- Emma! Quer me contar alguma coisa?
- Na verdade, mãe, eu quero sim – ela levanta e faz Regina se levantar junto – assim que vi Regina pela primeira vez, meu coração simplesmente parou de bater. Eu cresci com você e o papai me contando contos de fadas, o que me fez uma sonhadora, então vocês começaram a me contar a história de amor de vocês dois, me fazendo acreditar que eu um dia acharia meu amor verdadeiro também. Alguns anos mais tarde eu descobri que não gostava de homens e então eu chorei, lembra? Achei que nunca acharia o meu tão sonhado verdadeiro amor. Mas você me disse que eu acharia sim, só que ele não usaria terno e sim vestido – a loira olha para Regina e aperta sua mão – lembra uma vez que eu, você e Killian decidimos ver aquele filme “Imagine eu e você”? – Mary afirma levemente com a cabeça, esperando a filha continuar – uma das protagonistas, quando questionada sobre o amor fala “Você sabe imediatamente. Assim que os seus olhos... tudo que acontece depois só prova que você estava certo desde o primeiro momento. E de repente você percebe que era incompleto e agora está completo” e foi exatamente assim com Regina – ela sorri docemente para a morena.
- Nós decidimos não negar esse sentimento, mas também não queríamos nos apressar muito, para nenhuma se machucar. Mesmo Emma sendo mais nova, ela está me ensinando a entender esse sentimento. Pois diferente dela, eu cresci acreditando que amor era uma fraqueza e que eu nunca acharia alguém que eu amasse verdadeiramente. Conversamos e fomos com calma, nada tinha acontecido até hoje, até hoje erámos apenas amigas – A morena conclui.
- Eram apenas amigas? Até hoje? – David pergunta.
- Depois de me expressar da melhor maneira que achei, através da música, pedi ela em namoro – Emma fala, levantando sua mão, gesto que é imitado por Regina, para mostrar as alianças. Todos ficaram em silencio, queriam comemorar, mas olharam diretamente para os pais de Emma.
- Se aproximem de mim, vocês duas – a cara de Mary era fechada. Elas se aproximam e Mary olha bem nos olhos da filha – Emma, estou muito magoada com isso – todos prenderam a respiração. Regina automaticamente aperta mais a mão de Emma, que continuava a encarar a mãe. Que rapidamente suaviza e um sorriso aparece em sua face – estou brincando com vocês! Na verdade estou me segurando para não chorar, vejo que te ensinamos o que realmente vale a pena na vida, o amor – o ar fica mais leve e todos voltam a respirar e sorrir – eu tinha que sacanear um pouco vocês, afinal eu sabia que tinha algo tinha dias e depois daquela apresentação, até cego viu que vocês se amam – ela pega as mãos de Regina e se aproxima – Regina, espero que você faça minha filha feliz e que ela também faça isso por você. Embora, seja “errado” pois você é professora dela, o amor não escolhe. Tem mais que a minha benção para isso – Regina deixa uma única lágrima cair de seus olhos.
- Obrigada Mary, farei de tudo para ver Emma feliz pelo resto de nossas vidas – elas se olham e se beijam, apenas um selinho. Que acarreta palmas e assovios da irmã e amigos de ambas – ok, isso não é um show – ela olha para eles e se lembra de algo – Killian, meu Deus! Desculpe, eu acho que roubei sua namorada – ela dá um sorriso amarelo para ele.
- O que? Essa loira? – ele dá de ombros – ela é passado! Terminei com ela tem umas duas horas – ele começa a rir assim como todos – o mínimo que eu poderia fazer era deixar a minha patinha livre pra ela poder ficar com a sua rainha.
- Obrigado, querido – Regina pisca para ele. Elas se sentam e a comida chega. Entre conversar e risadas eles começam a comer, o ar estava leve.
- Eu não sei vocês, mas acho que as grudentas ali deviam ter ido para outra mesa. Estão tão melosas que nem vou querer sobremesa – Zelena fala. De fatos elas estavam em um mundo apenas delas. Mas não era algo que elas premeditavam, apenas acontecia. Sempre que uma olhava nos olhos da outra, eram automaticamente transportadas para esse mundo paralelo. Onde mais ninguém era convidado a entrar.
- Emma, olha aqui – Ruby estala os dedos na frente das namoradas, chamando a atenção delas – que tal vocês participarem um pouco da conversa? Só um pouco?
- Desculpem a gente. É que guardar esse sentimento estava nos matando, estamos só querendo aproveitar um pouco, mas fazemos isso depois – Regina fala – sobre o que estavam falando?
- Que estou com diabetes – Zelena revira os olhos rindo.
- Zelena pare de ser irritante, estava dando apoio para nós antes – a irmã morena rebate.
- Eu apoio, e acho super fofo esses discursos de vocês, mas é melado de mais para o meu gosto – a ruiva responde.
- Para, você está precisando transar isso sim! – Regina afirma, fazendo todos rirem.
- Tem crianças na mesa, sis – Zelena falando rindo – e para a sua informação eu não preciso não. Não mais do que já faço – ela pisca para a irmã.
- Desculpe, foi automático – Regina se retrata, olhando para seus alunos.
