quem é você?
- Sou Cora Mills. Vim direto de um almoço com Regina e Zelena – no mesmo minuto o sorriso que estava no rosto da morena sumiu, foi visível a brancura que a menina se encontrava – menina, você está bem? – Emma, vendo o estado de pânico da amiga, ajudou.
- Ela está um pouco nervosa ainda. O médico já vai vir aqui no quarto, certo? – ela perguntou para um dos enfermeiros.
- Em muitos minutos ele já está aqui com os exames – um moço alto e loiro confirma.
- Acho melhor nós deixarmos Ruby com a vovó e com a Zelena e nós três irmos lá tomar um café, o que acham? – Emma continua sua fala.
- Acho uma ótima ideia, muita gente no quarto não é bom – Regina diz, já puxando sua mãe para fora do quarto. Emma queria ficar no quarto, mas imaginou que Cora lá com Ruby e Zelena, não seria boa coisa.
- Se você é a melhor amiga dessa Ruby, porque não ficou lá no quarto? Deixou a Zelena? – Cora perguntou quando elas sentaram, já com seus cafés.
- Você gosta de fazer perguntas, não é mamãe? – Regina disse, salvando Emma, que não tinha a menor ideia do que responder.
- Eu apenas estou tentando me localizar no meio da vida das minhas filhas.
- Então vamos aos poucos e de preferência quando ninguém estiver no hospital – a morena rebate, firme. Queria que sua mãe fosse embora logo, mas não queria ter problemas com ela pedindo isso.
- Emma! – a menina se assustou com uma mão em seu ombro – quando você me chamou eu deixei a lanchonete lá largada. Uma das garçonetes me ligou e pediu para eu voltar resolver um problema – Granny se explicava – agora que eu sei que a minha menina está bem, vou voltar. Quando o médico chegar, me liga avisando o que apareceu nos exames, por favor?
- Claro, vovó! Vai tranquila. E já que você não está mais lá, vou subir ficar com as meninas – Emma diz, já se levantando e se despedindo de Granny – vocês ficaram aí ou vão subir? – a loira perguntou com um pouco de medo da resposta. Queria a namorada lá com elas, mas não sua sogra.
- Bem, como ninguém morreu – Cora se levanta – eu estou de saída. De um beijo na sua irmã e na amiguinha da sua namorada – o desdém foi captado pelas duas, mas igualmente ignorado. Aquela não era uma boa hora para brigar. O mais rápido possível elas se despediram da mais velha e rumaram para o quarto de Ruby.
- Cora e Granny foram embora – Regina diz, assim que entra no quarto.
- Graças a Deus a dona Cora percebeu que estava sobrando! – Zelena diz, mais aliviada.
- Não fale assim da sua mãe, amor! – Ruby diz.
- Ela está certa dessa vez. Cora nem deveria ter vindo, mas na hora não quis discutir – Regina fala – mas me diz, como você está Ruby?
- Eu estou bem. Foi só uma queda de pressão – a menina responde, cruzando os braços e revirando os olhos. Zelena ia contestar mas o médico entrou no quarto.
- Boa tarde, senhoritas – ele foi educado e lhes sorriu – estou com os exames da senhorita Lucas aqui. Você está saudável. Aparentemente teve uma queda de pressão. O que é normal para o seu estado...
- Viram! Eu disse que tinha sido uma queda de pressão – Ruby disse, cortando o médico – mas espera, que estado?
- A senhorita não sabe? – ele pergunta visivelmente surpreso.
- Sabe do que? – Emma pergunta. O médico suspira ao ver as quatro mulheres confusas em sua frente.
- Me perdoem, achei que sabiam – ele se desculpa, respira fundo e continua – senhorita Lucas, você está grávida. De 8 semanas, mais o menos. Por isso imaginei que já soubesse – cada um naquele quarto assumiu uma expressão diferente. O médico estava envergonhado pela gafe que cometeu, Regina estava preocupada com o que poderia estar passando pela cabeça de sua irmã, Emma estava se torturando por não ter percebido antes os sintomas que a amiga apresentava, Ruby estava em choque, não conseguia processar a informação perfeitamente. E Zelena, bem... a ruiva não sabia o que sentir e muito menos o que estava sentindo. Mas não teve tempo de processar a informação também, pois antes que algo fosse falado no quarto, a visão da ruiva escureceu e ela caiu nos braços de sua cunhada, que teve um bom reflexo em pega-la antes que ela atingisse o chão.
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