- Tudo bem, todo mundo aqui transa, tirando a Emma, que agora vai começar– Ruby falou e logo depois olha para o pai de Emma – desculpa David, está ai uma coisa que você não tinha que ouvir sobre suas filhas – eles riram. Mesmo Ruby tendo avó, Mary e David tinham praticamente adotado Ruby como filha, já que ela não conhecia os pais.
- Não sou tão ingênuo, embora por algum motivo vocês gostem de me deixar de fora e contar tudo para a minha esposa – ele se faz de ofendido.
- Não se faça de vítima querido. Lembra quando Emma e Killian vieram nos contar que tinham feito sexo? Lembra sua reação? – Mary o olha interrogativo. Regina ao ouvir isso fica tensa, sabia que eles tinham namorado e transado mas não conseguia imaginar alguém tocando o seu anjo sem ser ela.
- Isso não vale! Emma tinha acabado de fazer 15 anos. Ela já vai fazer 17 anos, nessa idade você já era mãe. Então fica mais fácil me acostumar com a ideia – ele responde.
- Na verdade você não tem que ficar pensando nisso, obrigado – Emma fala, fazendo alguns rirem – olha, eu sou muito aberta com vocês, mas ficar discutindo toda a minha vida sexual ou o meu histórico não é algo que eu esteja muito afim. Ainda mais na frente da minha namorada.
- Histórico? – Regina levanta as sobrancelhas, se sentiu mal imaginando com quantas pessoas Emma já teve relação sexual.
- Regina, ela é a minha filha e você a minha amiga. Não posso saber das coisas que vocês fazem – Mary diz se direcionando a Regina.
- Mary, nós não fizemos nada – a professora começa a se defender.
- Ainda. Ainda não fizeram nada. Mas sabe que logo faram – Zelena interrompe, constrangendo a irmã e a aluna.
- Quando nós fizermos, eu mando a notificação avisando – Emma fala, impaciente com o assunto – agora por favor vamos mudar de assunto? - logo o papo ficou mais leve novamente. Embora as namoradas tenham ficado envergonhadas, os outros presentes na mesa estavam achando tudo muito engraçado e levando na brincadeira. Mas para elas era um assunto delicado. Ainda não tinham conversado sore isso. Regina sabia que Emma não era mais virgem e inocente mas tinha medo de assusta-la ou da loira não gostar de algo que ela fizesse, pura insegurança. Já Emma tinha medo da comparação. Ela já tinha ficado com várias. Nada especial ou muito importante, mas nunca tinha transado com nenhuma, depois que transou com Killian, decidiu só fazer com alguém que ela sabia que amava. Mas sabia que Regina já era bem mais experiente e tinha medo de não agrada-la, insegurança também.
O resto do jantar seguiu com conversas soltas e risadas. David e Mary decidiram ir embora mais cedo. Killian e Ruby ficaram contando histórias de quando eles eram menores. E a cada coisa falada, mais Regina tinha vontade de pegar Emma no colo e cuida-la para sempre. Ruby contou que estava meio que namorando August, e estava perdidamente apaixonada por ele. Killian decidiu se abrir também e falou para as professoras que ele é apaixonado por Peter a mais o menos dois anos, e contou como não tem sido fácil, pois ele sabe que Peter corresponde ao sentimento, mas nem seus pais nem os de Peter aceitariam um relacionamento.
- Kil, querido. Eu tentei ser quem eu não era pela minha mãe e meus “amigos”, pois me sentia violentada com suas palavras preconceituosas. Um dia eu parei de tentar me encaixar, de tentar ser um deles. Sabia que nunca seria, mas o mais importante, eu não queria ser. A violência deles foi mesquinha e ignorante, mas no fim das contas, combinavam com quem eles eram. A verdadeira violência, a violência que eu percebi que era indesculpável... é a violência que fazemos com nós mesmo quando temos medo de ser quem realmente somos – Esse foi o conselho de Regina para seu aluno. Que no fim, ele sabia que ela estava certa e não adiantava fingir por muito mais tempo.
Eles decidiram ir embora logo depois. Levaram Killian para sua casa, Ruby decidiu ficar na casa de Emma e Zelena na da irmã.
- Então boa noite, meu amor – Emma falou, do lado de fora do carro, onde se despediam.
- Boa noite, meu anjo. Amanhã você vai lá em casa? Almoçar lá? – Regina pede.
- Claro, estarei lá. E já estou com saudade. Me liga para me dar mais boa noite antes de dormir? – Emma pede fazendo biquinho, o qual Regina morde e logo dá um selinho por cima.
- Ligo sim – Regina dá mais um beijo apaixonado em sua namorada, mas logo são interrompidas por uma buzina, Zelena – Vou indo, até daqui a pouco – Emma e Ruby entram e vão se arrumar para dormir enquanto as irmãs Mills vão para casa. Regina chega em casa e vai direto tomar uma ducha e vai para baixo das cobertas. Zelena estava louca para conversar com a morena sobre seu novo namoro e só deixou ela deitar depois que Regina prometeu conversar com a irmã em uma corrida pela manhã no dia seguinte.
- Alo, é o amor da minha vida? – Regina pergunta pelo telefone, teriam uma noite longa.
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